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segunda-feira, 18 de abril de 2011

mais um trecho do meu livro

Deus havia prometido para Abraão uma nação, mas ele teve que suar para consegui-la, largou tudo, enfrentou uma longa caminhada. Para Jacó a promessa foi de proteção, seguidas de muitas bênçãos materiais, porém foram árduos e longos os anos de trabalho, a base de engano, medo, caminhadas, problemas familiares entre suas esposas, servas e filhos.

As bênçãos de José foram grandiosas, nunca vista até então, porém enfrentou o desprezo, traição, inveja, ingratidão, engano, fome e o cárcere.

A grande questão que poderia surgir na mentes destes homens era justamente o fato deles terem alcançados sim suas bênçãos, mas a custa de muito esforço e perdas, porém Isaque a recebeu sem ao menos ter saído do meio de sua família, aliás foram buscar para ele, não teve nem este trabalho.

Abraão, Jacó e José poderiam indagar a Deus a este respeito? Estariam no direito? Em que parte Isaque teria sido melhor que eles? Porque a diferenciação?

A resposta de Deus seria uma pergunta rápida e direta. Como assim Isaque não precisou largar família, conforto, amigos ou não caminhou errante pelo deserto?

Isaque esteve no deserto da aflição, por três dias, sozinho em seus pensamentos, foram mais ou menos oitenta quilômetros de solidão de questionamentos sem respostas, somente submissão.

Seu pai não lhe falara nada, calado, somente quebrou o silêncio no momento que lhe comunicou que ele seria o cordeiro para o sacrifício.

Aceitou sem questionar, pois sabia que Deus faria algo, mas como tinha esta certeza? Era jovem, imaturo, sem experiência espiritual?

O seu problema anterior perto deste era quase nada. O que seria uma desavença e provocação de seu meio irmão que havia sido mandado embora por seu pai poucos dias antes deste acontecimento.

A certeza de livramento era em virtude da confiança do pai, esperava que ele não fosse decepcionado por seu Deus.

Isaque olhou para Abraão e disse: Eu aceito pai, ser sacrificado, eu sei o quanto é importante para o senhor se mostrar fiel a Deus.

Aquele suor frio no seu rosto era a confirmação da sua promoção no meio da família israelita, pois quando Deus comunicou a Abraão sobre o sacrifício, tratou Isaque como filho unigênito e não como primogênito ou muito menos com segundo filho. Da posição de segundo filho ele foi alçado diretamente para a condição de filho único.

Tanto que, para qualquer pessoa, Abraão teve dois filhos, mas para Deus teve somente um. E como o deserto é um lugar para celebração, nos é que não o enxergamos desta maneira, restou aos dois, comemorarem pelo livramento e entregarem o sacrifício.

Portanto não tinha como eles reclamarem com Deus sobre o fato de Isaque não ter enfrentado as mesmas adversidades que seus antepassados e descendentes. Todos os patriarcas passaram pelo mesmo crivo e experiência.

Extraído do livro: Criado, eleito, perdido e resgatado - autor: Ailton Silva - em fase de revisão

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