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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Os dons de poder. Plano de aula.

DONS DE PODER
VER PARA CRER OU CRER PARA VER
MULETAS ESPIRITUAIS – ACHISMO
DONS NATURAIS – DONS ESPIRITUAIS
FÉ NATURAL – DOM DA FÉ
CURA PELA MEDICINA – DOM DE CURAR

INTRODUÇÃO
A promessa de Jesus aos seus discípulos, antes de ascender aos céus, foi:
• Enviar Outro Consolador (Jo 14:16), semelhante a Ele, mas com ministério diferente para dar continuidade;
• Capacitação para a obra;
• Sinais, prodígios, maravilhas e milagres no meio da igreja primitiva.

Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o serviço. Seu exercício é fundamental para:
• Adoração;
• Edificação da Igreja;
• Pregação do Evangelho.

Esses dons são fundamentais à ação evangelizadora da igreja, pois, através deles, é possível testemunhar sobre a morte e ressurreição de Jesus.

Características e atribuições dos dons de poder (fé, operação de maravilhas e dons de curar):
• Revelam a onipotência de Deus;
• Dão respaldo a pregação do Evangelho;
• Confirmam a autenticidade da Palavra;
• Exteriorizam a fidelidade de Deus em relação a sua igreja e Palavra;
• Significam poder e autoridade conferidas, à Igreja, por Deus;
• Revelam a soberania e autoridade de Deus sobre as forças da natureza, sobre o ser humano e sobre os demônios;
• São concedidos para auxiliar a igreja na propagação do evangelho;
• Glorificam o nome do Senhor;
• Confirmam a presença de Deus no meio de sua igreja;
• Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal.

I. O DOM DA FÉ - NÃO SUBSTITUI A MENSAGEM DO EVANGELHO.
1. DEFINIÇÃO
É o primeiro dom desta relação (dons de poder), pois é a porta de entrada e requisito essencial para a existência dos outros dons (cura e operação de maravilhas). No Novo Testamento, a fé, é apresentada como a confiança em Deus, Jesus e nas coisas espirituais. Pode ser classificada de acordo com os seus empregos e significados:
• Fé natural, inapta, nascida e desenvolvida no homem que o leva a crer em um ser supremo (Rm 1.19,20) ou no visível, certo e provável;
• Fé Comum (Hb 11:6), dádiva de Deus (Ef 2”8), presente na vida dos que foram regenerados, expressas através de uma vida de obediência, consagração boas obras (Rm 10.17; Gl 5.22; Ef 2.8; Hb 11.6; Tg 2.14-26; Tt 1.4; Jd 3);
• Fé como doutrina (Gl 1.23; Jd 20);
• Fé Salvífica, condição para a salvação (Ef. 2.8,9). É manifesta na conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo;
• Fé como aspecto do fruto do Espírito, que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22). O cristão, mesmo em meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada e tem como exemplo os heróis da fé (Hb. 11);
• Fé como dom do Espírito Santo (I Co. 12.9). Trata-se de uma manifestação sobrenatural, que capacita o crente para a realização de milagres (I Co. 13.2). fé especial ou milagrosa.

A) DOM DA FÉ
Jesus fala da capacidade do homem em remover montanhas, operar milagres, curas e realizar grandes obras, demonstrar uma confiança sem igual no poder de Deus, produzindo uma reação imediata na alma, mudando a atmosfera, nos dando a convicção do possível (Jo 11.40-44; Jo 14.12; Mc 9.23). Trata-se do poder sobrenatural de confiar em Deus mesmo em situações desesperadoras, sem solução, perdidas. Nestes casos somente um milagre pode mudar a situação.

É distinta da fé que produz salvação (At 16:31) e da fé como fruto do Espírito, pois é sobrenatural, especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas e que opera conjuntamente com outras manifestações do Espírito Santo, como os dons de curar e de operação de milagres e maravilhas. É o impulso à fé para executar aquilo que DEUS determinou.

O dom da fé está interligado aos dons de curar e operação de milagres, pois diante de determinadas circunstâncias, que somente um milagre pode resolver, o cristão pode fazer proezas, assim como fizeram os apóstolos (Mc. 16.15-18).

Trata-se de uma confiança especial, que produz a crença pontual além dos limites do imaginável, para que o homem realize algo que está além do alcance da imaginação humana. Este dom somente se manifesta diante da necessidade. Tanto pode ser passiva quanto ativa, pois o crente tanto pode receber bênçãos ou livramentos quanto realizar algo grandioso para glória de Deus e edificação da Igreja.

EXEMPLOS DO USO DO DOM DA FÉ:
• Nasceria um filho de um casal em que o homem tem 100 anos e a mulher 90 anos? Abraão creu, pelo dom da fé e recebeu o milagre (Gn 15:1-6; 17:15-22; 18:9-16; 21:1-8);
• Poderia alguém sair com um filho para entregá-lo e em sacrifício e depois voltar para casa com ele vivo (Gn 22:1-19)?
• Josué creu que o sol e a lua pudessem ser detidos (Js 10.12-15). Nesse texto há uma correlação entre fé e operação de maravilhas;
• Sansão também recebeu o milagre (Jz 15:18-19);
• Elias recebeu o milagre, possuindo tamanha fé para o seu sustento sobrenatural. Deus cuidou de sua subsistência (I Rs 17:2-6 );
• Nem as insinuações enciumadas dos caldeus, nem as terríveis ameaças do rei Nabucodonozor amedrontaram os três jovens. Possuíam o dom da fé, pois receberam o milagre (Dn 3:13-30). Além do Dom da Fé, notemos que aqui também houve a atuação do Dom de Discernimento de Espíritos (Dn 6:16-23);
• Se Daniel tivesse pedido a morte dos leões, certamente não teríamos visto o dom da fé em sua vida;
• Pedro e João, na porta do Templo (At 3), tiveram a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus;
• Pedro recebeu o milagre através do dom da fé, mas houve também o dom de discernimento de Espíritos (At 12:1-12 );
• Em Atos 14.8,9, outro coxo de nascimento tinha fé para ser curado;
• Paulo tinha a certeza da vitória em meio a um temporal, (At 27:21-26). Neste caso houve também a manifestações do Dom da Palavra da Sabedoria (vs. 22, 24, 26) e o dom do discernimento de Espíritos (v. 23);
• Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos (At 27:30-36).

2. A DISTINÇÃO ENTRE O DOM DA FÉ E A FÉ NATURAL.
Através deste dom somos impulsionados a orarmos por uma causa impossível e sermos atendidos (Tg 5.17). Há uma superação, eliminação de obstáculos e de impedimentos, sejam quais forem.

a) A FÉ SALVADORA.
É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se arrepende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se submete à vontade de Deus (At 16:31), crendo que Jesus pode dar-lhe a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Logo, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir (Rm 10:17). O certo é orar pelo crescimento da fé, como pediram os discípulos (Lc 17:5). O segredo do Cristianismo não é o ‘ver para crer’ e, sim, o ‘crer para ver.

b) A FÉ NATURAL.
A Fé Natural é a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para lutar, para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a fé natural, ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na sua existência (Tg 2:19), ou seja, nisto não há nada de excepcional.

A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao homem. Ela somente atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem a compreender e a adquirir os bens espirituais.

c) A FÉ ATIVA.
É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado em que se deve entender fé enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus. Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual. Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no capítulo da fé (Hb 11). É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).

Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas não são todos contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.

3. NEM TODOS POSSUEM O DOM DA FÉ.
A fé como dom é distribuída soberanamente pelo Espírito Santo para o proveito da Igreja onde ela for necessária. Recebemos a permissão, na verdade, uma ordem, para procurar os melhores dons (1Co. 12.31). É possível que este desejo sério esteja relacionado com a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12.3), e a Bíblia nos incentiva a orarmos por um aumento da nossa fé. Mesmo assim, a partilha dos dons não depende da nossa vontade, mas da vontade do próprio Espírito Santo. Portanto os dons provêm da vontade graciosa de Deus, e são concedidos por Ele através do Espírito Santo.

II. OS DONS DE CURAR - NÃO SUBSTITUI A MENSAGEM DO EVANGELHO.
1. POR QUE DONS DE CURAR? – ação, verbo
Não podemos confundir os dons de curar com o sinal de cura de enfermos, que se trata de uma operação de Deus para confirmar a pregação do Evangelho. Esta manifestação, além de aliviar a dor do enfermo, o que é uma prova do amor e da compaixão divina, visa sempre atrair as pessoas à Cristo a fim de que elas recebam a mais importante de todas as curas, que é a salvação da alma.

Os dons de curar os diversos tipos de doenças e enfermidades, é uma capacitação divina sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e mental das pessoas (At. 3.6-8; 4.30). São poderosíssimas ministrações para os doentes, não importando qual seja a enfermidade. Tal manifestação desfaz males do corpo, da alma e do espírito, podendo ser beneficiados crentes e até mesmo incrédulos.

A operação dos dons de curar aponta para o futuro, a dimensão escatológica, cuja plenitude se dará na glorificação do corpo, quando, uma vez transformado, não mais passará por corrupção (I Co. 15.53,54). Apontam também para a dimensão integral do ser humano, não deva ser um fim em si mesmo, não pode substituir a pregação plena do evangelho de Cristo, que visa a cura da alma, do corpo e do espírito (Is. 53.4,5).

Jesus dotou os discípulos com a mesma autoridade para curar toda sorte de doenças e enfermidades (Mc. 16.18), portanto o seu sacrifício no calvário é a causa primária de toda e qualquer cura miraculosa (Is 53.4,5; I Pe 2.24,25). O ministério de Jesus foi marcado por uma quantidade inumerável de curas (algumas no sábado). Ele curou:
• Lepra (Mt 8.1-4);
• Febre (Mt 8.14-17);
• Paralisia (Mt 9.1-8);
• Hemorragia (Mt 9.18-26);
• Cegueira (Mt 9.27-33);
• Ressecamento da pele (Mt 12.9-21);
• Doenças psíquicas (Mt 17.14-18).
• Surdez e gagueira (Lc 7”31:37)
• Mudez (Mt 9”32:33);
• hidropsia (Lc 14”1-6);
• Enfermidade de Lázaro, a causa de sua morte (Jo 12:1)

A continuidade desse ministério após a ascensão de Cristo ficou sob a responsabilidade do Espírito Santo, que por Ele foi enviado (Jo 16.14). A manifestação dos dons de curar tem por finalidade glorificar a Jesus. Ele ordenou que seus discípulos continuassem a curar (Mt 10.8).

a) A PLURALIDADE
O original grego (dons de curar) sugere uma pluralidade, ressaltando, assim uma diversidade de doenças, enfermidades ou a capacidade concedida a alguns para serem instrumentos para operações especificas de curas. Este é um dom do Espírito Santo, não do homem, portanto é concedido a quem Ele determinar.

Segundo a Biblia de Estudo Plenitude (I Co 12:811), a pluralidade da palavra não deixa dúvidas de que se trata de dons especiais, são curas sobrenaturais, operadas pelo Espírito Santo. Já a Bíblia de Estudo Pentecostal também enfatiza que se trata de curas de diferentes enfermidades, mas sugere que cada ato de cura provém de um dom especial de Deus.

A expressão dons de curar está no plural, designando as variadas formas pelas quais o Espírito Santo opera em diferentes ocasiões:
• Curas mediante uma palavra de ordem (At 3.1-8; 9.32-34);
• Curas no ministério de Filipe (At 8.7);
• Curas mediante o ministério dos apóstolos (At 5.15,16);
• O apóstolo Paulo conseguiu discernir que o enfermo tinha fé para ser curado (At 14.8-10);
• Curas e libertações através de objetos de Paulo (At 19.11,12);
• Cura através da oração (At 28.8,9);

b) OS DONS DE CURAR E A FÉ DOS ENFERMOS
Em certas ocasiões os doentes eram curados pela fé dos que faziam a oração, como no caso da cura do coxo na porta do Templo, chamada Formosa, o qual não demonstrou em nenhum momento possuir fé para receber a cura. Paulo, na cidade de Listra, em sua primeira viagem missionária, fitou os olhos em um coxo de nascença e percebeu que ele tinha fé suficiente para ser curado (At 14:9-10). Mas ele não curou seu companheiro Trófimo (2Tm 4:20).

A fé do homem é uma condição relativa e não absoluta para o recebimento da cura divina. Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura, é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas (Dt 3:26; 2 Co 12:8,9). Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas, no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade estomacal, recomendou-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23). Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico seja pecado, devido ao exemplo de Asa (2Cr 16:12), que fora reprovado, nesse sentido, porque preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor.

Jesus não curou mais enfermos em virtude da incredulidade de muitos (Mt 13:58), por isto podemos afirmar que a pessoa que tem este dom não tem o poder de curar a todos os enfermos, pois a cura depende da vontade soberana de Deus.

Há exemplos na Bíblia em que apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, tenha recebido a cura, como é o caso do enfermo do tanque de Betesta (João 5:1-8) e do paralítico de Cafarnaum (Mc 2:12). Isso porque a cura é um ato eminentemente divino.

2. OS PROPÓSITOS DOS DONS DE CURAR.
O Espírito Santo fornece e distribui os dons para a igreja justamente para que esta não fique limitada a capacidade e ações humanas. A cura sobrenatural deve ser um ministério permanente.

Os dons de curar são especiais para a libertação de vários tipos de enfermidade. Eles atuam em prol da saúde do povo de Deus e da conversão dos que não conhecem a Cristo. Como o dom da fé, os dons de curar não são concedidos a todos os crentes (1Co 12.11,30), todavia, todos nós podemos orar pelos enfermos e havendo fé, eles serão curados.

Por onde os apóstolos passavam, os milagres e as curas aconteciam, e o povo era liberto ao ouvir a mensagem do Evangelho. É necessário saber que as curas divinas convenciam as pessoas do poder salvador de Jesus. Sem dúvida alguma, a pregação do Evangelho, acompanhada por sinais e prodígios, promove a fé e a conversão de muitas almas a Cristo.

A cura tem sido uma das marcas identificadoras da pregação pentecostal ao redor do mundo. É algo destinado aos que crêem, é uma realidade atual e indispensável, mas não devemos nos esquecer de que o propósito da cura divina não é a saúde física de alguém, mas, sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21), a confirmação da palavra da pregação (Mc 16:20; 1Ts 1:5) e a comprovação da presença de Deus no meio do seu povo (At 10:38; 1Co 2:4,5).

a) IMPEDIMENTOS PARA A CURA:
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:
• pecado não confesso (Tg 5:16);
• opressão ou domínio demoníaco (Lc 13:11-13);
• insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5:26; João 5:5-7);
• o povo (Mc 10:48);
• ensino antibíblico (Mc 3:1-5;7:13);
• descuido da igreja em buscar e receber os dons de operações de milagres e de curar, segundo a provisão divina (At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31; Hb2:3,4);
• incredulidade (Mc 6:3-6; 9:19,23,24);
• irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11:29,30);
• casos em que não foram esclarecidos os motivos ou razões da persistência das doenças físicas em crentes dedicados (Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).

III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS – NÃO SUBSTITUI A MENSAGEM DO EVANGELHO.
1. O que é a operação de maravilhas?
• São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus;
• São fatos que fogem à explicação das leis naturais e da natureza (2Rs 4.32-37);
• São ocorrências difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas, modificando as leis estabelecidas pelo próprio Deus;
• É uma intervenção sobrenatural (2Rs 4.1-7);
• É uma suspensão temporária da ordem costumeira, mediante o poder de Deus (Js 10.12-13);
• É a capacitação sobrenatural pela qual a igreja realiza obras maravilhosas, portentosas.
• São milagres que vão além das leis físicas conhecidas;
• São milagres extraordinários, surpreendentes, pasmosos;
• Prodígios que espantam pela intensidade do poder de Deus e que convencem até mesmo os mais incrédulos
• algo que vai contra as leis da química e da física (2Rs 6.1-7);

No original grego, os dois termos que designam este dom são dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energêma (resultados eficazes). Esse dom pode estar relacionado a situações diversas como proteção, provisão, expulsão de demônios, alteração ou suspensão de circunstâncias, inclusive leis naturais, juízo.

Como todos os demais dons, a operação de maravilhas é manifesta para o que for útil e para a glorificação do Deus Todo-poderoso.

Portanto, sinais e maravilhas estão na mesma magnitude de milagres. Pedro, em seu sermão no dia de Pentecostes (At 2.22), teve intenção de apelar para o entendimento e queria maravilhar pela imaginação, a maravilha apela para a imaginação, o poder (dunamis) indica que a sua fonte é sobrenatural.

a) EXEMPLOS DE MANIFESTAÇÃO DO DOM DE MARAVILHAS:
• A vara de Moisés transformada (Ex 4:1-5);
• As dez pragas no Egito foram derramadas mediante Moisés (Ex 7-10);
• Abertura do mar vermelho (Ex 14.15-26);
• Transformação de águas amargas em potáveis (Ex 15.23-27);
• A descida do maná (Ex 16.4-10);
• A água que saiu da rocha (Ex 17.5-7);
• A passagem do povo pelo rio Jordão, cujas águas pararam (Js 3.13-17);
• Paralisação do sol e da lua (Js 10.12-15). Cientistas afirmam que foi universo inteiro que parou;
• Retenção das chuvas (I Rs 17.1);
• A utilização de corvos para alimentar o profeta (I Rs 17.6);
• A multiplicação de azeite e farinha (I Rs 17.13-16);
• O fogo que desceu do céu no desafio aos profetas de Baal (I Rs 18.22-39);
• O derramamento de grande chuva por meio da oração do profeta (I Rs 18.41-46);
• As águas do Rio Jordão se dividiram (II Rs 2.14);
• Cura da esterilidade de uma mulher (II Rs 4.14-17);
• Ressurreição do filho da mulher que havia sido curada da esterilidade (II Rs 4.32-37);
• Imunização da comida (II Rs 4.38-41);
• Cura da lepra de um general sírio (II Rs 5.1-19);
• O machado que emergiu do fundo do rio (II Rs 6.1-7);
• Ressurreição de um homem através do contato com a ossada de Eliseu (II Rs 13.20,21).
• Isaías fez voltar a sombra do relógio de sol em dez graus (II reis 20:11)
• Jesus acalmando a tempestade (Mc. 4.41);
• A transformação da água em vinho (João 2:7-11);
• Ressurreição de Lázaro (João 11.39-44);
• A multiplicação dos pães(Mt 14:19-21);
• Em alguns casos a ressurreição pode ser um exemplo poderoso de maravilha, pois não se trata de cura, já que o corpo já está morto;
• Paulo e a víbora na ilha de Malta (At 28:5).

A diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas, reside justamente no fato de que o primeiro está sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, enquanto que o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres.

b) OBJETIVOS DO DOM DE MARAVILHA:
• Glorificar o nome de Jesus;
• Autenticar a mensagem de Cristo;

Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude na vida se não virem milagres à sua volta.

C) RESSURREIÇÃO:
Em alguns casos a ressurreição de mortos, os três dons podem operar conjuntamente, a saber o dom da fé, operação de milagres e de curas.
• Dom da fé – necessária para chamar o espírito da pessoa de volta, depois de ter deixado o corpo;
• Dom de operação de maravilhas - para ressuscitar a pessoa;
• Dons de curar – para curar a enfermidade que motivara a morte, como a de Lázaro que estava enfermo, mas quando Jesus o ressuscitou, o mesmo voltou à vida completamente curado de sua enfermidade (Jo 12:1-2).

2. A ATUALIDADE DO OPERAÇÃO DE MARAVILHAS.
Os dons são dados à igreja para a sua própria edificação (1Co 14.12), levando-a a manter e a desenvolver sua unidade no corpo de Cristo (Ef 4.4-6). Podemos ver isso através dos dons ministeriais e espirituais. O objetivo da Igreja como o corpo de Cristo é executar as ordens da cabeça, o próprio Cristo. (Ef 4.16). Sem exceção, maravilhas acompanharam o ministério de pregação dos líderes da Igreja primitiva.

3. A IMPORTÂNCIA DESSE DOM PARA A IGREJA.
O dom, também chamado de operação de milagres, prodígios e sinais, se constitui em manifestações especiais do poder de Deus que fogem às limitações humanas. São superiores e inexplicáveis. Ele demonstra o poder de Deus na realização de coisas miraculosas e extraordinárias.

Na operação dos poderosos sinais que envolvem os milagres, o supremo Senhor, apenas usa da forma que ele quer as leis e forças por ele mesmo criadas em socorro dos seus filhos. Isso é milagre (Gl 3.5).

CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 – CONHECER OS DONS DE PODER:
a) Dom da fé
b) Dons de curar
c) Dom de operação de maravilhas

2 – EXPLICAR O QUE REPRESENTA CADA DOM:
A) DOM DA FÉ:
• É a porta de entrada e requisito essencial para a existência dos outros dons;
• É a capacidade do homem em remover montanhas, operar milagres, curas e realizar grandes obras;
• demonstrar uma confiança sem igual no poder de Deus;
• nos dá a convicção do possível;
• É o poder sobrenatural de confiar em Deus mesmo em situações desesperadoras, sem solução, perdidas.

B) DONS DE CURAR:
• Alivia a dor do enfermo, o que é uma prova do amor e da compaixão divina;
• Atrai as pessoas à Cristo a fim de que elas recebam a mais importante de todas as curas, que é a salvação da alma;
• É a capacitação divina e sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e mental das pessoas, beneficiando crentes e até mesmo incrédulos.

C) DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS:
• Milagres extraordinários, sobrenatural, espantosos, surpreendentes, pasmosos;
• Ocorrências difíceis de explicar;
• Contradizem a ordem natural das coisas;
• Modificam as leis naturais;
• É a suspensão temporária da ordem costumeira;
• Capacitação sobrenatural para a igreja para realizar obras maravilhosas;
• Milagres que vão além das leis físicas conhecidas;
• Prodígios que espantam e convencem até mesmo os mais incrédulos;
• Algo que vai contra as leis da química e da física.

3 – OS DONS SÃO NECESSÁRIOS PARA EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
Aquele que possui um dom de operação exteriorizada (mais visível) não é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Os dons de poder, como os demais dons, são soberanamente distribuídos pelo Espírito, continuam atuais e disponíveis à Igreja para a glória do nome do Senhor.

Os dons espirituais não cessaram, continuam disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação. O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade com o mundo.

Os milagres em si não trazem a salvação, mas atraem as pessoas para a mensagem do Evangelho. Todos os milagres, operados pelo poder do Espírito Santo, foram antecedidos pela pregação da Palavra e, por conseguinte, serviram de confirmação e veracidade do Evangelho (Mc 16.20).

Resumo extraído do conteúdo proposto na lição 7 (Revista Lições Bíblicas) e dos subsídios disponibilizados nos sites abaixo:
http://www.ebdbrasil.net/ - acesso em 09/05/2011
http://auxilioebd.blogspot.com/ - Francisco A Barbosa – acesso em 08/05/2011
http://www.subsidioebd.blogspot.com/ - Pb. José Roberto A. Barbosa – acesso em 09/05/2011
http://www.ebdweb.com.br – acessos diários
http://www.altairgermano.net/ - acesso em 09/05/2011
http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/licoes-biblicas/index/ - acesso em 09/05/2011
http://luloure.blogspot.com/ - acesso em 09/05/2011
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/ - acesso em 10/05/2011
http://ebdprofessornei.blogspot.com/p/dicas-para-professores.html - acesso em 10/05/2011

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