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sábado, 7 de abril de 2012

Um pouco sobre o docetismo - Texto extraído da BAP


A maioria das testemunhas oculares do ministério de Jesus havia morrido, quando João escreveu esta carta. Algumas pessoas da segunda e terceira gerações de cristãos começaram a ter dúvidas sobre o que haviam aprendido a respeito de Jesus. Alguns cristãos com raízes gregas, tiveram dificuldade de crer que Jesus era humano e também divino, porque no pensamento platônico, o espírito era o mais importante. O corpo era apenas uma prisão da qual se desejava fugir. As heresias se desenvolveram a partir da união deste tipo de pensamento platônico e o cristianismo.

Um falso ensinamento, particularmente difundido, mais tarde chamado de docetismo (da palavra grega doceo, que significa “parecer”), sustentava que Jesus era realmente um espírito que somente “parecia” ter um corpo físico. Defendiam que Ele não tinha nenhuma sombra e não deixava nenhuma pegada, que era Deus, mas não homem. Outro ensino herético, relacionado ao gnosticismo (uma palavra grega que significa “conhecimento”), sustentava que tudo o que fosse relacionado à matéria física era perverso; o espírito era bom, e somente os intelectualmente iluminados poderiam apreciar os benefícios da religião. Ambos os grupos consideravam difícil crer em um Salvador que fosse completa e perfeitamente humano e divino ao mesmo tempo.

João responde a esses falsos ensinadores como uma testemunha ocular da vida de Jesus na Terra. Ele viu a Jesus, falou com Ele, e o tocou – ele sabia que Jesus era mais que um mero espírito. Na primeira fase de sua carta , João estabelece que Jesus estava vivo antes do inicio do mundo e também que Ele viveu como um homem em meio aos homens e mulheres. Em outras palavras, Ele era tanto divino como humano. Noutras palavras: Jesus era homem perfeito e perfeito Deus.

Ao longo dos séculos, muitos hereges negaram que Jesus fosse simultaneamente Deus e homem. Nos tempo de João, as pessoas tinham dificuldade de acreditar que Ele era humano; hoje as pessoas tem mais problemas para enxergá-lo como Deus. Mas a natureza divina/humana de Jesus é uma questão essencial ao cristianismo. Antes de aceitar o que os ensinadores religiosos dizem sobre qualquer tópico, ouça cuidadosamente qual é a sua crença a respeito de Jesus. Negar sua divindade ou sua humanidade é considerá-lomenos do que ele realmente é: Cristo, o Salvador.

Texto extraído da BAP (Bíblia de aplicação pessoal) página 1787. referência a I João cap 4

Por: Ailton da Silva

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