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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A verdadeira motivação do crente. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
 “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.6).

VERDADE PRÁTICA
A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 1.35-45.
35 - E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
36 - E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37 - E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
38 - E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim.
39 - E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e expulsava os demônios.
40 - E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 - E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, se limpo!
42 - E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.
43 - E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44 - E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45 - Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Do anonimato à fama, oh! Glória!, mas se for ao contrário?
  • Vaidade: valorização da própria aparência;
  • Vocacionados por Deus ou chamados pelos homem?
  • Como ser famoso? Seja o centro das atenções e CAIA!
  • A fama na cabeça inibe a graça de Deus no coração;
  • A verdadeira sabedoria é o temor do Senhor;
  • Jesus fugiu da fama. Ele sabia que seria temporária;
  • Não se estresse! Você não é famoso, não é conhecido;
  • Não se transforme. Deus te chamou para ser você mesmo

INTRODUÇÃO
A sociedade nos pressiona e direciona para uma vida materialista, ansiando pelo poder, fama, holofotes, prestígio e influência que são as tônicas e o ápice do sucesso, mas o que acontece quando as pessoas percebem a proximidade do anonimato? Como reagem? Frustrações, decepções, depressão e perda total do controle da situação, como lidar com isso? A vontade de Deus para o seu povo não é este momentâneo estrelado terreno, mas sim a simplicidade e humildade evidenciadas na vida de Jesus.

Mas o que poderia nos motivar a buscar e viver de modo simples e humilde, assim como o nosso exemplo maior? O que nos levaria a agir de acordo com a vontade de Deus? A razão e a emoção concentradas poderiam proporcionar o alcance deste status? Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“A palavra “motivação” pode ser definida como o “motivo para a ação”; é o ímpeto que leva o ser humano ao movimento; é aquela força interna que o dinamiza a realizar o seu intento; é uma mescla entre razão e emoção que se concentram para alcançar algo. A experiência nos ensina que podemos ir muito mais longe se nossa motivação for correta, ao passo que desmotivados teremos pouca chance de triunfo. O cristão motivado é aquele que embora passe por lutas está sempre confiando e sempre aguardando as promessas de Deus para a sua vida (Hb 6:15). A motivação tem uma relação estreita com a fé, pois pela fé somos motivados a crer no impossível (Hb 11:1). Também relaciona-se com a perseverança - a motivação nos encoraja a perseverar na fé (Rm 12:12;Mt 24:13). Também a motivação se relaciona com a alegria, que faz parte do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22) - apesar das circunstâncias o cristão não tem razões para andar triste, cabisbaixo ou carrancudo (1Ts 5:16; 2Co 6:10; 5:6-7)”.

Motivados, certamente alcançaremos os nossos objetivos, pois lutaremos para este fim, encontrando forças, fincando nossas raízes para não sermos abalados, mas e quando não existe nenhuma motivação em nós, o que poderíamos dizer? Ou pior, quando estamos mirando em alvos errados ou quando depositamos nossas esperanças somente na certeza de recompensas materiais?

“Uma das causas das aflições na vida de muitos filhos de Deus nos dias atuais é viver no anonimato”, principalmente diante de uma sociedade extremamente materialista que apresenta a fama ao anônimo servo de Deus e do dia para a noite o transforma em um estrelado ator “do show business gospel”.

a) Diferenças entre a fama em seus distintos aspectos:
  • Bíblica: é o resultado da ação de Deus para sua Glória e logicamente não é buscada pelo homem;
  • Mundana: “é almejada, buscada e disputada pelo próprio indivíduo, e tem como fim último a sua glória pessoal”, já que o homem é viciado em poder.

I – A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
1-O CRENTE FIEL DISPENSA A VAIDADE.
Vaidade é a valorização que se atribui a própria aparência, uma vez que o desejo de sermos reconhecidos e admirados pelos outros é muito intenso e as vezes incontrolável. Isto é totalmente dispensável quando nós referimos a verdadeira motivação do crente ( Jo 3.30).

Qual foi a real motivação dos apóstolos e da igreja primitiva em continuar servindo a Jesus mesmo em meio as perseguições?
  • Almejaram alguma posição entre os maiorias?
  • Desejaram as primeiras cadeiras nas reuniões (cfe Mt 23.6)?
  • Miraram os melhores cargos?
  • Se auto promoveram, segundo os recursos midíaticos da época, tal como cartazes e cartas?
  • A dispersão (At 8.1), serviu para eleger os primeiros corajosos, mártires e revolucionários?
  • As viagens missionárias foram somente para apresentarem suas plataformas de trabalho e nomes?
Ou todos estes acontecimentos contribuíram para a propagação do Evangelho e unicamente motivados pelo amor e desejo de servir a Jesus (Fp 1.21; 2 Co 5.14).

2-O CRENTE FIEL NÃO DESEJA O PRIMEIRO LUGAR.
Jesus ensinou seus discipulos e ,por conseguinte,  sua igreja, através do exemplo de uma criança, que a inocência e sinceridade visto no coração de um infante (Mc 9.36) devem ser constantes na vida dos verdadeiros seguidores, portanto não há espaço para disputas, intrigas, contendas  e egoísmo. Esta é a diferença entre os vocacionados por Deus e os  chamados pelo homem, já que aqueles permanecem na vocação esperando, enquanto estes avançam sinais para anteciparem e viverem a glória terrena.

3-O CRENTE FIEL NÃO SE PORTA SOBERBAMENTE.
O que o ser humano é capaz de fazer para alcançar a fama? Pela soberba de seu coração, (Pv 17.19) se torna pronto a agir perversamente, faz uso da língua mentirosa, semeia contenda entre os irmãos e assiste, satisfeito, as conseqüências de seus feitos (Pv 6.16-19). A verdadeira motivação do discípulo de Jesus está em servi- lo com um coração integro e sincero diante de Deus e dos homens.

 

II – NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

1. O QUE É FAMA?
É o conceito que um grupo determina ou forma em relação a uma pessoa, mas  para isto é, necessário que o tal se torne o centro das atenções, algo que não faz parte do plano de Deus para o homem, uma vez que não fomos criados para buscarmos a fama ou para fazermos parte de uma classe de privilegiados, em detrimento a outra composta por meros coadjuvantes. A respeito disto o Ev. Isaias Silva de Jesus escreveu:

“O que realmente vem a ser fama? Eu defino como o “desejo desenfreado de sair do anonimato”. Uma pessoa que deseja fama na verdade está buscando basicamente quatro coisas malignas, ou seja: O dinheiro, o sucesso, a publicidade e o glamour. Os quatro males que a fama traz. Dinheiro: A raiz de todos os males. Sucesso: Ser bem sucedido naquilo que faz. Publicidade: Ser conhecido por muitos. Glamour:  Qualidade de ser atraente, charmosa”.


Jesus, pela sua forma de atuação, se tornou famoso, requisitado e o centro das atenções, por todos os lugares por onde passava, mas Ele nos ensinou como encarar a fama, tão logo ela se manifestasse à nossa frente. No episódio da cura do leproso (Lc 5.12-16), Ele fez questão e ordenou que aquele homem não dissesse nada a ninguém a respeito da sua cura. Sua única obrigação foi apresentar-se ao sacerdote para que constatasse o milagre e realizasse os rituais conforme a lei, mas aquele ex-leproso não suportou tamanha alegria e divulgou a todos o que lhe havia acontecido (Mc 1.45).

Após o testemunho público daquele homem, Jesus não teve mais condições de entrar e permanecer nas cidades. Então foi para o deserto, orar (Lc 5.16). Quando a fama bater a porta, corramos para o deserto e para a oração.

Porque Jesus não usou aquela situação para o progresso do seu ministério? Justamente porque a fama, a influência midiatica não são pressupostos para a divulgação e crescimento do reino de Deus, se assim fosse o próprio Mestre teria feito uso deste recursos e os seus discípulos o imitariam. Certamente requisitaram para si títulos, direitos políticos, representatividade, principalmente o bem instruído Paulo (At 14.11-14, cfe 22.3).

2- O PROBLEMA:

A função da mídia é justamente oferecer a ilusão do sucesso fácil e imediato, gerando nos corações, um sentimento narcisista (2 Tim  3.1-5). Quando a fama sobe a cabeça, a graça desaparece do coração. Quando isto acontece o homem volta-se para terra e se ausenta do céu (Cl 3.1-2).

 

A autoridade, responsabilidade e o comprometimento com a obra impediram que Paulo pensasse ou buscasse alguma recompensa que não fosse do céu (1 Co 15.19), pelo contrário, pois prosseguia sempre olhando para o alvo (Fp 3.13-14), para a cidade celeste (Fp 3.20). Ele sabia muito bem os problemas que o momentâneo estado de fama poderia lhe proporcionar, por isto não se rendeu.

 

III – O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

1-A VERDADEIRA SABEDORIA:
Como se portaria um pobre homem sábio ao livrar sua cidade das mãos de um rei opressor? Se sentiria importante, famoso, querido? Mas e se o povo não o visse desta maneira (Ec 9.13-18)? Neste caso o pobre homem não deu importância para o esquecimento humano e não se importou com o anonimato, pois o seu desejo fora alcançado. A fama e o desejo passaram bem longe do seu coração (Pv 1.7).

A verdadeira sabedoria está muito além do que o simples acúmulo de reconhecimento humano e conhecimento e fatos, pois estamos nos referindo a “conhecimentos de Deus e dos labirintos do coração humano”, bem diferente da sabedoria terrena, totalmente animal e diabólica, que ignora as coisas celestiais e direciona o homem aos males, tal como afirmado por Tiago (Tg 3.15-16).

2-A SIMPLICIDADE:
O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na vida de Jesus, que sempre procurou se esquivar da sedução da fama. A ausência de artifícios ou recursos não se tornaram empecilhos para o desempenho de seu ministério. Ele não ousou a ser como Deus (Fp 2.5-8) e mesmo possuindo tudo na terra, “nunca a percorreu com soberba e altivez” (Sl 24.1).

Um leproso, após a cura, se tornou um instrumento maligno para leva-lo a demonstrar interesse por este momentâneo estado de satisfação, mas não teve sucesso, pois Jesus se retirou estrategicamente para o deserto. Ele conhecia sua missão e não queria comprometê-la (Mc 1.45). Ele poderia ser, se quisesse, mas não quis. “Quando o crente perde a simplicidade cristã torna-se orgulhoso e insuportável, inclusive para o próprio Deus” (1 Pe 5.5).

3-O EQUILÍBRIO:
Devido a pressão, competição e busca pelo poder, somos constantemente pressionados a sermos os melhores em tudo, entretanto o Evangelho nos oferece a oportunidade de retirarmos de nós esta carga mundana (Mt 11.30).

Porque tentar ser quem não é? Ou por tentar provar algo a alguém? Não deixemos a ilusão midiatica nos transformar em seres que não somos, devemos agir em contrário a isto, nos curvando diante de Deus, nos gloriando na cruz (1 Co 2.2; Gl 6.14).

CONCLUSÃO
A fama não pode ser a motivação do crente, tampouco o anonimato não é sinônimo de derrota. A pureza, simplicidade e sinceridade são valores do reino de Deus, que muitas vezes não são entendidos pelos incrédulos, todavia somos chamados a manifestar estes valores em nossa vida.

1) Compreender: Qual é a verdadeira motivação do crente.
  • Algo diferente da vaidade, soberba e materialismo.

2) Conscientizar-se: Não fomos chamados para a fama.
  • Um dos problemas da fama é o seu imediatismo;
  • Outro problema é o retorno do famoso ao anonimato.

3) Saber: O anonimato não é sinônimo de derrota.
  • Jesus, sábio, simples, equilibrado e anônimo

REFERENCIAS
BARBOSA, José Roberto A. A verdadeira motivação do crente. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-13.html. Acesso em 18 de setembro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

GERMANO, Altair. A verdadeira motivação do crente. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2012/09/a-verdadeira-motivacao-do-crente-como.html. Acesso em 19 de setembro de 2012.

JESUS, Isaías Silva de. A Verdadeira motivação do crente. Disponível em:
Acesso em 20 de setembro de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A verdadeira motivação do crente. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/09/aula-13-verdadeira-motivacao-do-crente.html. Acesso em 18 de setembro de 2012.

Rede REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A verdadeira motivação do crente.  Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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