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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A vida plena nas aflições. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
 “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).

VERDADE PRÁTICA
As tribulações levam-nos a amadurecer, em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-13.
10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.
13 - Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Paulo perdeu apenas para Jesus, “no sofrimento”;
  • Foi abandonado por seus filhos na fé;
  • Pediu a ajuda a Timotéo: “venha ter comigo depressa”;
  • Realidade de Paulo: prisões, abandono e espinhos;
  • Mas tudo isto foi inferior a Graça de Deus em sua vida;
  • Alegria de Paulo: ofertas ou maturidade dos filipenses?
  • Sofrimento: crescimento, experiência e fidelidade;
  • Esconderijo do Altíssimo: lugar seguro;
  • “Tudo posso’: sinônimo de maturidade.

INTRODUÇÃO
O justo peregrina num mundo de aflições (Jo 16.33), algo perfeitamente natural, no entanto, é possível vivermos plenamente em Cristo (Jo 10.10), desfrutando de uma vida cristã abundante, mesmo em meio aos sofrimentos cotidianos. Com nossa mente e coração firmados no Eterno, Ele nos conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das suas promessas (Is 40.28-31).

Portanto, estamos diante dos dramas biológicos, sociais, familiares, materiais, de relacionamentos, uma vez que contemplamos constantemente as vitimas destes males, quando não, somos as próprias vitimas. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Quando as aflições nos cercarem a ponto de pretenderem nos levar à morte ou nos proporcionar impiedoso sofrimento, quando forças opositoras do presente século nos proporcionarem insuportável fardo, quando as expectativas sombrias de um futuro incerto nos assustarem, lembremo-nos: há um amor imensurável, aconchegante, ilimitado, incondicional que pode nos proporcionar incomparável alívio. Esse amor é o Amor de Deus. Lancemos, pois, mão desse trunfo e vençamos todas as aflições que eventualmente nos sobrevierem. O próprio Senhor Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições. Todavia, Ele conclui dizendo: “…mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33)”.

O sofrimento é temporal, atinge nossa carne, a caminhada é longa e o espinho na carne pode até aparecer e doer, mas não podemos nos esquecer que diante de tudo isto, nos basta a graça de Deus.

I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
1. AS AFLIÇÕES DE PAULO.
Paulo foi um homem experimentado em dores e sofrimento, por amor a Jesus, mas não tanto quanto Ele. Esta situação foi antecipadamente revelada por Ananias (At 9.16), no entanto ele soube que nada daquilo poderia ser comparado com a glória revelada e tão aguardada no porvir (Rm 8.18).

Ao longo do Novo Testamento, o apóstolo dos gentios foi provado de várias formas (2 Co 11.23-33). O homem que perseguia os cristãos se tornou-se perseguido. Aquele que os afligia, foi afligido; o que consentia na morte dos outros,  vê a sua consentida. Realmente seria muito duro ele recalcitrar contra os aguilhões (At 9.5).

Paulo teve uma visão tremenda no terceiro céu (2 Co 12.1-4) e recebeu revelações inefáveis,  as quais  não seriam licito a nenhum homem falar, mas ele, rapidamente, transitou desta glória celeste para a realidade terrena da carne e recebeu um sinal, um espinho na carne, uma enfermidade (cfe Gl 4.15b), para assim qualquer orgulho,  altivez ou soberba não se  manifestasse na vida do apóstolo.

2. DEIXADO POR SEUS FILHOS NA FÉ.
Paulo reclamou do abandono de Fígelo e Hermógenes e dos irmãos da províncias da Ásia. Não que estivesse cobrando alguma recompensa pelo seu trabalho, pois implantou igrejas, formou líderes e discípulos para defenderem a fé e Evangelho, atendeu comunidades inteiras, mas o afastamento e a solidão bateram em seu coração, naquele momento triste de sua vida na prisão (2 Tm 4.9-11).

3. A TRISTEZA DO APÓSTOLO.
Demas, Crescente, Tito, Tíquico também abandonaram Paulo, para pregarem o Evangelho em outras regiões ou por amor ao mundo como no caso do primeiro companheiro (2 Tm 4.9-18).

O apóstolo dos gentios deixou transparecer a dor do abandono e traição, quando escreveu a Timóteo, seu filho na fé (1 Tm 1.2, 18; 2 Tm 2.1). Era para imaginarmos um final de vida tranquilo, com prestígio e louvores, mas o que vimos foi um homem suportando as aflições como um bom soldado (2 Tm 2.3), olhando apenas para o prêmio da soberana vocação (Fp 3.14), aguardando a sua recompensa final.

II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO
1. APESAR DA NECESSIDADE NÃO SATISFEITA.
A gélida prisão e as condições sub-humanas, que se encontrava, não impediu de continuar se preocupando com as igrejas, mesmo não contemplando a reciprocidade, no que tange a preocupação e zelo.

A maioria de seus escritos foram em total sofrimento, mas nunca deixou de orientar, disciplinar e ensinar na Palavra os seus inúmeros filhos na fé. Ele poderia esperar algo em troca por tanto trabalho? Pelo menos suas necessidades poderiam ser supridas, já que não depositava sua fé no material ou visível (1 Co 15.19), mas nem nisto ele foi socorrido pelas igrejas, a não ser pela grata exceção praticada pelos Filipenses (Fp 4.10-15).

Esta experiência nos mostra que não existe um leque imaginário de opções e oportunidades, o chamado “mar de rosas”, o que existe é a realidade nua e crua, espinhos, abrolhos, sofrimentos, que são sempre, suplantados pela graça de Deus.

2. LIVRE DA OPRESSÃO DA NECESSIDADE.
Embora preso e necessitado, o apóstolo envia uma carta aos filipenses, demonstrando o regozijo do Senhor em seu coração ao saber que os crentes daquela localidade lembravam-se dele (Fp 4.10). Esse fato denota a maturidade do apóstolo, que mesmo em meio às aflições e aos sofrimentos da vida,  se sentiu livre da opressão da necessidade!

Sua intenção foi encorajar os filipenses, que mesmo em meio as dificuldades, não tão cruéis quanto as dele, os ajudaram por duas vezes (4.16) e agiram como instrumentos as mãos de Deus para socorrerem o apóstolo.

3. CONTENTE E FUNDAMENTADO EM CRISTO.
O apóstolo dos gentios agradece aos filipenses pelas ofertas e generosidade praticadas em seu favor (Fp 4.14). No entanto, embora carente, a alegria do apóstolo pela oferta recebida não demonstra o desespero de alguém necessitado e ávido por dinheiro, antes, evidencia a suficiência de Cristo representada através do socorro da igreja de Filipos (4.18). Outro destaque nesse episódio é o regozijo de Paulo pela maturidade cristã dos filipenses. Ele atestara que, a seu exemplo, essa igreja encontrava-se edificada em Cristo (1.3-6).

Paulo tinha certeza do socorro de Deus, através de suas diversas formas de operações, fosse pelo homem, igrejas, instituições, grupos, mas o certo é que a provisão foi real e isto alegrou o apóstolo.
 
III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
1. ATRAVÉS DAS EXPERIÊNCIAS.
Paulo sabia enfrentar as situações, fossem agradáveis ou não. Aprendeu na abundância quanto na necessidade (Fp 4.12). Ele já havia passado pelo processo de crescimento espiritual, o mesmo que ele ensinou na igreja de Roma (Rm 5.3-5).

A vida de Paulo nos ensina que a provação na vida do servo de Deus forjará uma pessoa melhor, mais crente em Jesus e fiel a Deus. O sofrimento faz-nos constatar o quanto dependemos do Senhor (Sl 118.8,9). O crescimento espiritual é progressivo, lento e contínuo, a fim de atingirmos a estatura de varão perfeito (Ef 4.13), bem diferente da salvação, que é instantâneo, um milagre de Deus em nossa vida Nada melhor do que crescermos em Deus, e diante dos homens, com as nossas próprias experiências! Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

As grandes lições da vida nós as aprendemos no vale da dor. O sofrimento é não apenas o caminho da glória, mas também o caminho da maturidade. O rei Davi afirmou: “Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119:71). O patriarca Jó disse que antes do sofrimento conhecia a Deus só de ouvir falar, mas por meio do sofrimento seus olhos puderam contemplar o Senhor (Jó 42:5)”.

Ao comparar a vida espiritual ao desenvolvimento de uma videira, Jesus mostrou que se trata de um processo lento, continuado e não de um toque de mágica. [...] A formação de qualquer fruto, da semente gerada ao fruto maduro, será sempre um tempo prolongado. Assim, a formação do Fruto do Espírito na vida do cristão não acontece num único ato, mas, é um processo formado por muitos atos “até que todos cheguemos... a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”(Ef 4:13).

2. NÃO PELA AUTOSSUFICIÊNCIA.
Experiências angustiosas na vida somente nos prova o quanto somos dependentes do Altíssimo. Como explicar a solidez da fé de uma mãe que perdeu seu filho ou da esposa que, de forma trágica, viu a vida do seu cônjuge se esvair ou ainda do pai de família que, da noite para o dia perdeu todos os bens materiais? Se não fosse por obra e graça de Deus, certamente não desfrutaríamos de sua presença.

Somos finitos, limitados e insuficientes na hora da aflição da vida, porém há um lugar de abrigo nos dias de tribulação, o esconderijo do Altíssimo. “A auto-suficiência leva-nos a uma sensação de independência”, cujo final é fatalmente o fracasso, por isto devemos nos preparar para não recorrermos a este erro, já que instruídos somos que a nossa suficiência vem de Deus (2 Co 3.5).

3. TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE.
Essa expressão revela o contentamento de Paulo e a sua verdadeira fonte, a saber, Jesus Cristo. O apóstolo nos mostra neste texto a sua maturidade após todo a sua trajetória de sofrimento por amor ao Evangelho. Ele se regozijou, não pela autossuficiência, mas sim pela sua confiança em Cristo. Infelizmente esta expressão tem sido mal interpretada nos dias modernos.

CONCLUSÃO
No mundo teremos aflições (Jo 16.33), ninguém está isento dos conflitos, portanto é necessário sabermos atravessar estes momentos. Ele venceu o mundo e, por isso, devemos ter bom ânimo. É perfeitamente possível desfrutar a paz do Senhor no momento de provação e sofrimento.

1) Descrever as aflições do apóstolo Paulo
  • Experimentado em dores e sofrimento;
  • Abandonado pelos filhos na fé.

2) Explicar: Como se contentar nas  necessidades
  • Exemplo de Paulo: alegria, confiança e maturidade.

 3) Saber: Precisamos amadurecer pela suficiência de Cristo
  • Paulo soube lidar com a necessidade e abundância;
  • Somos finitos, limitados e dependentes de Deus.

REFERENCIAS
BARBOSA, José Roberto A. Vida plena nas aflições. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-14_24.html. Acesso em 24 de setembro de 2012.

BARBOSA, Francisco de Assis. A Vida plena nas aflições. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-14-vida-plena-nas-aflicoes.html. Acesso em 27 de setembro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

GERMANO, Altair. A vida plena nas aflições. A gangorra da vida. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2012/09/a-vida-plena-nas-aflicoes-gangorra-da.html. Acesso em 26 de setembro de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Vida plena nas aflições. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/09/aula-14-vida-plena-nas-aflicoes.html. Acesso em 24 de setembro de 2012.

Rede REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A vida plena nas aflições.  Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/baixar-licao/cod/230. Acesso em 26 de setembro de 2012.


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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