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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

mensagem 92: Deus proverá para Si um cordeiro. E para Abraão? Nada!



Abraão tinha certeza de que Deus proveria para Si um cordeiro, por isto caminhou confiante, com seu filho, até ao local estabelecido para o sacrifício.

1) A CHEGADA AO LOCAL:
Foram cerca de 3 dias de caminhada (Gn 22.4) e todo aquele tempo Abraão esperava uma ação de Deus, seu amigo (cfe II Cr 20.7). Sua esperança era que a qualquer momento Deus se manifestaria mudando o seu pedido, mas não aconteceu nada no trajeto e tampouco na chegada. Ainda não era hora, pois faltava o altar e a lenha. Deus não falou com Abraão.

2) O TEMPO FOI CONTROLADO POR ABRAÃO:
Deus não se manifestou no trajeto, então a esperança de Abraão era que Deus poderia se manifestar durante a construção do altar ou na preparação da lenha.

O tempo dependeria dele, caso desejasse poderia demorar o tempo que julgasse necessário. Poderia fazer corpo mole, trabalhar meio período, justificar cansaço pela viagem ou que desejava oferecer um altar digno, decente e apropriado para o sacrifício. Isto demandaria algum tempo, que poderia ser usado por ele como trunfo, na esperança que o pedido de Deus fosse mudado.

O controle do tempo estava nas mãos de Abraão. Deus jamais cobraria rapidez na construção do altar ou na preparação da lenha, pois Ele não se importa com o nosso tempo.

Quanto tempo ele demorou para terminar a construção? Será que pensou em demorar o mesmo tempo que esperou pelo cumprimento da promessa? Cerca de 25 anos, (cfe 12.4; 21.5)?

O tempo dependeu somente dele. Deus não interveio de forma a apressá-lo, mas quanto mais tempo demorasse para concluir e preparar o altar, maior seria o tempo para sair daquela angustia. Deus também não falou com ele durante este período.

3) HORA DO SACRIFÍCIO (GN 21.10):
Por mais que Abraão retardasse o inicio do sacrifício de nada adiantaria, pois Deus poderia cobrar uma atitude dele. No fundo ele imaginava que pudesse, pelo tempo, tocar o coração de Deus. Quem sabe o objeto do sacrifício pudesse ser alterado. Caminhada concluída, altar construído, lenha preparada e sacrifício iniciado, portanto não havia restrições para impedir que Deus agisse.

4) CONCLUSÃO DO SACRIFÍCIO OU CANCELAMENTO? (GN 21.11):
O anjo bradou e Abraão parou para ouvi-lo. Será que aquela manifestação seria somente para confirmar o aceite do sacrifício ou mudaria o pedido de Deus? Caso esta intervenção tivesse ocorrido durante a caminhada ou durante a construção do altar ou na preparação da lenha, fatalmente poderíamos afirmar que havia sido cancelado por Deus, portanto ele foi concluído e aceito por Deus.

5) NÃO FAÇAS TAL. TIRE SUAS MÃOS E DEIXE COMIGO:
Não faças mais nada, pois você já fez. Você já caminhou na minha presença durante estes três dias, construiu um altar novo, preparou a lenha e iniciou o sacrifício, portanto não resta mais nada por fazer. Agora o negocio é “COMIGO”. Daqui para frente EU assumo.

6) SITUAÇÃO DE ABRAÃO CASO TIVESSE CONCLUIDO O SACRÍFICIO:
Perplexo, assustado, inconformado, revoltado e descrente, ou seja, acabaria o homem de fé, a rocha, o amigo de Deus. Ele recebeu o livramento na hora certa, pois não agüentaria tamanha pressão. Ele desabaria ante a visão de seu filho, promessa de Deus, sem vida e ainda por cima, através de suas mãos.

O retorno para suas terras seria horrível. Tristeza, medo e problemas a vista, pois como encarar a família, os amigos e servos? Como seria recebido o homem que já havia despedido o sobrinho Ló, o filho Ismael e sacrificado o filho Isaque? Antes que desabasse o seu mundo, Deus agiu e deu a vitória.

7) O CORDEIRO AMARRADO (Gn 22.13):
Ele havia profetizado que Deus proveria para Si um cordeiro, portanto ainda faltava o cumprimento desta palavra, mas como isto aconteceria? Cairia do céu? Alguém lhe entregaria? O mesmo anjo que bradou colocaria em suas mãos? Quantas dúvidas.

O cordeiro apareceu do nada, amarrado e no meio do mato, pronto para ser sacrificado. Abraão não teve sequer o trabalho de procurar, correr, suar, bastou apenas se dirigir até ao animal e tomá-lo. Assim fica fácil.

Para quem imaginou que fosse perder tudo, pois qual outro sentimento poderia ter naquele momento a não ser o de perdas? De uma hora para outra Deus devolveu tudo para ele, filho, alegria, vida e certeza de sua fé inabalável.

8) CONCLUSÃO
Abraão teria o seu nome perpetuado através do tempo em todas as gerações e seria respeitado pelas 3 maiores religiões da atualidade, mas para isto, deveria se mostrar fiel. O impossível aconteceu em sua vida no momento certo, pois ele não suportaria a cena de seu filho inerte no altar. A sua fé foi tanta que durante a construção ele via um altar e não túmulo para seu filho.

Ele saiu de cabeça de baixa, triste e não contou nada para Sara, pois se assim o tivesse feito, certamente ela não teria consentido, por isto ele tomou a decisão sozinho. Voltou de cabeça erguida, feliz e mais fortalecido. Se tivesse contado a mulher, provavelmente ela buscaria Ismael de volta e mandaria o marido oferecer o filho de Agar (da outra).

Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

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