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terça-feira, 31 de julho de 2012

Juízes - Informações essenciais


PROPÓSITO:
Mostrar que o julgamento de Deus contra a transgressão é real e que seu perdão pelo pecado e a restauração do relacionamento são certos para os que se arrependem.

AUTOR:
Possivelmente Samuel.

PANORAMA:
A terra de Canaã, posteriormente chamada de Israel. Deus ajudara os hebreus a conquistar Canaã, que fora habitada por vários povos ímpios. Mas os israelitas estavam diante do grande perigo de perder esta Terra Prometida, porque comprometeram suas convicções e desobedeceram a Deus.

VERSÍCULO CHAVE:
“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”. (Jz 17.6).

PESSOA CHAVE:
Otniel, Eude, Débora, Gideão, Abimeleque, Jefté, Sansão e Dalila.

CARACTERÍSTICA PARTICULAR
Registro da primeira guerra civil de Israel.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal


Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

domingo, 29 de julho de 2012

Aula transferida para sexta feira

Hoje não tivemos aula! Motivo: 3º Congresso do Circulo de Oração do nosso setor. Sexta feira estaremos ministrando a lição 5. Portanto o pós aula estarei publicando no sábado pela manhã.

"Dá uma sensação de vazio, mas Jesus é do tamanho desta sensação". O pregador de ontem à noite frisou isto.

Outra fala dele: "Gn 6.3, o Espírito de Deus foi tirado da terra, Jesus rogaria ao Pai, mesmo sabendo que poderia ouvir um não (Jo 14.16), mas os dois (Pai e Filho), chegaram a conclusão de que o mundo não poderia receber o Espírito, pois não o conhecia, portanto era necessário livrar o povo do mal "deste mundo" para que então eles pudessem receber. Isto aconteceu em At 2.1.

Por: Ailton da Silva
(18) 8132-1510

sábado, 28 de julho de 2012

Casa do Pai ou Levirato


“CASA DO PAI” – SOCORRO DE DEUS?
LEVIRATO – SOCORRO HUMANO?

Realmente as viúvas eram as maiores vitimas da sociedade judaica. Por vezes esquecidas ou desprezadas, mesmo nesta situação contavam com o olhar de Deus sobre suas vidas, pois estas ações humanas foram todas previstas mesmo antes da lei mosaica entrar em vigor (Gn 38.8). Não seria novidade se tais mulheres ficassem a mercê de suas próprias sortes, esperando um milagre. Outras agiam conforme sua vontade para resolverem o problema, mas falhavam ou arrumavam confusões, piorando ainda mais a situação.

A) “CASA DO PAI”
Judá, o que havia optado pelo venda de José (Gn 37.26) e que pensara em extrair lucro da vida do próprio irmão, viu seus três filhos e nora protagonizarem uma das mais estranhas, audaciosas e intrigantes ações humanas na tentativa de impedir, melhorar ou resolver problemas familiares, uma situação calamitosa.

Seus filhos Er, Onã foram mortos por Deus (Gn 38.7, 10), o primeiro devido a maldade e o segundo por não querer suscitar a descendência do primeiro e a grande prejudicada em toda esta história foi Tamar, que após a morte de Er, se desposou de Onã, seu cunhado, para que desse continuidade na semente de seu marido. Então imaginou que sua vida pudesse melhorar ou que, pelo menos, não ficaria desprotegida no caso de outra perda.

Sua alegria durou pouco, pois seu novo marido não demonstrou intenção de lhe dar filhos (Gn 37.9; cfe Dt 25.6), proporcionando condições para que, na sua velhice ou no futuro, não viesse a sofrer, mesmo diante da segunda viuvez. Isto não agradou a Deus, pois ele estava impedindo, em parte, o cumprimento do levirato, que era apenas um costume bem antes da promulgação da legislação mosaica, portanto também morreu.

O terceiro filho de Judá era muito novo para que desse continuidade nesta atribulada família. A solução encontrada por Judá foi enviar sua nora para casa de seus pais (Gn 38.11) até que Selá atingisse a idade ideal para o casamento. Uma boa opção, haja vista que, não havia outra. Bastava ela esperar “no Senhor”, que um dia chegaria o momento de sua vitória. Se bem que durante este período ela estaria no melhor lugar, na “casa do pai”. Então não tinha muito por se afligir.

O lugar era o melhor, mas o período foi tenebroso. Dúvidas, choro, sofrimento, angustias, falta de noticias, desesperanças e solidão. O que passava pela sua mente? O sogro a esqueceu? O menino cresceu e casou com outra? Ou quem sabe ela o via todos os dias e não entendia o porquê não era permitido o novo casamento. Será que Judá esqueceu (Gn 38.26) a promessa?

Tamar esteve na casa de seu pai por tanto tempo, mas não aprendeu a se comportar como tal. Tentou resolver este problema usando sua astúcia, não soube esperar “no Senhor”, que certamente não havia esquecido dela. Armou um plano perfeito, sem falhas. Atraiu o sogro e jogou o laço. Uma mulher, que soube como “quebrar as pernas” de um homem, apesar de que Judá não foi nenhum exemplo de conduta e caráter. Escondeu seu erro, condenou a pobre Tamar, tudo isto pelo desejo de preservar sua descendência.

O plano de Judá deveria ter dado certo, era perfeito. Tamar ficaria na casa do pai e seu filho, Selá, atingiria a idade e dois se casariam e estava salva a família e descendência. O problema foi o período de espera. Como é difícil!

B) LEVIRATO
Uma verdadeira tragédia na família. Filhos e maridos mortos e sobraram apenas as viúvas, Noemi, Rute e Orfa. A situação pedia uma atitude urgente da parte da matriarca, que não deveria pensar somente em si mesma. O problema era o que fazer com suas noras. Nas terras de Moabe poderiam ser acolhidas por suas famílias ou pelo menos tinham a expectativa de um novo casamento.

Noemi, com certa idade (Rt 1.12), não alimentava esperança e mesmo que houvesse algum desejo certamente seu coração pendia para as terras de Judá, já que era conhecedora do levirato (Dt 25.5-9). Por isto despediu suas noras e resolveu seguir viagem para resgatar suas origens, mas elas a seguiram, até o momento em que ouviram dela que sua força para gerar novos filhos havia se esgotado e que a mão de Deus estava descarregada sobre sua vida (Rt 1.13b). Este foi o marco da separação das três, pois uma não suportou tamanha tristeza nesta declaração e voltou para sua família, a outra não.

Rute poderia ter voltado para seus afazeres, para casa de seu pai, mas rapidamente processou em sua mente o retrocesso que isto representaria. Estava “limpa” da idolatria moabita, havia aprendido muito com aquela família, presenciou todo o sofrimento de sua, agora pobre (Rt 1.21), sogra.

Então Rute decidiu “aceitar Jeová como Salvador de sua vida” (sic) e conscientemente, de livre e espontânea vontade, leu sua carta de conversão (Rt 1.16) para que todos os ouvidos moabitas ouvissem que a partir daquele momento ela tinha um outro Deus, o verdadeiro e único, Jeová.

E agora Noemi? A mulher está convertida, convicta e decidida, não há como impedi-la de conhecer a “casa do Pai”. Chegaram a Belém e toda a cidade se comoveu apenas com Noemi, não com Rute (Rt 1.19), pois sussurraram entre si dizendo: “... não é esta Noemi”, mas lá no fundo certamente disseram: “e esta moabita, quem é? O que esta adoradora do deus de barriga quente está fazendo aqui? Fora com os adoradores de Moloque”.

A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal em seu comentário de rodapé (Rt 2.2-3) descreve o momento da chegada, a recepção e atitudes daquela estrangeira:

“Rute foi para uma terra estranha. Ao invés de depender de Noemi ou esperar que algo de bom acontecesse, tomou a iniciativa e foi trabalhar. Não titubeou em admitir sua necessidade e buscou meios para supri-la. Quando saiu ao campo, Deus proveu-lhe todas as coisas”. BAP (página 358).

Noemi sempre desejou o bem para Rute, tanto que a orientou em um plano arriscado (Rt 3.1-7), mas de Deus, para que fosse abençoada com um novo casamento de acordo com a lei mosaica. Nada mais justo para uma nova convertida, que demonstrava zelo pelas coisas de Deus.

Mas o que parecia um socorro humano se tornou na verdade um socorro de Deus para a vida das duas viúvas, pois qual delas, em sã consciência imaginou, ainda em Moabe, que Deus tivesse um grande plano e que havia preparado uma grande bênção para as duas em Judá?

Aquela moabitinha, singela, simples, inteligente, que chegou  em Judá, assustada, confusa, com medo, entristecida pelo desprezo e situação financeira, fez uso do levirato e alcançou uma grande bênção, foi grata e agradou a Deus, tanto que foi incluída na genealogia messiânica (Mt 1.5), algo assustador para os moldes legalistas judaicos da época (cfe Dt 23.3).

Na “casa do pai” uma viúva não soube esperar “no Senhor” e complicou a sua situação, enquanto que a outra, no uso de um artigo mosaico, que tinha por finalidade apenas o material, preservação de nome e herança, alcançou a graça de Deus em sua vida, portanto podemos afirmar que para Deus não existem regras com exceções, mas sim existem exceções com regras e todas advindas Dele. Não tente entender o trabalhar de Deus!

Referências:
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora 

Por: Ailton da Silva
(18) 8132-1510

sexta-feira, 27 de julho de 2012

As aflições da viuvez. Plano de aula


VIUVEZ – LÍQUIDA E CERTA
VIÚVOS – NOVOS ATORES SOCIAIS
UMA GENTIA SUSTENTANDO PROFETA?
VIÚVAS – CASA DO PAI OU LEVIRATO!
VIÚVAS – RUTE PREFERIU O LEVIRATO
VIÚVAS – CUIDADO COM OS FARISEUS
VIUVEZ – SOFRIMENTO, DECISÕES E EMPATIA

TEXTO ÁUREO
Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas(1 Tm 5.3).

VERDADE PRÁTICA
Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez, esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 2.35-38; Tiago 1.27
  • 35 - (e uma espada transpassará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
  • 36 - E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade,
  • 37 - e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.
  • 38 - E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Tiago 1
  • 27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.


PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Viuvez: estado social e psicológico na morte do outro;
  • Ana (Lc 2.36-37) não se entregou à inércia;
  • A viúva de Sarepta também não se deixou abater;
  • Como servir a Deus em condições tão desfavoráveis?
  • A igreja não pode se omitir diante de tais situações;
  • Viúvas, órfãos, estrangeiros e pobres, são o alvo;
  • Viúvas, verdadeiramente viúvas, devem ser honradas;
  • Não somente com palavras, mas com ações sociais;
  • É isto o que Deus espera de cada um de nos? (Tg 1.27).


INTRODUÇÃO:
A viuvez não é um assunto tão simples como muitos possam imaginar. Se não for devidamente tratado com carinho, pode trazer sérios problemas sociais, emocionais e espirituais, para todos os integrantes da família enlutada. A nova realidade financeira, psicológica e espiritual apresenta-se ao lar que perde o seu provedor. Através da Palavra de Deus, a igreja deve ajudar os que se encontram nestas condições, para que superem este drama social.

O estado de viuvez, processo natural pelo qual um dos cônjuges fatalmente enfrentará, “é uma figura bíblica da exclusão social, do desamparo gerado pela vida em sociedade”, pois ao primeiro sinal desta condição, as mulheres fatalmente se deparavam com os problemas quanto ao seu sustento, quando não passavam a viver em extrema pobreza.

Mas, por outro lado a viuvez, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, se caracterizava no momento ideal para contemplarmos a preocupação, socorro e amor de Deus aos pobres e necessitados (Dt 14.29; 16.11; 24.19; 26.12; Sl 94.6). Este foi um dos primeiros problemas enfrentados pelos apóstolos no idos da igreja primitiva (At 6.1).
A viuvez é líquida e certa para um dos cônjuges, mas não existe uma preparação ou pelo menos uma preocupação com tal evento. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço em seu comentário semanal disse:

“Quando o cônjuge perde a sua companheira (ou companheiro) significa um rompimento do ciclo  de um convívio íntimo, intenso e profundo; a pessoa viúva enfrentará a solidão e a saudade do cônjuge que se foi. Algumas pessoas suportam com resignação esta lacuna da vida, mas outras se definham diante da amargura que lhe envolve, resultando em insegurança existencial que paralisam a sua sociabilidade e espiritualidade. Quando esta fase da vida chegar na vida de um irmão ou irmã, a Igreja e a família devem estar prontas para dar-lhe total apoio, consolo e carinho, bem como acudi-la no aspecto estrutural necessário à sua convivência social e firmeza espiritual. É, indubitavelmente, parte integrante do serviço social da Igreja”.

I. O CONCEITO DE VIUVEZ
1. DEFINIÇÃO E OBSERVAÇÕES.
  • É o estado social e psicológico de um dos cônjuges quando da morte do outro, que não contrai novas núpcias;
  • É uma situação esperada, mas não planejada. “Uma transição de identidade”, pela qual os viúvos passam a desempenhar um novo papel na sociedade aderindo a novos grupos de relações. Surgem novos atores sociais;
  • Desde os primórdios é um assunto de interesse público, por vezes não percebido, mas era uma preocupação constante, pois o socorro era imprescindível;
  • A solidão, provocada pela perda, é um dos pontos críticos desse estado, que pode comprometer a vida da viúva ou do viúvo com a depressão, tristeza e medo do futuro;
  • Outro fator que comprometia a família era a condição de pobreza que fatalmente atingia a família das viúvas, pois tais eram negligenciadas, ignoradas e esquecidas;
  • A lei Mosaica previa o atendimento a estes casos (Ex 22.22-24; Dt 14.28-29) e a outros especificamente, através da atenção e ação de Israel para com as viúvas;
  • As viúvas tinham duas opções: o direito de retornarem à casa do pai (socorro de Deus) ou poderiam permanecer na casa da sogra (Gn 38.11; Rt 1.16). Como segunda opção poderiam se sujeitar à lei do levirato (Dt 25.5-9), pela qual um irmão ou parente próximo do falecido a desposaria para dar continuidade ao nome do extinto. Nestes casos o filho desta nova relação era considerado filho do marido anterior, desta forma a família continuava unida e a herança permanecia entre eles;
  • A lei impedia o casamento de sacerdotes e sumo sacerdotes com viúvas (Lv 21.14);
  • As viúvas de reis, em muitos casos, permaneciam em seu estado de viuvez, pois contrair casamento com elas era o mesmo que “reivindicar o reino” (I Rs 2.23, cfe I Rs 1.1-4), segundo o entendimento do rei Salomão. Era difícil enganar ele.
Pela Palavra de Deus somos ensinados que tais, que se encontram nestas condições, devem ser socorridos para que não sejam vitimas dos “fariseus”, que gostam de devorar as casas das viúvas (Mc 12.40). Deus cuida de cada um em particular (Sl 146.9).

2. EXEMPLOS NAS ESCRITURAS.
Encontramos na Bíblia Sagrada diversos exemplos de superação da viuvez, entre os quais citamos:

a) Profetisa Ana:
  • SOFRIMENTO: Viveu apenas sete anos com o seu marido, antes da viuvez;
  • DECISÃO: não se afastou do Templo (Lc 2.36-37). Serviu ao Senhor dia e noite, mesmo com sua idade avançada. Ela e Simeão tiveram o privilegio de verem de perto o Messias;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Questionaria a Deus, pela sua soberana decisão (recolhimento). Se isolaria ou se furtaria aos deveres espirituais e materiais?
b) A viúva de Naim:
  • SOFRIMENTO: Perdeu o seu único filho (Lc 7.11-17), sua única fonte de sustento até então. Estaria fadada a pobreza e ao desprezo;
  • DECISÃO: Confiou na palavra de Jesus, “não chores”;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Questionaria a Deus, pela sua soberana decisão (recolhimento). Continuaria no lamento pela condição de extrema necessidade que se aproximava?
c) A viúva pobre:
  • SOFRIMENTO: Mulher com poucas posses, possivelmente vitima do desprezo judeu e fatalmente enfrentava necessidades, pois isto foi atestado por Jesus, quando Ele disse: “... mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha”;
  • DECISÃO: Mesmo diante de sua condição ofertou no Templo;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Questionaria a Deus, pela sua soberana decisão (recolhimento). Reteria parte da oferta devido ao temor pelas suas condições? Ou exercitaria a fé, assim como esta viúva?
d) A viúva de Sarepta, a gentia (... vive o Senhor, TEU Deus) que não era o mesmo dela:
  • SOFRIMENTO: Estava ajuntando lenha para a última refeição sua e de seu filho. Somente tinha os ingredientes para o bolo, a farinha e o azeite. Faltava apenas um motivo maior, sustentar o profeta;
  • DECISÃO: Foi escolhida, por Deus, para servir Elias por um tempo determinado (Lc 4.25,26). Ela acolheu o profeta que estava ameaçado pelo Rei Acabe (I Rs 17.1). Mesmo não conhecendo Deus, pois sua fala a denunciou: “vive o Senhor, TEU Deus”, resolveu atender ao pedido do faminto e cansado Elias. Enquanto uma gentia sustentava o homem de Deus os judeus estavam ocupados demais adorando Baal, o deus de Jezabel;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faría? Daría a alguém o seu “último” bocado (I Rs 17.12)? Acreditaria na “escolha” de Deus?
e) Rute (a moabita) e Noemi:
  • SOFRIMENTO: perdas, filhos e maridos (Noemi). Marido, cunhado e sogro (Rute). Voltaram pobres (cfe 1.21);
  • DECISÃO: Noemi decidiu pelo retorno à Judá e acolheu sua nora (Rute) após sua conversão (1.16). Rute decidiu aceitar “Jeová como Salvador” de sua vida. Mesmo sabendo que enfrentaria obstáculos e rejeição dos judeus permaneceu ao lado de sua sogra;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Ficaria nas terras de Moabe, com vergonha da situação financeira (1.21)? Ou mudaria de vida, crença e enfrentaria os obstáculos e rejeição, assim como fez Rute?
f) Abraão:
  • SOFRIMENTO: perda de sua esposa Sara (Gn 23.2);
  • DECISÃO: Mesmo diante da dor, lembrou-se de Isaque, sabia que tinha que dar continuidade à sua semente, por isto ordenou a seu servo que fosse buscar uma esposa para o filho (Gn 24.4);
  • VOCÊ NO LUGAR DELE: O que faria? Ficaria lamentando a perda e esqueceria da linhagem, do seu futuro? Ou aproveitaria a viagem do servo e pediria duas esposas, uma para o filho e outra para você? Ele ainda era viúvo.
g) Ló:
  • SOFRIMENTO: perda de sua esposa irresponsável (Gn 19.26);
  • DECISÃO: Continuou a jornada com as filhas, não ficou esperando a restauração da mulher (Gn 19.30), um grande “milagre”;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELE: O que faria? Ficaria lamentando diante da estátua de sal? A mulher que atrapalhou a trajetória de Ló.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Palestra: Congregação Maria de Lourdes

Palestra: Liderança antecipada

Data: 04 de agosto
Local: Assembléia de Deus - Congregação Maria de Lourdes
Horário: 19:30 horas.
Público alvo: toda a igreja

"Mais cedo ou mais tarde, tomaremos uma decisão ante a necessidade da obra. Esperamos que a capacitação,  preparação, investimento e incentivo venham do homem, mas isto vem de Deus, que através do seu agir, não entendido por nós, tem levantado muitos como instrumentos em suas mãos. A liderança não é caracterizada tão somente pela presença de um cajado ou bastão em uma das mãos.  É muito mais que isto. Somente os espirituais entendem". Ailton Silva

Seguem alguns slides:
























Por: Ailton da Silva

Mensagem 58: "Muito prazer, eu sou Davi, seu criado e novo rei"


MUITO PRAZER! EU SOU O NOVO REI!
REI SAUL, EU SOU SEU CRIADO, NÃO LEMBRAS?
MUITO PRAZER! EU SOU DAVI, FILHO DE JESSÉ, O BELEMITA
ISRAEL, ESTÁS ALEGRE PELA MINHA VITÓRIA OU PELOS DESPOJOS?

Introdução (I Sm 17.55-58)
Todos ficaram felizes com a vitória de Davi sobre o gigante Golias, tanto que não se preocuparam em conhecer a história do grande vitorioso do dia. O rei Saul por 3 vezes perguntou a filiação do jovem guerreiro, primeiro para Abner, seu capitão, depois para os que estavam ao seu redor e finalmente para o próprio jovem. Mas ele sabia desde o inicio, quem era pai de Davi e o conhecia muito bem, a menos que já houvesse nascido em seu coração a preocupação e o ciúmes.

Quem seria capaz de responder a pergunta do rei? Abner, os soldados ou o próprio Davi? Toda aquela alegria era pela vitória do futuro rei ou pelos despojos do inimigo?

a) De quem é filho este menino, Abner (I Sm 17.55)?
Abner era o capitão do exercito de Saul. Sua posição não permitia ter contato ou conhecer qualquer um, ainda mais se fosse um insignificante e atrevido jovem. Talvez ele conhecesse os mais valente e leais de seus soldados, talvez soubesse o nome de um e de outro, mas naquele momento somente pode responder ao rei: “Vive a tua alma rei, que não sei”.

Abner não conhecia Davi, não seria capaz de distinguir sua voz (cfe Sl 116.1; At 13.22) em meio a multidão de soldados, tampouco poderia ser capaz de ouvir o clamor, a súplica (cfe Sl 116.2). Abner conhecia somente os seus soldados, os revestidos de armaduras humanas, pesadas, verdadeiros impecilhos (I Sm 17.39). O grande capitão do exercito humano não reconhecia de longe um soldado, mas era capaz de reconhecer, de perto, um verdadeiro pastor com seu cajado (I Sm 17.40).

Não conhecia porque Davi não havia sido treinado por ele e porque jamais o escolheria ou o aceitaria em seu exercito. Um moleque, franzino, sem amor a vida, um insubordinado, pois desafiou o gigante, mesmo sem armas (17.46).

b) De quem é filho este menino, multidão (I Sm 17.56)?
Como Abner não foi capaz de responder, então o rei perguntou aos que estavam ao seu redor, a multidão, aos soldados, que provavelmente não prestaram atenção em Davi, pois estavam preocupados com os despojos dos filisteus (I Sm 17.53). Se o capitão não era capaz, muito menos seus soldados seriam. Eles estavam tão felizes com as riquezas, pertences e armas deixadas pelo inimigo que se esqueceram do vencedor.

Pelo menos por gratidão deveriam saber, já que momentos antes estavam todos atemorizados ante a visão do gigante (I Sm 17.24) e graças ao “sem nome e sem pai” estavam todos felizes e aproveitando os despojos (I Sm 17. 53). Foi por isto que Davi recusou a armadura de Saul, pois se recusando, ninguém foi capaz de valorizá-lo, imaginem então quem estaria sendo carregado nos ombros caso ele tivesse aceito a oferta e usado.

c) “De quem és filho, jovem? Prazer, eu sou Davi, filho de Jessé o belemita, seu criado” (I Sm 17.58).
Davi olhou para Saul e perguntou: “mas porque, meu rei, pergunta isto? Eu sou teu servo, esqueceu? Saul esqueceu muito rápido todos os benefícios que Davi lhe havia feito até então:
  • Davi foi levado para o palácio e amado pelo rei. Ele serviu como pajem de armas (I Sm 16.21), mas já estava ungido e o rei já estava rejeitado (I Sm 16.1);
  • Davi tocava harpa todas as vezes que Saul era atormentado (I Sm 16.23);
  • Saul estava com problemas novamente com o Espírito do Senhor (I Sm 16.14)?
  • Ou não queria admitir que seu pajem de armas era, dentre o seu reino, o valente e que estava na graça do povo? Ele não teve a coragem (I Sm 17.11) que aquele menino franzino teve;
  • Ou aquilo era uma previa do que Davi enfrentaria pela frente (I Sm 18.12)?
d) Dedo do homem x mão de Deus:
Davi estava preocupado se alguém naquele o conhecia ou não. Não se importou com seu nome, futuro status ou agradecimento. Sua alegria era grande, pois sabia que Deus o havia honrado.

Não interessa se não sabem o nome dos que estão na luta, na peleja. Se for preciso Deus nos dá uma relação com os nomes e características, que somente Ele pode identificar em todos os seus soldados. O mesmo não podemos dizer do inimigo de nossas almas. O verdadeiro general conhece e tem gravado os nomes de seus soldados na palma de sua mão (Is 49.16).

Na suposta festa da unção (I Sm 16.4-13), Davi foi o último a ser convidado, pois foi vitima da ação do “dedo do homem”, que o impediu de estar na festa desde o início. O dedo do homem colocou Davi por último na fila, mas a mão de Deus o reconduziu ao primeiro lugar diante de todos os seus futuros soldados e povo.

Seu irmão Eliabe, o primeiro que foi rejeitado por Deus na unção, foi o primeiro que o reprovou por estar naquele lugar, pois o julgava sem condições para tal, ou como ele disse: “seu maldoso, presunçoso, sanguinário, veio se deliciar com o sangue dos outros”. Mal sabia ele que aquilo seria o cartão de apresentação do grande rei Davi.

Conclusão
Ninguém conhecia Davi? Ninguém valorizou sua coragem? A alegria foi pelos despojos e não pela vitória do grande guerreiro? Até mesmo o rei havia esquecido seus préstimos? A resposta de Saul foi respondida pelo único que poderia responder. O rei que mudou as condições do povo, que antes sofria e temia, mas que depois de seus aparecimento e atuação, se alegraram e encorajaram para novas batalhas. Israel derrotou os filisteus, não pelas suas forças, clamores ou força, mas sim pela ação de Davi.

Por: Ailton da Silva

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Roteiro para plano de aula - tópico II da lição 5

 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE AULA
TÓPICO II – EXEMPLO NAS ESCRITURAS (VIUVEZ)

a) Profetisa Ana:
  • SOFRIMENTO: quais foram as dores e perdas?
  • DECISÃO: não se afastou do Templo (Lc 2.36-37). Serviu ao Senhor dia e noite;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Questionaria a Deus, pela sua soberana decisão (recolhimento).

b) A viúva de Sarepta:
  • SOFRIMENTO: quais foram as dores e perdas?
  • DECISÃO: Qual foi a sua maior decisão? Acolheu o profeta que estava ameaçado pelo Rei Acabe (I Rs 17.1);
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faría? Daría a alguém o seu “último” bocado? (I Rs 17.12).

c) Rute e Noemi:
  • SOFRIMENTO: perdas, filhos e maridos (Noemi). Marido, cunhado e sogro (Rute). Voltaram pobre (cfe 1.21).
  • DECISÃO: Noemi decidiu pelo retorno à Judá e acolheu sua nora (Rute) após sua conversão (1.16). Rute decidiu aceitar “Jeová como Salvador” de sua vida. Mesmo sabendo que enfrentaria obstáculos e rejeição dos judeus permaneceu ao lado de sua sogra.
  • VOCÊ, NO LUGAR DELA: O que faria? Ficaria nas terras de Moabe, com vergonha da situação financeira (1.21)? Ou mudaria de vida, crença e enfrentaria os obstáculos e rejeição, assim como fez Rute?

d) Abraão:
  • SOFRIMENTO: perda de sua esposa Sara (Gn 23.2);
  • DECISÃO: Mesmo diante da dor, lembrou-se de Isaque, sabia que tinha que dar continuidade à sua semente, por isto ordenou a seu servo que fosse buscar uma esposa para o filho (Gn 24.4);
  • VOCÊ, NO LUGAR DELE: O que faria? Ficaria lamentando a perda e esqueceria da linhagem? Ou aproveitaria a viagem do servo e pediria duas esposas, uma para o filho e outra para você?

e) Ló:
  • SOFRIMENTO: perda de sua esposa irresponsável (Gn 19.26);
  • DECISÃO: Continuou a jornada com as filhas, não ficou esperando a restauração da mulher (Gn 19.30), um grande “milagre”;
  • VOCÊ, NO LUGAR DELE: O que faria? Ficaria lamentando diante da estátua? 
Por: Ailton Silva

Lição 5 - As aflições da viuvez - AD Curitiba



Por: Ailton da Silva

terça-feira, 24 de julho de 2012

Lição 5 - As Aflições da Viuvez - Lições Bíblicas da CPAD



A voz dele não mudou, assim como na k7 que tenho, quando ele esteve aqui em Prudente, idos dos anos 90, pregando sobre a vida de Pedro, pós negação e sobre os 2 discípulos a caminho de Emaús. Lembro como se fosse hoje.

Ele estará no II congresso da EBD de Pirassununga-SP, 10 a 12 de agosto, conforme abaixo:


Por: Ailton da Silva

4º trimestre de 2012 - Os doze profetas menores



Divulgado o tema da próxima revista da Escola Bíblica Dominical: Profetas Menores:

Lição 1 - A Atualidade dos Profetas Menores
Lição 2 - Oséias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus
Lição 3 - O Derramamento do Espírito Santo
Lição 4 - Amós - A Justiça Social como Parte da Adoração
Lição 5 - Obadias - O Princípio da Retribuição
Lição 6 - Jonas - A Misericórdia Divida
Lição 7 - Miquéias - A Importância da Obediência
Lição 8 - Naum - O Limite da Tolerância Divina
Lição 9 - Habacuque - A Soberania Divida sobre as Nações
Lição 10 - Sofonias - O Juízo Vindouro
Lição 11 - Ageu - O Compromisso do Povo da Aliança
Lição 12 - Zacarias - O Reinado Messiânico
Lição 13 - Malaquias - A Sacralidade da Família

fonte: http://casadabibliaonline.blogspot.com.br/2012/07/revista-escola-dominical-4-trimestre.html

Por: Ailton da Silva

Josué - informações essenciais


PROPÓSITO:
Narrar a história da conquista da Terra Prometida por Israel

AUTOR:
Josué, exceto a parte final que provavelmente foi escrita pelo sumo sacerdote Finéias, uma testemunha de todos estes eventos.

PANORAMA:
Canaã, também chamada Terra prometida, que ocupava o mesmo território geográfico de Israel nos dias modernos.

VERSÍCULO CHAVE:
“Passai pelo meio do arraial e ordenai ao povo, dizendo: Provede-vos de comida, porque dentro de três dias passareis este Jordão, para que entreis a possuir a terra que vos dá o SENHOR vosso Deus, para que a possuais” (Js 1.11)

PESSOAS CHAVE:
Josué, Raabe, Acã, Finéias, e Eleazar.

LUGARES CHAVES:
Jericó, Ai, monte Gerizim, Gibeão, Silo, e Siquém.

CARACTERÍSTICA PARTICULAR
Josué e Calebe, entre os contados com mais de 20 anos de idade, foram os únicos israelitas que saíram do Egito e entraram na Terra Prometida.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva

domingo, 22 de julho de 2012

pós aula - lição 4


Projeto: 2 professores por sala.

“Se não podemos fazer uso das leis humanas para resolvermos questões, problemas ou traumas (I Co 6.1), então também não podemos fazer uso da medicina humana”;

Nós, crentes preferimos a violência física ou a verbal? Mesmo que em alguns casos a verbal seja tão maléfica ou pior quanto a física, pois empurraremos a situação com a barriga. As vezes palavras, olhares tortos e desaprovações, dói tanto quanto um soco, MAS EU AINDA PREFIRO QUALQUER COISA, MENOS A VIOLÊNCIA FÍSICA;

Se Caim tivesse uma faca, ou algum outro instrumento cortante, sacos plásticos e uma geladeira, somente Deus sabe o que ele faria para esconder o corpo de seu irmão. O “ineditismo” neste caso foi a própria morte e não a forma;

Conheci uma mulher que “apanhava do marido”, (obreiro) e isto a abalou muito. Há alguns anos atrás, estávamos na porta de uma congregação e ela não tinha forças para entrar, pois havia resquícios de sua situação do passado. Com muito custo ela entrou, mas não permaneceu por muito tempo;

Momento leva não leva: quantas irmãs do circulo de oração por este Brasil agora não estão se derramando em lÁgrimas devido ao problema do item anterior? Elas preferem entregar tudo a Deus. Corretas! Talvez muitas não conhecem seus direitos;

As políticas públicas não resolvem os problemas da violência, apenas amenizam, superficialmente, mas do jeito que os politiqueiros gostam;

Porque a igreja não socorre todas as vitimas da violência? Prudência, cautela e canja de galinha não fazem mal a mingúem? Infelizmente socorremos uns casos e nos omitimos em outros;

O poder é o meio mais rápido para conhecermos uma pessoa, basta conceder e logo a grande revelação acontece;

O principio da fé (HB 11.34-40) é a prova bíblica da violência sofrida pela igreja primitiva;

A igreja moderna não possui departamentos para socorro aos casais, noivos, namorados, usuários de drogas e traumatizados;

A principal causa disto, principalmente no nosso caso, é esta desenfreada abertura de trabalhos. “Pequenas igrejas, poucos ensinadores”;


A “cobrinha” não mentiu quando disse a Adão e Eva que eles conheceriam o bem e o mal, mas se ela tivesse dito desta forma: “sereis iguais a Deus e conhecerão o bem, mas também vocês conhecerão o mal”, quem sabe então eles teriam refletido um pouco antes de praticarem o ato;

“tem muita gente doente por noticias violentas”.

Geração de Sete buscava a Deus e os “marcados” de Caim não, mas um dia estas duas gerações se encontraram e decidiram pela mistura. Inicio da corrupção e multiplicação da violência. Isto sempre acontece quando os filhos de Deus se misturam com os filhos dos homens”;

Os da geração de Sete não tinha estrutura suficiente para suportarem aquelas mistura;

“O mundo nos aborrece”, descobrimos porque a recíproca não pode ser verdadeira: POR CAUSA DO GALARDÃO.


Pós aula – Profª Talita:
Deus resolveu dar uma “chance” para Caim, já que poderia ter exterminado ali mesmo naquela ocasião. Ele temia pelas represálias (Gn 4.14), mas Deus o tranqüilizou, pois para alguém fazer mal a ele teria que ter muita coragem. Então Caim foi livre dos traumas do seu crime (eu não havia pensado nisto);

Falta de amor ao próximo é sinal de falta de amor a si mesmo;

Violência é resultado do pensamento humano – pensar em si mesmo;

Violência sofrida no passado refletirá no presente;

II Tm 3.1-5: corrupção do gênero humano;

Crianças, jovens, mulheres e idosos são as maiores vitimas dos “valentões, dos golias da vida”;

Se Davi fosse do tamanho de Golias, será que teria ouvido tantos insultos?


Por: Ailton da Silva

Segunda parte da lição: Tópico - a violência na sociedade atual.

 Deixei este tópico da lição a cargo da Profª Talita. O projeto é com o tempo separar as classes, circulo e jovens.











Por: Ailton da Silva

sábado, 21 de julho de 2012

O medo da solidão é menor que o desejo de ser o maior


Qual a origem da violência? Após a expulsão? Nos primeiros dias de convívio em grupo? No seio da primeira família? Entre dois irmãos? Os únicos amigos da época (?).

O medo da solidão foi menor que o desejo de ser o maior. Então a expulsão do paraíso não foi capaz de resolver os problemas da humanidade, recém formada? A convivência fora do paraíso serviu para grifar ainda mais os erros do homem.

Imagino os pais diante de um corpo inerte na terra, algo inédito para eles, sem atitude e um pouco mais atrás estava o irmão imaginando que Abel estivesse simulando aquela situação. Ou estava arrependido? Triste? Talvez naquele momento de reflexão, ele tenha feito propósitos com Deus ou exposto o desejo de mudança, pois é assim que acontece quando estamos diante dos “inertes” parentes, amigos ou conhecidos.

Para quem já havia respondido de forma insolente ao próprio Deus, como estaria arrependido ou demonstrando algum outro sentimento humanitário? Ele não via a hora de tudo aquilo terminar para dar continuidade a sua vida.

“E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão”? (Gn 4.9)

Pelo menos poderia ter demonstrado uma dor pela perda do grande amigo, do irmão ou então porque não buscou o perdão de Deus? Certamente conheceria uma parcela da misericórdia Divina.

A fuga foi a solução encontrada por Caim e para trás deixou os pais sem filhos[1], preocupados com a atitude do então “único filho”, até ao nascimento de Sete (Gn 4.25), o percussor de uma geração que começou a buscar a Deus (Gn 4.26). Esperança para o caído homem?

Então, a grossos olhos, poderíamos dizer que a partir deste momento o grande problema da humanidade, até então, estava com os seus dias contados? O homem voltou a se aproximar de Deus, certamente reconheceria seus erros e voltaria à comunhão perdida no Éden, pelo menos esta seria a lógica.

Segundo Josefo, havia na terra, duas raças, dois grupos de pessoas, assim como frisamos acima, a geração de Sete, os filhos de Deus (conforme Gn 6.2) e a geração marcada de Caim (Gn 4.15), os filhos do homem (conforme Gn 6.2), mas um dia, estas duas gerações se encontraram e se misturaram. A mistura gerou a multiplicação da espécie e da violência.

“Nessa época, havia duas raças distintas: a descendência de Sete e a de Caim. Os expositores modernos, em sua maioria, concordam que os "filhos de Deus", citados em Gênesis 6.2, constituíam a descendência de Sete, e os "filhos dos homens", a descendência de Caim”. JOSEFO (Livro primeiro, capítulo 2).

Então a fuga e o isolamento do primeiro homicida não resolveu o maior problema da humanidade? Pelo contrário, parece que aumentava ainda mais o fascínio humano pela maldade. Os lugares por onde, ele disseminou o mal que havia em seu coração. A sua história não era segredo para ninguém.

Depois de haver atravessado diversos países, Caim estabeleceu residência em um lugar chamado Node, onde teve vários filhos. No entanto o castigo, em vez de torná-lo melhor, fê-lo, ao contrário, muito pior. Abandonou-se a toda sorte de prazeres e até usou de violência, apoderando-se de bens alheios para enriquecer-se. Reuniu homens maus e celerados, dos quais se tornou o chefe, e ensinou-os a cometer toda espécie de crimes e de ações ímpias”.

“Eis como a posteridade de Caim chafurdou-se em toda espécie de crimes. Não se contentaram em imitar os de seus pais, mas inventaram outros. Entre eles, havia assassínios e latrocínios, e os que não mergulhavam as mãos em sangue estavam cheios de orgulho e de avareza. JOSEFO, (Livro primeiro, capítulo 2).

Quem sabe o extermínio da raça humana pudesse resolver o problema da maldade? Deus não via mais com bons “olhos” a sua criação, por isto resolveu por fim a tudo (Gn 6.5), mas era preciso conservar uma semente, para que a partir desta aparecesse uma nova geração, diferente daquela corrompida e maldosa.

A semente escolhida foi boa (Gn 6.9), pois Noé havia achado graça aos olhos de Deus, algo extremamente difícil para os moldes sociais da época. Diante de toda aquela corrupção existia ainda um fiel, um que buscava a Deus e que se apartava do mal, aliás sempre houve e sempre haverá, pois Deus nunca ficou ou nunca ficará sem testemunho na Terra (I Rs 19.18; Ap 7.1-9; 11.1-3).

Após a saída da arca, aquela família voltou a sua rotina e não demorou para que voltassem a tona os velhos e conhecidos problemas da raça, a violência e maldade, mas com uma nova roupagem, uma nova conotação, que muitos poderiam até classificar como normal, aceitável ou insignificante:
a) Uma falta de respeito por um grande patriarca. Isto fundamentou a origem semita e a posição elevada de Israel (Gn 9.26) e por outro lado consolidou a constante presença ao seu redor de seus “inimigos” (Gn 4.25);

b) Uma afronta a um trabalhador, que se alegrou pela colheita (Gn 9.20). O trabalho, sucesso e prosperidade eram somente seus ou também de seus filhos? Porque então também não se reuniram a ele para juntos comemorarem o fruto da terra?

c) Uma violência moral contra o próprio pai (Gn 9.22). Três filhos, com atitudes diferentes, que agiram como aqueles dois grupos de pessoas que havia na terra, antes do dilúvio (os filhos de Deus e os filhos do homem), pois um não honrou o pai (Gn 9.22), enquanto que os outros dois não permitiram a desonra, a chacota, os risos, a vergonha, o rótulo, a discriminação e qualquer outra consequência que este tipo de violência provoca no homem.

Naquele dia todos estavam reunidos e contemplaram a alegria de Noé, mas também conheceram um novo tipo de violência, a moral, que em muitos casos é pior que a física, pois traumatiza, tanto quanto, causa ferimentos profundos, consequências que somente são sentidas no futuro, por outras gerações.

O Maligno conseguiu entender desta forma e por isto mudou os seus planos. A violência física é fácil de se identificar e evitar, mas a moral, a cruel, a violência branca é muito pior e maléfica.

Portanto o dilúvio também não resolveu o velho problema da humanidade, pois a maldade ainda imperava e até piorou. Somente o Sacrifício vicário de Jesus, pode resolver os traumas causados pela violência social, que tão de perto nos rodeia.

Referências:
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. De Abraão a queda de Jerusalém. 8ª Ed. Traduzido por Vicente Pedroso. Rio de Janeiro. CPAD, 2004

[1] Partindo do princípio da primeira família ser constituída por 4 pessoas.

Por: Ailton da Silva