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segunda-feira, 31 de março de 2014

Quando foram entregues as Tábuas com os 10 mandamentos? No Éden ou no Sinai?


O grande problema não são os nove mandamentos, mas sim um em especial, o quarto, a PEDRA DE TROPEÇO de muitos (muitos judeus), que deveriam guardar e não conseguem, mesmo com a intensa vigilância de seus sacerdotes, levitas, autoridades e simpatizantes, vide caso ocorrido após a reconstrução do Templo, muro e portas de Jerusalém (Ne 13). Aquela geração ainda respirando ares abençoados de vitória, não conseguiu se manter fiel a uma ordenança, digamos “simples”, bastava se trancarem em suas redomas de vidros e permanecerem em oração, louvor ou outra atitude que pudesse agradar a Deus.

1) OS MANDAMENTOS FORAM CUMPRIDOS OU RESUMIDOS EM DOIS?
Ora, qual seria então o grande mandamento na Lei, conforme perguntado para Jesus? “Amarás seu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento”. Não vejo problema em afirmar que a partir do momento em que um homem, judeu ou gentio, ame a Deus de todo coração, possa ter, por isto, um padrão de santidade, uma comunhão vertical sadia, uma vez que jamais procurará outro (Senhor), seja lá quem for, com sinais, prodígios e maravilhas ou não.

O certo é que se os judeus observassem este primeiro grande mandamento, ensinado por Jesus, não terão outro Deus, não fariam imagens de escultura, não tomariam o Santo Nome de Deus em vão e por fim, ELES não teriam problemas em guardar o sábado, somente aqueles que devem, por obrigação, justamente ainda por não terem se libertados do jugo pesado da Lei, por não crerem no Messias e por levantarem um falso testemunho que perdura por quase dois milênios (eles afirmaram que os discípulos de Jesus foram ladrões de corpo de cemitério). Se já tivessem permitido tal liberdade estaria agora livres de um ou quem sabe dos 613 pesadas ordenanças.

O segundo grande mandamento diz respeito a comunhão horizontal, relação homem a homem (seres humanos). O que tem de mais em afirmar que “amando o próximo como a ti mesmo”, não desonraríamos pai e mãe, não mataríamos, não adulteraríamos, não furtaríamos, não levantaríamos falso testemunho e certamente não cobiçaríamos, ou seja, não teríamos motivos para profanarmos os mandamentos escritos nas tábuas.

2) TÁBUAS ENTREGUES NA CRIAÇÃO E NÃO NO SINAI:
Deus estava pensando somente no homem, quando modelou, redecorou, reformou a Terra. Se desejarmos uma resposta mais consistente para este mistério teremos que extraí-la do primeiro capítulo de Gênesis, versículo zero (Gn 1.0), ou seja, teremos que esperar a eternidade para sanar as dúvidas quanto a isto.

Quando Deus acabou sua obra, Ele descansou e descansou mesmo, mas não consigo comungar a ideia de que o primeiro homem tivesse que imitá-lo, ou que tenha sido ordenado, tal como fomos ensinados pelo apóstolo Paulo: ”Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (1 Co 11.1).

Sem querer entrar no assunto das dispensações, pois creio que o próprio texto nos deixa claro qual delas estava ativa na época, volto a frisar que somente Deus descansou e não vejo entrega de objetos, ditos “sagrados” que pudessem perpetuar a ordenança, caso ela tenha ocorrido. No caso das tábuas entregues no Sinai ficou bem claro a presença dos mandamentos e algo para confirmar, para ser lembrado, para ficar gravado, ou seja, “as tábuas”.

Porque Deus não ordenou que fosse imitado? Havia muita “inocência” na época, não havia maldade e o homem tinha suas atribuições, designadas por Deus, deveria lavrar e cuidar do jardim (Gn 2.15), não necessitavam de correção, ainda, mesmo porque não entenderiam, pois ainda não tinham consciência do pecado, aliás sequer imaginava algo parecido.

Seria muito penoso, por que não dizer danoso, eles ouvirem algo do tipo: “É obrigatório a guarda do sétimo dia, caso contrário eu expulsarei vocês do jardim” – ridículo tal afirmação, jamais Deus requereria algo tão pesado para sua criação, naquele momento da história.

Deus terminou sua obra, descansou, abençoou o sétimo dia e santificou, simples, somente isto, não ordenou para suas inocentes criaturas, recém criadas, que O imitassem. Se tivesse ordenado, o que volto a frisar não aconteceu, por que não foi feito menção para as outras gerações que se seguiram pós Éden?

Tábuas entregues no final da criação? Isto nos gera um misto de surpresa e indignação. Fábulas e teorias humanas sem nenhuma fundamentação bíblica.

3) PORQUE O QUINTO MANDAMENTO COMEÇA COM A EXPRESSÃO “LEMBRA-TE”?
Talvez deveriam se lembrar do mandamento, que ainda estava fresco na mente de cada um. Após a passagem do mar Vermelho eles foram alertados quanto a observância do sábado (Ex 16.23), mandamento que foi ratificado na ocasião da entrega do dez mandamentos (Ex 20.11). Daquele momento em diante não teriam mais desculpas para apresentarem diante de Deus. A não observância caracterizaria a profanação.

Os judeus guardavam o sábado para ser o dia da cessação de suas atividades e para se voltarem a Deus em adoração e não somente para DESCANSAREM. Enquanto estavam no Egito não guardaram o sábado, mesmo porque duvido que os egípcios tenham permitido. Portanto este mandamento não teve origem no Éden. Os hebreus não deveriam se “lembrar” do que fora supostamente ordenado para Adão, mas sim o que fora revelado a Moisés. Era algo do tipo: “lembra-te.....do que aconteceu após a passagem do mar Vermelho”. Foi nesta ocasião que o sábado foi dado ao homem. 
  • Na criação, o sábado foi exclusivo para Deus descansar. No Sinai foi estendido aos hebreus, pois:
  • Representava o selo da aliança mosaica (Ex 20.10; 23.12; 31.15; Dt 5.15; Is 56.4-6);
  • Era um dia santo (Ex 16.23-29; 20.10-11; 31.17);
  • Era proibido qualquer tipo de trabalho neste dia (Ex 35.3; Nm 15.32);
  • Era um sinal entre Deus e seu povo para sempre (Ex 31.13; Lv 26.14-16; Ez 20.12,20);
  • Lembrava a criação original e a redenção de Israel do Egito (Dt 5.5);
  • Sinal de lealdade entre Israel e Deus (Is 56.2; Ez 20.12);
  • Descanso para o homem (Ex 16.29-30);
  • Descanso para a terra (Lv 25.4);
  • Adoração e serviço exclusivo a Deus, sacrifícios e ensino aos sábados (Lv 23.3; Nm 28.9; Dt 5.12; Ez 46.3,12; Lc 4.31; 13.10);
  • Ofertas, alegria, regozijo, pois não havia outra reação possível de um povo, que reunido, lembrava a libertação da escravidão (Dt 5.15).

A aliança foi entre Deus e Israel, nenhuma outra nação da terra (Ex. 31.13), ou instituição foi incluída neste contexto, tanto que deveria se observados por eles em todas as gerações, ou seja, era um mandamento perpétuo, para sempre (Ex 31.17).

Agora o que me intriga é que existem uma infinidade de mandamentos, ordenanças e conselhos na Lei, mas não vejo homens defendendo ou adotando, tais como a circuncisão aos oitavo dia de vida (Gn 17.7-13), a unção dos sacerdotes (Ex 40.15) ou até mesmo a celebração da páscoa (Ex 12.14), propriamente dita, conforme tradição judaica.

Não havia outra expressão para iniciar este mandamento a não ser: “lembra-te”, lembra-te do que ocorreu após o Mar Vermelho, esqueçam o Éden, lá Deus não requereu nada do homem, apenas pediu obediência (cf Gn 3.1-3). Realmente aconteceu algo em relação ao sábado para os hebreus, e fazia poucos dias, pouquíssimos.

4) O ESQUECIMENTO GENERALIZADO DOS HEBREUS
Eles esquecerem, não do ocorrido com Adão, mas sim o que havia acontecido com os cinco patriarcas anteriores a eles, a saber: Abraão, Isaque, Jacó, José e Moisés, como Deus chamou o primeiro, estabelecendo sua aliança com ele e confirmando depois para todos os outros, finalizando com o último, que foi o responsável pela entrega da lei ao povo.

Eles se esqueceram, mas não deveriam, pois se tivessem seguido os costumes da época, dos patriarcas, não teriam deixado morrer a esperança maior da benção prometida para o primeiro e cumprida na vida do último patriarca. Os quatrocentos anos foram tão cruéis para esta geração que saiu do Egito, pois foi preciso que tivessem um encontro com Deus, que os vissem agindo, falando, sequer sabiam o Seu Nome, por isto que foi iniciado desta forma o quarto mandamento: “Lembra-te”.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

Lição 13 - pós aula


Por acaso Moisés sabia o dia em que morreria? “suba ao monte, veja a terra e morra” – no mínimo dependeria dele a hora da subida e consequentemente a morte (???).

Não adianta querer se achar o tal, pois sempre aparecerá outro em melhores condições ou com mais disposição.

Por isto é que se torna difícil deixarmos um legado digno de lembrança ou menção. Sempre aparecerá outro com uma história diferente.

Não conseguimos deixar um rastro de atos bons, tanto quanto os errados. Podemos ter 99 acertos, mas basta ter 1 erro para que tudo seja apagado.

Patrimônio espiritual não é palpável ou visível, ainda bem, pois assim ninguém pode roubar e não podemos gastar à toa.

Josué, o bom aluno, ouviu do professor e quando assumiu a liderança repetiu o que havia aprendido.

Salomão pede o que queres, hum.....
·         “Morte dos inimigos;
·         Riquezas.
Ele pediu sabedoria

Moisés, posso te fazer uma proposta: “acabo com todos e faço a partir de ti um novo povo, queres? NÃO. Tanto Salomão quanto Moisés sempre pensaram no bem de todo Israel.

Moisés, no cume do monte viu a Terra Prometida e gritou bem alto (eu acho que ele disse isto): “COMBATI O BOM COMBATE, ACABEI A CARREIRA E GUARDEI A FÉ”, não é possível que ele não tenha dito nada.

Nossa maior preocupação deve ser com o trajeto e não com a chegada, tão somente. Este foi o erro de Israel, saiu confiante e alegre e aguardava ansioso a chegada em Canaã, mas nunca se preocupou com o trajeto, imaginou que entraria de qualquer jeito na Terra Prometida.

O prêmio da soberana vocação deve ser almejado, mas devemos nos preocupar com a corrida, caso contrário ficaremos no meio do caminho e não receberemos o prêmio. Muitos ficam e perdem por não se preocuparem.


Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sexta-feira, 28 de março de 2014

O legado de Moisés. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor (Dt 34.7).

VERDADE PRÁTICA
Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.

LEITURA BIBLICA E CLASSE – Dt 34.10-12; Hb 11.23-29.
Dt 34.10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;
Dt 34.11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra;
Dt 34.12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.
Hb 11.23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
Hb 11.24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
Hb 11.25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
Hb 11.26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Hb 11.27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
Hb 11.28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
Hb 11.29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

PROPOSTA
·         Moisés fez o povo lembrar de seus erros;
·         Separou Josué, em vida, como seu sucessor;
·         Foi sepultado por Deus na terra de Moabe;
·         Homem de Deus: usado quando e como Deus desejar;
·         Homem de oração: Moisés era ocupado, mas intercedia;
·         Homem de fé: Moisés agia por fé em Deus;
·         Moisés cultivou uma comunhão íntima com Deus;
·         Líderes: instrumentos para Deus alimentar e nutrir;
·         Cuidado com o inimigo e suas propostas.

INTRODUÇÃO
Moisés nasceu quando Israel estava no período de escravidão no Egito, justamente nos terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16).  Os egípcios temiam que os hebreus pudessem se aliar aos seus inimigos ou na pior das hipóteses temiam que fossem dominados em seu próprio território, por isto optaram pela escravidão e opressão.

Desta forma cooperaram para o cumprimento da primeira parte da Palavra do próprio Deus: “decerto que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e serví-los-à e afligi-la-ão quatrocentos anos”, mas os algozes se esqueceram da segunda parte, a principal, que dizia respeito a eles: “[...] Eu (Deus) julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda”.

Muitos inocentes foram sacrificados para cumprimento da ordem faraônica, mas depois de alguns anos ele teria o troco, dolorido, que afetaria sua família e a economia de sua nação. A sua ordem dizia respeito aos recém-nascidos, possíveis aliados de seus inimigos, mas se esqueceu dos que já poderiam se apresentar como perigo, os jovens e adultos. O seu erro foi se preocupar com o futuro e não com o presente.  Ele temeu os bebês recém-nascidos e desprezou os jovens e adultos de seus dias, que não enfrentaram o Egito em luta armada, mas fizeram uso de uma outra arma, o clamor, bem mais poderosa e potente. Deveria ter sido aconselhado a não mexer com o Deus dos hebreus.

Aqueles inocentes seriam, um dia, vingados com a morte de todos os primogênitos do Egito, desde o trono ao calabouço, do mais poderoso ao mais humilde camponês, pois todos foram nivelados ante os juízos de Deus, até mesmo os animais.

Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo. Antes de sua morte ele preparou o seu sucessor.

Um dia ele tiraria Israel do Egito, mas para isto seria preciso que ele saísse primeiro e foi exatamente isto que aconteceu. Deixou tudo para trás. Confiou que Deus teria algo melhor para ele. O que havia sido deixado para trás, mordomia e conhecimento egípcio, não poderia ser comparado com o que haveria de vir sobre sua vida.

Outros homens de Deus prepararam seus sucessores e deixaram seus legados e saudades, bem diferente do rei Jeorão (2 Cr 21.4-20):
a) Abraão deixou muitos ensinamentos para seu filho, netos e bisnetos, Isaque, Jacó e José respectivamente, uma grande esperança foi plantada no coração deles, um legado inestimável.

b) José, o então governador do Egito, ainda em vida, fez seus irmãos prometerem que não deixariam seus ossos no Egito quando fossem visitados por Deus (Gn 50.25), algo do tipo: “se vocês respeitarão a minha história e se eu serei lembrado pelas futuras gerações, então não me deixem aqui nesta terra”. Moisés fez questão de cumprir este juramento (Ex 13.19).

c) Davi aconselhou seu filho Salomão a ser homem e valoroso (1 Rs 2.2);

d) Elias concordou com o pedido de Eliseu, a porção dobrada, mas o aconselhou a ser esperto, a ficar atento aos acontecimentos (2Rs 2.9-10).

I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS
1. AS PALAVRAS DE DESPEDIDA. 
O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis, pois jamais permitiria que ali mesmo, pertinho da vitória, pudessem se corromper. A sua preocupação com o futuro da nação era constante. Um líder nato, escolhido a dedo por Deus e que honrou sua chamada e se deixou usar como um valiosíssimo instrumento.

No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus”, ainda mais por estarem ali, às portas da Terra Prometida. Todo cuidado seria pouco.

Talvez o povo não tenha entendido o seu discurso. Foi um apelo à fidelidade, um resumo de toda a tumultuada trajetória de Israel, um aviso aos acontecimentos para que se preparassem para o que viria pela frente (apostasia, monarquia, divisão do reino, catástrofes, exilio e sofrimento entre outros – Dt 28). Profundos ensinamentos para a geração do deserto. Os mais velhos entenderam, os novos o ficavam olhando e admirando, como um verdadeiro líder e já pensavam em fazer uso do legado que deixaria. Estavam diante de um exemplo de homem a ser seguido.

2. MOISÉS INCENTIVA O POVO A MEDITAR NA PALAVRA. 
Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus (Dt 29.9), a fim de que prosperassem enquanto nação. O aviso partiu do líder e a escolha seria do povo. Bênção ou maldição, qual seria a escolha deles?

Josué, ao longo de sua trajetória, foi um exemplo de aluno, pois logo colocou em prática os ensinamentos recebidos. O mesmo que ouviu, de Moisés antes de sua morte (Dt 29.9, cf Js 1.8), ele repetiu ao povo, um pouquinho antes de iniciar a entrada na Terra Prometida. Sentou para ouvir e aprender e um dia foi levantado para ensinar, por isto é que todos os que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).

3. MOISÉS VÊ A TERRA PROMETIDA E MORRE. 
Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo.

Até para morrer ele se mostrou obediente, pois sabia do encerramento do ciclo de sua vida (Dt 32.48-52), quem sabe ele não pensou em clamar a Deus para que esta decisão fosse mudada, tal como ele houvera feito quando soube que não entraria na Terra Prometida, ocasião em que pediu permissão para a entrada, mas o que ouviu não o entristeceu o coração, apenas lhe revelou o seu erro. A resposta de Deus ficou por muito tempo soando em seus ouvidos: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26).

Moisés subiu ao monte Nebo e dali avistou toda a Terra Prometida, pois não seria possível imaginarmos Deus não permitindo que, pelo menos, pudesse contemplar o fruto de seu trabalho. Ele não pisou naquela oportunidade com todos os hebreus, mas um dia lhe foi permitido participar da mais importante reunião já realizada na terra (Lc 9.28-36), ocasião em que estiveram presentes os representantes da Lei, Profetas e Graça, a saber, o próprio Moisés, Elias e Jesus respectivamente.

Mesmo ali no monte Nebo, ele não recebeu permissão para entrar em Canaã. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).

4. MOISÉS NOMEIA SEU SUCESSOR (DT 31.1-8). 
É necessário começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés tinha consciência de que seu ministério um dia findaria. Ele morreu, mas deixou o seu legado para a história, tal como os outros grandes homens que Deus levantou sobre a terra. Antes de sua morte ele se preocupou com o futuro de Israel, pois pediu para Deus levantar outro em seu lugar (Nm 27.15-28). O seu único deslize foi não perceber que o seu sucessor estava ali mesmo, ao seu lado, desde a saída, lutando e ajudando-o (Ex 17.9-13; 32.17; 33.11). Josué o sucedeu e manteve o modelo pregado e vivido por Moisés, resgatou e fez uso de alguns valores espirituais e morais e entrou triunfalmente na Terra prometida juntamente com todos os hebreus.

É muito importante que o líder do povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).

quinta-feira, 27 de março de 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

Judas - informações essenciais

PROPÓSITO:
Lembrar a Igreja a necessidade de uma constante vigilância – manter-se firme na fé e opor-se às heresias.

AUTOR
Judas, irmão de Jesus e de Tiago.

DESTINATÁRIOS
Os judeus cristãos e os crentes em todos os lugares.

DATA
Aproximadamente no ano 65 d.C., de Éfeso.

PANORAMA
A partir do primeiro século, a Igreja foi ameaçada pelas heresias e pelos falsos ensinos. Portanto, devemos nos manter sempre em guarda.

VERSÍCULO CHAVE
“Amado, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada dos santos” (1.3).

PESSOAS-CHAVE
Judas, Tiago e Jesus.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sábado, 22 de março de 2014

Aula de amanhã - em São José do Rio Preto/SP

Partindo de madrugada, para São José do Rio Preto. Logo mais amanhã cedo sairei à procura de uma igreja para assistir a EBD - lição 12, como professor que sou e aluno (acima de tudo), não dá para ficar sem o ensino da Palavra.

Em meados de 2012, em nossa congregação da Vila Fernandes, em uma das aulas, esteve presente uma irmã que estava visitando a família e que naquele dia chamou a avó para ir com ela, pois não queria perder a lição de domingo. 

Lá pelo meio da aula eu percebi que estava diante de uma professora da EBD, devido a participação e atenção que ela dedicou. Muito bem, minhas suspeitas foram confirmadas, era realmente. E foi uma experiência muito gratificante.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sexta-feira, 21 de março de 2014

A consagração dos sacerdotes. Plano de aula


TEXTO ÁUREO

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22).

 

VERDADE PRÁTICA

O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE-Êxodo 29.1-12.

1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula,

2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.

3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.

4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;

5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.

6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;

7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.

8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,

9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.

10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;

11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.

12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.

 

PROPOSTAS

·         Arão e seus filhos foram separados para o sacerdócio;

·         Lavagem com água: pureza e perfeição;

·         Separação individual – ministérios específicos;

·         Jesus proporcionou a reconciliação com Deus;

·         Calvário: sem derramamento de sangue, não há remissão;

·         O sacrifício de Cristo foi perfeito, único e perpétuo;

·         Melquisedeque: sem principio de dias e fim de existência;

·         Os sacrifícios eram diários e constantes;

·         Jesus: sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.

 

INTRODUÇÃO

Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. Todo o cerimonial de consagração bem como o vestiário, o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus.

 

A consagração do primeiro sumo sacerdote, bem como a dos primeiros sacerdotes, Arão e seus filhos respectivamente, foi uma cerimônia pública, aberta, para que todos tomassem ciência da escolha de Deus e neste caso não houve necessidade de “fumacinha branca” para anunciar ao povo.

 

Os sacerdotes deveriam ser todos levitas, tribo que vivia exclusivamente para Deus (Nm 8.14), por isto não receberam herança. Os sacerdotes pertenciam a Deus, como foi atestado por Moisés no momento em que determinava o castigo para os adoradores do bezerro de ouro (aqueles que são de Deus venham a mim – Ex 32.26).

 

Eles não poderiam ter posses, terras ou trabalharem no campo e esta condição não teria volta, remissão ou resgate. Alguns tentaram, mas retornaram (Ne 13.11). Se cumprissem outra função estariam trabalhando para os homens e não para Deus. Eles eram especiais, de Deus (Nm 8.14), tanto que não poderiam ser incluídos aos demais na contagem efetuada durante o recenseamento em pleno deserto (Nm 1.47).

 

Desta forma se seguiram as separações e consagrações dos sacerdotes que trabalharam no Tabernáculo e posteriormente no Templo. Todos deveriam ser da tribo de Levi, requisito principal para o trabalho, no entanto, com o decorrer do tempo, e movidos por interesses pessoais, “Jeroboão não respeitou esta limitação e ordenou pessoas de outras tribos como sacerdotes” (Rs 12.26-33). O resultado foi catastrófico, pois o recém criado reino do Norte, “as dez tribos de perdidas Israel” foi invadido novamente pelos bezerros. O povo que saiu livre do Egito e que se tornou escravo da idolatria em pleno deserto, se deparou novamente com os bezerros (Ex 32.1; 1 Rs 12.26.33). E a conversa fiada foi a mesma; “Já chega de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Povo de Israel, aqui estão os seus DEUSES, QUE TIRARAM VOCÊS DO EGITO”!

 

Porém este sacerdócio levítico foi somente útil e indispensável para a dispensação da lei, pois Jesus, o nosso sumo sacerdote (Hb 6.20) tomou esta posição e nos garante o acesso a Deus sem a necessidade dos falhos intermediários humanos.

 

Os cordeiros substituiram o homem no sacrifício, mas não havia em Israel alguém que poderia substituir os sacerdotes, até o dia em que “Deus enviou seu Filho amado”. Ele cumpriu o tríplice ministério, pois é Rei, Sacerdote e Profeta.

 

I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS

1. A LAVAGEM COM ÁGUA. 

“Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus.

 

Arão e seus filhos foram os primeiros escolhidos para formarem a classe sacerdotal levítica. Eram parentes de Moisés, mas isto não despertou qualquer dúvida ou suspeita quanto a chamada, uma vez que foram direcionados para a porta da tenda da congregação, visível a todos os hebreus. Se tivesse algo errado na separação, certamente Deus agiria. Este era o pensamento do povo, por isto se reuniram e não questionaram a escolha criteriosa feita por Deus, que deveria ser respeitada, inclusive por reis, que nos diga Saul que ordenou a matança de inocentes sacerdotes do Senhor, somente por pura vingança (1 Sm 22.18).

 

Arão e seus filhos foram escolhidos dentre o povo, separados e levados à porta da tenda da congregação, diante do Lugar Santo (Ex 29.4), onde somente os sacerdotes poderiam entrar, tal como a igreja que foi escolhida entre muitos para entrar, não somente no Lugar Santo, como também no Santo dos Santos para interceder pela humanidade (Hb 10.19;1 Pe 2.9).

 

Depois da separação eles foram lavados com água, representando a santificação, tal qual fomos lavados pelo sangue de Jesus. Receberam vestes sacerdotais, tipificando as vestes brancas que recebemos e que devemos manter sempre limpas e alvas.

 

Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.

 

Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

 

2. A UNÇÃO COM AZEITE (ÊX 30.23-33). 

Somente Arão foi ungido com azeite, após receber as vestes sacerdotais, representando a unção recebida pelo nosso Sumo Sacerdote Jesus, a unção do Santo, a unção única (1 Jo 2.20). Posteriormente seus filhos também foram ungidos, quando receberam as vestes de Arão (Ex 29.29).

 

O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.

 

3. ANIMAIS SÃO IMOLADOS COMO SACRIFÍCIO (ÊX 29.10-18). 

Antes de intercederem em favor do povo, os sacerdotes deveriam oferecer sacrifício para a remissão de seus próprios pecados. Moisés sacrificou um novilho. Arão e seus filhos colocaram as mãos na cabeça do animal para transferirem a culpa (Ex 29.10), pois este sacrifício tipificava a limitação dos sacerdotes e as falhas que sempre existiram no sacerdócio levítico. Arão que havia sido conivente com o caso do bezerro de ouro na foi castigado como os 3000 que pagaram com a vida, mas ele perdeu o direito de entrar na Terra Prometida e durante o seu ministério nunca esqueceu que era também um “carente” da misericórdia de Deus. A carne deste animal, o couro e as tripas deveriam ser queimadas fora do acampamento (Ex 29.14), tipificando o sacrifício de Jesus que fora nas imediações de Jerusalém (Jo 19.20; Hb 13.12).

 

Depois Arão e seus filhos levaram um cordeiro, sem mancha ou defeito diante do altar, para ser queimado como oferta de cheiro suave a Deus. Os sacerdotes então perdoados estavam aptos para adorarem a Deus, pois estavam limpos, vestidos e perdoados. Tipificava a entrega total. Se colocaram a disposição de Deus.

 

Este cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe 1.18,19).

 

II. O SACRIFÍCIO DA POSSE

1. O SEGUNDO CARNEIRO DA CONSAGRAÇÃO (ÊX 29.19-35). 

Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Um segundo carneiro foi sacrificado da mesma forma como o anterior, representando as consagrações, o posicionamento diante da chamada especifica. Faz alusão também aos dons ministeriais, de serviço e aos espirituais.

 

Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita (santificação da atenção), no dedo polegar da mão direita (consagração simbólica dos serviços) e no dedo polegar do pé direito (andar devotado a Deus”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

 

As vísceras e gorduras do segundo carneiro foram colocadas nas mãos de Arão e seus filhos, juntamente com fogaça de pão e um bolo de pão azeitado com um coscorão do cesto dos pães asmos. Esta era a chamada oferta de mãos cheias, a oferta de movimento, tipificando o revestimento de poder, pois eram ungidos com azeite.

 

Depois tomaram o peito (região do coração) e o ombro (sustento de Deus, apoio para exercermos nosso sacerdócio) das consagrações, que se tornou a refeição sagrada, o complemento do sacrifício. O que sobrasse deveria ser queimado, representando nossa comunhão diária.

quinta-feira, 20 de março de 2014