O CARNEIRO:
Gn 22.13 - Deus resolveu submeter Abraão a uma prova e mandou que ele oferecesse seu filho Isaque em holocausto. A finalidade era ensinar ao Seu servo Abraão lições que, de outro modo, não poderia receber. Além disso, era para nos dar o exemplo de fé e obediência na pessoa do velho patriarca.
Abraão não hesitou, obedeceu em tudo a ordem de Deus. Levou o filho ao lugar indicado, amarrou-o, pôs em ordem a lenha e tomou o cutelo para imolá-lo. Mas o anjo bradou desde os céus:”. ..Não estendas a tua mão sobre o moço…” (Gn 22.12a). Olhando para trás, viu um carneiro, que foi sacrificado em lugar de Isaque, do mesmo modo como Jesus foi crucificado por nós.
O ato de Abraão foi aceito por Deus como coisa consumada, porque diz: “Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado… considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar. E daí também em figura ele o recobrou” (Hb 11.17-19).
Quando iam caminhando, Isaque perguntou: “…onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7c). Abraão respondeu: “Deus proverá…”. Depois que Deus mostrou o carneiro, que foi imolado, Abraão pode compreender ainda melhor que Deus proverá sempre todas as coisas.
Aquela cena do sacrifício de Isaque foi no monte Moriá (Gn 22.2). Naquele terreno ficava a eira de Ornã ou Araúna, comprada por Davi (II Sm 24.18-25), onde Salomão construiu o Templo, em Jerusalém (II Cr 3.1). Em Jerusalém, Jesus foi condenado à morte de cruz para que nós pudéssemos ser salvos.
A pergunta de Isaque: “Onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7c) foi respondida de um modo completo por João Batista em relação a Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”’ (Jo 1.29b, 36c).
A ESCADA DE JACÓ:
Gn 28.10-17 - Jacó ia fugindo da casa do pai, porque, pela sua desonestidade, criara um ambiente de ameaça, provocando a ira do irmão. Apesar de tudo, Deus buscava a Jacó para o abençoar.
Quando o Senhor Deus disse a Moisés: “Eu sou o Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó…” (Êx 3.6a), trouxe um consolo para os que já andaram em caminhos distantes da vontade de Deus.
Abraão foi o adulto, amadurecido, que ouviu o chamado de Deus para uma mudança de lugar e de companhia, e ele prontamente obedeceu pela fé.
Isaque é exemplo duma vida inteira de fidelidade a Deus. Na infância e mocidade obediente ao pai, a ponto de ir para o sacrifício. Nos problemas de família, recorrendo a Deus (Gn 25.21). Na vida social tinha prejuízo para não questionar. Se os vizinhos tomavam seu poço, cavava outro e assim por diante (Gn 26.19-22). E na velhice adiantada mantinha toda a fé em Deus para pronunciar a bênção dos filhos segundo a vontade do Senhor.’ ‘Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras” (Hb 11:20).
Mas Jacó foi ambicioso nas coisas materiais; enganou o pai e o irmão; mentiu para conseguir riquezas. Sua fuga era consequência de seus erros. Deus é o Deus de Jacó! Pode ser o Deus de todo aquele que tem errado até hoje, mas quer mudar de vida. Jacó falou assim quando teve a visão: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não sabia” (Gn 28.16b). E fez um voto: “O Senhor será o meu Deus” (Gn 28.21b).
“uma escada era posta na terra, cujo topo tocava nos céus: e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela… E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: eis que estou contigo e te guardarei…” (Gn 28:12-15). Os anjos primeiro subiam, depois é que desciam pela escada. A escada é tipo de Jesus Cristo porque há as seguintes relações de semelhança:
Pela visão da escada Deus falava com o pecador fazendo-lhe promessas de bênçãos. - Por Jesus Cristo, Deus fala nestes últimos dias (Hb 1.1) aos pecadores, dando-lhes oportunidades de encontrarem o perdão dos pecados, a paz com Deus, a felicidade eterna.
Nas palavras ditas a Natanael, Jesus prometeu:”…daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem ” (Jo l.51). Exatamente como na escada de Jacó, por onde os anjos subiam e desciam, também os anjos sobem primeiro, depois descem. Anjo tem o sentido de mensageiro ou enviado. A aplicação pode ser feita às nossas orações; são enviadas daqui da terra para Deus por Jesus, e as respostas de Deus vêm por Ele também. “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei…” (Jo 14.13).
O CORDEIRO PASCOAL:
Êx 12.3-14 - A palavra de Deus a Moisés trouxe esta ordem: “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses…” (Êx 12.2). O calendário comum continua o seu curso. Mas quem se identifica com Deus começa uma nova contagem de tempo. Por isso Jesus disse a Nicodemos: - “Necessário vos é nascer de novo” (Jo 3.7b). Nesta nova contagem de vida, cada um devia tomar um cordeiro para sua casa (Ex 12.3).
O sangue do cordeiro era posto nas umbreiras e vergas de cada casa. À meia-noite viria o castigo pela morte dos primogênitos de cada família (Ex 12.12-13, 29). Onde houvesse o sangue na porta, o primogênito permaneceria vivo. O sangue era sinal de obediência a Deus e de que um substituto morreu em lugar do primogênito. - O sangue de Jesus é um refúgio para quem obedece ao Evangelho.
A carne do cordeiro era assada no fogo (Ex 12.8). - O Salvador para realizar a Sua missão teve de ser tentado, perseguido e maltratado pelos homens.
Era comido o cordeiro com pães asmos (sinceridade) - (I Co 5.8); e ervas amargas (Ex 12.8), arrependimento. Tinham de estar com os trajes completos, prontos para viajar (Ex 12.11). - O crente tem de estar pronto, esperando a hora de partir para a eternidade. Isto se expressa pela palavra “Vigiai” (Mc 13.37b).
João mostra Jesus como antítipo da Páscoa, aplicando-Lhe a frase: - “Nenhum osso será quebrado” (Êx 12.46b; Jo 19.36b). “Porque Cristo, nossa páscoa” (I Co 5.7b).
A COLUNA DE FOGO:
Êx 13.21 – “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite”’. - Esta coluna representa Jesus Cristo como pastor que vai adiante de suas ovelhas (Jo 10.4) para levá-las aos pastos verdes da abundância e às águas tranquilas da paz verdadeira.
A influência do Senhor Jesus é mencionada pelo Salmista deste modo: “O sol não te molestará de dia nem a lua de noite” (Sl 121.6).
Enfrentando o calor no deserto, os israelitas, guiados por Deus, recebiam a proteção da nuvem, porque o Senhor é sombra contra o calor e refúgio contra a tempestade e a chuva (Is 4.6). Feliz o crente que se abriga à sombra do Onipotente (Sl 91.l), não temerá os males, nem os problemas imaginários.
O fogo pode ser a proteção contra os inimigos, porque Deus é um fogo consumidor (Dt 4.24). O zelo de Deus se manifestava naquela coluna, impedindo que seu povo fosse atacado. Os egípcios marchavam contra Israel, por isso a coluna de fogo da proteção, durante a noite, estava atrás dos israelitas, separando-os dos egípcios. Enquanto servia para alumiar o povo de Deus, formava escuridão para os inimigos, de modo que não puderam chegar um ao outro (Êx 14.19-20).
A proteção de Deus sobre os que lhe pertencem continua ilustrada por esta mesma figura, “uma nuvem de dia, e um fumo, e um resplendor de fogo chamejante de noite…” (Is 4.5b). - Se a noite da fraqueza, da dúvida ou da angústia nos alcança, Ele é o fogo, é a luz. Se o calor das responsabilidades e a correria das obrigações querem nos vencer, Ele é a sombra, o repouso. Abrigado “no esconderijo do Altíssimo. Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia” (Sl 91.la, 5).
O fogo é a justiça divina. Para impedir que o homem pecador entrasse no Éden, Deus colocou à entrada, um querubim com uma espada de fogo (Gn 3.24).
A Palavra do Senhor é como o fogo (Jr 23.29). Corrige nossos erros, esclarece nosso caminho, afugenta as tentações.
A coluna de fogo à frente do povo de Deus é a presença de Jesus e de Sua palavra. Ensino, vitória, paz e abundância.
A ROCHA DE HOREBE:
Êx 17.6 - Na viagem do crente para a eternidade é preciso que venham as várias provações e tentações, para fortalecimento da fé (Tg l.l-2; I Pe l .6-7). Enquanto estivermos nesta carne mortal, enfren¬taremos a correção de Deus.
O povo de Israel, diante da vitória de Deus sobre os inimigos, cantou louvores ao Senhor (Êx 15.1-21). Três dias depois faltou água e eles se esqueceram das obras de Deus, murmurando contra Moisés (Êx 15.22-25). Deus mandou colocar um lenho nas águas amargas e elas ficaram doces.
Pouco adiante chegam a Refidim e novamente falta água. Imagine-se a aflição das famílias com crianças e animais, num deserto sem encontrar água. O povo contendeu com Moisés exigindo dele água e perguntando: “Por que nos fizeste subir ao Egito?” (Êx 17.3b).
Moisés renunciou às vantagens do trono do Egito para sofrer com o povo. Foram tirados do Egito os israelitas porque clamaram ao Senhor, não suportando o cativeiro, os açoites e o trabalho. Moisés foi o instrumento de Deus, o guia, o interme¬diário nas bênçãos e instruções vindas do Senhor. Os filhos de Israel eram tão incrédulos que murmuravam contra Deus e tão ingratos que acusavam a Moisés.
Moisés clamou a Deus. Estava identificado com a direção de cima e entregava o problema a quem podia resolver. “Então disse o Senhor a Moisés: …toma contigo alguns dos anciãos de Israel: e toma na tua mão a tua vara, com que feriste o rio: vai. Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá…” (Ex 17.5-6a). - A rocha é o tipo de Jesus Cristo, que foi ferido pelo juízo de Deus para nos dar a água da vida: - “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede…” (Jo 4.14a). Moisés executou a ordem de Deu s e água saiu da rocha ferida. “E beberam todos duma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (I Co 10.4).
Continuou a viagem pelo deserto. Os israelitas, depois de mais de vinte paradas, chegaram a Cades (Nm 33.15-38). Novamente faltou água e o povo, esquecido da providência de Deus, acusa Moisés e Arão. Estes não podem resolver por si mesmos, e se prostaram diante do Senhor, buscando a solução (Nm 20.1-6). Outra vez é a rocha que vai dar de beber aos sedentos, mas a ordem de Deus é diferente: “e falai à rocha e dará a sua água” (Nm 20.8a).
Em Horebe a pedra foi ferida para fazer o povo beber, como Jesus Cristo foi ferido por nós. Merece atenção a vara que Moisés empunhava, por ordem de Deus: - “Toma a vara, e ajunta a congregação tu e Aarão, teu irmão, e falai à rocha…” (Nm 20.8a). A vara era a autoridade. Com ela Moisés feriu o rio no Egito e a água se transformou em sangue. Com ela Moisés feriu a rocha em Horebe e jorrou a água. Mas a vara já tinha feito sua obra. Agora não devia ser usada. - Jesus Cristo só podia ser ferido uma vez. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus…” (I Pe 3.18a). Para receber a água da vida, a salvação perfeita, só é preciso falar ao Filho de Deus. Moisés, aborrecido com a murmuração do povo, feriu a rocha duas vezes (Nm 20.11), quando Deus mandou falar. Em Horebe era preciso ferir, agora em Cades era só falar.
Moisés, o homem mais manso da terra (Nm 12.3), se irritou. Às vezes o homem impetuoso se acovarda diante da tentação; aqui o mais manso perdeu a calma. Ninguém pode confiar em seu temperamento.
Com este ato Moisés destruiu o tipo de Jesus, que só podia padecer uma vez. O castigo de Moisés foi a proibição de entrar na Terra de Canaã (Nm 20.12 e Dt 32.51-52).”…sucedeu mal a Moisés por causa deles; Porque irritaram o seu espírito” (Sl 106.32b, 33a).
A SERPENTE DE METAL:
Nm 21.4-9 - O lugar onde estavam os israelitas no deserto, devia ser perto do golfo de Akaba, onde ainda hoje há serpentes e escorpiões, que atacam quem passa por lá. Naquele tempo, como castigo da murmuração, Deus mesmo mandou serpentes em maior quantidade. Quando murmuravam, vieram serpentes atormentar e matar muita gente. Quando confessaram o pecado, Moisés orou por eles e Deus mandou o livramento, o remédio (Nm 24.7-9). - Sempre que o pecador confessa o seu pecado, recebe a graça de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar…” (I Jo 1.9a).
Quando o filho pródigo disse: “Pai, pequei contra o céu e perante ti…” (Lc 15.21a), foi recebido com festa pelo pai.
O publicano da parábola não tinha relatório bom para apresentar a Deus, só disse: “…Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador” (Lc 18.13b). Voltou para casa justificado.
O malfeitor que morreu ao lado de Jesus, reconheceu que pelos seus feitos só merecia o castigo da cruz. Depois de fazer esta confissão, apelou para Jesus, dizendo: - “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino” (Lc 23.42b). Ouviu a resposta: - “…hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43b).
No momento em que o povo de Israel disse: “…Havemos pecado…contra o Senhor e contra ti…” (Nm 24.7a), veio a providência de Deus; Moisés recebeu ordem de Deus para fazer uma serpente de metal, e colocá-la numa haste. Quem olhasse para a serpente ficaria curado, seria livre do veneno fatal. Colocada num mastro elevado, poderia ser vista de qualquer parte do acampamento. Seria livre da morte quem olhasse, em obediência ao Senhor que tinha poder para curar.
Na palestra com Nicodemos, Jesus declarou: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.14-15).
A humanidade foi atingida pela serpente que tentou Adão e Eva (Gn 3.1-15; Ap 12.9) e está condenada à morte eterna. Só olhando para Jesus pela fé, recebe a vida.
Aquele que foi levantado na cruz, fazendo-se pecado por nós, é o único meio de salvação, o único caminho para o céu, o único remédio para os males do pecado e da condenação.
“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22).
“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé…” (Hb 12.2a).
No tempo dos reis, Ezequias, fazendo reformas religiosas e corrigindo os costumes, mandou destruir aquela serpente de metal, porque o povo estava prestando culto a ela (II Reis 18.4). Não tinha valor espiritual, foi só sinal para uma época, um tipo do Filho de Deus crucificado.
A ESTRELA:
Nm 24.17 – “Uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel” - É verdade que este pensamento foi pronunciado por Balaão, elemento classificado como profeta mau, rejeitado por Deus (Nm 31.8; II Pe 2.15). O rei dos moabitas chamou Balaão para amaldiçoar o povo de Israel, mas Deus trocou em bênção a maldição (Dt 23.4-5), de modo que as palavras dele são verdadeiras profecias de bênçãos, confirmadas por outras passagens das Escrituras.
Jesus Cristo: é esta Estrela que procede de Jacó. O versículo citado aqui é em estilo poético. Apresenta um caso muito comum na poesia hebraica, o paralelismo, que consiste em repetição do pensamento em diferentes palavras. “Uma estrela procederá de Jacó” é a mesma ideia de “um cetro subirá de Israel”.
Estrela, ou cetro na linguagem oriental, significa emblema de rei, de governo, de autoridade. Em Daniel 8.10 as estrelas são reis e governos. O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como Rei dos Judeus. Começa com a genealogia chamando: “…Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 3.1). E logo na terceira geração está o nome de Jacó (Mt 1.1-12).
Mateus é também o único que narra a história dos magos, que vieram a Jerusalém para adorar “o Rei dos Judeus” e foram avisados por Deus por meio de uma estrela.
A estrela é Jesus Cristo em sua manifestação aos crentes quando veio buscar sua Igreja. Pedro recomenda a prestar atenção à palavra dos profetas, considerada como luz num lugar escuro “…até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações” (II Pe 1.19b).
Quando voltar ao mundo, o Senhor Jesus será para os salvos como estrela da alva, que só é vista pelos que acordam cedo.
Para julgar os incrédulos, no aparecimento com os seus santos (Jd 14,15), ele será como “…o Sol da Justiça…” (Ml 4.2a).
No fim da revelação bíblica, Jesus mesmo se apresenta como a estrela da manhã. Depois das visões do juízo, nas admoestações do livro de Apocalipse, o Senhor Jesus Cristo tem uma palavra de conforto, recomendando aos seus servos a santificação: ‘ ‘Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Ap 22.12).
Ele é o cetro e a estrela de Números 24.17: - “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas: eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandescente estrela da manhã” (Ap 22.16).
URIM E TUMIM:
Êx 28.30 – “Também porás no peitoral do juízo Urim e Tumim, para que estejam sobre o coração de Aarão, quando entrar diante do Senhor; assim Aarão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente.” - As palavras “Urim” e “Tumim” tem um sentido comum na língua hebraica: Urim significa luzes e Tumim perfeições. Mas como símbolo nos paramentos do sacerdote, não se sabe o que eram num sentido material.
Os rabinos judeus e os teólogos evangélicos, na sua maioria, concordam que não havia um objeto com nenhum destes nomes. Era uma parte do cerimonial da apresentação do povo a Deus, pelo sacerdote. A única relação que se vê é com as pedras que representavam as doze tribos de Israel.
Havia duas pedras, cada uma com seis nomes de tribos, que iam no éfode, que era roupa do sacerdote, em alguns de seus ofícios (Êx 28.9-12).
Também no peitoral, numa peça que o sacerdote colocava sobre o éfode, havia as doze pedras de acordo com as doze tribos (Êx 28.15-21).
O lugar do “Urim” e “Tumim” é o que vem no texto acima: - “Também porás no peitoral do juízo, Urim e Tumim…” (Êx 28.30).
Concluímos então que, quando o sacerdote punha todos os paramentos, incluindo o peitoral e as pedras, com os nomes das doze tribos, estava com “Urim” e “Tumim”, apto para interceder pelo povo e representando o juízo de Deus.
Colocado sobre o coração do sacerdote, estava ele qualificado como juiz e intercessor. Ia ao Santo dos Santos, punha a mão sobre aqueles símbolos, pedia pelo povo e Deus respondia no meio de sua glória.
Aproveitando as expressões “sobre o coração de Aarão” e “continuamente”, poderemos entender que “Urim” e “Tumim” são tipos de Jesus Cristo: Ele leva os Seus remidos no coração porque “como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13.1). E “…permanece eternamente. ..vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.24a, 25b).
“Urim” e “Tumim”, com seus significados, falam das duas naturezas do Senhor Jesus: Luzes lembram sua divindade, porque Deus é luz; Perfeições expressam sua humanidade sem pecado.
O fato dos significados destas palavras virem no plural, é a aplicação dos salvos: sendo muitos milhares e cada crente sendo a luz do mundo, os que forem lavados pelo sangue do Cordeiro serão muitos e brilharão como luzes. Do mesmo modo, os crentes de todas as épocas e de todas as nações, transformados pela graça de Deus, purificados do pecado, serão perfeições perante Ele.
A humanidade perfeita de Jesus quer dizer Seu modo de andar por aqui no mundo. A palavra “Tumim”’ vem algumas vezes no Velho Testamento e pode ajudar a entender seu significado.
“…Noé era varão justo e reto…” (Gn 6.9b). No hebraico a palavra reto é “Tumim”.
Deus disse a Abraão: “…anda em minha presença e sê perfeito”. (Hebraico: Tumim- Gn 17:1).
O cordeiro será sem mancha. (Sem mancha ou “sem mácula” - Hebraico: Tumim, Êx 12.5).
Uma referência à obra de Deus: - “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita…”. (”Perfeita” - hebraico: Tumim - Dt 32.4a).
O Senhor Jesus é o Sumo Sacerdote tipificado em “Urim” e “Tumim”, leva-nos sobre o coração com Seu amor eterno, intercedendo por nós perante o Pai. Quando Ele vier, nos levará para si mesmo. Transformados e revestidos de sua glória, os muitos milhares de crentes participarão destas luzes e perfeições. E Ele será glorificado nos seus santos.
Fonte; http://www.ebdweb.com.br