Páginas

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Edom, Edom, Edom!

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Enfim, a lição 4

Ontem, a pedido de nosso pastor setorial, fui ministrar a lição 4 na congregação do Jardim Maria de Lourdes, a mesma que estive semana passada. 

Voltei satisfeito, pois como postei anteriormente, domingo passado não tivemos esta aula na nossa subsede, devido a "circunstâncias da nossa vida espiritual e da dos alunos". Domingo que vem estaremos tratando sobre a lição 5.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Salmos - informações essenciais


PROPÓSITO:
Por intermédio da poesia, expressar o louvor, a adoração e a confissão a Deus.

AUTOR:
Davi escreveu 73 salmos, Asafe escreveu 12, os filhos de Cora escreveram nove, Salomão escreveu dois; Hemã (com os filhos de Cora), Etã e Moisés escreveram um, cada. Cinqüenta e um salmos são anônimos. Mas de acordo com textos do Novo Testamento (At 4.25; Hb 4.7), dois desses salmos anônimos são atribuídos a Davi (Sl 2 e 95).

DATA:
Entre a época de Moisés (aproximadamente 1440 a.C.), e o cativeiro babilônico (586 a.C.).

PANORAMA:
Os Salmos não são narrativas históricas. Porém, eles frequentemente nos permitem um paralelo com os acontecimentos que envolvem a vida de Davi, como sua fuga por causa da perseguição de Saul e seu pecado com Bate-Seba.

VERSÍCULO CHAVE:
“Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor!” (150.6).

PESSOA CHAVE:
Davi.

LUGAR SAGRADO:
O sagrado Templo de Deus.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Proposta da lição 5

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

pós aula: lição 4 - não teve pós aula!

Ontem resolvi fazer como as escolas fazem em dia de concursos públicos e vestibulares: quando foi 09:15 da manhã eu abaixei as portas da igreja e fiquei lá dentro a sós com Deus.

Fiz isto e não me arrependi, pois imagino que um pouco de disciplina não faz mal a ninguém. Esperei até este horário e pela primeira vez não apareceu ninguém. Cooperadores e obreiros eu já estou acostumado, pois não frequentam (isto é uma vergonha), mas ainda tenho um grupo de alunos assíduos. Lá pelas 09:30 apareceu uma aluna e eu dispensei, ficamos conversando, 10 minutos depois apareceu outra e eu reafirmei a ela que não daria a aula, dispensei também.

Não me arrependo do que fiz. À noite o pastor me deu a oportunidade para a mensagem final e como estava fresco ainda na mente, aproveitei o contexto histórico de Amós, parte do capítulo 1 e as ameaças de Amazias no capítulo 7.12-17. Falei sobre a necessidade de acreditarmos nos profetas de Deus e nunca duvidarmos para não ficarmos sujeitos a acontecimentos trágicos tal como o sacerdote. 

finalizamos com o pedido de ousadia e coragem para agirmos como Amós, afim de entregarmos as mensagens e entendimento e discernimento para não agirmos como Amazias.

A próxima aula será sobre o profeta Obadias e como se trata do "menor" entre os profetas menores (menor em quantidade de caracteres, de palavras, de capítulos e versículos. Eu não queria perder esta oportunidade de dizer isto...) acho tentarei unir as duas lições.

De 1 a 10 darei uma nota para a nossa cooperação em cultos de ensino e EBD: "DE 1 A 10" EU DAREI: 



Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sábado, 27 de outubro de 2012

Mexeu com profeta, mexeu com Deus! A resposta é imediata


Fica a dica:
Nunca arrume confusão com um profeta, de Deus, mesmo que ele seja "um dos menores" (não poderia perder a chance de dizer isto). As consequências são duras, que nos diga o sacerdote Amazias (Am 7.12-17).

Quando o assunto não é com você, não se meta, fique longe, não entre na questão, a tendência é piorar e sempre para o lado mais fraco, que nos diga novamente o sacerdote Amazias.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

De que me vale a honra de minha pátria e de outras?



“Veio tentar a vida longe de sua pátria, seu profetinha? Pegue sua trouxinha e suma daqui, de Betel, a cidade do santuário e casa do rei. Aqui já temos um sistema religioso eficiente e não precisamos de desonrados de outras pátrias (Lc 4.24) para dizer o que temos ou o que não temos que fazer para agradar a Deus. Se tivéssemos que receber alguém e dar-lhe honras de profeta ou enviado, certamente aguardaríamos outro tipo de pessoa, bem diferente de você.”

Era proibido falar a verdade aos governantes naquela época? Bem o sabemos, mas Amós queria somente alertar Jeroboão e todo o reino, assim como fizera o profeta Micaías com Josafá no reino do Sul (2 Cr 18.7).

Seria mais vantajoso continuarem naquela situação, mantendo cada um a sua posição, posto e prestígio? O que perderiam com a mudança de vida? Muito, que nos diga:
  •  O comércio ambicioso que patrocinava as festas idolatras
  • A agiotagem desumana que tirava o pouco do pobre e aumentava o muito do rico;
  • A apetitosa idolatria desenfreada em Betel, Gilgal e outras localidades, patrocinada pelos ricos;
  • Os interesses pessoais da abastada classe alta de Israel, principalmente o da ala feminina, as chamadas “vacas de Basã” (4.1).
A profecia de Amós dizia respeito a morte de Jeroboão e o iminente cativeiro de Israel, mas uma nova situação foi criada após as ameaças do sacerdote Amazias (7.12-13), que comprovaria a autenticidade do ministério profético do ex-boieiro (7.17).

O sacerdote logo imaginou que o profeta tivesse vindo ao norte a fim de mudar de vida, “ganhar um dinheirinho com suas profecias”, já que não recebera nenhuma espécie de honra em Judá, sua pátria, por isto havia falado daquela forma. 

Se Amós tivesse algum interesse durante o exercício de seu ministério profético certamente teria fincado raízes na próspera Jerusalém, já que passou por ela enquanto se caminhava para o norte. Sequer pensou nesta possibilidade, pois se direcionou rapidamente para o seu local de trabalho, após o chamado.

Naquele dia, Amazias foi surpreendido com uma revelação bombástica do profeta:

“Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e cultivador de sicomômoros, mas o senhor me tirou de após o gado, o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo, Israel”. (7.14-15).

Como então um simples humano, sacerdote desviado, corrompido, fora da direção, interesseiro, político, poderia ameaçar o profeta e tentar reenviá-lo para sua pátria?

Estas foram as palavras de Amós, como resposta: “Quem é você para me dizer que não posso profetizar em Israel? E quem é você para querer direcionar as minhas profecias? Falo contra tudo e todos:
·         Contra Israel;
·         Contra toda a casa de Isaque;
·         Contra o reino;
·         Contra o o povo;
·         Contra Damasco, Gaza, Tiro, Edom, Amom, Moabe, Judá;
·         E até contra a sua pessoa, se Deus mandar, eu digo!

Amós ficou bravo e respondeu áspero para o sacerdote: “Fui tirado de minhas terras, com propósitos divinos e não por interesses humanos, caso contrário teria ficado com meu gado e com minhas figueiras bravas, sem valor, por isto verás o cumprimento das profecias entregues, por mim, e destas novas que te faço conhecidas (7.17) sobre sua esposa, filhos e posses".

Camponês, sem experiência e preparação, não mediu esforços para cumprir seu ministério, fosse no sul ou no norte, apesar que se considerarmos a urgente, necessária e iminente unificação de Israel, que se daria ao final do cativeiro, com o desaparecimento das “10 tribos perdidas do norte”, o profeta exerceu seu ministério sim em sua pátria, pois esteve entre os filhos de Jacó, mesmo que houvesse alguns entre eles que não eram da mesma linhagem (2 Rs 18.24).

Não buscou honra no sul, muito menos no norte, e tampouco a recebeu fosse de quem fosse, mas o importante é que entregou as mensagens de Deus e não temeu autoridades ou classes sociais. Cumpriu seu ministério a contento e lavou suas mãos, sacudiu a poeira e continuou sua vida. 

Uma história que deve ser vista, por nós, como uma advertência, consolação e motivo para santificarmos ainda mais na presença de Deus.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amós, a justiça social como parte da adoração. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrares no Reino dos céus” (Mt 5.20)

VERDADE PRÁTICA
Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira adoração a Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23.
Amós 1
1 - As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

Amós 2
6 - Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos.
7 - Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu santo nome.
8 - E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa de seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado.

Amós 5
21 - Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me dão nenhum prazer,
22 - E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
23 - Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Contemporâneo de Oseias, Jonas, Isaias e Miquéias;
  • Um camponês, um boieiro, cultivador de sicômoros;
  • Primeira parte do livro: oráculos que vieram pela palavra;
  • Segunda parte do livro: oráculos que vieram pelas visões;
  • Único a bradar contra as injustiças do reino do Norte;
  • Decadência social: condenou o preconceito e a exploração;
  • Decadência moral: condenou a prostituição “cultual”;
  • Decadência religiosa: idolatria, cobranças, banquetes etc;
  • Deus não se agradava mais das festas religiosas.

INTRODUÇÃO
O livro de Amós permanece atual, oportuno e abrange diversos aspectos da vida social, política, econômica, moral e religiosa do povo de Deus. O profeta combateu a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os pecadores contumazes e também falou sobre o futuro glorioso de Israel. É conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: justiça e retidão. Sobre isto o professor Luciano de Paula Rodrigues escreveu:

O Livro de Amós é uma mensagem de advertências ao povo de Deus; é atual e oportuna. Ele ergue um grande clamor pela justiça social. Ele tira uma radiografia do presente ao analisar o passado distante de Israel nos tempos prósperos do rei Jeroboão II. Amós ataca duas grandes áreas do pecado geralmente condenadas pelos profetas:a idolatria e a injustiça social. A raiz do problema de Israel era sua falsa religiosidade. Embora Israel mantivesse as formalidades rituais da lei e até se excedesse nelas (Am 4:4,5), a idolatria era muito comum (Am 5:26; 2Rs 17:9-17), assim como a violência e a injustiça (Am 2:6-8; 4:1). Deus não tolera a idolatria, que é, na verdade, adoração a demônios (Dt 32:16,17; 1Co 10:20)”.

Israel não aceitou as mensagens de Amós, por isto as advertências, contra a idolatria e injustiça social, se tornaram realidade com a “fome, sede, desgraças, gafanhotos, pragas e derrotas militares” (5.20). Como receberiam de bom grado as profecias, diante da prosperidade material do reino?

Amós era um simples pastor de ovelhas, boieiro e cultivador de sicômoro (Am 7.14), recebeu um fardo pesadíssimo durante o reino de Jeroboão II, pois sua missão foi alertar o povo sobre uma possível ação de Deus, que poderia ser amenizada diante do concerto. As profecias faziam alusão a destruição do reino e o exílio, mas também menciona a graça, o encontro do povo com o seu Deus (4.12).

Ele “foi aconselhado pelo sacerdote Amazias para que voltasse para Judá e que nunca mais profetizasse em Israel (7.10-13). Leigo, não era profeta e nem filho, tampouco recebeu treinamento especial, apenas cumpriu a vontade de Deus e entregou suas mensagens. Exerceu seu ministério em Betel, local onde Jeroboão II, após a cisão da nação, instalou uma imagem de touro (1 Rs 12.26-33) e a transformou a cidade em uma espécie de centro espiritual idólatra.

I. O LIVRO DE AMÓS
1. CONTEXTO HISTÓRICO.
Amós, o carregador de fardos, natural de Tecoa, aldeia situada a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém, exerceu o seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel (1.1; 7.10), momentos de prosperidade e de grandes vitórias militares. Foi contemporâneo de Oséias, Jonas, Isaías e Miquéias, no período assírio.

Terra fértil, chuvas constantes, “silos abarrotados de grãos”, grandes construções, casas suntuosas, cidades populosas, muita pompa, mas pouquíssima espiritualidade, este foi o cenário encontrado por Amós. Sobre isto o Professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Muitos se enriqueceram por meio da violência e rapina; pela opressão dos pobres e necessitados (Am 3:10). Credores sem remorso vendiam os pobres como escravos (Am 2:6-8). Usavam balanças enganosas e vendiam aos pobres o refugo do trigo por um peso menor, mas por um preço maior. Os juízes aceitavam dinheiro dos ricos para tomarem decisões injustas nas contendas legais contra os pobres (Am 5:12). As mulheres se mostravam tão duras e tão gananciosas e cruéis quanto os homens. Exigiam dos maridos que oprimissem os pobres e os necessitados para adquirirem os meios de satisfazer a sua vontade (Am 4:1)”.

Amós foi um camponês, que não mediu esforços para levar adiante a mensagem de Deus. Suas profecias se cumpriram anos mais tarde, cerca de 30 ou 40 anos, quando a Assíria tomou Samaria e conquistou toda a ala norte do dividido Israel.

2. VIDA PESSOAL.
Apesar de ser apenas um camponês de Judá, “boieiro e cultivador de sicômoros” (7.14) e de não fazer parte da escola dos profetas, foi enviado por Deus a profetizar na orgulhosa Betel, um lugar especial para Israel, devido a ligação com Abraão (Gn 12.8; 13.3) e Jacó (Gn 35.1-7), que se tornou o centro religioso do Reino do Norte (4.4). Ele tinha um certo conhecimento do seu entorno geográfico (1.3; 2.3) e da própria Lei, citada por ele algumas vezes. Alguma de suas profecias foram direcionadas ao reino do sul.

Amós enfrentou forte oposição do sacerdote Amazias, aliado político do rei Jeroboão II (7.10-16). Todo o sistema político, religioso, social e jurídico do Reino de Israel estava contaminado. O profeta tornou pública a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres. Ele levantou-se também contra as injustiças sociais, contra a desonestidade (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6), contra o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria (2.7).

3. ESTRUTURA E MENSAGEM.
O livro se divide em duas partes principais. A primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1-6) e a segunda, nas visões (7-9). O discurso de Amós é um ataque direto às corrompidas instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação. Este foi o chamado “acerto de contas” de Deus com o seu povo.

O discurso de Amós, fundamenta-se em denúncias e ameaças de castigo. O livro termina com a restauração futura de Israel (9.11-15). Ele é citado em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43). Ele fez uma verdadeira radiografia do reino e colocou o dedo na ferida.

Segundo o professor Luciano de Paula Lourenço, o livro de Amós pode ser dividido em três seções:
a) 1ª seção (1.3; 2.16) – mensagens destinadas a sete nações vizinhas, inclusive a pátria do próprio profeta, o reino do Sul;

b) 2ª seção (3.1; 6.14) – três mensagens ousadas, sendo a primeira um alerta para Israel, mesmo estando na condição de privilegiado. A segunda foi direcionada as mulheres ricas e opressoras (4.1-3) e para os mercadores desonestos, governantes corruptos, juízes oportunistas e sacerdotes e profetas prevaricadores, ou seja, não escapou ninguém;

c) 3ª seção (7.1; 9.10) – relato de cinco visões a respeito do juízo vindouro, sendo a quarta visão uma descrição da podridão de Israel (Am 8.1-14). “A visão final mostra Deus em pé ao lado do altar, pronto a ferir Samaria e o reino decadente do qual era ela capital (Am 9.1-10)”, mas também havia uma promessa de restauração (Am 9.11-15).

II. POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
1. MAU GOVERNO.
Infelizmente, alguns líderes, como Saul e Jeroboão I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido (1 Cr 10.13,14; 1 Rs 13.33,34). Amós encontrou um desses maus políticos no Reino do Norte (7.10-14). Oséias, seu colega de ministério, também denunciou esses males com tenacidade e veemência (Os 5.1; 7.5-7), entre outros (1 Rs 11.29-32; 2 Rs 9.-10; Jr 26.11; 38.1-6), apesar de que Amós não chegou a tratar diretamente com Jeroboão II, governante daquilo que mais tarde ficaria conhecido como as “dez tribos perdidas de Israel”. Sobre isto os professores Luciano de Paula Lourenço e Francisco A. Barbosa escreveram, respectivamente:

“Observe que Amós não se dirigiu pessoalmente a Jeroboão II. Não há nenhum apelo direto ao rei para ouvir sua mensagem. Amós dirigiu-se ao povo de Israel (Am 2:10-12; 3:11). Dirigiu uma palavra forte às mães e às matronas que exigiam o melhor dos alimentos e mobiliário, com sacrifício dos pobres (Am 4:1). De modo semelhante, fala aos pais que levavam seus filhos à flagrante idolatria (Am 2:7b), aos fazendeiros (Am 4:7-9; 5:l6b,17), aos soldados (Am 5:3), aos juízes (Am 5:7), aos homens de negócios (Am 5:11; 8:4-6), aos adoradores (Am 5:21-23), aos líderes de Samaria (Am 6:1-7), a Amazias, o sacerdote em Betel (Am 7:14-17), aos homens e às mulheres jovens (Am 8:13). A última interpelação direta é a todo o povo de Deus (Am 9:7)”.

Apesar de sua mensagem contundente, o profeta foi expulso do reino de Israel e esta rejeição do profeta representou a rejeição da própria mensagem divina, selando, assim, o destino trágico daquelas tribos, até hoje conhecidas como as “dez tribos perdidas de Israel”.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mensagem 63: Vejo muito trigo, mas não vejo pão


NO EGITO HAVIA MUITO PÃO, MAS TAMBÉM HAVIA FOME
O POVO VIA TRIGO, MAS NÃO VIA PÃO
INTRODUÇÃO
Os 7 anos de fartura profetizados por José chegara ao fim (Gn 41.29-30), agora viriam os 7 anos de fome e calamidade, mas eles estavam tão confiantes que passariam por aquela situação sem problemas, pois cumpriram a risca as determinações de José (Gn 41.48-49) e se sentiam preparados.

a) Preparação humana não vence a calamidade (Gn 41.47-49):
A fome não perdoou e não respeitou posição social, impérios ou paredes, mas no Egito, tudo parecia bem, pois havia pão (Gn 41.54), enquanto que as outras nações já sofriam com a fome.

Eles se prepararam conforme orientações de José e confiavam na vitória, então porque o desespero? Havia muito trigo, porém não havia organização, sabedoria para promoção do socorro.

b) Autoridade e poder humanos não vencem a calamidade (Gn 41.55a):
O povo via o trigo, mas não via o pão, por isto foram clamar a Faraó pelo suprimento. Que decepção A ouvirem daquele homem, o qual depositavam uma confiança tremenda, que não poderia fazer nada, que estava com as mãos atadas. Ele lavou suas mãos, não quis saber do problema (Gn 41.55b, cfe Mt 27.24) e encaminhou o povo para José. Seu poder e autoridade era somente para declarar guerras, invadir terras, ordenar genocídios, criar impostos e etc. De socorro e justiça ele não entendia nada. O povo havia clamado para o homem errado. Foram enganados pela aparência (cfe 2 Rs 5.7).

c) Sabedoria divina aplicada na vida do homem é capaz de vencer a calamidade:
José esperou ansioso por aquele momento, pois sabia que mais cedo ou mais tarde os egípcios bateriam em sua porta, a procura de socorro ou conselhos, por isto buscava em Deus orientações para tomar as decisões corretas, para ser justo e transparente.

a) 1ª decisão:
Socorrer os “domésticos da fé”, já que todos estavam diante do mesmo problema e com a mesma fé, pelo menos, aguardavam a solução.

A fome assolava toda a região, portanto logo as outras nações viriam ao Egito em busca de alimento, poderiam ocorrer distúrbios, invasões, roubos, etc, portanto era necessário uma preparação para recebimento dos famintos. José pensou nisto e decretou: “A prioridade na compra de mantimentos é dos egípcios, a preço de custo. Comprem e se alimentem, porque depois virão as outras nações e necessitamos de organização e proteção”. Perde um pouco na venda aos egípcios, mas pelo menos a segurança é mantida.

Ele socorreu primeiro a sua “nação” para depois atender aos confins da terra, algo familiar para nós (Mt 18.11, cfe Jo 1.11; At 1.8).

b) 2ª decisão:
Diante da estabilidade local ele resolveu vender alimentos para as outras nações, aumentando assim as riquezas egípcias (Gn 41.57). Agora sim estavam preparados para enfrentarem qualquer outra calamidade que aparecesse pela frente, graças a sabedoria Divina aplicada na vida de um homem.

CONCLUSÃO
Os egípcios viram muito trigo, mas não viram pão para saciarem a fome. Alimento tinha de sobra, o que faltava era sabedoria para organizarem o socorro e atenderem os famintos. Preparação humana não resolveu o problema, autoridade e poderes humanos eram limitados, a alternativa seria acreditarem no sábio homem de Deus.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vida dura esta de Ámos

 Vida dura de um camponês! 
Será que ele desejou não ter saído de suas terras?

 a noite o local de "adoração" ficava lotado

hum... imaginem a resposta dele no versículo seguinte
Am 7.14-17, principalmente o 17

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Jó - informações essenciais


PROPÓSITO:
Demonstrar a soberania de Deus e o significado da verdadeira fé. Tratar da questão sobre o sofrimento do justo.

AUTOR:
Desconhecido; possivelmente Jó. Alguns sugerem Moisés, Salomão ou Eliú.

DATA:
Desconhecida. Registra fatos que ocorreram provavelmente durante o tempo dos patriarcas, aproximadamente 2000 – 1800 a.C.

PANORAMA:
A terra de Uz, provavelmente localizada a Nordeste da Palestina, próximo à terra deserta entre Damasco e o rio Eufrates.

VERSÍCULO CHAVE:
“E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa” (2.3).

PESSOA CHAVE:
Jô; Elifaz, o temanita; Bildade, o suíta; Zofar, o naamatita e Eliú, o buzita.

CARACTERÍSTICA PARTICULAR:
Jô é o primeiro dos livros poéticos na Bíblia hebraica. Alguns acreditam ter sido este o primeiro a ser escrito da Bíblia. O livro mostra-nos como Satanás trabalha. Em Ezequiel 14.14,20 e Tiago 5.11, Jô é mencionado como um personagem histórico.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

lição 3 - Joel


Hoje a noite estaremos na congregação do Jardim Maria de Lourdes ministrando a lição de número 3. Joel, o derramamento do Espírito Santo.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

1º trimestre 2013



Lição 1- A Apostasia no Reino de Israel
Lição 2- Elias, o Tisbita
Lição 3- A Longa Seca Sobre Israel
Lição 4- Elias e os Profetas de Baal
Lição 5- Um Homem de Deus em Depressão
Lição 6- A Viúva de Sarepta
Lição 7- A Vinha de Nabote
Lição 8- O Legado de Elias
Lição 9- Elias no Monte da Transfiguração
Lição 10- Há Um Milagre em Sua Casa
Lição 11- Os Milagres de Eliseu
Lição 12-  Eliseu e a Escola de Profetas
Lição 13- A Morte de Eliseu  


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Culto de jovens - setor 42


setor 42: Álvares Machado-SP

Fizemos um rodízio entre as congregações, iniciamos em julho no Jd. São Francisco com um grande culto de jovens, passamos pelo Bela Vista em agosto aproveitando o congresso de jovens. Em setembro foi a vez do Jd. Maria de Lourdes e no próximo dia 27 estaremos no Jd. Santa Eugênia.

O encerramento deste projeto será em novembro na subsede, Vila Fernandes com um grande culto que chamaremos de: "pré congresso", nos preparando para 2013, pois não temos tempo para algo em 2012, em virtude das trocas de liderança ocorrida durante o ano (3).

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Proposta da lição 4

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

lição 3 - pós aula


“Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”, e não sobre toda a TERRA, ainda.

“Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”. Ei, Joel será agora, quando se cumprirá esta profecia? Vai demorar muito? Assim disse Judá.

Se cumprirá em nossos dias? Não! Vocês estão fora da direção.

Deus derrama seu Espírito sobre vidas tortas? Sobre reinos tortos?

Se fosse nos dias atuais certamente alguém chamaria as profecias de Joel de “profetadas”, e que ele não estava falando nada com nada.

Será que Joel estava louco, alucinado ou impressionado com os últimos acontecimentos, segundo nota de rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal (Jl 1.4).

Se colocássemos Isaias e Joel, frente a frente, com suas profecias, para quem Israel daria algum crédito? Será que escolheriam aquele que falou do Messias (Is 9,6; 53.1-12) ou que falou das perdas, gafanhotos, secas, invasões e problemas (Jl 1.4,6; 2.1-10).

Como disse o velho e bom Isaías: “Quem deu credito a nossa pregação”? Pelo jeito não deram crédito a Joel também.

Que profecia estranha, pois quando recebemos alguma, nos dias de hoje, ficamos aguardando o cumprimento cabal dela e “as vezes” não falham e se cumprem na integra, detalhe por detalhe. Como Joel deve ter sofrido por isto!

Joel, um dos pioneiros no reino do sul, no ministério profético, teve muita coragem para enfrentar o povo desviado e caído e governantes ímpios, apesar que Joas, provável governante da época, iniciou bem o seu reinado (2 Cr 24.1-2).

O que Joel, não se cansou de dizer, foi que o mal já havia acontecido na vida material do reino e que estava prestes a acontecer, nas mesmas proporções, na espiritual.

O povo queria era facilidades para adorar a Deus, pelo menos imaginavam que estivessem servindo-O, mesmo diante do sincretismo religioso que corria a solta entre eles. Qualquer coisa que colocassem nas mãos eles aceitavam, seria isto diferente dos dias atuais? “É de Deus, receba”, é nada!

Uma pessoa revestida pelo Espírito Santo é difícil de ser morta (At 19.14) e também é difícil de desistir (At 14.20), os discípulos foram atrás de Paulo, mesmo que alguém tenha dito que já estivesse morto. O pensamento foi o seguinte: “vamos ver se encontramos ele ainda com vida, vamos ver se ainda Paulo pode nos proporcionar alguma alegria”.

Seria mais ou menos se disséssemos: “aquele lá não está morto, vamos atrás dele, quem sabe ele reviva”.


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sábado, 20 de outubro de 2012

Já aconteceu isto em vossos dias? Ou nos dias de vossos pais?

“Aconteceu isto em vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais? Ou nas duas épocas? E com ela, a igreja do século XXI?

O profeta iniciou seu oráculo com as duas primeiras perguntas, que se fossem levadas ao pé da letra, ou na concepção da palavra, poderiam ser vistas como uma lembrança do ocorrido no passado ou um prévio aviso do que poderia acontecer no futuro, uma vez que no presente, eles se auto isentavam de qualquer problema material ou culpa espiritual, ou pelo menos viviam motivados por este aparente engano. Eles não enxergavam o perigo iminente que se aproximava, devido aos seus próprios erros e porque não afirmarmos que esta crise já havia sido enfrentado por eles, no passado recente.

A profecia dizia respeito ao passado, presente e também ao futuro, sobre isto a Bíblia de Estudo Pentecostal em sua nota de rodapé de Joel 1.4, assim afirma:

“A natureza da crise constituía-se de uma praga de gafanhotos que varrera o país. A região rural e a vegetação foram destruídas, o povo enfrentava severa fome”. (BEP, página 1288).

O alvo deste pequeno lembrete/aviso eram eles, seus filhos, os filhos de seus filhos e as futuras gerações, para que nunca mais se esquecessem, portanto a profecia dizia respeito a todos, inclusive aqueles que “um dia”, seriam chamados por Deus, nosso Senhor, de acordo com a citação feita por Pedro (At 2.39), no dia de Pentecostes, quando explicava aos incrédulos expectadores, o cumprimento parcial do que houvera sido vaticinado pelo profeta Joel (Jl 2.28-32).

LAGARTA, GAFANHOTO, LOCUSTA E O PULGÃO.
Israel teve inúmeras promessas de prosperidade e proteção (Ex 19.5; Dt 28.1-14; Is 55.17) entre outras tantas, mas eles também eram sabedores que estas bênçãos estavam todas condicionadas à obediência e desde a saída do Egito foram alertados quanto a estas condições, portanto não havia possibilidade ou argumentos para alegarem desconhecimento ou inocência.

A desobediência abriu as portas para que entrassem em cena “os insetos devoradores”, que Israel conheceu muito bem durante sua longa história, aliás eles viram estes insetos crescendo e se multiplicando diante de seus próprios olhos e não faziam nada para exterminá-los. A Bíblia de Estudo Pentecostal em sua nota de rodapé de Joel 1.4, continua:

“[...] o significado exato das quatro palavras aqui empregadas (lagarta, locusta, gafanhoto e pulgão) para descrever os gafanhotos é incerta. Acredita-se que representava as etapas sucessivas do crescimento do inseto”. (BEP, página 1288).

A Bíblia nova tradução na linguagem de hoje corrobora com a citação anterior quando afirma na mesma referência incluindo o versículo 6:

“Vieram nuvens e mais nuvens de gafanhotos e comeram todas as plantações. O que os primeiros gafanhotos deixaram foi devorado pelos que vieram depois.

“[...] Vieram os gafanhotos, como um exército poderoso e invadiram meu país. Os seus dentes eram como os de leão”. Jl 1.4-6, NTLH).

Isto era muito familiar à Israel, pois bem antes, durante a caminhada pós saída do Egito, eles presenciaram as consequências de seus erros e viram o quanto seria doloroso para todos. A primeira grande baixa se deu na instituição e na festa de inauguração da grande estátua do bezerro de ouro, o deus, que segundo eles, havia livrado a nação do jugo da escravidão (Ex 32.4), ocasião em que mais ou menos 3.000 homens foram mortos pelos levitas, “os de Deus” (Ex 26, cfe Nm 8.14).

Mas este número de mortos foi pouco se comparado aos 24.000 que tiveram o mesmo destino quando se deixaram seduzir pelas estátuas dos deuses midianitas (Nm 25.9). A lagarta estava crescendo e começava a agir em Israel.

Como foi difícil para eles lutarem contra estas lagartinhas, vindas dos territórios vizinhos, mas eles tiveram a chance de exterminá-las de uma vez por todas, mas não cumpriram com o dever e permitiram que crescessem (Jz 2.2-3).

O gafanhoto também apareceu na história de Israel e foi tão cruel e desastrosa a sua atuação quanto ao estágio anterior. Na verdade, a lagarta já não era o mal pior, pois aprenderam a conviver com ela.

Eles plantavam, cuidavam e quando iniciavam, felizes, a colheita aparecia o inseto com suas asinhas crescidinhas para queimar de devorar o fruto do suor deles (Jz 6.3-5). A nuvem de locusta, sequer com fome estava, sua intenção era somente destruir e devorar tudo.

A locusta, um pouco maior, apareceu em Israel, em larga escala, logo no início do ministério de Samuel, ocasião em que mataram 30.000 homens e levaram a arca do concerto. Que nuvem de locusta ousada e corajosa, pois MATAR homens era fácil, mas CORROER a arca, isto seria impossível (1 Sm 4.10-11).

O pulgão apareceu, na esperança de fechar o caixão do reino inteiro, mas antes que agissem, o profeta Joel entrou em ação e alertou. Ele foi desprezado e desacreditado, da mesma forma que a bateria de profetas anteriores e posteriores.

O exército de pulgões cercou Jerusalém (2 Cr 36.17-20; Jr 52) e a deixou inerte, triste, solitária ao final (Lm 1.1-2), mas não foi capaz de destruí-la por completo, pois mesmo diante de tantas catástrofes, havia a certeza da “posse Divina” (Ex 19.5) e da solidez da aliança (Jz 2.1b), entre outras promessas (Os 14.1-9; Jl 2.18-27; Hc 3.17-19; Ag 2.1-9; Ml 4.1-6).

Israel enfrentou a lagarta, o gafanhoto, a locusta e o pulgão, mas continuou em pé graças as intervenções de Deus, que nunca os abandonou a mercê de sua própria sorte ou força.

Da mesma forma podemos dizer: “Ei, já aconteceu isto em vossos dias, ou nos dias de vossos pais? Oh! Igreja?

Referências:
Bíblia de estudo Pentecostal. CPAD, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Verdades!



Verdade prática, VERDADE MESMO!
não foi uma missão temporária (At 2.39)

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Joel, o derramamento do Espírito Santo. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos” (At 2.17).

VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo não veio ao mundo cumprir uma missão temporária, mas guiar a Igreja até a vinda do Senhor.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Joel 1.1; 2.28-32.
1 - Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
28 - E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 - E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
30 - E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
31 - O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR.
32 - E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar.

PROPOSTA DA LIÇÃO
          Joel não mencionou nenhum rei em seu livro;
          Assunto do livro: ameaças e promessas escatológicas;
          Espírito Santo: pessoa, igual ao Pai e ao Filho em poder;
          Derramamento do Espírito, um revestimento. A metáfora;
          Derramamento: Joel, “depois”. Pedro, nos “últimos dias”;
          Fim: sinais no céu, embaixo na terra, sangue, fogo etc;
          Tudo isto foi repetido por Pedro no primeiro sermão;
          Mas não foi visto no dia de Pentecostes, aquilo foi o inicio;
          Tais sinais dizem respeito à Grande Tribulação.

INTRODUÇÃO
Joel, filho de Petuel, desenvolveu seu ministério no reino do Sul (835-796 a.C.) e ficou conhecido como o “profeta pentecostal”, titulo recebido do Movimento Pentecostal, mas suas profecias não diziam respeito somente a efusão do Espírito Santo nos últimos dias, pois abrangem outros temas, entre os quais destacamos as pragas advindas da ação dos gafanhotos, locustas e pulgões (Jl 1.4-6), além da iminente invasão babilônica e juízos sobre as nações.

Estas mensagens, como as outras, tinham por objetivo, levar o povo ao arrependimento a fim de que a nação, em algum momento da história, contemplasse o derramamento do Espírito Santo, como cumprimento da profecia, a promessa universal, um novo concerto a todos quantos cressem (2.28-32).

O reino do Sul, também era próspero, como o do Norte, e as inclinações para o pecado também eram semelhantes, inclusive o sincretismo religioso era uma prática normal e tolerável entre eles. Sobre isto o professor José Roberto A. Barbosa escreveu:

“Naquela época, semelhantemente ao que aconteceu com o povo do norte, Judá desfrutava de plena prosperidade. Essa condição favorecia o sincretismo religioso, o povo adorava ao Deus de Israel, ao mesmo tempo em que se dobravam perante outros deuses. Por isso, Joel profetiza a fim de evitar que Judá sofresse o castigo de Deus como consequência dos seus pecados".

I. O LIVRO DE JOEL NO CÂNON SAGRADO
1. CONTEXTO HISTÓRICO.
São escassas as informações sobre Joel e sua época. O pouco conhecido é o que extraímos de seu próprio livro, principalmente a sua filiação (1.1). Nenhum rei foi mencionado por ele, o que dificulta ainda mais a contextualização histórica. A menção dos sacerdotes auxiliando na administração (2 Cr 23.16-21), leva a crer que Joas estava no trono, mesmo com pouca idade (2 Cr 24.1). Outro fator que pode auxiliar na localização histórica de seu ministério é a funcionalidade do Templo (1.9, 13; 2.17).

2. POSIÇÃO DE JOEL NO CÂNON SAGRADO.
A ordem dos Profetas Menores em nossas versões da Bíblia é a mesma do Cânon Judaico e da Vulgata Latina, mas não é cronológica. Joel é o segundo livro, situado entre Oseias e Amós, mas na Septuaginta há uma diferença na ordem dos primeiros seis livros: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias, Jonas.

Provavelmente foi um dos mais antigos, senão o pioneiro. As únicas pistas de seu período de atuação podem ser vistas no seu estilo literário, bem diferente do período pós exílio e pela citação dos ferrenhos inimigos de Israel, que na sua época eram os filisteus, fenícios, egípcios e edomitas e não os assírios, sírios e babilônicos citados por profetas de outras épocas.

3. ESTRUTURA E MENSAGEM.
O oráculo foi entregue ao profeta por meio da palavra (1.1). São três capítulos, mas a sua divisão na Bíblia Hebraica é diferente, pois o trecho 2.28-32 equivale ao capítulo três, com cinco versículos, e o conteúdo do capítulo quatro é exatamente o mesmo do nosso capítulo três. O livro também tem um teor escatológico, com ameaças e promessas e trata de três assuntos específicos:
a) LEMBRETE: A praga de gafanhotos, locustas e pulgões (1.2-10);
b) ALERTA: Invasão de um grande exército proveniente do Norte (1.6; 2.1-11);
c) PROMESSA: Manifestação da misericórdia de Deus diante do arrependimento sincero (2.18; 3.21), ocasionando a restauração da nação e o derramamento do Espírito Santo.

II. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
1. SUA PERSONALIDADE.
A Bíblia nos apresenta o Espírito Santo como uma pessoa e não como uma mera influência. Ele é inteligente (Rm 8.27), tem emoções (Ef 4.30), vontade (At 16.6-11; 1 Co 12.11), se entristece (Ef 4.30), tem ciúmes (Tg 4.5), pensa, fala (At 8.29) e ensina (Jo 14.26). Provas bíblicas de sua personalidade não nos faltam, mas para tal é necessário um exame cuidadoso da Palavra. 

2. SUA DIVINDADE.
O Espírito Santo é chamado textualmente de “Deus de Israel” (2 Sm 23.2,3). Ele é igual ao Pai e ao Filho em poder, glória e majestade. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

A Bíblia não se limita a mostrar que o Espírito Santo é uma Pessoa, mas também nos revela que é uma Pessoa Divina, ou seja, é uma das Pessoas que compõem este mistério que é a Santíssima Trindade, este Deus que é triúno, ou seja, um Único Deus que está em três Pessoas.

O Espírito Santo é chamado Deus (At 5:3,4) e Senhor (2Co 3:18). Quando Isaías viu a glória de Deus (Is 6:1-3), escreveu: “Ouvi a voz do Senhor...vai e diz a este povo” (Is 6:8-9). O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo” (cf. At 28:25, 26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus. Ele faz parte da Santíssima Trindade. Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mt 28:19; 2Co 13:13) e, a Bíblia afirma que os três são um (1João 5:7).

O texto mais explícito a respeito da divindade do Espírito Santo está em At 5:3,4 - Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?... Não mentiste aos homens, mas a Deus”. 

3. COMO UMA PESSOA PODE SER DERRAMADA?
Esta é uma das perguntas que alguns grupos religiosos fazem frequentemente com a finalidade de “provar” que o Espírito Santo não é Deus nem uma pessoa. Por duas vezes a palavra profética afirma “derramarei o meu Espírito” (2.28,29), o que é ratificado em o Novo Testamento (At 2.17,18).

O Espírito Santo sempre encontrou oposição, ao longo da história, pois não foram poucos que não aceitaram a sua Divindade, dentre os quais destacamos Eustáquio de Sebaste (300-380). Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Ainda apresentando a mesma linha de raciocínio desses grupos religiosos, perguntamos: como pode Jesus ser uma pessoa e alguém ser morada dele? - “Jesus respondeu, e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada (João 14:23). Paulo declara: “meus filhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”(Gl 4:19). Como pode Jesus ser formado em alguém, sendo ele uma pessoa? Ainda em Gálatas 2:20, Paulo disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Como esses grupo religiosos explicam esse mistério? Negam também a personalidade de Jesus por causa disso? É claro que não! Então por que negam a personalidade do Espírito Santo, valendo-se do mesmo argumento? Certamente, negam essa verdade bíblica porque não se preocupam em ensinar a Bíblia, mas de impor crenças peculiares”.

O derramamento do Espírito, um dia, estaria disponível a todos que cressem e teria uma atuação dinamizada, logo nos primórdios da igreja.

4. LINGUAGEM METAFÓRICA.
O “derramamento” do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito. Trata-se de uma metáfora, figura que “consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implícita”. Simbolizado pela água, o Espírito Santo lava, purifica e refrigera como reflexo de suas múltiplas operações (Is 44.3; Jo 7.37-39; Tt 3.5), ao ser derramado.