Páginas

sábado, 30 de agosto de 2014

Neemias: como sair do anonimato? Capítulo 5


CAPÍTULO 5
S.M.D.U. (SABEDORIA, MOTIVAÇÃO, DEDICAÇÃO E UNIÃO)

1. SABEDORIA DIANTE DAS INSINUAÇÕES E CALÚNIAS:
Porque se intimidar diante dos opositores? Neemias tinha autorização para reconstruir os muros e os judeus já confiavam em sua liderança. Ele sabia que ninguém poderia impedir aquela obra, haja vista estar a serviço do Rei dos reis, portanto não poderia perder tempo com falatórios dos opositores. A sua resposta foi imediata (2.20). Foi incisivo ao afirmar que se levantariam e edificariam e que a oposição não teria parte, justiça ou memória na historia da cidade.

Movidos pela inveja, os inimigos não esperaram o início da obra para manifestaram-se como opositores. O sucesso de Neemias poderia ser o fracasso de qualquer um deles. Eles sabiam que deveriam correr contra o tempo, pois se iniciassem certamente a finalizariam, devido ao ânimo do povo e a intervenção de Deus. A intenção era impedir que Neemias ganhasse força diante do rei. A nação estava falida, oprimida, sem autonomia política e não se unia para mudar aquela situação.

O plano era levantarem falsas acusações e prová-las, para assim paralisarem as obras novamente e para condenarem a morte, por traição ao rei, Neemias e seus auxiliares.

Mas, se Neemias estava de posse de cartas autorizando a reconstrução e se por elas foi possível convocar e animar o povo a obra, então partindo deste principio, quem estava realmente traindo as ordens do rei? Não seriam os três que se colocavam como oposição as ordens do rei?

2. MOTIVAÇÃO DE NEEMIAS À SEUS LIDERADOS: 
Quando chegou em Jerusalém, Neemias entendeu que a sua luta não seria contra a carne ou contra o sangue, pois a sua preocupação não deveria ser com aqueles que se levantariam em oposição ao seu projeto, mas sim com um inimigo pior, que deveria ser combatido e vencido, a apatia dos judeus.

Como um líder, já que não foi à toa o sentimento nascido em seu coração ainda na Pérsia, sentiu a necessidade de motivar o coração daquele povo para que se comprometessem com a obra (4.6). Todos os anos em que ficaram desprezados, solitários e sem esperanças foram suficientes para minar-lhes a fé, por isto era necessário que primeiramente se sentissem importantes no plano de Deus.

A sua preocupação não era apenas com a cidade, ainda que parecesse, pois era evidente que o comprometimento da situação espiritual dos judeus e das suas futuras gerações. Os opositores imaginavam que a reconstrução visava apenas prover Jerusalém de proteção contra os ataques externos, mas na verdade Deus estava trabalhando naqueles corações enfraquecidos de forma a proporcionar, a todos, a oportunidade de adentrar as dimensões espirituais, que não seriam alcançadas caso continuassem naquele conformismo.

Para dar exemplo aos demais, Neemias renunciou a privilégios que tinha como governador (5.14) e conseguiu motivar o sumo sacerdote, os (3.1), os sacerdotes (3.22,28), os ourives (3.8,31) e todos os moradores da cidade que se envolveram na obra, deixando de lado suas desculpas, fraquezas e prioridades. Exceto os nobres de Tecoa que se recusaram a participarem da reconstrução do muro (3.5).

3. DEDICAÇÃO TOTAL AO TRABALHO:
De fato ele percebeu logo de inicio que a tarefa não seria fácil. A cena, de destruição, por si só não seria motivo para desânimo, mas a situação do povo sim era capaz de desanimar qualquer um que tentasse algo naquela cidade. A tudo isto juntava-se ainda a ação dos inimigos que se levantaram após a proclamação de seus intentos.

Mas como Neemias conseguiu atrair a atenção dos judeus e como foi capaz de fazê-los sentirem a necessidade da mudança? Talvez outros, com intenções que não a de beneficiarem os judeus, tentaram em vão motivar os habitantes da cidade, mas faltou-lhes a autoridade, o envolvimento e comprometimento com a obra, características estas vistas em Neemias, quando dedicou-se integralmente, tornando-se exemplo para todos, que a principio não entenderam, o motivo de tamanha preocupação com a cidade. Ele estava mais envolvido e decidido que os próprios moradores da cidade.

A ação maior deveria partir deles, o desejo de mudança deveria nascer primeiro naqueles corações, por isto que o sucesso desta obra não pode ser somente atribuído a Neemias, pois todos participariam e trabalhariam em conjunto.

Desde o início dos trabalhos Neemias participou ativamente. Mesmo com a autoridade constituída de governador não ficou somente olhando e esperando o resultado. Ele sabia que deveria ser o exemplo para os demais. Como líder, sua intenção era mobilizar o povo para o mutirão. Ele sabia que não poderia levar a diante o seu plano se não tivesse a cooperação.

Neemias diagnosticou o problema, incentivou o povo, colocou a mão na obra e nomeou cada pessoa para o lugar certo. Os muros foram reconstruídos, as portas levantadas e a nação restaurada em cinqüenta e dois dias, mesmo diante da mobilização contrária.

4. UNIÃO PARA OS FRACOS JUDEUS:
Sambalate e seus companheiros utilizaram de todos os artifícios para impedirem o início a obra. Ridicularizaram o esforço, criticaram a atitude (mudança), escarneceram e zombaram da consistência do trabalho e tentaram abalarem a auto-estima do povo (4.1-2).

Eles imaginavam que os judeus fossem reagir da mesma forma como eram atacados, ou seja, com ira, ódio, agressões e desanimo, mas Neemias buscou a Deus em favor do povo para que não caíssem nesta cilada, pois se reagissem, conforme era esperado, a obra seria paralisada.

a) Respostas aos críticos e temores dos opositores:
  • Que fazem estes fracos judeus? Eles temiam que os judeus, mesmo fracos, pudessem se fortalecer com a obra;
  • Permitir-se-lhes à isso? Os judeus estavam enfraquecidos, mas por acaso a oposição era forte? Eles eram as raposinhas (4.3);
  • Sacrificarão? Sim sacrificarão ao término da obra e com muita alegria (cap. 8 e 9; 12.43). O temor era o resgate religioso;
  • Acabá-lo-ão num só dia? Eles sabiam que o inicio precederia o término. Simplesmente estavam adiando temporariamente a derrota;
  • Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?  Temiam a transformação de toda a cidade.
A união era essencial para que iniciassem a obra. Quando Neemias se deparou com a situação da cidade e do povo, certamente visualizou a possibilidade de mudança, mas o trabalho seria árduo, pois tão fácil seria animá-los para a união, quanto seria para os opositores incitá-los a divisão e confusão.

Todas as criticas foram respondidas por Neemias em alto nível, não com calorosas e inúteis discussões, mas sim com uma audaciosa oração (4.4,5). Esta era a reação esperada de um verdadeiro líder, que não permitiu que fossem interrompidos.

Os grandes impérios do passado fizeram uso de mão de obra opressora ou escrava para construírem suas cidades e monstruosas obras, mas com Jerusalém ocorreu um fenômeno diferente, pois não foi por força ou muito menos por violência, foi de coração (4.6).

5. COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
  • O pensamento dos nobres era o seguinte: Se algo der errado mudamos para outros lugares levando nossos títulos. O povo que se vire e a cidade que continue em escombros;
  • Neemias resolveu resgatar as genealogias dos que retornaram do exílio e trabalharam, estes sim eram os verdadeiros nobres da cidade;
  • Sambalate, Tobias e Gesem mereciam algum tipo de citação? Ao menos para lembrar Israel da oposição sofrida? Neemias orou (2.20) para que eles não tivessem memória em Jerusalém;
  • Neemias não queria meros expectadores, queria trabalhadores responsáveis.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A verdadeira sabedoria se manifesta na prática. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria" (Tg 3.13)

VERDADE PRÁTICA
A verdadeira sabedoria não se manifesta na vida do crente através do discurso, mas das obras

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Tg 3.13-18
13 - Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
14 - Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
15 - Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
16 - Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
17 - Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
18 - Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.

PROPOSTA
         Sábio: aquele que apresenta bom trato e mansidão;
         Inveja e facção não podem motivar mestres;
         Falsa sabedoria é terrena, animal e diabólica;
         Não permitamos que a vaidade e ambição nos dominem;
         Injustiças e perseguições ocorrem em nosso meio;
         Evitemos as maldades, mentiras, mexericos e falatórios;
         A sabedoria que vem do alto é pura, vem de Deus;
         Devemos ser mais humanos e parecidos com Jesus;
         “Fome e sede de justiça”: ah, se compreendêssemos!

INTRODUÇÃO
Nessa lição aprenderemos que obter informação, ou conhecimento intelectual, não significa adquirir sabedoria. Algumas pessoas são bem inteligentes, mas ao mesmo tempo inaptas para relacionarem-se com outras pessoas. Hoje estudaremos a sabedoria como a habilidade de exercer uma ética correta com vistas a praticar o que é certo. Veremos a pessoa sábia como alguém que se mostra madura em todas as circunstâncias da vida, pois é no cotidiano que a sabedoria do crente deve se mostrar.

É difícil reconhecermos ou vermos a verdadeira sabedoria na vida dos que professam a fé em Jesus. Deveria ser diferente, mas não é. O reconhecimento no mundo é muito mais fácil de ser visto, haja vista, os certificados ou diplomas que atestam a sabedoria humana e terrena. Diante da competitividade mundana seria lógico não haver este reconhecimento, porém o que ocorre com facilidade nesta dimensão carnal, não acontece na mesma proporção quando se trata da dimensão espiritual. Se a igreja reconhecesse os homens dotados da verdadeira sabedoria e colocassem em prática seus ensinamentos, certamente não enfrentaria situações desagradáveis em sua trajetória.

I – A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A NOSSA SABEDORIA É DIVINA OU DEMONÍACA (Tg 3.13-15).
1. SABEDORIA NÃO SE MOSTRA COM DISCURSO.
Segundo as Escrituras, quem é sábio? De acordo com o que nos ensina Tiago, é aquela pessoa que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de mansidão”. Note que os conceitos de sabedoria, conforme exposto no texto, apenas podem ser aprovados pela prática. Quem se julga sábio e inteligente, para fazer jus aos termos, deve demonstrar sabedoria e habilidade na vida diária, tanto para com os de dentro da igreja, quanto para com os de fora.

Certificado, um diploma ou um atestado não contribui para o bom trato entre as pessoas, pelo contrário, pois estes papéis servem de instrumentos de segregação. Os portadores da sabedoria divina devem colocar em prática no dia a dia suas habilidades para que situações problemas sejam evitados ou contornados. Não podemos ficar somente nos discursos ou na confiança em papéis que não atestam o interior da pessoa, somente atestam o exterior.

2. INVEJA E FACÇÃO (v.14).
Se para ocupar a posição de mestre a pessoa for motivada pela inveja, ou por um sentimento faccioso, de nada valerá o ensino por ela ministrado. O que Tiago apresenta na passagem em estudo não diz respeito ao conteúdo ministrado pelo mestre, mas a postura arrogante e soberba adotada por ele ao ministra-lo. As informações até podem ser corretas e ortodoxas, mas a postura adotada pelo mestre lançará por terra, ou não, o discurso por ele proferido. O mestre, por vocação, compreende a sua posição de servo. Ele gosta de estar com as pessoas. Assim, naturalmente, ele ensinará o aluno com eficiência, mas principalmente, com o seu exemplo e respeito (Mt 23.1-39).  

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei”. Com este argumento o apóstolo afastou qualquer possibilidade de inveja ou facção entre aqueles que receberam seus ensinos, pois destacou a fonte de sua sabedoria e revelou toda a sua dependência.

Na igreja de Corinto havia quatro grupos de crentes que se orgulhavam cada qual de suas posições (1 Co 1.12), um emaranhado de carnais (1 Co 3.3-4). Uns eram de Paulo, outros de Apolo, Cefas e de Cristo. Estes formavam o “quarteto fantástico”, quatro grupos de crentes:
a) Grupo dos homens borracha: era formado pelos crentes que viviam sem rumo, sem parada e sem raízes;

b) Grupo dos homens tocha: era formado por crentes que pegavam “fogo” rapidinho, mas não tinham uma fé fundamentada em Cristo. O estrago que faziam com o fogo era maior que a benfeitoria;

c) Grupo dos invisíveis: era formado por aqueles crentes que desapareciam ou se anulavam quando eram requisitados;

d) Grupo dos coisas: era formado por crentes que não faziam coisa alguma.

Como poderia haver mestres e ensinadores nestes grupos? Como seus ensinos poderiam surtir efeito na igreja?

3. SABEDORIA DO ALTO E SABEDORIA DIABÓLICA (V.15).
A fonte da verdadeira sabedoria é o temor do Senhor (Sl 51.6; 111.10; Pv 9.10). Mediante a nossa reverência e confiança depositada no Altíssimo, o próprio Deus concede-nos sabedoria para vivermos. Mas não podemos nos esquecer da falsa sabedoria. Esta, afirma-nos Tiago, é “terrena”, “animal” e “diabólica”, pois não edifica, mas destrói; não une, mas divide; não é humilde, mas soberba. É na arena da prática que a nossa conduta pessoal demonstrará o tipo de sabedoria que obtemos - Se do alto ou se terrena. Deus nos guarde da falsa e diabólica sabedoria.

Qual foi a formação secular ou diplomática de José para comercializar com povos de outras nações durante o tempo de vacas magras no Egito? Mesmo com a presença de intérpretes (Gn 42.23), era necessário pelo menos um pouco de conhecimento para lidar com outros povos. Conhecimento sobre a língua e costumes. Isto não seria possível da noite para o dia, teria que vir do alto e veio, por isto ele foi capaz de lidar com seus irmãos, tão logo os reconheceu.

A sabedoria do alto manifestada em prática em sua vida não o deixou se vingar de seus irmãos, pelo contrário, pois soube lidar com ele, com amor, tratou-os bem e não deixou que o sentimento faccioso tomasse conta de seu coração. Estava bem notório o abismo que havia entre eles e seus irmãos. Ele estava no trono enquanto que os outros estavam na lona.

II – ONDE PREVALECEM A INVEJA E SENTIMENTO FACCIOSO, PREVALECE TAMBÉM O MAL (Tg 3.16)
1. A MALDADE DO CORAÇÃO HUMANO
"Quem quiser ser realmente o maior deve tornar-se o menor de todos, e aquele que desejar o lugar de governo tem de se apresentar como servo". É o que ensina o Senhor Jesus nos Evangelhos (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45; Lc 22.24-27). Apesar de a vaidade e a ambição serem sentimentos que despertam desejos latentes no ser humano (Pv 17.20), os discípulos de Cristo não podem permitir que tais desejos os dominem.

Por alguns minutos José pensou em se vingar de seus irmãos, pois tão logo os reconheceu prostrados diante de si, o primeiro pensamento que lhe veio em sua mente foi os sonhos que tivera no passado, além de ter sido rude com eles (Gn 42.7-9). “Vingo ou não vingo”, que dilema na cabeça daquele jovem governante. Estava bem claro para ele quem estava no comando daquela situação e outro ponto que ficou muito evidente e que o fez pensar muito foi a possibilidade de colocar tudo a perder por atos impensados de sua parte, por isto refletiu e viu que era a hora de exercitar a sabedoria recebida do alto. Se quisesse ser o maior, como de fato era, deveria servir e se apresentar como servo.

2. A INVEJA E A FACÇÃO INSTAURAM A DESORDEM.
Jesus de Nazaré sabia desde antemão que a vaidade dominaria o coração de muitos dos seus seguidores. Por isso Ele ensinava tal realidade nos Evangelhos. A Epístola de Tiago relata exatamente os problemas anteriormente abordados por Jesus. Nos dias do meio-irmão do Senhor, a "inveja" e o "espírito faccioso" assolavam as igrejas locais (Tg 3.16). Atualmente, muitos são os problemas dessa natureza em nossas igrejas. Injustiças e perseguições ocorrem em nossas comunidades até mesmo em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor nada tem com tais atitudes (Jr 23.30-40).  

Todo o aprendizado e sabedoria de José, poderia ser arruinada caso ele não  colocasse em prática o que recebera do alto. Depois de tudo o que houvera passado era necessário ganhar a confiança de seus irmãos e não permitir que a inveja e a facção tomassem conta daqueles corações fracos novamente. Estranho é que invejaram a situação dele no momento em que desfilava com a túnica colorida ganha do pai, mas não invejaram o seu trono ou o segundo carro em que desfilava pelo Egito (Gn 41.43).

3. OBRAS PERVERSAS. 
Como é do conhecimento de cada salvo em Cristo, onde há "inveja" e "espírito faccioso", o mal impera.  Em um ambiente onde a perversidade e a malignidade estão presentes, muitas pessoas "adoecem" e até "morrem" espiritualmente (1 Jo 3.15). Maldades contra o irmão, mentiras contra o próximo, mexericos e falatórios, enfim, são atitudes que as pessoas que passam a frequentar uma igreja local, naturalmente, esperam não encontrar. Tais problemas listados acima podem facilmente ser evitados (Rm 2.17-24). Depende apenas de cada um olhar para Jesus, depois para si mesmo e iniciar um processo de correção de suas imperfeições e más tendências. Agindo assim, o Senhor certamente dispensará sabedoria para o nosso bem viver (Tg 1.5-8).

Quando os irmãos de José chegaram ao Egito o que esperavam daquela nação? Qual o motivo que os levaram tão distantes? Seca, fome e socorro, era isto que esperaram do desconhecido vizinho, mas qual teria sido a reação deles se fossem maltratados por José, que logo os reconheceu? O irmão ex-escravo e ex-detento, poderia ter se vingado e obrado perversamente contra eles, tinha este direito.

Os famintos irmãos foram em busca de alimento, confiaram no que ouviram: “o Egito se preparou e tem alimentos”. Não havia necessidade do temor. Quem tem para oferecer, deve oferecer o melhor, independente das circunstancias e momento. Se José tivesse tratado mal seus irmãos certamente eles nunca mais teriam voltado ao Egito e assim os problemas da família não teriam sido resolvidos. O ambiente era propicio para reconciliações e assim o foi, graças a verdadeira sabedoria manifestada na prática.

III - AS QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA (Tg 3.17,18)
1. CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA SABEDORIA.
O objetivo de Tiago em classificar as diferenças entre a sabedoria que vem do alto, e da terrena e demoníaca, é mostrar que ambas podem facilmente ser identificadas através da prática cotidiana. A primeira qualidade da "sabedoria que vem do alto", ressaltada pelo líder de Jerusalém, é a pureza. O termo é um adjetivo grego, hagnós, que se refere àquilo que é "sagrado", "casto" e "sem mancha". A sabedoria que vem do alto é pura, não no sentido humano da palavra, mas algo que vem exclusivamente de Deus para nós.

Realmente é gritante a diferença entre a sabedoria que vem do alto e a terrena e demoníaca. Quando ambas são manifestadas na prática esta diferença torna-se absurdamente visível.

2. MAIS SETE CARACTERÍSTICAS.
Após assegurar a primeira característica da sabedoria que procede de Deus, a pureza, Tiago elenca outras sete: paciência, moderação, conciliação, misericórdia, bons frutos, imparcialidade e verdade. Note que, de alguma forma, todas têm relação com o autodomínio, ou com o "domínio próprio" (Gl 5.22,23 - ARA). O Evangelho adverte-nos a ser mais humanos e parecidos com Jesus, ou seja, não autoritários, inflexíveis, coléricos, sem misericórdia, parciais com as pessoas e muito menos mentirosos. Isso porque tais más qualidades são provenientes da sabedoria demoníaca, animal e terrena (Gl 5.19-21). O Senhor nos chamou para o bem (Ef 2.10). Procuremos fazer o bem com amor e verdade (Gl 6.9). 

3. O FRUTO DA JUSTIÇA (V.18).
"Bem-aventurado quem tem fome e sede de justiça" (Mt 5.6). Já imaginou essa verdade compreendida e assumida por cada crente onde quer que este esteja? Já imaginou o tipo de mundo que teríamos se compreendêssemos as implicações reais dos termos "fome" e "sede de justiça"? Tiago diz que o fruto da justiça na vida do crente deve ser semeado na paz de Deus. Ele, porém, acrescenta que essa realidade é para os que, sabiamente, "exercitam a paz". Em outras palavras, é preciso trabalhar pela paz. Seja sábio, semeie, portanto, o fruto da justiça e tenha paz!

Aqueles que demonstram o desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente são prósperos e para estes existe existe uma promessa de satisfação tal como aconteceu com Paulo (Fp 3.8-10) e com Moisés (Ex 33.13-18), pois foram fartos, mesmo que Moisés não tenha entrado na Terra prometida, mas ele a viu e esta visão foi o suficiente para que ele se regojizasse (Dt 34.1-5). Mas este estado espiritual pode ser afetado pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (Mt 13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e pelo afastamento da presença de Cristo (Jo 15.4). Estas são características da morte espiritual (Rm 5.21). Jesus ensinou sobre a necessidade de buscarmos e colocarmos o reino de Deus como centro de nossos objetivos.

CONCLUSÃO
A nossa conduta pessoal demonstrará se temos a "sabedoria do alto", que é pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia, de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia; ou se somos portadores da terrena, animal e diabólica, que produz inveja, espírito faccioso, perturbação e obras perversas. Qual o tipo de sabedoria está presente em sua vida? Fomos chamados a não tomar a forma deste presente século, mas para isso precisamos da sabedoria do alto. Só assim produziremos frutos que se coadunam com a sabedoria que vem do alto. Busque a verdadeira sabedoria no Senhor com fé e você será um testemunho vivo do poder de Deus!

OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS
     O sábio demonstra bom trato com os outros;
     Inveja e espírito faccioso adoecem e matam;
     Devemos ser mais humanos e parecidos com Jesus.

REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.


LOURENÇO, Luciano de Paula. A verdadeira sabedoria se manifesta na prática. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2014/08/aula-09-verdadeira-sabedoria-se.html. Acesso em 27 de agosto de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

15) Esdras


Para quem foi escrito este livro?     
Para os judeus que voltaram do exílio.

Por quem foi escrito (autor)?  
Esdras – segundo a tradição judaica.

Em qual momento histórico?
Depois do exílio persa (o império persa sucedeu o império babilônico), no início da reconstrução do Templo e dos muros de Jerusalém.

Por que este livro foi escrito? 
Porque o povo precisava entender que Deus age soberanamente por meio de agentes humanos responsáveis para realizar o seu objetivo redentor.

Para quê este livro foi escrito?        
Para encorajar os judeus que haviam retornado do exílio e que estavam reconstruindo o templo e os muros de Jerusalém (apesar das dificuldades econômicas, oposição de estrangeiros e conflitos internos). Este encorajamento veio através da revelação que, embora Israel ainda estivesse sob o domínio persa, o seu Deus soberano estava dando prosseguimento à sua obra redentora; e, para instruí-los à absoluta necessidade de sua atenção estar centrada no culto a Deus e na obediência à Sua Palavra.

16) Neemias-vide Esdras

Obs: Material extraído do DVD "Mega Coletânea Bíblica - 10.000 artigos". Não tem citação da fonte, mas se alguém conhecer, ficarei grato e mencionarei.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

Slides - lição 9






Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

4º trimestre 2014


TEMA DO 4º TRIMESTRE DE 2014 CPAD
A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL
 O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.

Lição 1° - Daniel, Nosso "Contemporâneo"
Lição 2° - A Firmeza do Caráter Moral e Espiritual de Daniel
Lição 3° - O Deus que Intervém na História
Lição 4° - A Providência Divina na Fidelidade Humana
Lição 5° - Deus Abomina a Soberba
Lição 6° - A Queda do Império Babilônico
Lição 7° - Integridade em Tempos de Crise
Lição 8° - Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Lição 9° - O Prenúncio do Tempo do Fim
Lição 10° - As Setenta Semanas
Lição 11° - O Homem Vestido de Linho
Lição 12° - Um Tipo do Futuro Anticristo
Lição 13° - O Tempo da Profecia de Daniel

Comentarista:

Pastor Elienai Cabral

fonte:http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/2014/08/tema-4-trimestre-de-2014va-integridade.html#more

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

domingo, 24 de agosto de 2014

Lição 8 - pós aula


Infelizmente é possivel jogarmos por terra o ministério e a chamada de qualquer pessoa, basta uma palavra mal dita e pronto, a vítima da nossa língua terá que recomeçar do zero novamente.

Se por acaso uma figueira produzir azeitona e se uma videira produzir figo e se uma oliveira produzir uvas, a quem atribuiríamos tamanha façanha?  A Deus ou ao Maligno?

A natureza sempre se mostrou fiel a Deus, nunca se rebelou, ao contrário do homem.

Vós venceste o Maligno, sois fortes ...... mas não conseguem vencer uma língua má?

Falaram mal de mim no meu serviço:
Reação: vou ficar quieitnho, pois preciso do salário.

Falaram mal de mim no entorno da igreja:
Reação: não levo desaforos para casa


Análise das duas reações: preservo meu salário com unhas e dentes, mas não preservo minha salvação.

Pé x língua - quem pode mais? Diante da língua má, corramos!

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sábado, 23 de agosto de 2014