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sábado, 30 de agosto de 2014
Neemias: como sair do anonimato? Capítulo 5
CAPÍTULO 5
S.M.D.U. (SABEDORIA, MOTIVAÇÃO, DEDICAÇÃO E UNIÃO)
1. SABEDORIA DIANTE DAS INSINUAÇÕES E CALÚNIAS:
Porque se intimidar diante dos opositores? Neemias
tinha autorização para reconstruir os muros e os judeus já confiavam em sua
liderança. Ele sabia que ninguém poderia impedir aquela obra, haja vista estar
a serviço do Rei dos reis, portanto não poderia perder tempo com falatórios dos
opositores. A sua resposta foi imediata (2.20).
Foi incisivo ao afirmar que se levantariam e edificariam e que a oposição não
teria parte, justiça ou memória na historia da cidade.
Movidos pela inveja, os
inimigos não
esperaram o início da obra para manifestaram-se como opositores. O sucesso de
Neemias poderia ser o fracasso de qualquer um deles. Eles sabiam que deveriam
correr contra o tempo, pois se iniciassem certamente a finalizariam, devido ao
ânimo do povo e a intervenção de Deus. A
intenção era impedir que Neemias ganhasse força diante do rei. A nação estava
falida, oprimida, sem autonomia política e não se unia para mudar aquela
situação.
O plano era levantarem falsas acusações e
prová-las, para assim paralisarem as obras novamente e para condenarem a morte,
por traição ao rei, Neemias e seus auxiliares.
Mas,
se Neemias estava de posse de cartas autorizando a reconstrução e se por elas
foi possível convocar e animar o povo a obra, então partindo deste principio,
quem estava realmente traindo as ordens do rei? Não seriam os três que se
colocavam como oposição as ordens do rei?
2. MOTIVAÇÃO DE NEEMIAS À SEUS LIDERADOS:
Quando chegou em Jerusalém, Neemias entendeu que a sua luta
não seria contra a carne ou contra o sangue, pois a sua preocupação não deveria
ser com aqueles que se levantariam em oposição ao seu projeto, mas sim com um
inimigo pior, que deveria ser combatido e vencido, a apatia dos judeus.
Como um líder, já que não foi à toa o sentimento nascido em
seu coração ainda na Pérsia, sentiu a necessidade de motivar o coração daquele
povo para que se comprometessem com a obra (4.6). Todos os anos em que ficaram
desprezados, solitários e sem esperanças foram suficientes para minar-lhes a
fé, por isto era necessário que primeiramente se sentissem importantes no plano
de Deus.
A sua preocupação não era apenas com a cidade, ainda que parecesse,
pois era evidente que o comprometimento da situação espiritual dos judeus e das
suas futuras gerações. Os opositores imaginavam que a reconstrução visava
apenas prover Jerusalém de proteção contra os ataques externos, mas na verdade
Deus estava trabalhando naqueles corações enfraquecidos de forma a
proporcionar, a todos, a oportunidade de adentrar as dimensões espirituais, que
não seriam alcançadas caso continuassem naquele conformismo.
Para dar exemplo aos demais, Neemias renunciou a privilégios
que tinha como governador (5.14) e conseguiu motivar o sumo sacerdote, os (3.1), os sacerdotes (3.22,28), os ourives (3.8,31) e todos os
moradores da cidade que se envolveram na obra, deixando de lado suas desculpas,
fraquezas e prioridades. Exceto os nobres de Tecoa que se recusaram a
participarem da reconstrução do muro (3.5).
3. DEDICAÇÃO TOTAL AO TRABALHO:
De fato ele percebeu logo de inicio que a tarefa não seria
fácil. A cena, de destruição, por si só não seria motivo para desânimo, mas a
situação do povo sim era capaz de desanimar qualquer um que tentasse algo
naquela cidade. A tudo isto juntava-se ainda a ação dos inimigos que se
levantaram após a proclamação de seus intentos.
Mas como Neemias conseguiu atrair a atenção dos judeus e como
foi capaz de fazê-los sentirem a necessidade da mudança? Talvez outros, com
intenções que não a de beneficiarem os judeus, tentaram em vão motivar os
habitantes da cidade, mas faltou-lhes a autoridade, o envolvimento e
comprometimento com a obra, características estas vistas em Neemias, quando
dedicou-se integralmente, tornando-se exemplo para todos, que a principio não
entenderam, o motivo de tamanha preocupação com a cidade. Ele estava mais
envolvido e decidido que os próprios moradores da cidade.
A ação maior deveria partir deles, o desejo de mudança
deveria nascer primeiro naqueles corações, por isto que o sucesso desta obra
não pode ser somente atribuído a Neemias, pois todos participariam e trabalhariam
em conjunto.
Desde o início dos trabalhos Neemias participou ativamente.
Mesmo com a autoridade constituída de governador não ficou somente olhando e
esperando o resultado. Ele sabia que deveria ser o exemplo para os demais. Como
líder, sua intenção era mobilizar o povo para o mutirão. Ele sabia que
não poderia levar a diante o seu plano se não tivesse a cooperação.
Neemias diagnosticou o
problema, incentivou o povo, colocou a mão na obra e nomeou cada pessoa para o
lugar certo. Os muros foram reconstruídos, as portas levantadas e a nação
restaurada em cinqüenta e dois dias, mesmo diante da mobilização contrária.
4. UNIÃO PARA OS FRACOS JUDEUS:
Sambalate e seus companheiros utilizaram de todos
os artifícios para impedirem o início a obra. Ridicularizaram o esforço,
criticaram a atitude (mudança), escarneceram e zombaram da consistência do
trabalho e tentaram abalarem a
auto-estima do povo (4.1-2).
Eles imaginavam que os
judeus fossem reagir da mesma forma como eram atacados, ou seja, com ira, ódio,
agressões e desanimo, mas Neemias buscou a Deus em favor do povo para que não
caíssem nesta cilada, pois se reagissem, conforme era esperado, a obra seria
paralisada.
a) Respostas aos críticos e temores dos
opositores:
- Que fazem estes fracos judeus? Eles temiam que os judeus, mesmo fracos, pudessem se fortalecer com a obra;
- Permitir-se-lhes à isso? Os judeus estavam enfraquecidos, mas por acaso a oposição era forte? Eles eram as raposinhas (4.3);
- Sacrificarão? Sim sacrificarão ao término da obra e com muita alegria (cap. 8 e 9; 12.43). O temor era o resgate religioso;
- Acabá-lo-ão num só dia? Eles sabiam que o inicio precederia o término. Simplesmente estavam adiando temporariamente a derrota;
- Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? Temiam a transformação de toda a cidade.
Todas as criticas foram respondidas por Neemias em alto
nível, não com calorosas e inúteis discussões, mas sim com uma audaciosa oração
(4.4,5). Esta era a reação esperada de um verdadeiro líder, que não permitiu
que fossem interrompidos.
Os
grandes impérios do passado fizeram uso de mão de obra opressora ou escrava
para construírem suas cidades e monstruosas obras, mas com Jerusalém ocorreu um
fenômeno diferente, pois não foi por força ou muito menos por violência, foi de
coração (4.6).
5. COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
- O pensamento dos nobres era o seguinte: Se algo der errado mudamos para outros lugares levando nossos títulos. O povo que se vire e a cidade que continue em escombros;
- Neemias resolveu resgatar as genealogias dos que retornaram do exílio e trabalharam, estes sim eram os verdadeiros nobres da cidade;
- Sambalate, Tobias e Gesem mereciam algum tipo de citação? Ao menos para lembrar Israel da oposição sofrida? Neemias orou (2.20) para que eles não tivessem memória em Jerusalém;
- Neemias não queria meros expectadores, queria trabalhadores responsáveis.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
A verdadeira sabedoria se manifesta na prática. Plano de aula
TEXTO ÁUREO
“Quem dentre
vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em
mansidão de sabedoria" (Tg 3.13)
VERDADE
PRÁTICA
A verdadeira
sabedoria não se manifesta na vida do crente através do discurso, mas das obras
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Tg 3.13-18
13 - Quem
dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em
mansidão de sabedoria.
14 - Mas, se
tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis,
nem mintais contra a verdade.
15 - Essa não
é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
16 - Porque,
onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
17 - Mas a
sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada,
tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem
hipocrisia.
18 - Ora, o
fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
PROPOSTA
•
Sábio: aquele
que apresenta bom trato e mansidão;
•
Inveja e
facção não podem motivar mestres;
•
Falsa
sabedoria é terrena, animal e diabólica;
•
Não permitamos
que a vaidade e ambição nos dominem;
•
Injustiças e
perseguições ocorrem em nosso meio;
•
Evitemos as
maldades, mentiras, mexericos e falatórios;
•
A sabedoria
que vem do alto é pura, vem de Deus;
•
Devemos ser
mais humanos e parecidos com Jesus;
•
“Fome e sede
de justiça”: ah, se compreendêssemos!
INTRODUÇÃO
Nessa lição
aprenderemos que obter informação, ou conhecimento intelectual, não significa
adquirir sabedoria. Algumas pessoas são bem inteligentes, mas ao mesmo tempo
inaptas para relacionarem-se com outras pessoas. Hoje estudaremos a sabedoria
como a habilidade de exercer uma ética correta com vistas a praticar o que é
certo. Veremos a pessoa sábia como alguém que se mostra madura em todas as
circunstâncias da vida, pois é no cotidiano que a sabedoria do crente deve se
mostrar.
É difícil reconhecermos ou vermos a verdadeira sabedoria na vida
dos que professam a fé em Jesus. Deveria ser diferente, mas não é. O
reconhecimento no mundo é muito mais fácil de ser visto, haja vista, os
certificados ou diplomas que atestam a sabedoria humana e terrena. Diante da
competitividade mundana seria lógico não haver este reconhecimento, porém o que
ocorre com facilidade nesta dimensão carnal, não acontece na mesma proporção
quando se trata da dimensão espiritual. Se a igreja reconhecesse os homens
dotados da verdadeira sabedoria e colocassem em prática seus ensinamentos,
certamente não enfrentaria situações desagradáveis em sua trajetória.
I – A CONDUTA PESSOAL DEMONSTRA SE A
NOSSA SABEDORIA É DIVINA OU DEMONÍACA (Tg 3.13-15).
1. SABEDORIA NÃO SE MOSTRA COM DISCURSO.
Segundo as
Escrituras, quem é sábio? De acordo com o que nos ensina Tiago, é aquela pessoa
que apresenta “bom trato com os outros” e “obras de mansidão”. Note que os
conceitos de sabedoria, conforme exposto no texto, apenas podem ser aprovados
pela prática. Quem se julga sábio e inteligente, para fazer jus aos termos,
deve demonstrar sabedoria e habilidade na vida diária, tanto para com os de dentro
da igreja, quanto para com os de fora.
Certificado, um
diploma ou um atestado não contribui para o bom trato entre as pessoas, pelo
contrário, pois estes papéis servem de instrumentos de segregação. Os
portadores da sabedoria divina devem colocar em prática no dia a dia suas
habilidades para que situações problemas sejam evitados ou contornados. Não
podemos ficar somente nos discursos ou na confiança em papéis que não atestam o
interior da pessoa, somente atestam o exterior.
2. INVEJA E FACÇÃO (v.14).
Se para ocupar
a posição de mestre a pessoa for motivada pela inveja, ou por um sentimento
faccioso, de nada valerá o ensino por ela ministrado. O que Tiago apresenta na
passagem em estudo não diz respeito ao conteúdo ministrado pelo mestre, mas a
postura arrogante e soberba adotada por ele ao ministra-lo. As informações até
podem ser corretas e ortodoxas, mas a postura adotada pelo mestre lançará por
terra, ou não, o discurso por ele proferido. O mestre, por vocação, compreende
a sua posição de servo. Ele gosta de estar com as pessoas. Assim, naturalmente,
ele ensinará o aluno com eficiência, mas principalmente, com o seu exemplo e
respeito (Mt 23.1-39).
“Porque eu recebi do Senhor o que também vos
ensinei”. Com este argumento o apóstolo afastou qualquer possibilidade de
inveja ou facção entre aqueles que receberam seus ensinos, pois destacou a
fonte de sua sabedoria e revelou toda a sua dependência.
Na igreja de
Corinto havia quatro grupos de crentes que se orgulhavam cada qual de suas
posições (1 Co 1.12), um emaranhado de carnais (1 Co 3.3-4). Uns eram de Paulo,
outros de Apolo, Cefas e de Cristo. Estes formavam o “quarteto fantástico”,
quatro grupos de crentes:
a) Grupo dos
homens borracha: era formado pelos crentes que viviam sem rumo, sem parada e
sem raízes;
b) Grupo dos
homens tocha: era formado por crentes que pegavam “fogo” rapidinho, mas não
tinham uma fé fundamentada em Cristo. O estrago que faziam com o fogo era maior
que a benfeitoria;
c) Grupo dos
invisíveis: era formado por aqueles crentes que desapareciam ou se anulavam
quando eram requisitados;
d) Grupo dos
coisas: era formado por crentes que não faziam coisa alguma.
Como
poderia haver mestres e ensinadores nestes grupos? Como seus ensinos poderiam
surtir efeito na igreja?
3. SABEDORIA
DO ALTO E SABEDORIA DIABÓLICA (V.15).
A fonte da
verdadeira sabedoria é o temor do Senhor (Sl 51.6; 111.10; Pv 9.10). Mediante a
nossa reverência e confiança depositada no Altíssimo, o próprio Deus
concede-nos sabedoria para vivermos. Mas não podemos nos esquecer da falsa
sabedoria. Esta, afirma-nos Tiago, é “terrena”, “animal” e “diabólica”, pois
não edifica, mas destrói; não une, mas divide; não é humilde, mas soberba. É na
arena da prática que a nossa conduta pessoal demonstrará o tipo de sabedoria
que obtemos - Se do alto ou se terrena. Deus nos guarde da falsa e diabólica
sabedoria.
Qual
foi a formação secular ou diplomática de José para comercializar com povos de
outras nações durante o tempo de vacas magras no Egito? Mesmo com a presença de
intérpretes (Gn 42.23), era necessário pelo menos um pouco de conhecimento para
lidar com outros povos. Conhecimento sobre a língua e costumes. Isto não seria
possível da noite para o dia, teria que vir do alto e veio, por isto ele foi
capaz de lidar com seus irmãos, tão logo os reconheceu.
A
sabedoria do alto manifestada em prática em sua vida não o deixou se vingar de
seus irmãos, pelo contrário, pois soube lidar com ele, com amor, tratou-os bem
e não deixou que o sentimento faccioso tomasse conta de seu coração. Estava bem
notório o abismo que havia entre eles e seus irmãos. Ele estava no trono
enquanto que os outros estavam na lona.
II – ONDE PREVALECEM A INVEJA E
SENTIMENTO FACCIOSO, PREVALECE TAMBÉM O MAL (Tg 3.16)
1. A MALDADE DO CORAÇÃO HUMANO
"Quem quiser
ser realmente o maior deve tornar-se o menor de todos, e aquele que desejar o
lugar de governo tem de se apresentar como servo". É o que ensina o Senhor
Jesus nos Evangelhos (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45; Lc 22.24-27). Apesar de a
vaidade e a ambição serem sentimentos que despertam desejos latentes no ser
humano (Pv 17.20), os discípulos de Cristo não podem permitir que tais desejos
os dominem.
Por alguns
minutos José pensou em se vingar de seus irmãos, pois tão logo os reconheceu
prostrados diante de si, o primeiro pensamento que lhe veio em sua mente foi os
sonhos que tivera no passado, além de ter sido rude com eles (Gn 42.7-9).
“Vingo ou não vingo”, que dilema na cabeça daquele jovem governante. Estava bem
claro para ele quem estava no comando daquela situação e outro ponto que ficou
muito evidente e que o fez pensar muito foi a possibilidade de colocar tudo a
perder por atos impensados de sua parte, por isto refletiu e viu que era a hora
de exercitar a sabedoria recebida do alto. Se quisesse ser o maior, como de
fato era, deveria servir e se apresentar como servo.
2. A INVEJA E
A FACÇÃO INSTAURAM A DESORDEM.
Jesus de
Nazaré sabia desde antemão que a vaidade dominaria o coração de muitos dos seus
seguidores. Por isso Ele ensinava tal realidade nos Evangelhos. A Epístola de
Tiago relata exatamente os problemas anteriormente abordados por Jesus. Nos
dias do meio-irmão do Senhor, a "inveja" e o "espírito
faccioso" assolavam as igrejas locais (Tg 3.16). Atualmente, muitos são os
problemas dessa natureza em nossas igrejas. Injustiças e perseguições ocorrem
em nossas comunidades até mesmo em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor
nada tem com tais atitudes (Jr 23.30-40).
Todo
o aprendizado e sabedoria de José, poderia ser arruinada caso ele não colocasse em prática o que recebera do alto.
Depois de tudo o que houvera passado era necessário ganhar a confiança de seus
irmãos e não permitir que a inveja e a facção tomassem conta daqueles corações
fracos novamente. Estranho é que invejaram a situação dele no momento em que
desfilava com a túnica colorida ganha do pai, mas não invejaram o seu trono ou
o segundo carro em que desfilava pelo Egito (Gn 41.43).
3. OBRAS
PERVERSAS.
Como é do
conhecimento de cada salvo em Cristo, onde há "inveja" e
"espírito faccioso", o mal impera. Em um ambiente onde a
perversidade e a malignidade estão presentes, muitas pessoas
"adoecem" e até "morrem" espiritualmente (1 Jo 3.15).
Maldades contra o irmão, mentiras contra o próximo, mexericos e falatórios,
enfim, são atitudes que as pessoas que passam a frequentar uma igreja local,
naturalmente, esperam não encontrar. Tais problemas listados acima podem
facilmente ser evitados (Rm 2.17-24). Depende apenas de cada um olhar para
Jesus, depois para si mesmo e iniciar um processo de correção de suas
imperfeições e más tendências. Agindo assim, o Senhor certamente dispensará
sabedoria para o nosso bem viver (Tg 1.5-8).
Quando os
irmãos de José chegaram ao Egito o que esperavam daquela nação? Qual o motivo
que os levaram tão distantes? Seca, fome e socorro, era isto que esperaram do
desconhecido vizinho, mas qual teria sido a reação deles se fossem maltratados
por José, que logo os reconheceu? O irmão ex-escravo e ex-detento, poderia ter
se vingado e obrado perversamente contra eles, tinha este direito.
Os famintos
irmãos foram em busca de alimento, confiaram no que ouviram: “o Egito se
preparou e tem alimentos”. Não havia necessidade do temor. Quem tem para
oferecer, deve oferecer o melhor, independente das circunstancias e momento. Se
José tivesse tratado mal seus irmãos certamente eles nunca mais teriam voltado
ao Egito e assim os problemas da família não teriam sido resolvidos. O ambiente
era propicio para reconciliações e assim o foi, graças a verdadeira sabedoria
manifestada na prática.
III - AS
QUALIDADES DA VERDADEIRA SABEDORIA (Tg 3.17,18)
1.
CARACTERÍSTICAS DA VERDADEIRA SABEDORIA.
O objetivo de
Tiago em classificar as diferenças entre a sabedoria que vem do alto, e da
terrena e demoníaca, é mostrar que ambas podem facilmente ser identificadas
através da prática cotidiana. A primeira qualidade da "sabedoria que vem
do alto", ressaltada pelo líder de Jerusalém, é a pureza. O termo é um
adjetivo grego, hagnós, que se refere àquilo que é "sagrado",
"casto" e "sem mancha". A sabedoria que vem do alto é pura,
não no sentido humano da palavra, mas algo que vem exclusivamente de Deus para
nós.
Realmente é
gritante a diferença entre a sabedoria que vem do alto e a terrena e demoníaca.
Quando ambas são manifestadas na prática esta diferença torna-se absurdamente
visível.
2. MAIS SETE
CARACTERÍSTICAS.
Após assegurar
a primeira característica da sabedoria que procede de Deus, a pureza, Tiago
elenca outras sete: paciência, moderação, conciliação, misericórdia, bons
frutos, imparcialidade e verdade. Note que, de alguma forma, todas têm relação
com o autodomínio, ou com o "domínio próprio" (Gl 5.22,23 - ARA). O
Evangelho adverte-nos a ser mais humanos e parecidos com Jesus, ou seja, não
autoritários, inflexíveis, coléricos, sem misericórdia, parciais com as pessoas
e muito menos mentirosos. Isso porque tais más qualidades são provenientes da
sabedoria demoníaca, animal e terrena (Gl 5.19-21). O Senhor nos chamou para o
bem (Ef 2.10). Procuremos fazer o bem com amor e verdade (Gl 6.9).
3. O FRUTO DA
JUSTIÇA (V.18).
"Bem-aventurado
quem tem fome e sede de justiça" (Mt 5.6). Já imaginou essa verdade
compreendida e assumida por cada crente onde quer que este esteja? Já imaginou
o tipo de mundo que teríamos se compreendêssemos as implicações reais dos
termos "fome" e "sede de justiça"? Tiago diz que o fruto da
justiça na vida do crente deve ser semeado na paz de Deus. Ele, porém,
acrescenta que essa realidade é para os que, sabiamente, "exercitam a
paz". Em outras palavras, é preciso trabalhar pela paz. Seja sábio,
semeie, portanto, o fruto da justiça e tenha paz!
Aqueles que
demonstram o desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente são prósperos e
para estes existe existe uma promessa de satisfação tal
como aconteceu com Paulo (Fp 3.8-10) e com Moisés
(Ex 33.13-18), pois foram fartos, mesmo que Moisés não tenha entrado na Terra
prometida, mas ele a viu e esta visão foi o suficiente para que ele se
regojizasse (Dt 34.1-5). Mas este estado espiritual pode ser afetado pelas
preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (Mt 13.22), pela ambição
pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e pelo
afastamento da presença de Cristo (Jo 15.4). Estas são características da morte
espiritual (Rm 5.21). Jesus ensinou sobre a necessidade de buscarmos e colocarmos o reino de
Deus como centro de nossos objetivos.
A nossa
conduta pessoal demonstrará se temos a "sabedoria do alto", que é
pura, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia, de bons frutos, sem
parcialidade e sem hipocrisia; ou se somos portadores da terrena, animal e
diabólica, que produz inveja, espírito faccioso, perturbação e obras perversas.
Qual o tipo de sabedoria está presente em sua vida? Fomos chamados a não tomar
a forma deste presente século, mas para isso precisamos da sabedoria do alto.
Só assim produziremos frutos que se coadunam com a sabedoria que vem do alto.
Busque a verdadeira sabedoria no Senhor com fé e você será um testemunho vivo
do poder de Deus!
OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS
•
O sábio demonstra bom trato com os outros;
•
Inveja e espírito faccioso adoecem e matam;
•
Devemos ser mais humanos e parecidos com Jesus.
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri
(SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade
Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
2003.
LOURENÇO, Luciano de Paula. A
verdadeira sabedoria se manifesta na prática. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2014/08/aula-09-verdadeira-sabedoria-se.html.
Acesso em 27 de agosto de 2014.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
15) Esdras
Para quem foi escrito
este livro?
Para
os judeus que voltaram do exílio.
Por quem foi escrito
(autor)?
Esdras
– segundo a tradição judaica.
Em qual momento
histórico?
Depois
do exílio persa (o império persa sucedeu o império babilônico), no
início da reconstrução do Templo e dos muros de Jerusalém.
Por que este livro foi
escrito?
Porque
o povo precisava entender que Deus age soberanamente por meio de agentes
humanos responsáveis para realizar o seu objetivo redentor.
Para quê este livro
foi escrito?
Para
encorajar os judeus que haviam retornado do exílio e que estavam reconstruindo
o templo e os muros de Jerusalém (apesar das dificuldades econômicas,
oposição de estrangeiros e conflitos internos). Este encorajamento veio
através da revelação que, embora Israel ainda estivesse sob o domínio persa, o
seu Deus soberano estava dando prosseguimento à sua obra redentora; e, para
instruí-los à absoluta necessidade de sua atenção estar centrada no culto a
Deus e na obediência à Sua Palavra.
16) Neemias-vide Esdras
16) Neemias-vide Esdras
Obs: Material extraído do DVD "Mega Coletânea Bíblica -
10.000 artigos". Não tem citação da fonte, mas se alguém conhecer, ficarei
grato e mencionarei.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
terça-feira, 26 de agosto de 2014
4º trimestre 2014
TEMA DO 4º TRIMESTRE DE 2014 CPAD
A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL
O LEGADO DO LIVRO
DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.
Lição 1° - Daniel, Nosso "Contemporâneo"
Lição 2° - A Firmeza do Caráter Moral e Espiritual de
Daniel
Lição 3° - O Deus que Intervém na História
Lição 4° - A Providência Divina na Fidelidade Humana
Lição 5° - Deus Abomina a Soberba
Lição 6° - A Queda do Império Babilônico
Lição 7° - Integridade em Tempos de Crise
Lição 8° - Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Lição 9° - O Prenúncio do Tempo do Fim
Lição 10° - As Setenta Semanas
Lição 11° - O Homem Vestido de Linho
Lição 12° - Um Tipo do Futuro Anticristo
Lição 13° - O Tempo da Profecia de Daniel
Comentarista:
Pastor Elienai Cabral
fonte:http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/2014/08/tema-4-trimestre-de-2014va-integridade.html#more
domingo, 24 de agosto de 2014
Lição 8 - pós aula
Infelizmente é possivel jogarmos por terra o ministério e a chamada de
qualquer pessoa, basta uma palavra mal dita e pronto, a vítima da nossa língua
terá que recomeçar do zero novamente.
Se por acaso uma figueira produzir azeitona e se uma videira produzir
figo e se uma oliveira produzir uvas, a quem atribuiríamos tamanha
façanha? A Deus ou ao Maligno?
A natureza sempre se mostrou fiel a Deus, nunca se rebelou, ao contrário
do homem.
Vós venceste o Maligno, sois fortes ...... mas não conseguem vencer uma
língua má?
Falaram mal de mim no meu serviço:
Reação: vou ficar quieitnho, pois preciso do salário.
Falaram mal de mim no entorno da igreja:
Reação: não levo desaforos para casa
Análise das duas reações: preservo meu salário com unhas e dentes, mas não
preservo minha salvação.
Pé x língua - quem pode mais? Diante da língua má, corramos!