Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de fevereiro
das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial
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MARAVILHOSA GRAÇA E A SALVAÇÃO
Texto bíblico: Ef 2.1-8
Conteúdo:
- Definição de Graça e o preço pago;
- A escolha de Deus e dos homens;
- Atribuições da Graça;
- A guerra entre a Graça e o pecado;
- A condição do pecador e a oferta de Deus;
- Origem, operador e propósito da salvação;
- Alcance da salvação;
- Os primeiros passos e o lastro da salvação
- A salvação e o tempo da ignorância;
- Os elementos básicos da salvação.
1) Introdução:
A manutenção da
raça humana, após o pecado original, se apresentou como um problema que deveria
ser resolvido e de fato foi. Para tanto, Deus comunicou e entregou a Graça para
que sua criação tomasse um rumo diferente, não por vontade própria ou por suas
obras, mas por meio da fé, o dom que viria de Deus. A Graça refreou a
natureza humana pecaminosa, caso contrário, seria impossível a vida nesse
mundo.
2) Definição de Graça:
A Graça é o favor imerecido de Deus que
não cobra nada em troca e nem resulta em divida, pois se trata da pura
manifestação da bondade, amor e misericórdia de Deus. Na história da humanidade sempre vimos
o homem buscando, de forma errada, seus deuses, mas na manifestação da Graça
ocorreu justamente o contrário, pois foi Deus que se manifestou para buscar e
promover o encontro com sua criação, para resgatá-la. A Graça tornou-se manifesta pela vinda
e sacrifício de Jesus na cruz. Esse plano foi pensado e instituído, por Deus,
antes mesmo da fundação do mundo (Jo 1.14; 1 Pe 5.10; Zc 12.10).
3) O alto preço da Graça:
Um preço muito alto foi pago por Jesus
para que a Graça fosse de fato manifesta. O sacrifício do Calvário produziu e
apresentou a possibilidade de salvação à humanidade e abriu as portas para a pregação
da Palavra, que por sua vez produz arrependimento por parte do homem e
consequentemente o perdão de Deus.
4) A escolha de
Deus:
Deus escolheu homens no passado, alguns
destoavam qualidades outros não, porém nenhum se apresentava como digno da
escolha ou do chamado. Estes homens foram alcançados, escolhidos e receberam
cada qual sua missão. Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias,
Ezequiel, Daniel, os discípulos (Mt 10.10), os crentes primitivos (Rm 1.7) entre outros. Esta mesma Graça
também chegou até nós.
5) Atribuições da
Graça:
A graça possui infinitas e santas
atribuições, sem as quais o homem jamais poderia prosseguir para o alvo da
soberana vocação (Fp 3.13-14). A Graça santifica (Rm 6.22), separa o
homem para viver em comunhão, liberta (Rm 6.14), desfaz o domínio do pecado (Gl
5.1) e nos torna servos de Deus.
6) A relação entre a Graça e o pecado:
O pecado reina desde sua entrada no
mundo e não poupou, tanto os que estavam debaixo como os que não estavam
debaixo da Lei e para minar as forças do pecado, Deus revelou sua Graça e a
apresentou como única solução. Deus resolveu o problema do homem,
justificando e libertando-o do domínio do pecado (Rm 6.6).
7) A condição do pecador:
O pecado cativa, escraviza o homem (Jo 8.34) e o deixa debaixo de poder absoluto. Os que se encontram nessas condições estão
mortos espiritualmente. Somente a Graça de Deus pode
mudar esta situação. O encontro com Deus, muitas vezes, não requer
fé por parte do homem (Ex 3.9-14), tal como os hebreus que foram agraciados com
a libertação do Egito e muito deles sequer sabiam o nome de Deus. Moisés ouviu:
“Eu ouvi o clamor do povo e decidi libertar”. O mesmo aconteceu com Saulo que ouviu atentamente
a pregação de Estevão antes de responder ao chamado de Jesus (At 7.58-59;
9.1-8), ele conhecia toda a história que Estevão havia pregado, somente não
conhecia e nem detinha em sua vida a Graça.
O pecador se aproxima de Deus na esperança de
encontrá-lo (Jo 14.6). Ouve, crê e decide para então conhecer o que é viver
pela fé. A fé não é essencial para o encontro com Deus, porém para a salvação é
imprescindível, pois sem fé é impossível agradar a Deus.
8) A salvação
ofertada por Deus:
A salvação
é apontada em toda a Bíblia como a única forma do homem alcançar a vida eterna.
É a justiça de Deus imputada ao pecador, que proporciona a reconciliação entre
o Criador e sua criatura, uma bela relação de comunhão, portanto não depende da
vontade ou muito menos de regulamentos humanos.
9) Origem da salvação:
A salvação
da humanidade foi pensada e iniciada no coração de Deus, antes mesmo da
fundação do mundo. A salvação é inclusiva e contempla todos os pecadores, porém
não são todos que demonstram o interesse. Se a
destituição, devido ao pecado, atingiu todos, então a salvação também deveria
ser oferecida nos mesmos moldes a todos.
10) O operador da salvação:
A salvação
foi planejada pelo Pai que ofereceu a justificação ao pecador. Ao Filho coube a
tarefa de executar a salvação, enquanto que ao Espírito Santo foi atribuída a
missão de operar a santificação. Somente Jesus poderia executar efetivamente o
plano de salvação na Terra, pois foi o único que nasceu, viveu e morreu sem
conhecer o pecado.
11) Propósito da salvação – a adoção:
Pela Graça, nos tornamos co-herdeiros
de Cristo (Ef 1.13, I Co 3.21) para vivermos em regiões celestiais em Cristo
Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A Graça nos permite assumir a posição
de filho e pelo processo da adoção (Rm 8.15,23; Gl 4.5; Ef 1.5), que é uma das
mais belas doutrinas da Bíblia, passamos a desfrutar de todos os privilégios
preparados por Deus. A adoção nos torna filhos de Deus (1 Jo
3.2), irmão de Jesus (Hb 2.11), herdeiro dos céus (Rm 8.17).
12) Alcance:
Deus deseja que todos os homens sejam
salvos e que cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). Deus ofereceu a salvação para todos (I
Jo 2.2) e deu o seu Filho Unigênito cheio de
Graça e Verdade, para que “todo aquele” e não “todos aqueles” tenham a vida
eterna. Esta afirmação nos remete a ideia da tricotomia, ou seja, a expressão
“todo aquele” faz alusão à formação do homem, enquanto pessoa, o individuo na
sua totalidade (corpo, alma e espirito). O sacrifício de Jesus garantiu a
salvação de “todo aquele” (homem enquanto corpo, alma e espírito) que se
arrepende e não de todos os pecadores.
13) Os primeiros passos para a salvação:
13) Os primeiros passos para a salvação:
O homem deve ouvir a Palavra
com atenção, reflexão, reverência, interesse e com sede de conhecer a Verdade
(Jo 8.32,36; Rm 10.17). Os que aceitam o convite de Jesus (Ap 3.20; Mt 24.13;
Jo 15.7; Rm 3.23-24) devem se arrepender, confessar e deixar seus pecados (Mt
3.2). O verdadeiro
arrependimento consiste não apenas na mudança de pensamento (Jo 3.3), pois
envolve o nosso intelecto, a maneira de pensarmos em Deus, em nossos pecados e
muda por completo a nossa relação com o próximo. Após o arrependimento sincero, o pecador deve confessar
publicamente sua opção de vida através da conversão.
14) O lastro da salvação (garantia):
Somente quem
nasceu, viveu e morreu sem pecado poderia executar efetivamente a salvação
daqueles que nascem, vivem e estão em iminente perigo devido ao pecado. Jesus morreu como
vitima do sistema, mas não morreu pelo sistema. Ele morreu por “todos” (2 Co 5.14-15)
e pelos pecados de “todos” (1 Jo 2.2) atestando que a sua obra de redenção é
sem acepção de pessoas, mas não serão “todos” salvos, pois somente aquele que
crer (homem na sua totalidade - corpo, alma e espirito) é que será salvo (Jo
3.16).
15) A salvação e o tempo de ignorância:
Deus não leva em conta o tempo da nossa ignorância (At 17.30), mas manda que todos os homens em todos os lugares se
arrependam. A salvação nada tem haver com o passado
da pessoa salva, mas sim tem a haver com o presente e futuro, pois nos permite
viver em comunhão com Deus e nos livra do castigo futuro (Rm 5.9). Seremos salvos para algo mais e não somente
para sermos privados da perdição. Felizmente a salvação em Cristo Jesus nos
proporcionará uma eternidade com Deus (1 Ts 1.10).
16) Graça, Sangue e Fé (Rm 3.24-25): São três os elementos essenciais para a efetivação da salvação:
16) Graça, Sangue e Fé (Rm 3.24-25): São três os elementos essenciais para a efetivação da salvação:
- Graça: a fonte da salvação é a Graça (Tt 2.11), que manifesta-se independente das obras dos homens;
- Sangue: a base da salvação é o Sangue de Jesus (I Jo 1.7), que nos purifica de todo pecado;
- Fé: o meio para salvação é a fé (Ef 2.8-9), que nos conduz ao Salvador e coloca a verdade em nossa mente e Cristo em nosso coração A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual.
A Graça, favor imerecido, vem de Deus e não dos homens. A manifestação da Graça no mundo se deu com a vinda e sacrifício de Jesus na cruz. Pela Graça alcançamos a santificação e somos libertos do domínio do pecado. A salvação alcança todo o homem (corpo, alma e espirito) que crê no sacrifício vicário de Jesus.
Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)