INTRODUÇÃO
Os
atos de Deus em favor de seu povo, um pouco antes da entrada e na Terra
Prometida e depois na possessão definitiva são a base dos livros históricos do
Antigo Testamento (Josué,
Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias,
Ester).
Os
livros poéticos e de sabedoria (Jó,
Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares), são resultado do amor e cuidado de
Deus dispensados ao seu povo. Estes livros nos fazem conhecer e viver
intensamente uma relação com Deus. Em
cada um destes livros, seja em forma de poesia ou historicamente, Jesus foi apresentado com uma atribuição
diferente:
- Josué - é o
Capitão de nossa salvação;
- Juízes - é o
nosso Libertador;
- Rute - é o
Parente Resgatador;
- Samuel - é o
Rei esperado da nação;
- Reis - é o Rei
prometido;
- Crônicas - é o
Descendente de Davi;
- Esdras - é o
Ensinador divino;
- Neemias - é o
Reconstrutor;
- Ester - é a
Providência divina;
- Jó - é o nosso
Redentor que vive;
- Salmos - é o
nosso Socorro e Alegria;
- Provérbios - é
a Sabedoria de Deus;
- Eclesiastes -
é o Pregador perfeito;
- Cantares - é o
nosso Amado;
I – AS
HISTÓRIAS DO ANTIGO TESTAMENTO
1) Os
livros históricos
Os escritores dos livros históricos se utilizaram da
narrativa (em cerca de 40% do Antigo Testamento foi utilizado esse recurso)
para registrar todos os acontecimentos e ações de Deus em favor de seu povo.
Toda narrativa é constituída de enredo, trama e
principalmente personagens, principais e coadjuvantes, no caso Deus e o homem,
representado por Israel. São histórias com começo, meio e fim, com problemas e
soluções, que apresentam o falso e o verdadeiro, o justo e o injusto, muito
diferente de narrativas de ações humanas tendenciosas e que não levam a lugar
algum.
Os livros históricos, registros de experiências
riquíssimas adquiridas pelos hebreus em contato com Deus, se iniciou justamente
após o Pentateuco, relatando a trajetória de Israel desde a entrada em Canaã e
lutas para preservar a posse. Portanto não se tratam de mera histórias, mas
confissões e testemunhos públicos de quem sabia o que estava escrevendo e que
sabia quem era o verdadeiro autor e inspiração.
a) Josué:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Autor Desconhecido
(provavelmente Josué, algumas partes);
- Em qual momento histórico? Após a morte de Josué;
- Por que este livro foi escrito?
Porque a conquista da terra prometida estava incompleta e Israel já não tinha
um outro grande líder como Moisés e Josué;
- Para quê este livro foi escrito? Para
lembrar a história do admirável cumprimento das promessas do Senhor através do
seu servo Josué (visando reavivar na alma do povo a promessa divina de possuir
toda a terra de Canaã) na esperança do surgimento de algum outro servo fiel que
pudesse conduzir os israelitas à vitória sobre todos os inimigos que ainda
restavam.
b) Juízes:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas (mais especificamente para os que viviam na época do rei
Davi);
- Por quem foi escrito? Autor
Desconhecido;
- Em qual momento histórico? Os
assuntos tratados em Juízes sugerem que o livro foi composto num período em que
havia forte controvérsia em torno da questão se o rei deveria ser da casa de
Davi (Tribo de Judá) ou da casa de Saul (Tribo de Benjamim), pois Israel tinha
duas famílias reais (quando Davi reinou em Hebron, Isbosete reinou no Norte). O
livro termina com relatos que comprometem severamente a reputação da Tribo de
Benjamim;
- Por que este livro foi escrito? Porque
os leitores (que eram de uma geração posterior aos relatos deste livro)
enfrentavam a sua própria crise ao guardarem a aliança e, também, porque não
tinham certeza a qual família real apoiar;
- Para quê este livro foi escrito? Para
que as narrativas de sucessos e fracassos de Israel (frutos de sua obediência
ou desobediência a Deus) tranquilizassem e encorajassem a nova geração e se
manter fiel à aliança; e, para que Israel apoiasse o rei que os conduzisse ao
relacionamento com Deus.
c) Rute:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas (mais especificamente para os que viveram na época do rei
Davi);
- Por quem foi escrito? Autor
Desconhecido;
- Em qual momento histórico? O
livro foi escrito num período em que havia forte controvérsia em torno da
questão se o rei deveria ser da casa de Davi (Tribo de Judá) ou da casa de Saul
(Tribo de Benjamim);
- Por que este livro foi escrito?
Porque inicialmente era muito frágil a reivindicação de Davi ao trono, pois,
dentre outros problemas, havia um ascendente moabita em sua genealogia (isto é,
Davi não tinha sangue “puramente” judeu);
- Para quê este livro foi escrito? Para
legitimar a monarquia davídica. O livro mostra que um estrangeiro pode ser fiel
ao Senhor e obter filiação plena em Israel e que qualidades como lealdade e
fidelidade à aliança em um estrangeiro (que vivia em meio a uma geração
incrédula) podem servir de modelo para a obediência de Israel ao Senhor.
d) Samuel (I e II):
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Autor
Desconhecido;
- Em qual momento histórico? Indefinido;
- Por que este livro foi escrito? Porque
a casa de Davi (Tribo de Judá), finalmente, firma-se com a família real de
Israel;
- Para quê este livro foi escrito? Para
demonstrar que Deus fez uma aliança com Davi (de dar à sua casa um reinado
perpétuo) por causa do fervor do seu coração, da sua fidelidade à aliança e
porque ele colocou o seu relacionamento com Deus acima de tudo o mais.
e) Reis (I e II):
- Para
quem foi escrito este livro? Para os
israelitas;
- Por
quem foi escrito? Jeremias
– segundo a tradição judaica;
- Em qual
momento histórico? Quando
Israel ainda estava no exílio da Babilônia;
- Por que
este livro foi escrito? Porque
Israel precisava refletir sobre sua história e sobre os pecados que levaram a
nação à divisão (após a morte de Salomão) e, finalmente, à
destruição.
- Para quê
este livro foi escrito? Para
fazer uma reflexão sobre os procedimentos de Deus para com o seu povo Israel;
e, para extrair lições do passado (seus pecados e sua destruição) que
sirvam ao seu povo no presente e no futuro.
f) Crônicas (I e II):
- Para quem foi escrito este livro?
Para os judeus que voltaram do exílio;
- Por quem foi escrito? Esdras –
segundo a tradição judaica;
- Em qual momento histórico? Depois
do exílio persa (o império persa sucedeu o império babilônico);
- Por que este livro foi escrito? Porque
a nação de Israel estava sendo reconstruída e precisava de orientação e
encorajamento, pois a restauração não havia produzido as mudanças dramáticas
esperadas por muitos. Além disso, eles tiveram que suportar dificuldades
econômicas desencorajadoras, oposição dos estrangeiros, bem como conflitos
internos;
- Para quê este livro foi escrito? Para
mostrar aos leitores como receber as bênçãos de Deus em seus dias; para atender
as necessidades da comunidade que havia recentemente regressado do exílio
babilônico; e, para responder aos seus principais questionamentos: Quem são os
legítimos herdeiros das promessas que Deus deu ao seu povo? Quais são as
instituições políticas e religiosas que devem ser adotadas? Havia esperança
quanto a um novo rei davídico? Como o povo deveria compreender a experiência do
exílio e da restauração à luz da lei e da graça de Deus?
g) Esdras/Neemias:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os judeus que voltaram do exílio;
- Por quem foi escrito? Esdras –
segundo a tradição judaica;
- Em qual momento histórico? Depois
do exílio persa (o império persa sucedeu o império babilônico), no início da
reconstrução do Templo e dos muros de Jerusalém;
- Por que este livro foi escrito? Porque
o povo precisava entender que Deus age soberanamente por meio de agentes
humanos responsáveis para realizar o seu objetivo redentor;
- Para quê este livro foi escrito? Para
encorajar os judeus que haviam retornado do exílio e que estavam reconstruindo
o templo e os muros de Jerusalém (apesar das dificuldades econômicas, oposição
de estrangeiros e conflitos internos). Este encorajamento veio através da
revelação que, embora Israel ainda estivesse sob o domínio persa, o seu Deus
soberano estava dando prosseguimento à sua obra redentora; e, para instruí-los
à absoluta necessidade de sua atenção estar centrada no culto a Deus e na
obediência à Sua Palavra.
h) Ester:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Autor
Desconhecido;
- Em qual momento histórico? Quando
parte do povo de Israel ainda se encontra no exílio persa (o império persa
sucedeu o império babilônico);
- Por que este livro foi escrito? Porque
os judeus que ainda estava no exílio foram condenados à morte por um decreto
real;
- Para quê este livro foi escrito? Para
relatar o livramento divino aos judeus fiéis à aliança (e, também, explicar a
origem da celebração do Purim).
2) As
histórias dos juízes
O livro
dos Juízes relata as ações de Deus em favor de seu povo, a rebeldia dos hebreus
após entrada em Canaã, bem como a posterior consequência pelos erros. O governo
dos juízes teve inicio logo após a morte de Josué e durou até a coroação do rei
Saul.
Neste período
ficou bem evidente que Israel não foi capaz de se manter fiel, por isso sofreu
nas mãos de vizinhos opressores que foram vencidos por homens levantados por
Deus para a tarefa.
O livro registra
o esquecimento da aliança feita no passado e confirmada durante a caminhada no
deserto. Os hebreus fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, por isso foram subjulgados
pelos vizinhos (Jz 3.9-15; 6.7; 10.10) e só saiam desta situação quando viam
Deus levantando um juiz em prol deles. Este circulo vicioso cerceou Israel por
muito tempo.
3) As
histórias dos reis
Os livros de Samuel relatam
os atos de Saul, o rei pedido por Israel, que ascendeu ao trono, mas que depois
deu lugar a Davi, o rei que andou segundo coração de Deus. Os livros de Reis deram ênfase
ao reinado de Salomão e de seus sucessores, após a divisão do reino em duas
partes. Já os livros de Crônicas registraram os atos dos reis de Judá (Reino do
Sul), antes do exílio e esporadicamente fazem menção de alguns reis de Israel
(Reino do Norte).
O segundo livro de Reis descreve o fracasso dos reis e do povo, que se afastaram
de Deus, não deram ouvidos aos profetas e se aproximaram da idolatria, fatos
que culminaram com a queda e cativeiro de ambos o reinos (Norte e Sul).
Israel foi levado cativo para a
Assíria e cerca de 150 anos depois, Judá foi levado cativo para a Babilônia, no
entanto a linhagem de David foi conservada intacta até a vinda de Jesus.
a) Reis
maus:
- Jeroboão (1Rs 12:31,32;
13:33);
- Roboão (1Rs
14:23);
- Zinri (1Rs
16:19);
- Onri (1Rs
16:25,26);
- Acabe (1Rs 16:30-33);
- Acazias (1Rs
22:52,53);
- Jorão (2Rs 3:1-3);
- Acazias (2Rs
8:27);
- Jeú(2Rs
10:18-31);
- Jeocaz (2Rs
13:1,2);
- Jeoás (2Rs 13:10,11);
- Jeroboão (2Rs
14:23,24);
- Peca(2Rs
15:27,28);
- Acaz (2Rs
16:1-3);
- Oséias (2Rs
17:1,2);
- Manasses (2Rs
21:1-3);
- Amom (2Rs
21:17-21).
b) reis
bons, que andaram no caminho do Senhor, mas que, ao mesmo tempo, toleraram os
lugares altos:
- Asa (1Rs
15:12-15);
- Josafá (1Rs
22:43,44);
- Joás (2Rs
12:3);
- Amazías (2Rs
14:1-4);
- Azarias (2Rs
15:1-4);
- Jotão (2Rs 15;32-35).
c) reis excelentes, que andaram no caminho do Senhor e
derrubaram os lugares altos:
- Ezequias (2Rs
18:1-4);
- Josias (2Rs
22:1,2; 2Cr 34:4).
.
II – OS LIVROS POÉTICOS (E DE
SABEDORIA) DO ANTIGO TESTAMENTO
1) Os livros sapienciais e
poéticos
Tanto os livros
sapiências (livros de sabedoria) como os poéticos (livros de poesia) foram
escritos com um estilo literário próprio, mas que em nenhum momento fere ou
desqualifica a inspiração, canonicidade e autoridade divina.
Seja em
forma poética ou em prosas, estes livros nos apresenta a Palavra que atinge
nosso sentimento, intelecto e emoções. Este é o desejo do poeta maior, o
inspirador, pois sua intenção foi revelar em rimas, em prosas ou de forma
poética a sua vontade para a humanidade decaída. A sensibilidade do Altíssimo
foi transferida para os textos, tal como ocorre com um simples poeta humano.
Encontramos
em toda a Bíblia muitos conselhos, em especial nos livros de Provérbios e
Eclesiastes, que “tratam a respeito da sabedoria, não a dos homens, mas a de
Deus”. É um misto de “parecer, juízo, advertência, admoestação, aviso,
opinião sobre o que convém fazer”, ou não.
2) Eclesiastes, Provérbio e Jó
a) Eclesiastes:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Salomão;
- Em qual momento histórico? Durante
o reinado de Salomão;
- Por que este livro foi escrito? Porque
era preciso defender a fé em Deus (e o autor faz isso através de respostas e
argumentos negativos). No final, ele chega à conclusão de que a fé em Deus é o
único caminho para a realização humana;
- Para quê este livro foi escrito? Para
ensinar ao povo da aliança “como as pessoas devem viver (6.12) num mundo onde o
bom Criador (3.11, 14) e justo Juiz (3.17) soberanamente ordena que coisas
‘más’ sucedam igualmente aos que são retos (7.13, 14) bem como aos iníquos e
não de acordo com o merecimento pessoal de cada um (8.14; 9.1). O dom do
contentamento deve ser exercido não apenas diante da opressão humana (3.22 –
4.3), mas também diante da futilidade e da morte (9.7-10) que Deus impôs sobre
a raça humana em razão do pecado”.
b) Provérbios:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Diversos
autores (Salomão, Agur, Lemuel, etc), sendo que foi Salomão quem liderou a
compilação do livro, bem como compôs a maioria dos provérbios;
- Em qual momento histórico? Durante
o reinado de Salomão;
- Por que este livro foi escrito? Porque
o povo da aliança precisava preservar a sabedoria que adquiriu em seu
relacionamento com Deus e sua Lei;
- Para quê este livro foi escrito? Para
ensinar que o temor a Deus conduz à sabedoria e a obediência aos Seus
princípios é a forma segura de viver; que a vida deve ser vivida para a glória
do Criador; e, que há uma ordem moral para toda a criação, e as violações dessa
ordem apenas conduzem a consequências adversas.
c) Jó:
- Para quem foi escrito este livro?
Para os israelitas;
- Por quem foi escrito? Autor
Desconhecido;
- Em qual momento histórico? Indefinido;
- Por que este livro foi escrito? Porque
era preciso se opor aos conceitos tradicionais sobre a difícil questão do
sofrimento humano em confronto com a afirmação que Deus é bom e justo;
- Para quê este livro foi escrito? Para
que a raça humana compreenda que Deus é soberano e recompensa aqueles que lhe
pertencem, apesar dos tempos de aperto e dor (O leitor aprende que Jó sofreu
não porque era um dos piores dentre os homens, mas porque era um dos melhores,
e que a sua provação veio a glorificar o seu Deus).
3) Salmos e Cantares de Salomão
a) Salmos:
- Para
quem foi escrito este livro? Para os
israelitas;
- Por quem
foi escrito? Diversos autores (David, Moisés,
Salomão, etc);
- Em qual momento histórico? Desde a época de Moisés (90), passam
pela experiência de Davi (51) e vão até a época posterior ao exílio dos nos
judeus na Babilônia (126);
- Por que
este livro foi escrito? Porque o
povo da aliança precisa preservar a memória de suas experiências individuais ou
coletivas com Deus e sua Palavra;
- Para
quê este livro foi escrito? Para
diversas finalidades, tais como: Louvor (ex: 8, 24, 29, 33, 47-48); Lamentos
(ex: 25, 39, 51, 86, 102, 120); Ações de Graças (ex: 18, 66, 107, 118, 138);
Cânticos de Confiança (ex: 23, 121, 131); Salmos Reais (ex: Sl 20-21, 24, 45,
93); Salmos Sapienciais (ex: 1, 37, 49).
b) Cantares:
- Para
quem foi escrito este livro? Para os israelitas;
- Por
quem foi escrito? Salomão;
- Em qual
momento histórico? Durante o reinado de Salomão;
- Por que
este livro foi escrito? Porque o povo da aliança precisava ter em mente que
Deus preza o amor conjugal lícito e a instituição da família (este livro se
refere ao amor conjugal e revela as três qualidades mais desejáveis do amor
entre um homem e uma mulher: autodoação, desejo e compromisso);
- Para
quê este livro foi escrito? Para mostrar ao povo da aliança que Deus preza o
amor conjugal lícito e a instituição da família; também para refletir o próprio
amor de Deus por nós.
III – UMA MENSAGEM AO CORAÇÃO
1) Uma mensagem de soberania
Deus é
soberano em suas decisões, o seu poder é ilimitado e nunca pode ser resistido,
impedido e jamais terá uma decisão sua anulada. Ele resolveu tirar os hebreus
do Egito (Ex 3.8-10) e nada neste mundo foi capaz de impedir sua ação.
Tudo o
que Deus faz jamais irá contra a sua natureza (Hb 6.18). Afinal quem é que está
no controle de tudo? Quem controla céus e terra (I Cr 29.11). Deus é completamente
soberano e possui o direito de governar tudo conforme a sua vontade. É o oleiro
com completo domínio sobre o barro.
2) Uma mensagem de sabedoria
A sabedoria
é a habilidade de aplicar o conhecimento no momento oportuno diante das
escolhas que se apresentam. É a prática da prudência que é muito mais do que o
mero conhecimento intelectual. Para se viver bem, segundo a Bíblia, devemos
observar os preceitos e mandamentos de Deus (Ef 5.15).
Salomão
foi extremamente usado por Deus para a tarefa de direcionar seus leitores a uma
vida melhor, que é muito mais do que simplesmente honrar os pais, criar os
filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar
liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber
saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação aos outros de
modo pacífico.
A grande
questão é como Salomão adquiriu tamanha sabedoria? Qual era o seu objetivo e
como aplicou no seu dia a dia e na sua administração? Entendemos que Deus dá
inteligência aos homens para que possam analisar situações da vida e tirar conclusões
que servirão para si mesmos e para outras pessoas. A fonte da sabedoria de Salomão é Deus (Jó
28.20) e o principio dela é o temor ao Senhor (Sl 111.10), isto explica o
motivo pelo qual ninguém conseguiu superá-lo.
3) Uma mensagem de adoração
A adoração é a
única resposta da criação a partir do momento que entende Deus como Criador
Supremo e Salvador, por isso a adoração deve resultar em maior dedicação, para
servirmos ao Senhor diariamente. Caso o resultado não seja este, urgentemente
devemos avaliar nossas condutas para sabermos o que está errado ou o que pode
ser melhorado.
O foco da
verdadeira adoração é o próprio Deus e não tão somente as bênçãos ou promessas.
A adoração deve ser centralizada na pessoa e obra de Jesus, pois somente Ele
tem a palavra de vida eterna (Jo 6.68).
Adoração, do
grego “proskuneo”, significa.
- Prostrar (sinal de humildade e reconhecimento da soberania
divina);
- Beijar a face (expressão de amor, atitude de
íntimos);
- Reverenciar (honrar, obedecer, atitude de
submissão).
Adoração, do
hebraico “barak” significa.
- Prostrar-se em adoração;
- Virar-se para beijar ou beijar a mão.
Deus procura
verdadeiros adoradores e estes devem adorar ao Criador em espírito e em
verdade. Mas o que é adorar em espirito e em verdade? Adorar em espírito e em
verdade é adorar sob a influência do Espírito Santo e isto somente é possível
para aqueles que passaram pelo novo nascimento, que andam segundo o Espírito
Santo de Deus e não conforme a vontade da própria carne (Gl 5.16-25).
Muitos cantam,
dançam, pregam, oram, mas poucos adoram em espírito e em verdade, pois isto
requer renúncia (Mt 1.24):
- Deus encontrou um adorador em Abraão, que não
mediu esforços para quase sacrificar seu filho Isaque;
- Deus encontrou um adorador em Moisés, que recusou
os títulos de nobreza para servir o povo de Deus;
- Deus encontrou uma adoradora em Ana, que dedicou
seu filho Samuel para os serviços do Templo;
- Deus encontrou adoradores em Daniel, Hananias,
Misael e Azarias, que se recusaram os manjares de Nabucodonosor;
- Deus encontrou um adorador em Jesus que se
humilhou a si mesmo e foi obediente até à morte de cruz (Fp 2.5-8).
REFERÊNCIAS
A
Bíblia. A revelação de Deus a humanidade. Revista Cristão alerta. Subsídios
bíblicos para a Escola Dominical. Ed. 8, 1º trimestre 2022
Baptista, Douglas. A
supremacia das Escrituras. A Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus.
Casa Publicadora das Assembleia de Deus. Rio de Janeiro, 2021
Bíblia de estudo
aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas
em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora
Central Gospel, 2008.
Cantares. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/11/22-cantares-cantico-dos-canticos.html. Acesso em 25/02/2022
Crônicas. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/07/13-i-cronicas.html. Acesso em 25/02/2022
Eclesiastes. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/11/21-eclesiastes-aquele-que-reune.html. Acesso em 25/02/2022
Esdras. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/08/15-esdras.html. Acesso em 25/02/2022
Ester. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/09/17-ester.html. Acesso em 25/02/2022
I Reis. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/07/11-i-reis.html.
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II Samuel. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/06/10-ii-samuel.html.
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Juízes. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2014/05/7-juizes.html. Acesso em 25/02/2022
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Silva, Ailton. O valor dos bons conselhos. Plano de
aula Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2013/10/o-valor-dos-bons-conselhos-plano-de-aula.html.
Acesso em 25/02/2022