1) Uma das leis mais bonitas que já fizeram parte
da vida humana:
Art. 1º - Se uma mulher for estéril, então poderá autorizar a entrada da “outra”, outra mulher na vida deles, para que a semente de seu marido não acabe ali.
I – porém, se um dia, o Deus que a mulher estéril crê e serve, se LEMBRAR de sua situação (a esterilidade), então esta mulher estará autorizada a MANDAR embora de suas vidas a OUTRA e seu FILHO, mas somente se o Deus dela se lembrar de sua situação
2) Idade de Abraão – “desculpas”:
A idade foi uma desculpa para não buscarem a confirmação da promessa de Deus. Seria melhor desacreditarem do que acreditarem no impossível? A mensagem de Deus havia sido clara, e o patriarca havia entendido bem, portanto, não havia margens para falta de fé ou erros de interpretação. O filho era uma promessa, uma realidade, era questão de tempo.
3) A precipitação de Sara:
No entanto, a desesperança aumentava dia a dia. Foi quando Sara, no desespero, colocou em prática um plano mirabolante na tentativa de adiantar a bênção ou tentar condicionar o agir de Deus às ações humanas. A egípcia Agar, uma terceira pessoa, foi inserida[1] na história para dar um filho a Abraão, mas isso não estava nos planos de Deus.
Sara conseguiu convencer o marido a fazer parte do que julgou ser um plano perfeito, porém, o tempo revelou o contrário e trouxe decepções e arrependimento. Sara pensou errado, escolheu a pessoa errada, sentiu uma falsa satisfação pelo desfecho e viu tudo dar errado em sua vida daquele momento em diante.
4) Ei, Sara: “Eu sei que pagou um alto preço”:
O
preço pelo erro de Sara foi alto, pois ela presenciou inúmeras atitudes de Agar
e Ismael que não foram bem compreendidas, mas os seus atos também não foram
condizentes com sua posição de matriarca, uma vez que não demonstrou nenhum
sinal de misericórdia quando pediu que Abraão despedisse sua serva e seu filho (Gn
21.10). A matriarca não teve misericórdia[2]
de Agar e Ismael, mas Deus teve misericórdia dela e do filho.
5) Abraão idoso teve dificuldades para crer
que seria pai Do filho da promessa, mas não teve as mesmas dúvidas, quando mais
idoso e víuvo teve mais 6, que não tinham nada a ver com o plano de Deus (e
tudo gente boa, da melhor qualidade, grandes inimigos de seu povo).
Então, esse filho que Abraão tivera com Agar, a escrava, fruto da impaciência de Sara, não estava nos planos de Deus, tampouco os SEIS que teve com Quetura[3].
Estranho é que, quando se tratava de uma promessa de Deus, colocaram obstáculos, porém, quando os filhos já não faziam parte do plano divino, a história se desenrolou sem problemas.
Abraão se considerou idoso antes do nascimento de Isaque, pois já estava no auge dos seus quarenta anos e casado, mas não teve a mesma reação quando teve seus outros filhos com Quetura. Agora, quem estava com a idade avançada era Isaque e não o pai.
[1] Segundo leis e costumes da Mesopotâmia, uma mulher
estéril poderia oferecer uma serva ao seu marido para que suscitasse um
herdeiro. Esse filho poderia ser adotado como filho pela esposa principal.
[2] Segundo leis da época, Sara poderia tirar os direitos
de Ismael e transferi-los para seu filho, caso concebesse filhos depois.
[3]Abraão, com Quetura, teve seis filhos (Gn.
25.1).