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sábado, 30 de junho de 2012

Não tente sair do fundo do poço, espere em Deus

Como esperar algo de bom, tipo crescimento espiritual, mesmo estando no úmido, escuro, solitário e gélido fundo do poço?

O que podemos esperar de bom em situações desta natureza? Ainda mais do dia para a noite, pois a nossa impaciência, justamente o contrário do recomendado (Sl 40.1), nos remete a reações que sempre acarretarão um prejuízo maior.

José foi um caso atípico, difícil de encontrarmos na atualidade, pois será que alguém, em sã consciência reagiria como ele? Manter a calma e esperar que a raiva e ciúmes (Gn 37.11) de seus irmãos, diminuíssem para então retornarem à casa do pai.

Certamente ele não imaginou o pior, ou será que em sua mente se preparou? Passou pela sua cabeça que tão logo livre do poço, seria vendido como escravo ou que viveria boa parte de sua juventude (Gn 37.36) em uma nação totalmente diferente com costumes nada agradáveis ao seu Deus.

Nada neste mundo é tão pior que não possa piorar! Basta colocarmos as mãos para resolvermos, que certamente a situação sairá do controle. É costume dizermos que “vou ali resolver um problema e já volto”. A única certeza deste ditado é que voltamos sim, com o problema que fomos resolver e com o outro novo que criamos.

José não se debateu, não tentou sair da cova pelas suas próprias forças. Digamos que ele ficou esperando o arrependimento dos irmãos. Quem sabe ele olhou para as paredes úmidas do poço e viu que era inútil lutar ou que resolveu olhar somente para os monte (Sl 125.1-2) de onde poderia vir o socorro para a sua vida.

Ele fez justamente o que não conseguimos, pois qualquer um de nós, em situação semelhante, escalaria o poço, fazendo buracos na parede, cheios de esperança de alcançar o topo, mas escorregamos, caímos e retornamos ao ponto de origem, pois não adianta tentar. Se o socorro não vier de Deus certamente o homem não sai do fundo o poço.

Os pés estão molhados, a angustia assalta e o desespero nos faz tomar decisões, mas é melhor ficar ali, esperando. Somente os pés estão molhados e quando tentamos algo, todo o nosso corpo sentirá a água gelada.

Nada a ver, este texto, pois aqueles que servem a Deus não enfrentam situações iguais a este. Ou enfrentam? José recebeu uma missão do próprio pai (Gn 37.13), “vá, veja e retorne’ com notícias de seus irmãos. A resposta dele foi pronta: “eis me aqui, vou”.

No meio do caminho ele se perdeu (Gn 37.15), mas foi socorrido por Deus (um varão lhe indicou o caminho) e lhe disse: “jovem, você está na metade de sua missão, se quiser voltar pode, mas se for a frente alcançará o seu objetivo e agradará ao seu pai. Quer continuar”?

Estava perdido, na metade do caminho, quando encontrou seus irmãos, foi jogado no fundo do poço, foi vendido como escravo, quando tudo parecia que mudaria, conheceu os presídios egípcios (Gn 39.20), mas um dia viu uma luz no “alto” do túnel (luz no fim do túnel é locomotiva para acabar de matar, enterrar), que somente lhe aumentou o sofrimento (Gn 40.23).

Ele foi um instrumento nas mãos de Deus para que o seu plano pudesse ter continuidade, assim como muitos de nós desejamos, mas que meios foram estes utilizados por Deus? O certo é que ele e seus irmãos entenderam o porque de tudo aquilo (Gn 45.7). A obra carece de testemunhos e estes por sua vez devem vir de fontes confiáveis, ou será que estamos ouvindo que Deus está usando “os servos do maligno” para propagar o seu reino?

Diante de tudo isto como podemos acreditar no “evangelho de contos de fadas”, sem sofrimento? Como sermos instrumentos nas mãos de Deus se Ele não pode afinar? Ser instrumento nas igrejas, pregando, cantando, testemunhando bênçãos materiais é fácil.  Difícil é ser tudo isto quando estamos lá no fundo do poço, lugar ideal para reclamação e murmuração.

No mundo tereis aflições. Isto não é promessa, é aviso. Se as promessas são verdadeiras o que podemos dizer dos avisos?

Por: Ailton da Silva

sexta-feira, 29 de junho de 2012

No mundo tereis aflições. Plano de aula



NÃO TEMOS CARTA DE ALFORRIA
NÃO TEMOS CARTÃO DE IMUNIDADE
BEM AVENTURADOS X BEM INTERESSADOS
NÃO FOMOS ISENTADOS, FOMOS AVISADOS
NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES, NA IGREJA NÃO
DEPOIS DA TEMPESTADE NÃO VEM A “AMBULÂNCIA”

TEXTO ÁUREO:
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."  (Jo 16.33).

VERDADE PRÁTICA:
Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 16.20,21,25-33
20 – Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 – A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
25 – Disse-vos isto por parábolas; chega, porém, a hora em que não vos falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.
26 – Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai;
27 – Pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes, e crestes que saí de Deus.
28 – Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.
29 – Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que agora falas abertamente, e não dizes parábola alguma.
30 – Agora conhecemos que sabes tudo, e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus.
31 – Respondeu-lhes Jesus: Credes agora?
32 – Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo.
33 – Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Ações irresponsáveis do homem provocam tragédias;
  • Crises empobrecem países, nações e famílias;
  • As doenças são consideradas as pragas do século XXI;
  • Qual a razão para a existência dos males?
  • Degeneração moral, social e espiritual, após o Éden?
  • O novo nascimento gera uma natureza oposta a da queda?
  • Soberania divina: olhos de Deus sondando a nossa vida;
  • Deus usa a provação para corrigir-nos?
  • Sofrimento e aflição humana = desfrutar da paz de Cristo?

INTRODUÇÃO:
O crente em Jesus pode vir a sofrer? As aflições do tempo presente (Jo 16.33) podem assaltar-nos a vida? Elas podem ser vencidas? Podemos triunfar sobre elas, assim como Jesus as venceu?

Não é de hoje que ouvimos que o crente fiel não padece ou sofre diante das aflições ou intempéries deste mundo, porém as Escrituras Sagradas nos mostram um quadro bem diferente (II Tm 3.12; Mt 10.22; Jo 15.20; At 14.22), deste pintado pelos amantes de si mesmo (II Tm 3.2), portanto não podemos considerar tais situações como se fossem coisas estranhas (I Pe 4.12-13). Qualquer ser humano está sujeito aos problemas, sejam eles de ordem natural, econômica ou física.

O cristão não tem mecanismos para negar a realidade do sofrimento, mesmo diante do desejo ardente da felicidade apresentado pelo mundo. Não fomos isentados das aflições e tribulações, pelo contrário, fomos avisados (Jo 16.33) e aconselhados a olharmos para Deus e não para as circunstâncias.

a) Aflição – aplicação bíblica:
  • Antigo Testamento, do hebraico ani, que nos remete a idéia de alguém afetado pelas circunstâncias (Sl 94.5; 119.67, 71, 75; Is 53.4,7);
  • Novo Testamento, a palavra grega tlipsis é utilizada para mostrar a condição de alguém que está pressionado em um lugar estreito, seja por motivos sociais, injustiça (Tg 1.27).

b) Aflição – origem:
  • Maligna, permitida por Deus (Jó 1.6-12; II Co 12.7). A guerra espiritual é inevitável, pois nos tornarmos amigos de Deus e inimigos do mundo (Ef 6.11-16; I Ts 2.18).
  • Provocada por um sistema, um governo (Ex 1.11,12);
  • “Sofrimento probatório”, provas, tribulações, adversidades, doenças e outros que são permitidos por Deus para depuração de nossa fé (I Pe 1.6-7) ou para cumprir os seus propósitos em nossas vidas (At 9.15-16; II Co 11.23-30; 12.7-10; Hb 12.11; Tg 5.10-11;);
  • “Sofrimento culposo”, os quais são colhidos pelo homem (Os 8.7), ou são correção da parte de Deus ou de juízo (I Rs 8.35; II Rs 17; Sl 90.15; 119.67, 71).

c) Aflição – posicionamento de Deus:
  • Deus não explica o motivo da situação (Jó 3.11-12, 16, 20, 23);
  • A última palavra sempre é de Deus. No caso de Jó, sua esposa (2.9) e seus amigos não puderam ajudar (2.13).

d) Aflição – objetivos:
  • As circunstâncias, favoráveis ou não, servem como prova de nossa fé (Tg 1.3), para aperfeiçoamento em Deus (Dt 8.3);
  • Servem para restauração, purificação (Ml 3.3) e desenvolvimento do nosso caráter cristão (Sl 119.67) e no auxilio e consolo a outros (II Co 1.4). Um aprendizado enriquecedor (Sl 119.71).

I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE
1. DE ORDEM NATURAL.
A ação irresponsável do homem tem atingido a natureza e provocada uma desordem nunca vista antes (Rm 8.22). Violências, calamidades, degradação ambiental, poluição nos lagos, rios e mares, ocupações desordenadas, são verdadeiras tragédias que ceifam milhares de vidas, independente da crença ou religião, pois todos são afetados.

A preocupação constante com as aflições do tempo presente (Rm 8.18) favoreceu a queda do nível espiritual da igreja, pois diante das calamidades materiais muitos se esqueceram das espirituais. “Os decretos humanos” tem mais espaços que os “decretos de Deus”. Os que anteriormente eram reconhecidos como bem-aventurados, por suportarem as aflições (Tg 5.11), agora são conhecidos como “bem-interessados”.

O maior desejo humano é a isenção das aflições, sejam de qual natureza for, mas Jesus, na condição de homem e Deus, as enfrentou, porque então o homem deveria ser poupado? Ele sentiu as dores de um sem-teto (Mt 8.18-20), conheceu a solidão (Mt 26.39-40), enfrentou perseguição de Herodes, dos fariseus, escribas, sacerdotes e multidão, sentiu a dor da traição, foi ultrajado, cuspido, zombado e escarnecido, se enfermou tomando sobre Si as nossas enfermidades e por fim conheceu a dor da separação, a morte, mas não foi vencido por nenhuma destas instâncias.

2. DE ORDEM ECONÔMICA.
A aflição financeira também tem feitos suas vitimas sobre o mundo. Ela tem um alcance gigantesco, pois nações, povos, tribos, famílias e milhões de pessoas são atormentadas por esta grande mal. Alguns dão cabo de suas vidas, ao perceberem as perdas.

Quantos vivem na miséria, com poucos recursos, baixos salários, opressões, oportunismos e jogo de interesses, principalmente políticos. Muitos são flagelados, inclusive servos de Deus (Mc 12.41-44), mas temos a ciência da necessidade de tais situações, haja vista, produzirem elas frutos para o nosso bem estar, como por exemplo a paz (Jo 16.33) e a garantia de nossa entrada nas mansões celestiais (At 14.22) ou a certeza de que não seremos abalados por nenhuma destas situações (I Ts 3.3).

3. DE ORDEM FÍSICA.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI, mas será que um crente fiel pode ser vitimados por tais? Sim, podem.

As enfermidades atingem a todos, pois é uma consequência da queda, já que o pecado abriu a porta para entrada do mal e dos sofrimento no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Alguns males são oriundos de práticas pecaminosas (Jo 5.14-15) ou de ordem espiritual, mas não temos como negar que, em alguns casos, Deus permite para que se cumpra os seus propósitos em nossas vidas.

“Deus está conosco no vale da dor”, no leito da enfermidade e nas tempestades. A confiança deve ser demonstrada, mesmo que a situação nos remeta a outra reação, pois não existe causa perdida para Jesus, um bom exemplo foi o ocorrido com o seu grande amigo, Lázaro, que doente, morreu e foi sepultado, mas todos conhecemos o que aconteceu em sua vida após uma intervenção de Jesus (Jo 11.43-44).

Mensagem 70: As três mulheres e as brechas da Lei Mosaica



Introdução – Jo 8.1-11
Três mulheres que se apresentaram a Jesus com seus respectivos problemas, mas que alcançaram a vitória, mediante uma brecha encontrada na lei. Duas delas conheciam de antemão, apenas a terceira conheceu depois, por isto a solução para o seu problema demorou um pouco mais que no caso das anteriores que receberam instantaneamente suas bênçãos.

1º caso: A mulher que tinha o fluxo de sangue (Mc 5.21-34). A mulher sem saúde:
Uma mulher que conhecia a Lei, pois sabia que homem nenhum a tocaria, estando ela naquelas condições (Lv 15.25). A consequência por tal ato seria catastrófica (Lv 15.27), por isto ela acompanhava o movimento da multidão, de longe, imaginando como alcançaria a cura, sem colocar Jesus em situação constrangedora, ainda mais com a presença constante dos fariseus, que aguardavam uma ocasião para condená-lo. O pensamento dela era o seguinte: “jamais Ele infrigirá a lei por uma simples mulher como eu”.

Se ficasse se lamentando, de braços cruzados, esperando a bênção cair do céu, certamente esperaria por muito tempo, então resolveu agir. Não olhou para as dificuldades, multidão, obstáculos, tempo de chuva, frio, distância ou preconceitos e correu para o lugar onde o Senhor ordenaria a bênção e a vitória (cfe Sl 133.3). Correu para o encontro de Jesus.

Ela tinha certeza que jamais Ele tocaria nela, então num ímpeto de coragem e ousadia tocou Nele, pois sabia que não havia impedimento na Lei para isto. O que a lei impedia era que alguém tocasse nela, mas não falava nada a respeito dela tocar em alguém. Isto não aconteceu antes, porque todos evitavam o contato com pessoas que apresentavam este problema. Jesus não evitaria o contato, ela tinha certeza disto.

Não havia impedimento na lei para este ato dela, tanto que não foi condenada por Jesus e por ninguém que estava na multidão, mesmo que imaginasse que seria, pois quando ouviu a pergunta de Jesus (Mc 5.30), ela se prostrou com temor e tremor e disse toda a verdade. Todos espantados com tal sabedoria, que saída de mestra, que demonstração de fé.

E uma certa mulher (v. 25), sem nome, tocou em Jesus e foi chamada de “quem” (v. 30), para depois ser chamada de “filha” (v. 34).             

Aplicação: não fique esperando, corra em direção a bênção. Não olhe para os obstáculos e preconceitos. A lei não impede que você toque Nele.

2º caso: A mulher grego, sírio fenícia. A cananéia (Mc 7.24-30), a mulher sem paz no lar.
Jesus veio salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). O seu objetivo inicial foi Israel. Sua intenção era colocar a casa em ordem para que depois os confins da terra fossem alcançados pelos seus discípulos (At 1.8), tarefa da igreja. No entanto Ele resolveu dar uma passada pelas terras de Tiro e Sidom (Mc 7.24), territórios da Fenícia, talvez porque ouviu, lá de longe, o choro, o clamor daquela mãe, que somente Ele seria capaz de tal proeza.

Jesus mudou sua rota e foi atender aquela mulher, que também conhecia uma pequena brecha na lei, que foi a sua salvação. Todos os pobres, necessitados, viúvas, estrangeiros e órfãos conheciam muito bem os seus direitos, talvez não desconhecessem seus deveres, mas os direitos era do conhecimento de qualquer um (Lv 19.9-10).

Os judeus deveriam socorrer os tais que estivessem nestas condições e para tanto a lei previa um artifício, um instrumento. A lei da rebusca ou respiga era um dos artigos mais conhecidos e deveria ser respeitado, para que a maldição não viesse sobre a nação. Na colheita não deveria ser recolhido o que caísse no chão, pois esta seria a parte dos necessitados. Eles ficavam nas cercas das propriedades a espera do socorro de Deus.

Jesus ao ouvir o clamor da mulher, respondeu que ainda não era hora de socorrer os gentios, que não fazia parte de seu ministério. Ele não foi rude ou grosso com ela, apenas pediu que esperasse mais um poucochinho de tempo, mas assim como os pobres, estrangeiros, viúvas, necessitados e órfãos, ficavam as beiras das cercas esperando o mantimento de Deus, ela permaneceu olhando para Jesus, esperando que a lei da rebusca se cumprisse Nele.

Em suas poucas palavras ela disse: “eu sei que não chegou a hora, mas me contentaria agora com o pouco, com migalhas que caíssem da mesa do meu senhor”. Somente necessitados se contentam com as migalhas. Somente pessoas nestas condições se abaixam para pegá-las. Nenhum rico se dá ao luxo de se abaixar para recolhê-las, pois em suas mesas há abundância, mas o pobre se abaixa, recolhe, come e se sacia. Por esta palavra ela recebeu a bênção. A lei da rebusca se cumpriu em Jesus.

Aplicação: Jesus não tinha planos de passar na Fenícia, mas mudou sua rota, pois ouviu de longe o clamor da mulher, que conhecia a lei e usou a brecha para receber sua vitória. Jesus ouviu de longe e a socorreu.

3º caso: A mulher adúltera. A mulher sem honra, que foi valorizada (Jo 8.1-11)
A mulher que se apresentou diante de Jesus de cabeça baixa, envergonhada, já pré-condenada a morte, para ouvir a sentença que todos já conheciam, mas ela ficou diante do seu ADVOGADO, do JUSTO JUIZ e não diante daquela que a condenaria. Naquele dia, o inimigo descobriu que a última palavra não seria dele, mas de Jesus.

Ela não conhecia a lei, como as anteriores, que receberam instantaneamente a solução para os problemas, pois se conhecesse, certamente não estaria ali diante de Jesus. A lei previa que os tais que fossem pegos no ato do adultério fossem apedrejados, os tais, e não somente um (Lv 20.10), portanto estava faltando uma das partes naquele julgamento.

Se tivesse este conhecimento ela poderia colocar em dúvida aquele julgamento e se defenderia sem a necessidade de passar por toda aquela aflição. Certamente diria: “eu morro, mas ele também vai junto”. Quem era a outra parte? Parente de alguns dos acusadores? Integrante do clero judaico? Ou um dos próprios que estavam ali?

Ela recebeu o livramento, mas demorou um pouco. Seus acusadores foram, um a um, embora e ficou somente ela e Jesus. Ao final ouviu, em vez de acusação, apenas uma advertência: “vai e não peques mais”.

Mas como poderia prosseguir sem pecar? Jesus havia mostrado que os acusadores todos eram pecadores, pois disse: "quem dentre vós ESTÁ SEM pecado". Ele nao perguntou quem havia pecado de manhã, no dia anterior, na infância, mas sim quem estava sem pecado "naquele momento". Como então pediu para aquela mulher, que fora pega no ato, para que não pecasse mais? Ela conheceu o advogado (I Jo 2.7), os acusadores não.

Aplicação: A situação desta mulher representa a transformação de nossas vidas, pois chegamos sem valor, de cabeça baixa, envergonhados pelos nossos pecados e saímos de cabeça erguida, sem acusação, valorizados e assistidos pelo Advogado.

Mensagem entregue na congregação do Jd Novo Horizonte, setor 5, em Álvares Machado no dia 21/06/2012.

Por: Ailton da Silva

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Respostas - gincana bíblica



RESPOSTA DAS DUAS PERGUNTAS ANTERIORES

1) Nero ateou fogo em Roma, nada de novo ou especial nisto, pois os judeus fizeram isto com Jerusalém muito tempos antes. Quando foi que isto aconteceu?
Resp: Após a morte de Josué, os filhos de Judá fizeram guerra contra Jerusalém, feriram-na a fio de espada e puseram fogo na cidade (Jz 1.8)

2) Qual foi o primeiro livramento recebido por Israel no Egito?
Resp: O que impediu José de exterminar seus irmãos no momento em que se revelou? Poderia ter se vingado deles e exterminado 11 das 12 tribos de Israel. Sobrariam somente as que seriam representadas pelos seus filhos (Gn 45). Este foi o primeiro livramento recebido por Israel em terras egpcias.


Por: Ailton da Silva

24) A cura de UM homem que tinha UMA das mãos mirradas - segundo os 4 Evangelistas


MATEUS 12.9-14

  • 9 – 10 – Chegando a sinagoga, Jesus se deparou com um homem que tinha uma das mãos mirradas e os fariseus aproveitaram-no para acusarem Jesus. A pergunta foi direta: “É licito curar nos sábados”;
  • 11 – A resposta foi também direta: “Se dentre o vosso rebanho, de cem ovelhas, uma cair numa cova, em um sábado, certamente sairão correndo para socorrê-la";
  • 12 – Quem tem mais valor? Uma ovelha ou um homem;
  • 13 – Jesus apresentou um fundamento bíblico através do censo comum. O atestado para a cura foi emitido por Ele, com isto pediu que o homem estendesse a mão para ser curado;
  • 14 – Depois da cura formaram um conselho contra Jesus para o matarem.

MARCOS 3.1-6
  • 1 – Jesus entrou outra vez na sinagoga (Mateus afirmou que Ele havia chegado);
  • 2 – Os fariseus observaram se Ele curaria no sábado. Estavam esperando o momento (segundo Mateus, eles perguntaram se era lícito curar ao sábado), assim como fizeram no caso das espigas (Mc 2.24);
  • 3 – Jesus disse ao homem que se levantasse e fosse para o meio, para que defendesse o seu ato (em Mateus, Ele pediu que estendesse a mão);
  • 4 – É lícito fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou matar? Neste caso Jesus não mencionou o exemplo das ovelhas, mas não foi preciso, pois todos se calaram;
  • 5 – Jesus olhou com indignação para os fariseus e com compaixão para o homem necessitado e o curou;
  • 6 – Os fariseus tomaram conselho com os herodianos, para encontrarem uma forma de matá-lo;

LUCAS 6.6-11
  • 6 – Lucas disse que era um outro sábado quando Jesus entrou na sinagoga e estava ensinando, quando notou a presença de um homem que tinha a mão direita mirrada (Mateus e Marcos não mencionaram qual das mãos estava com problema);
  • 7 – Os fariseus prestaram atenção nos atos de Jesus, para verem se Ele curaria no sábado (em Mateus eles interrogaram e em Marcos apenas observaram);
  • 8 – Mas Jesus já conhecendo de antemão os pensamentos (cfe Mt 9.4, os dois Evangelistas anteriores não falaram nada sobre os pensamentos conhecidos por Jesus), mandou o homem se levantar para ficar em pé no meio. Ele obedeceu;
  • 9 – idem Mc 3.4;
  • 10 – Jesus olhando para todos ao redor (Marcos afirmou que Jesus olhou com indignação para os fariseus e compaixão para o homem), pediu que o homem estendesse a mão e uma ficou como a outra (cfe Mc 3.5);
  • 11 - idem Mc 3.6 e Mt 12.9.

JOÃO
  •  Não há registros
PRÓXIMO ASSUNTO: A multidão de judeus e gentios que seguia Jesus

Fonte:
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

Por: Ailton da Silva

terça-feira, 26 de junho de 2012

Judeus, gentios, ressurretos e igreja


Para encerrar o trimestre anterior:

Que maravilha quando se der este diálogo:

"Paz do Senhor (de Deus, de Jesus ou graça e paz, como era costume saudar os gentios e judeus), de onde você veio?

"Eu vim da grande tribulação, sou gentio (carne e osso?????), e você"?

"Eu sou judeu (carne e osso?????) e convertido, também vim da grande tribulação"?

"E aqueles outros, quem são"?

"Parece que são os que participaram da 1ª ressurreição" (carne, osso, espírito, corpo glorificado ??????).

"E aqueles outros? Eles fazem parte da igreja arrebatada. Eles estão em um corpo glorificado".

E depois vemos pessoas nas igrejas que não valorizam o estudo da Palavra de Deus.

Por: Ailton da Silva

Êxodo – informações essenciais:

PROPÓSITO:
Registrar os acontecimentos da libertação de Israel do Egito e seu desenvolvimento como nação.

AUTOR:
Moisés

DESTINATÁRIO:
Povo de Israel

DATA:
1450 – 1410 a.C. Aproximadamente a mesma data de Gênesis.

ONDE FOI ESCRITO:
No deserto, durante as peregrinações de Israel, em algum lugar da penísula do Sinai.

PANORAMA:
Egito. O povo de Deus, tendo uma vez sido favorecido na terra, é agora escravo. Deus está prestes a libertá-lo.

VERSÍCULO CHAVE:
E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.

Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.

E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.

Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito (3.7-10).

PESSOAS CHAVE:
Moisés, Miriã, Faraó, a filha de Faraó, Jetro, Arão, Josué, e Bezalel.

LUGARES CHAVE:
Egito, Gosén, rio Nilo, Mídia, mar Vermelho, penísula do Sinai e monte Sinai.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:
Êxodo relata mais milagres do que qualquer livro do Antigo Testamento e é notório por conter os Dez Mandamentos.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva

segunda-feira, 25 de junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

Lição 13 - pós aula


Apocalipse, pouco revelado, a maioria dos assuntos e eventos estão em oculto, mas isto não tira o fascínio que provoca na humanidade;

A grande verdade é que o assunto que mais fascina o mundo não está mais fascinando a igreja. Será que a igreja já sabe tudo, sabe demais e não tem mais nada para aprender?

A revelação para João foi mais ou menos assim: “João, veja, escreva e tchau”. Não teve repetição e tampouco tempo para preparação ou perguntas;

Pela relevância e importância do assunto, Deus deveria ter repetido várias vezes. Esta didática divina certamente não poderia ser aplicada nos dias hoje, pois como temos pessoas distraídas na igreja. Qual foi a mensagem? Qual foi o hino? Qual foi a leitura inicial?

Esta ouvi ao final da aula. Esteve aqui na região um RENOMADO ENSINADOR que em conversa com um casal de irmãos, que havia perdido a filha recentemente em uma trágica doença, disse a eles:
  • A sua filha voltará e ficará 40 dias com vocês, e blá, blá, blá;
  •  “Nunca lestes? A Jerusalém que foi, que é e que há de vir” (ai, ai, ai);
  • 40 dias antes do arrebatamento voltará um povo na terra que pregará, pois a intenção de Deus é ter mais gente no céu do que no inferno, imagina que Deus perderá para o diabo”. Estes pregadores se utilização da contagem regressiva para anunciar o arrebatamento. Faltam “x” dias para o arrebatamento e assim pregarão até que o evento aconteça.

Não creio que os 12.000 estádios seja realmente a medida da cidade santa. Opinião minha;

Os discípulos estavam com Jesus, mas ainda não estavam preparados, tanto que esperavam pela restauração do reino material (At 1.6), imaginavam um mais importante que o outro (Lc 9.46), foi quando Jesus disse a eles: “NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO [...] NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS”. Pronto, isto foi o suficiente para que sossegassem, mas com isto Jesus aguçou nossa ansiedade pelas moradas eternas;

Esta foi uma intervenção providencial de uma aluna: “Como será o nosso comportamento e a nossa relação com os santos do A.T? E com aqueles que nunca viram um computador ou celular? Como será o nosso linguajar? TUDO será novo, linguagem, cultura, etc;

Esta também é digna de registro. Imaginem a cena. Um pregador ao iniciar a mensagem olha para o pastor da igreja e diz: “Fulano, tú és um grande construtor, reformador de igrejas, muitos te invejam. Quando Deus arrebatar a sua igreja (a igreja dele, do pastor), te colocará como reformador das portas da cidade santa”. O irmão que nos contou, que presenciou esta cena, não se conformava em repetir esta história, heresia pura. Imagine que Deus dividirá a sua glória, reformar a cidade, que já está pronta. Eu não estava neste dia, mas outro Evangelista confirmou, meu Deus;

Ah! Este apocalipse com o seus vais e vens, fascinante;

ATENÇÃO! MERCADEJADORES DA PALAVRA: As pedras preciosas, o ouro e o jaspe da cidade santa não podem ser comercializados;

ATENÇÃO! VENDEDORES DE FACILIDADE: O interesse de vocês é no ouro, jaspe, cristal, nas pedras preciosas ou na eternidade?

ATENÇÃO! Para a cotação do grama do ouro na Nova Jerusalém, segundo dados da BOVCÉU;

“Os olhos nunca viram? O ouvido nunca ouviu? O coração nunca sentiu? Mas João viu, ouviu e sentiu! Somente não conseguiu descrever, colocar no papel! Ficou de boca aberta;

Onde estará o Éden nesta história? Será que faz parte do grande complexo? É parte integrante da Nova Jerusalém? Porque não foi tudo revelado?

Se tudo tivesse sido revelado, as características da cidade, todo o plano de Deus, certamente o fascínio não seria o mesmo;

Como ficam estes que dizem que já foram na cidade e no inferno e descrevem perfeitamente com riquezas de detalhes? Será que estavam em melhores condições que João?

Eis o recado de João para a igreja moderna: “Se contentem com este pouco que escrevi. Eu sei que ficou muitas duvidas, me perdoe, mas foi o melhor que pude fazer, se fossem vocês, certamente teria acontecido o mesmo”;

Escolha uma das opções abaixo (somente um)
(  ) quero voltar para o Éden (passado)
(  ) quero ficar na terra (presente)
(  ) quero morar na Nova Jerusalém (futuro)

De um lado estará Israel e os gentios convertidos na grande tribulação (vivos) e do outros os que participaram da 1ª ressurreição (os que morreram e ressuscitaram – Ap 20.4) e entre eles, ou sabe-se lá onde, estará a igreja (com trânsito livre?) e acima de todos estará a Nova Jerusalém? Que ambiente é este? Ainda haverá espaço para rebelião? Meu Deus, o homem não tem jeito mesmo;

Como se dará a entrada de todos estes citados acima na Nova Jerusalém? Uma nova transformação? Morte? Ap 22.2, nações curadas?

A cidade que desce do céu da “parte de Deus”. Descerá assim como Jesus desceu para socorrer a humanidade (Jo 3.13);

A praça é de ouro puro, lugar ideal para aprendermos mais de Deus, assim como os judeus fizeram após o termino da reconstrução dos muros da cidade (Ne 8.1). Eles pediram, imploraram pela leitura da lei na praça;

Será que reconheceremos uns aos outros ou sentiremos falta de alguns na Nova Jerusalém? Meu pensamento é que se reconhecermos, ficaremos felizes. Se não reconhecermos ou se dermos falta de alguém,  não ficaremos tristes e tampouco choraremos, pois ali não haverá choro, lagrimas e tristeza. O mesmo não podemos dizer sobre os que estarão nas moradas infernais. Eu creio que eles se lembrarão de tudo;

Abraão, pé na terra e pensamento no céu, assim como na igreja? Hoje, uns estão com pensamento na terra e o pé no céu (pelo menos imaginam). Outros estão com pé na terra e sem pensamento. Alguns estão pensando no céu e não estão na terra e outra parcela não tem pé e tampouco pensamento;

Estado perfeito somente na nova Jerusalém. No milênio a administração será perfeita, mas não podemos dizer o mesmo da reação do homem;

Enfim na Nova Jerusalém não terá o disse me disse, haverá paz, tranqüilidade a mor perfeito, por isto que creio que esta cidade não é símbolo da igreja, ela é real, pois aqui de vem em quando acontecem alguns desencontros entre um e outro irmãos, um disse me disse, um olhar torto, um encontrão no corredor, alguns pescoções entre outros eventos que conhecemos muito bem.


Por: Ailton da Silva

sábado, 23 de junho de 2012

2º texto: As cartas. As igrejas. O fim


1) APOCALIPSE, A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO:
Quanta ignorância e medo do Apocalipse (livro). Muitos cortam volta, se desviam para a direita e para a esquerda, mas não seguem em frente, não mergulham nas verdades ali contidas;

2) A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO:
Quanta cegueira espiritual, quanta força desprendida para negar o inegável. Porque negar a humanidade e divindade de Jesus? O que ganham com isto (I Jo 4.2)? Imagino que isto aumentará o número de perdidos que se encontrarão na segunda morte (Ap 20.14). Porque não reconhecer a humilhação de Jesus? Porque seria necessário aceitar depois a ressurreição, ascensão, enfim a glorificação. Negam na raiz para não contemplarem o inevitável fruto;

3) ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO:
Quanto trabalho, pregações, ensinos e zelo doutrinário para nada. Quantos ministros excelentes, pastores, estudiosos. De certo evitam a entrada e a operação do engano, mas esquecem o outro lado. Uma abordagem pedagógica tradicional, pois oferecem o ensino e depois cobram o retorno, sem atentarem para os problemas individuais, para as carências, necessidades materiais e espirituais da igreja;

4) ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR:
Quantas lutas, perseguições, oposições ou artifícios humanos e malignos. Mesmo nestas situações a igreja sempre continuou avante, pois conhece Aquele em quem tem crido (II Tm 2.12) e aguarda a coroa preparada (II Tm 4.8). Nada é capaz de impedir o bom combate, a carreira e principalmente a fé (II Tm 4.7). Ao longo da história os impérios atrapalharam, com suas limitadas forças, a trajetória da igreja. Contemplaram uma vitória momentânea e ilusória, pois os corpos tombaram, mas serviram de sementes que cresceram e se espalharam pela Terra;

5) PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO:
O inimigo mora ao lado, ou melhor está ao derredor (I Pe 5.8), esperando o momento certo para atuar. Ao longo da história da igreja ele percebeu que a perseguição não era tão eficiente quanto imaginava, por isto fez uso do plano “b”, muito mais cruel que o primeiro. A mistura enfraquece e prende em cadeias as duas dimensões, a carnal e espiritual, esta infiltração se dá aos poucos, sorrateiramente, são verdadeiras armas brancas nas mãos de “um” que sabe utilizá-las como ninguém;

6) TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE:
Com a mistura vem a tolerância, pois são companheiras inseparáveis, uma segue a outra, tal como a morte e o inferno (Ap 6.8). O resultado desta dupla visita na igreja é o surgimento de casos nunca vistos antes, verdadeiras aberrações, afrontas, abominações. Porque tamanha permissividade? Seria pelo grau de parentesco? Política? Interesses pessoais? O certo é que a maior prejudicada é a própria igreja, pois tais não reservam suas idéias ou pelo menos a trancafiam, muito pelo contrário, disseminam;

7) SARDES, A IGREJA MORTA:
As consequências das brechas abertas são sentidas em outros lugares à uma velocidade tremenda. A mistura traz a tolerância e esta por sua vez gera outro mal, o descaso e o desleixo. Tudo é esquecido, a doença se espalha e muitos morrem sem perceberem. Aos poucos são dissolvidos os ideais, esperanças e o temor, mas esperem um pouco, parece que existe um remanescente fiel neste meio, seria possível? Deus nunca ficou sem testemunhas na terra;

8) FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO:
Este remanescente fiel fortalece a outros e o que parece sem solução toma novos rumos e os que vivem em práticas deploráveis experimentam a transformação e começam a viver em novidade de vida. Seria este a realização da igreja ideal? O último estágio que poderíamos atingir? Perfeição total? Ou será possível uma regressão? A volta à lama (II Pe 2.22)?

9) LAODICÉIA, UMA IGREJA MORNA:
Sim é possível! A mornidão, o pior estado que podemos atingir, precede a arrogância espiritual e a falta de percepção ante aos próprios erros e acabam por determinar a morte espiritual, mas antes, Deus sempre envia o socorro, a porta de escape, as ferramentas, o remédio, a receita para que a situação possa ser revertida. O homem é que não percebe;

10) O GOVERNO DO ANTICRISTO:
Passadas todas estas situações, o que poderíamos esperar? O arrebatamento para vivermos eternamente com o Senhor? Mas, se algo der errado? Se não formos participantes da maior promessa destinada à igreja? Ficaremos aqui na terra a mercê do governo do Anticristo, o imitador, copista e blasfemo? Independente de sua nacionalidade ou de sua religião/política, o certo é que aparecerá tão logo o “Detentor” permita;

11) O EVANGELHO DO REINO NO IMPÉRIO DO MAL:
Diante da presença maligna do Anticristo, haverá somente uma alternativa para aqueles que se oporão ao seu governo, fuga. Características da covardia? Não, pois neste meio tempo estarão apresentando o Evangelho do Reino e alcançarão a muitos, por isto enfurecerão ainda mais o governante mundial, que os considerarão inimigos mortais. Os mártires, os 144.000, as 2 testemunhas e por fim aparecerá o “anjo evangelista”, para que não cesse a pregação da Palavra de Deus na terra;

12) O JUÍZO FINAL:
Mas tudo tem o seu fim. O dia chegará. O Trono Grande e Branco enfim será instalado, entre o céu e a terra, e todos serão julgados pelas suas obras. As bestas, o dragão, a morte e o inferno conhecerão “o dano da segunda morte” e por fim os ímpios de todas as eras também adentrarão as moradas infernais. Este será o fim de tudo o que se chama “temporal”. Daí para frente entre em cena a eternidade;

13) A FORMOSA JERUSALÉM:
O que dizer agora? Me faltam as palavras, afinal faltaram para João e para Paulo. A Jerusalém celeste, esperada por Abraão (Hb 11.10) e por muitos, que já existe, pois não será criada juntamente com o novo céu e nova terra (Ap 21.1). Uma cidade com uma arquitetura extremamente moderna (cfe II Co 2.9), nunca vista ou sentida antes. Ali se findarão as maldições, choro, tristezas, doenças e morte.

Referências:
ANDRADE, Claudionor de. As sete cartas do Apocalipse. A mensagem final de Cristo à Igreja. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2012. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003

QUE DEUS NOS ABENÇOE 
E ATÉ A PRÓXIMA LIÇÃO, 
PRÓXIMO TRIMESTRE!

 Por: Ailton da Silva

1º Texto: Disco voador para uns. Nova Jerusalém para os crentes


Há algum tempo atrás, criança, assisti um filme, que de tão fascinante, gravei algumas cenas em minha mente e nunca mais as esqueci. Na época não compreendi, não entendi a relação de uma coisa com a outra, mesmo porque era completamente alheio às coisas celestiais, ainda estava sendo instruído aos pés de Gamaliel (At 22.3), vivendo conforme a lei de meus pais, zeloso ao extremo pela religião.

Não me lembro o nome do filme, mas as cenas são as seguintes:
a) As pessoas seguiam um toque, um comando, ficavam em intermináveis filas para receberem um sinal (cfe Ap 13.16). Tão logo eram assinaladas começavam a se portar como zumbis;

b) Havia entre eles alguns, sem o sinal, que se infiltravam para tirá-las da fila antes de receberem o sinal (cfe Ap 6.9; 7.14), mas eles teimavam em prosseguir;

c) Estes valentes corriam a cidade e procuravam alertar as pessoas para que não entrassem nas filas, em alguns casos já era tarde, pois quando tocavam nestas pessoas já percebiam o sinal nelas;

d) Acontecia toda sorte de prodígios (Ap 16.14), um que intrigou foi a presença de um animal na fila, corpo de cachorro e face de homem;

e) O fascinante vem agora: Em determinado momento do filme apareceu sobre os céus uma gigantesca espaçonave (cfe Ap 21.10) e todos olhavam para ela, encantados por tal visão;

f) Até que, da espaçonave, fosse emitido uma espécie de raio em direção aos túmulos nos cemitérios e a partir daí acontece algo que nos diz respeito. Na verdade foi esta cena que, por anos de ignorância (cfe At 3.17), me fascinou. O raio atingiu os sepulcros e as almas começaram a subir em direção a espaçonave. De longe se viam os pontos brancos, alvos como a neve, subindo em direção ao “chamado” e nunca mais foram vistos pelos terráqueos atônitos e fascinados;

g) Enquanto isto os trabalhadores do Evangelho do Reino (Mt 24.14) corriam de um lado ao outro para salvar a própria vida, escapando do sinal e para avisarem aos outros do perigo que corriam.

Que filme interessantíssimo e fascinante para os meus áureos tempos de jovem desconhecedor do plano Divino de restauração da comunhão perfeita perdida no Éden (Gn 3.8, 15), tampouco conhecia os planos do maligno em tentar copiar, imitar e se opor as coisas de Deus (Jo 5.43; Ap 16.13; I Jo 2.18, 22; 4.3).

Não é desconhecido da igreja, que o inimigo de nossas almas, vem preparando a humanidade para que ela mesma possa explicar fatos nunca visto antes (I Ts 4.13-18) a fim de que seja diminuído o tumúltuo e para que também o seu controle possa ser exercido com “tranqüilidade”. Além é claro, que todo este seu trabalho preliminar objetiva o impedimento da crença na Palavra que continuará a ser pregada durante seu governo maligno.

A humanidade em fila para receber o sinal, outros correndo pelos quatro cantos da terra, tentando salvar a própria vida e ao mesmo tempo apresentando o Evangelho do Reino. Uma espaçonave acima da cidade terrestre sugando as almas do que já morreram e inúmeros prodígios na terra. Que fascínio, que criatividade ou que conhecimento da sequência do plano escatológico.

Caso tenho havido um estudo profundo das Escrituras, creio que deve ter sido um trabalho longo e cansativo para:
a) desenvolverem o enredo;
b) imaginarem os diálogos;
c) darem vida a uma trama central;
d) montarem a cidade cenográfica;
e) escolherem a dedo os atores/atrizes para comporem o elenco;
f) e como foi difícil a interpretação do oculto para que fossem produzidos os efeitos especiais.

Em relação ao elenco, tenho algumas dúvidas. Certamente entre eles houve muitos que não encontraram dificuldades para as interpretações, já que aquele “lixo” (entendam lixo como algo que não se aproveita) poderia ser o ideal de vida deles, assim como fizeram Tom Cruise e outros tantos, que aproveitaram seus filmes para apresentarem suas “ciências/religiões”, mas será que não houve, durante a seleção, alguns que recusaram os papéis diante da maldade do enredo? Alguns cristãos? Assim como muitos já recusaram a participação em filmes ditos evangélicos ou bíblicos por não acreditarem na história ou no objetivo final.

Tenho por opinião que o choro, emoção ou alegria superficial e momentânea não se caracterizam como edificação. Muitos dos filmes ditos “evangélicos” apenas promovem sonhos, esperanças no concreto, viradas e resgates materiais, preocupação na luta e vitória sobre inimigos humanos em detrimento ao espiritual. Já os filmes bíblicos, os que contém enredos sérios e autenticidade, são “n” vezes mais edificantes, esclarecedores, pois são frutos de pesquisas históricas e geográficas ou de outras disciplinas teológicas, às vezes.

O verdadeiro “desafio à gigantes” acontecerá durante a grande tribulação, quando os pregadores do Evangelho do Reino estarão pregando e enfrentando o próprio Maligno na pessoa do Anticristo e do Falso profeta.

A grande “virada” acontecerá no momento em que as “as bestas” se apresentarem imaginando que poderão guerrear contra o Rei dos reis, mal sabem que serão convocadas para a guerra e não irão por contra própria (cfe nota de rodapé da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 1829, ref. Ap 19.19-21).

Voltando ao filme original, que me aguçou a curiosidade durante muito tempo, creio que NÃO serviu de norte para muitos, inclusive eu, que não entendia nada, pois continuei da mesma forma, ignorante e curioso.

O tempo passou e quando comecei a ouvir as primeiras pregações, ensinos e a freqüentar as aulas de Escola Bíblica Dominical, ou bem antes, quando ainda estava sendo evangelizado, no meio da rua mesmo, pois alguns jovens me perguntaram se poderiam falar de Jesus. Eu respondi que sim e falaram, falaram tanto que o fascínio pelo assunto voltou. Lembrei do filme e de algumas cenas. Eu disse a eles: “Falem mais”. Fiquei fascinado.

Agora posso dizer que o conhecimento da Palavra me tirou a ignorância, mas não tirou ainda a curiosidade sobre os mistérios que um dia serão revelados.

Por: Ailton da Silva