continuação...
A opressão egípcia, em
vez de dizimar, contribuiu para o crescimento dos hebreus que, em breve,
estariam sob a responsabilidade e cuidados de Moisés.
Todo o período de
caminhada pelo deserto em busca da Terra Prometida serviria de preparação
transcultural, para que quando os hebreus adentrassem Canaã não estranhassem a
deplorável cultura daquele povo, ou seja, enquanto rodeavam as outras nações
deveriam se atentar para as maldades, idolatria, iniquidades para não
praticá-las em sua futura terra.
E como seria
diferente a nova situação dos hebreus. Algo nunca imaginado, até mesmo pelos
mais otimistas. Era o “algo mais[1]” de
Deus na vida de seu povo.
Um povo
escravizado que preenchia somente um dos quatros requisitos que tornam uma
nação de fato reconhecida pelas outras.
Os hebreus não
possuíam território, apenas confiavam nas promessas de Deus feitas a Abraão e
confirmadas a Isaque, Jacó e José. Não possuíam um código de leis próprias para
reger seus costumes, tradições ou para manterem a ordem entre eles.
Não possuíam uma
forma de governo estabelecida e respeitada, tanto por eles, quanto pelas outras
nações.
Na verdade eram
visto como um amontoado de gente e este era o único requisito que cumpriam e que
poderia torna-los reconhecidamente uma nação.
A questão do
ajuntamento, mesmo em terras estrangeiras, já esta resolvido. Quanto a forma de
governo, Deus deixaria bem claro que a partir do momento da chamada de Moisés e
seu retorno ao Egito já caracterizava que aquele povo estava sob a autoridade
do “Eu Sou”, seno governado com mão forte e acima de tudo misericordiosa (Ex
19.5).
Em relação ao
código de Leis, logo receberia através das mãos de Moisés um conjunto de normas
que regulariam suas vidas, costumes, tradições e comportamento.
[1] Poucos
personagens bíblicos receberam o “algo mais” de Deus, entre eles: Jacó, José, Joquebede,
Moisés e Davi. Pediram ou esperavam pouco, mas receberam mais.
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