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domingo, 31 de outubro de 2021

Os patriarcas. Coincidências ou repetições da história? – Capítulo 14

Moisés: O primeiro a sair do Egito 

Uma infância e juventude dignas de um rei, com todas as mordomias, riquezas e privilégios. Ninguém em sã consciência trocaria esta vida no palácio onde recebia do bom e do melhor para sofrer junto com os hebreus que não tinham mais esperanças. Alguém optaria pela sofrimento em detrimento ao luxo? Somente um servo de Deus rejeitaria o primeiro estado para conhecer e viver conforme os seus irmãos.

Aos poucos Deus foi trabalhando na vida de Moisés para que rejeitasse aquela forma de vida, pois o patriarca deveria ser o primeiro a sair do Egito para que o povo saísse depois.

Aquela cultura em nada se identificava com a sua futura missão, por isto a escolha[1] foi difícil. Quanto conhecimento deixaria de receber, quantos amigos e recursos financeiros? Quantas perdas? 

Os hebreus também perderam muito quando saíram do Egito, pois deixaram para trás as habitações, as raras comidas nas horas certas e o principal, a terra para enterrar seus corpos sem vida quando morressem na escravidão. Isto seria capaz de segurá-los?

O primeiro passo deveria ser a negação de sua filiação egípcia. O sofrimento do povo foi suficiente para que Moisés tomasse a decisão.

Pela fé, somente pela fé, recusou ser chamado de filho da filha de Faraó, um assombro, a realeza se surpreendeu, os servos e escravos não entenderam. Muitos deles se imaginavam na posição de Moisés para aproveitarem, mas recusou tudo aquilo.

Será que Deus permitiria que de príncipe fosse direto para a condição de presidiário? Como diria ao povo ser o escolhido para libertá-los daquele sofrimento? Acreditariam em um homem que havia perdido a mordomia do palácio? Como crer em uma pessoa rebaixada de uma hora para outra?

Deus não queria um príncipe, escravo, guerreiro, soldado ou general, mas sim um pastor. O plano para colocá-lo na posição desejada foi rápido, simples e direto. Bastava conhecer de perto a aflição do povo.

 

Quarto livramento. Coincidências ou repetições da história?

Certa ocasião, passeando entre seus irmãos hebreus, contemplou uma cena que o fez tomar uma decisão que marcaria sua vida para sempre.

Como era conhecedor de sua linhagem, não permitiu que um egípcio afligisse um irmão hebreu, mas por que demorou para agir? O que o impediu de sentir as dores de seu povo antes? Ou percebeu e não atentou, pois se julgava privilegiado pela situação diferenciada?

Moisés pensou que resolveria os problemas de Israel através da valentia, força e conhecimento, agindo de acordo com sua própria vontade, sem consultar ou se inteirar do plano de Deus para livrá-los do opressor. Mesmo sábio, instruído em toda ciência, lhe faltou entendimento para saber que não era o momento correto para agir, estava se adiantando ao tempo de Deus e quando isto acontece, o resultado final, sempre é o fracasso.

Neste episódio Deus oficializava a sua chamada e a resposta foi materializada em sua atitude, porém não imaginava que as consequências pudessem afetar o seu trânsito entre os dois povos, pois alguns dias depois esteve diante de uma cena idêntica e foi mal interpretado, incompreendido pelos seus irmãos e acusado de assassinato. A sua intenção era somente ajudar, como na ocasião anterior.

Esta ocorrência o fez tomar outra decisão radical, a fuga para o deserto[2], semelhante a Abraão, Isaque, Jacó e José, inclusive se deparando com os mesmos problemas em relação a mudança do padrão de vida enfrentado pelos patriarcas anteriores:

  • Do conforto e mordomia egípcia encarou a dureza do deserto, desabrigado e na solidão, como Abraão, quando largou sua parentela, posses e herança;
  • Saiu sem rumo, desconhecendo o futuro, sem a certeza da volta, na solidão de seus pensamentos, assim como Isaque quando caminhava para o seu sacrifício não consumado;
  • Atormentado pela incompreensão de seu próprio povo. Sua intenção foi ajudar, mas acabou rotulado de malfeitor, assassino. Fugiu para não ser morto por vingança, assim como Jacó, fugitivo incompreendido, acusado de matar os sonhos de seu irmão primogênito;
  • Possuía o conhecimento de toda ciência egípcia, mas não teve a sua autoridade reconhecida e acabou se tornando um pastor de ovelhas, abominação para os egípcios. Trajetória idêntica foi percorrida por José, que detentor de profundos conhecimentos recebidos de seu pai, também não teve a sua liderança reconhecida, pelos seus irmãos, se tornando um escravo e prisioneiro no Egito;
  • Peregrino em terras estranhas e afastado da família, como Abraão, Jacó e José que largaram tudo, mordomia, família, herança e peregrinaram guiados por Deus para alcançarem a vitória.

A fuga foi a única alternativa para Moisés, pois imaginava que jamais teria condições de mudar aquela situação. Sem esperança e perspectivas, jamais cogitou a possibilidade de retorno. 


Aprendendo desaprendendo

As confirmações das chamadas das esposas dos patriarcas se deram ao redor de poços de água, envolvendo rebanhos sedentos. Aconteceu desta forma com Rebeca, que deu de beber aos camelos do servo de Abraão, antes de ser levada para se casar com Isaque. Anos mais tarde Jacó repetia esta história quando matou a sede do rebanho de Raquel, tomando-a por esposa, depois de um longo período de trabalho. Agora Moisés fazia o mesmo com o rebanho de seu futuro sogro, Jetro.

Moisés estranhou a mudança de ambiente, pois diante de todo o seu conhecimento científico, estava desempenhando a função mais abominada pelos egípcios, pastor de ovelhas. O curso natural seria o crescimento, bem diferente da situação em que estava.

Em Midiã, sua nova morada, aprenderia algo bem mais útil do que havia aprendido no Egito. Com a mente esvaziada, perderia o seu ímpeto e valentia. Finalmente seria apresentado à mansidão e desta forma poderia entender os problemas de todos os necessitados que, um dia, Deus colocaria sob sua responsabilidade.

No Egito aprendeu com mestres, doutores e livros, mas não foi capaz de exercer sua autoridade com sabedoria sem utilizar a força física. Agora aprenderia com as ovelhas a ser manso, humilde e pequeno, para assim ser transformado em um verdadeiro líder. Afinal, a missão pedia um homem com este perfil.

Deus preparou José para levar o seu povo ao Egito e agora estava capacitando Moisés para retirá-los daquele território.

Havia tanto por aprender e muito mais para esquecer. Esta capacitação evitaria que pulasse etapas em sua vida e serviria de experiência no futuro, pois suportaria as provações, adquiriria a humildade, mansidão, se tornaria dependente de Deus e se sensibilizaria com os problemas de Israel.

José viveu entre seu povo, aprendeu com o pai, foi traído e incompreendido pelos irmãos, sofreu com a separação, para depois receber a bênção do reencontro com sua família para morarem nas melhores terras do território egípcio.

Moisés, incompreendido pelo seu povo, não teve sua autoridade reconhecida. Saiu daquelas terras sem nenhuma provisão, recursos e findou seu trajeto nas terras de Midiã, apascentando ovelhas. Anos mais tarde se apresentou diante de Faraó, não para ser recompensado, mas para entregar-lhe a mensagem de Deus, para afrontá-lo.

A autoridade de José foi reconhecida por seus irmãos quando pediram socorro diante da fome. Moisés foi visto como um líder quando se apresentou a Faraó para lhe entregar a mensagem de Deus. Nos dois casos os patriarcas foram reconhecidos justamente nos momentos de maiores aflições de Israel, fome e escravidão.



[1] Uma das escolhas mais difíceis já tomadas por um homem (Hb 11.24-27).

[2] Foi separado da família, mas o retorno foi tão festivo quanto dos patriarcas anteriores.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

sábado, 30 de outubro de 2021

Anticristo. A solução material com implicações espirituais! Capítulo 10



G) “O FIM DA FARSA ESTATAL”:

Deus julgará e sentenciaria sumariamente os três personagens responsáveis pela proliferação do mal na Terra, durante a Grande Tribulação, após a retirada do “Detentor” (II Ts 2.7), a saber pela ordem das sentenças: a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.

Por ocasião da batalha do Armagedom, a Besta e o Falso Profeta serão vencidos e lançados vivos no lago de fogo (Ap 19.20-21), unidos como sempre foram, e quanto aos demais, reis e exércitos, as marionetes do Anticristo, serão mortos com a espada que sairá da boca de Jesus.

As aves do céu serão convidadas para o grande banquete e se fartarão das carnes dos vencidos (Ap 19.17-18). Eis o fim das duas bestas, advindas do mar e da terra que então descerão ao abismo.

Isto colocará um fim à administração do Anticristo, que de forma vergonhosa será visto pela última vez na Terra. Tudo e todos que estiveram aliados com o sistema maligno serão vencidos ou destruídos. O orgulho e a altivez vistos no olhar do governante mundial cairão por terra diante de seus súditos. 

H) “O FIM DA FARSA SACERDOTAL”:

O mesmo destino terá o falso Profeta, que juntamente com todos os falsos deuses e ídolos cairão, ante ao juízo de Deus (Ap 19.20). O grande responsável pela apostasia humana, a adoração a imagem do Anticristo (Ap 13.12), será derrotado. 

I) “O FIM DA FARSA ESPIRITUAL”:

Ao término da Grande Tribulação, Deus aprisionará o Dragão no abismo, detendo-o por mil anos, até que se complete o seu governo, o Milênio (Ap 20.1-3). Neste período, os maus e pecadores ficarão sem o “chefe”. O Maligno e seu exército reunido às pressas, marcharão e cercarão Jerusalém, mas fogo descerá do céu vindo de Deus para vencê-los (Ap 20.9).

O grande General do mal será lançado no lago de fogo e se encontrará com seus aliados, o Anticristo e o Falso Profeta. Juntos, a Trindade Satânica será atormentada para sempre.

A vitória de Cristo, na cruz, será completa quando a cabeça do Maligno for finalmente esmagada e ferida para sempre (Gn 3.15). A sua derrota segue a seguinte ordem:

  • Foi expulso e lançado do céu devido a sua rebelião;
  • Foi lançado do ar à terra (Ap 12.9);
  • Será lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3);
  • Será lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10). 

J) ENTREGAS DAS NOVAS HABITAÇÕES:

A sequência para a entrega das novas habitações, localizadas no Residencial “Vale das Bestas”, já foi definida por Deus. Como o próprio nome diz, será um lugar reservados para aqueles que se inscreveram diretamente com o Anticristo, o Falso Profeta ou aqueles que trataram com o Dragão, no decorrer da história humana.

Na primeira etapa serão contemplados cinco personagens com as novas habitações, a saber:

  • O Anticristo será o primeiro a entrar na nova moradia (Ap 19.20). O bom é que entrará vivo e poderá usufruir de todas as dependências. Poderá até se reunir com seus amigos, depois que todos estiverem acomodados, para inaugurarem com chave de ouro, aliás, não terão a chave, então será melhor pensarem em outro tema para a festa. Que privilégio ser o primeiro a adentrar, tudo será dele. Como um imitador, certamente traçará um paralelo ao que aconteceu com Adão, quando foi expulso do paraíso (Gn 3.23) e com Noé quando saiu da arca (Gn 8.18), pois não havia outros humanos para dividirem as propriedades, eram os únicos donos. Então o Anticristo poderá planejar uma nova plataforma de governo, apesar que não haverá espaço para autoridade constituída, mas certamente pensará desta forma;
  • O Falso Profeta será o segundo (Ap 19.20) e também será lançado vivo, agarrado no calcanhar de seu ídolo maior. Novamente na condição de imitador, associará isto ao ocorrido ao nascimento de Jacó e Esaú (Gn 25.26). Creio que no início não terá tanta utilidade quando antes (Ap 13.11-15), pois estarão somente os dois e não terá a multidão para enganar com seus falsos prodígios. Sua função de marqueteiro político religioso não poderá ser exercida ali, portanto terá que se contentar em apenas ficar admirando o lugar;
  • O terceiro a entrar será o próprio Dragão (Ap 16.13), a antiga serpente (Ap 12.9), o Maligno, que se juntará aos seus instrumentos humanos após o Milênio. Neste período os dois moradores acima ficarão na solidão, sem nada por fazer, mas não perderão por esperar, pois o “chefe” logo chegará. O Maligno será o único que, antes de entrar na morada eterna, estará por um espaço de tempo (Ap 20.1-3) em outro ambiente, tentando aperfeiçoar o seu plano, a sua última investida. Certamente as duas Bestas estarão torcendo pelo sucesso do derradeiro plano do “chefe”. Estas personagens malignas não serão aniquiladas, apenas banidas da presença de Deus para então se reunirem no “Vale das Bestas”;
  • O quarto a ser lançado no vale será o inferno, respeitando ao que fora revelado ao apóstolo Paulo (I Co 15.26). O inferno antecederá a sua fiel companheira, a morte (Ap 6.8). Por um poucochinho de tempo os dois serão separados, por frações de segundos, um chegará à frente do outro na morada eterna. Neste meio tempo as bestas estarão recepcionando os novos companheiros;
  • O quinto e último contemplado com a nova morada será a morte (I Co 15.26) e de lá nunca mais sairá para atormentar (I Co 15.54) a quem considerava o seu maior inimigo, o homem.

A outra etapa da entrega contemplará os ímpios de todas as eras, que viraram as costas para o sacrifício do Calvário, que blasfemaram, perseguiram ou que se aliaram a Trindade Satânica no decorrer de suas histórias.

A sequência para entrega das moradias seguirá esta ordem pré-determinada e não será alterada, a pedido, por conveniência ou por impedimento de um ou de outro, mesmo porque todos se apresentarão quando ouvirem a convocação.

Não haverá necessidade de trazerem os protocolos de inscrição, pois existirá o livro de registros. Não serão permitidos advogados de defesa, recursos, apelações ou impugnações, pois estarão diante da reta justiça de Deus. Não poderão ser efetuadas reformas, melhorias ou benfeitorias no interior do “Vale das Bestas”, tampouco poderão organizar e promover eleições para escolha de lideres comunitários, vereadores, prefeitos, presidente ou rei. Neste vale haverá tormentos de dia e de noite para todo o sempre (Ap 20.10).

E na eternidade está a igreja e os salvos para sempre com o Pai, Filho e com o Espírito Santo de Deus. 

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Abraão de. Israel, Gogue e o Anticristo. 2ª ed. rev. e ampl. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1999. 

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Vem o fim, o fim vem. A doutrina das últimas coisas. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 4º trimestre de 2004. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2004. 

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. As sete cartas do Apocalipse – a mensagem final de Cristo à Igreja. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2012. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2012. 

BARBOSA, Francisco A. O governo do Anticristo. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/05/licao-10-o-governo-doAnticristo. html. Acesso em 27 de maio de 2012. 

BARBOSA, Francisco A. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/06/licao-11-o-evangelho-do-reino-no.html. Acesso em 06 de junho de 2012. 

BARBOSA, José Roberto A. O governo do Anticristo. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/05/o-governodo-Anticristo-texto-aureo-i-jo.html. Acesso em 27 de maio de 2012. 

BARBOSA, José Roberto A. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/06/licao-11.html. Acesso em 04 de junho de 2012. 

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003 

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000 

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003. 

CABRAL, Elienai. Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja hoje. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 4º trimestre de 2014. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2014. 

CARNEIRO FILHO, Geraldo. O governo do Anticristo. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/05/2-trimestre-de-2012-licao-n-10-03062012.html. Acesso em 27 de maio de 2012. 

CARNEIRO FILHO, Geraldo. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/06/2-trimestre-de-2012-licao-n-11-10062012.html. Acesso em 07 de junho de 2012. 

DYER, David W. Anticristo. Tradução: JOCIMAR FLAUSINO

GABY, Wagner. A missão integral da Igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2011. 

HARMON, Steve. Cristo e o Anticristo. 

ICE, Thomas. DEMY, Timothy. A Verdade Sobre O Anticristo e o Seu Reino. disponível em: http://www.chamada.com.br/mensagens/verdade_anticristo.html. acesso em 11 de janeiro de 2015 

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. De Abraão a queda de Jerusalém. 8ª Ed. Traduzido por Vicente Pedroso. Rio de Janeiro. CPAD, 2004 

LOURENÇO, Luciano de Paula. O governo do Anticristo. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/05/aula-10-o-governo-do-Anticristo. html. Acesso em 27 de maio de 2012. 

LOURENÇO, Luciano de Paula. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/06/aula-11-o-evangelho-do-reino-no-imperio.html. Acesso em 04 de junho de 2012. 

PENTECOST, J. Dwight, Th.D. Manual de Escatologia. Uma análise detalhada dos eventos futuros.  Editora Vida. Tradução: Carlos Osvaldo Cardoso Pinto, Th.M. 

PRADO, Edson. Estudo sobre escatologia. Disponível em: http://pt.slideshare.net/PublicPDF/estudos-de-escatologia. Acesso em 11 de janeiro de 2015. 

Rede Brasil de comunicação. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://www.redebrasildecomunicacao.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 07 de junho de 2012.

Silva, Joseph Bruno dos Santos. O Evangelho do reino no império do mal. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html#8962761630829660783. Acesso em 07 de junho de 2012. 

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse - Versículo por Versículo. CPAD. 

WIKIPEDIA. Antioco IV Epifânio. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADoco_IV_Epif%C3%A2nio. Acesso em 11 de janeiro de 2015.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Prefiro murmurar no deserto. As dez murmurações do primogênito. Capítulo 4

O CLAMOR

Imaginavam que estavam sofrendo sem necessidades, na ótica de muitos. Acabavam de sair de uma dificuldade e entravam em outra ainda pior. Tinham razão, pelo menos poderíamos pensar, porém se olharmos por outro ângulo, teríamos outra posição, pois se o desejo de entrarem em Canaã era tão grande, por que então não podiam provar que eram dignos? Por que então não suportarem todas as provas de boca fechada para saírem vitoriosos ao final? 

“E clamou Moisés ao Senhor dizendo: Que farei a este povo? Daqui a pouco me apedrejarão” (Ex 17.4). 

A intenção de Deus, primeiramente, foi de livrá-los da escravidão para receber deles, já no meio do deserto, a adoração, porém não agiam como verdadeiros herdeiros da promessa maior. Por este motivo caminharam por mais de quarenta anos praticamente em círculos.

Moisés estava aflito e disposto a abandonar suas funções. Ficou sem ação, temeu pela vida e não soube o que fazer. Estava de mãos atadas e correndo risco de morte, mas pela sua experiência esperava algo extraordinário de Deus.

O grande líder agiu como nas ocasiões anteriores, pois tratou logo de comunicar a Deus sobre a deplorável situação. Clamar era o único recurso disponível. Ou havia outra intervenção divina ou a dispersão seria questão de tempo.

Clamar era com Moisés mesmo, bastava somente olhar para os montes de onde viria o socorro para todos. Era bom aquele contato particular com Deus. A sua moral aumentava a cada dia, só não via isto quem não queria. Um dia faria uso deste crédito.

 

O LIVRAMENTO

Moisés reuniu alguns anciãos da congregação para que presenciassem mais uma demonstração do poder de Deus. Quem esperava trovões, relâmpagos, chuvas, ao final daquela reunião, se enganou, pois a água foi extraída do local mais improvável, inesperado ou imaginado. Quem em sã consciência poderia estender suas canecas em direção à uma rocha e esperar que dela minasse água?

A água brotou da rocha em pleno deserto e chegou até aos hebreus que aguardavam ansiosos.

Este foi um acontecimento nunca visto ou imaginado por alguém, fato que fortaleceu a liderança de Moisés. Outro livramento dado ao povo e novamente a dificuldade que apareceu durante a caminhada foi resolvida por Deus.

Deus queria, através daquele milagre, fortalecer e não deixar cair por terra a autoridade de Moisés ou deixá-lo desanimar de sua tarefa. Caso isto acontecesse, fatalmente os hebreus revoltosos elegeriam outro líder para guiá-los até Canaã ou levá-los de volta ao Egito. Sem contar que fariam deuses e mais deuses para adorarem neste trajeto que seria de pura derrota. 

“Então disse o Senhor a Moisés: Passa diante do povo, e toma contigo alguns dos anciãos de Israel; e toma na tua mão a tua vara, com que feriste o rio; vai. Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel” (Ex 17.5-6). 

Moisés foi exaltado para que a normalidade voltasse e para que nunca mais intentassem algo, por isto todos foram reunidos para ver como Deus se dirigia a ele.

As murmurações anteriores foram finalizadas com um grande milagre, porém este cenário mudaria logo, pois a repreensão e o castigo pelos erros não tardariam.

Então os hebreus imaginaram que reiniciariam a caminhada em direção à Terra Prometida sem maiores problemas, porém um imprevisto adiara por um breve momento a continuidade da viagem.

Foi justamente neste local que foram atacados pelos amalequitas, os descendentes de Esaú (Gn 36.12-16), pai dos edomitas[1], que atacavam sorrateiramente e sem motivos. Povo cruel, bárbaro, infiel que aproveitava os momentos de fraqueza de seus inimigos (Dt 25.18).

Oficialmente foram os primeiros que ousaram a se colocar como obstáculo entre Israel e a Terra Prometida. Um povo que não desejava os despojos, riquezas, que não queria proteger os cananeus e os povos que habitavam em Canaã e muitos menos queriam escravos, na verdade o interesse deles era espiritual, foram enviados pelo Maligno para impedirem o cumprimento do plano de Deus.

Então refeitos e saciados da sede, Israel lutou como um gigante e enfrentou este seu declarado primeiro inimigo, pois Deus primeiro socorreu para depois permitir o ataque dos amalequitas.

Por ter se colocado entre Israel e a Terra Prometida, os amalequitas caíram nas mãos de Deus, que daquele momento em diante trataria diretamente com eles, até dizimá-los.

Deus havia dito: “Escreva isto num rolo, como memorial, e declare a Josué que farei que os amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu". Este foi o ponto inicial da queda deste povo (Ex 17.14). Todos os embaraços criados durante a história de Israel, nunca caíram no esquecimento. Tão logo entrassem em Canaã, os israelitas deveriam apagar a memória de Amaleque.

Ao longo da história de Israel, os amalequitas foram pouco a pouco sendo dizimados como cumprimento da do que havia sido prometido a Moisés por Deus.

Anos mais tarde Deus ordenou ao rei Saul que exterminasse os amalequitas, porém desobediente e interesseiro, preservou o rei Agague e parte dos tesouros (I Sm 15.2-9).

Outra vítima dos amalequitas foi o rei Davi que sofreu um ataque traiçoeiro, enquanto estava em batalha (I Sm 30.1-2), mas bravamente persegui o inimigo e os feriu.

O rei Ezequias também contribuiu para que todo o mal que os amalequitas fizeram no deserto aos seus antepassados fosse vingado (I Cr 4.42-43).

A rainha Ester também se viu em apuros com Hamã, o agagita, provavelmente um dos descendentes do primeiro escalão real dos amalequitas (Et 3.1). Isto explicaria o seu ódio pelos judeus e deixava claro o modo traiçoeiro com que costumavam atacar seus inimigos, já que Hamã também foi sorrateiro em seu plano.

Depois da vitória sobre os amalequitas, os hebreus então reiniciaram a jornada. Saciados, alegres e confiantes seguiram rumo ao Sinai, onde acamparam, sem imaginarem que estavam prestes a novamente murmurarem contra Deus e seu servo Moisés.



[1] Este povo habitava a região da península do Sinai e se tornaram ferrenhos inimigos de Israel.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Neemias: como sair do anonimato - Capítulo 16

2) OBJETIVO E META

Neemias teve a sua missão, enfrentou a oposição, porque desde o inicio tinha um objetivo e uma meta. O seu objetivo, de início, ficou bem claro no momento em que chegou à cidade. Era a reconstrução, somente isto. Teria muito trabalho. Queria colocar em ordem aquela cidade e para isto dependeria da ajuda dos judeus.

A reconstrução gerou necessidades urgentes que foram percebidas por Neemias, pois disto dependia o sucesso de sua meta. A reconstrução material proporcionou o resgate da Lei e do ensino, dos levitas e sacerdotes, a alegria voltou a reinar na cidade juntamente com o temor a Deus.

A sua meta era oferecer condições para que o maior símbolo religioso de Jerusalém, o Templo, fosse preservado, pois isto representaria a própria preservação da identidade religiosa de Israel.

O Templo destruído simbolizava um povo corrompido, desmotivado, humilhado e sem esperanças, por isto a reconstrução se iniciou por ele, para que todos pudessem exteriorizar o sentimento nacionalista e religioso.

Portanto era necessário que o muro fosse reconstruído, as portas levantadas, o povo e obreiros fossem restaurados, mas acima de tudo, o Templo, lugar onde seriam ouvidos por Deus, deveria estar ali, a disposição, totalmente preservado.

 

3) OPOSIÇÃO:

a) Pessoal:

A oposição, no inicio parecia pessoal (2.10), já que Neemias havia vindo de uma terra distante e mesmo com as cartas do rei, que lhe garantia o trânsito e materiais, deve ter se sentido um peixe fora da água, ainda mais diante da cena grotesca que encontrou. Creio que a cidade estava da mesma forma que Nabucodonosor havia deixado, se não pior. 

A oposição pessoal é até aceitável se imaginarmos que os homens da cidade pudessem se sentir ofendidos com a chegada dele. Que afronta? Seria o mesmo que dizer que não havia homens corajosos, trabalhadores para reerguerem a cidade. 

b) Política:

Talvez a oposição tenha sido política, movida por interesses políticos (2.19). Sambalate, Tobias, Gesém, Jerusalém e Samaria. Quantos interesses envolvidos nesta história?

Duas cidades rivais historicamente (I Rs 12.19). Seria natural pensarmos assim, pois o desenrolar dos fatos direcionavam para esta conclusão. Como Samaria lucraria se Jerusalém continuasse da mesma forma? Quem sabe temiam que a reconstrução pudesse acirrar ainda mais a rivalidade.

Os opositores correram contra o tempo, a todo custo desejaram impedir a reconstrução da princesa das nações (Lm 1.1).

Reconstrução da cidade, chegada de um novo governador, exaltação entre as nações, certamente o império dominante da época favoreceria Jerusalém no futuro. Este era o temor dos opositores samaritanos. 

c) Espiritual:

Aos poucos, o inimigo de nossas almas, começou a revelar a sua intenção nesta história. As zombarias, as tentativas de desanimarem o povo, as mentiras, foram instrumentos usados para impedir a reconstrução da cidade e a sua posterior prosperidade. Não a material, mas a espiritual.

O Maligno sabia que Jerusalém deveria estar preparada para receber o Messias, somente não sabia quando se daria tal evento, por isto deveria correr contra o tempo para impedir.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

Grandes verdades em poucas palavras - 0041

“Depois que você mentiu, é necessário ter boa memória”. Anônimo

“É fácil contar uma mentira, mas não é fácil contar apenas uma”. J. Blanchard

“O pecado tem muitas ferramentas; a mentira é o cabo que serve para todas elas”. Oliver Wendell Holmes

”Uma mentira precisa ser remendada com outra; senão, logo arrebentará”. John Jason Owen

”Os milagres são o grande sino do universo, que chama os homens para ouvir o sermão de Deus”. John Foster

”Os milagres foram para o evangelho o que os selos são para um documento”. William Gurnall

“Deus dá sua ira por peso, mas sua misericórdia sem medida”. Anônimo

“Deus tem duas mãos: a mão direita de misericórdia e a esquerda de justiça”. John Boys”

“Misericórdia e castigo, ambos provêm de Deus, como o mel e o ferrão provêm da abelha”. Thomas Brooks

“Estão mais bem preparados para as maiores misericórdias aqueles que se consideram indignos das menores”. Thomas Watson

“Aquele que exige misericórdia, mas não a demonstra, destrói a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar”. Thomas Adams

“O misericordioso cai nos braços da misericórdia”. J. P. Lange

“A misericórdia dá as costas a quem não tem misericórdia”. Francis Quarles

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Fé e obediência. Abraão, um exemplo para todos os povos.

e

obediência  

Abraão, um exemplo para todos os povos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ailton da Silva

 


                                                SUMÁRIO

 

Apresentação........................................................................ 4

 

1

Abraão, chamada e revelação......................................................... 5

 

2

O primeiro dia depois do “sim”....................................................... 9

 

3

Os primeiros passos de Abraão...................................................... 13

 

4                                                                                                                                       

Homem esperançoso, mulher duvidosa.......................................... 17

 

5                                                                                                                                       

Medo da solidão foi maior que o desejo de obedecer.................... 21

 

6                                                                                                                                       

Não ajunte o homem o que Deus separou...................................... 25

 

7                                                                                                                                       

O preço, os obstáculos e as promessas.......................................... 29

 

8                                                                                                                                       

Promessa feita, promessa cumprida.............................................. 33

 

9                                                                                                                                       

Dois príncipes, duas promessas, dois caminhos........................... 37

 

10                                                                                                                                     

A inversão de posições.................................................................. 41

 

11                                                                                                                                     

Isaque, o sacrifício imperfeito e não consumado........................... 45

 

12                                                                                                                                     

A continuidade do plano. Passagem do comando.......................... 49

 

13                                                                                                                                     

A promoção de Abraão às mansões celestiais................................. 53

 

Referências Bibliográficas............................................................... 57

 

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)