2) OBJETIVO E META
Neemias teve a sua missão, enfrentou a
oposição, porque desde o inicio tinha um objetivo e uma meta. O seu objetivo,
de início, ficou bem claro no momento em que chegou à cidade. Era a
reconstrução, somente isto. Teria muito trabalho. Queria colocar em ordem
aquela cidade e para isto dependeria da ajuda dos judeus.
A reconstrução gerou necessidades
urgentes que foram percebidas por Neemias, pois disto dependia o sucesso de sua
meta. A reconstrução material proporcionou o resgate da Lei e do ensino, dos
levitas e sacerdotes, a alegria voltou a reinar na cidade juntamente com o
temor a Deus.
A sua meta era oferecer condições para
que o maior símbolo religioso de Jerusalém, o Templo, fosse preservado, pois
isto representaria a própria preservação da identidade religiosa de Israel.
O Templo destruído simbolizava um povo
corrompido, desmotivado, humilhado e sem esperanças, por isto a reconstrução se
iniciou por ele, para que todos pudessem exteriorizar o sentimento nacionalista
e religioso.
Portanto era necessário que o muro fosse
reconstruído, as portas levantadas, o povo e obreiros fossem restaurados, mas
acima de tudo, o Templo, lugar onde seriam ouvidos por Deus, deveria estar ali,
a disposição, totalmente preservado.
3) OPOSIÇÃO:
a) Pessoal:
A oposição, no inicio parecia pessoal (2.10), já que Neemias havia vindo de uma terra distante e mesmo com as cartas do rei, que lhe garantia o trânsito e materiais, deve ter se sentido um peixe fora da água, ainda mais diante da cena grotesca que encontrou. Creio que a cidade estava da mesma forma que Nabucodonosor havia deixado, se não pior.
A oposição pessoal é até aceitável se imaginarmos que os homens da cidade pudessem se sentir ofendidos com a chegada dele. Que afronta? Seria o mesmo que dizer que não havia homens corajosos, trabalhadores para reerguerem a cidade.
b) Política:
Talvez a oposição tenha sido política,
movida por interesses políticos (2.19). Sambalate, Tobias, Gesém, Jerusalém e
Samaria. Quantos interesses envolvidos nesta história?
Duas cidades rivais historicamente (I Rs
12.19). Seria natural pensarmos assim, pois o desenrolar dos fatos direcionavam
para esta conclusão. Como Samaria lucraria se Jerusalém continuasse da mesma
forma? Quem sabe temiam que a reconstrução pudesse acirrar ainda mais a
rivalidade.
Os opositores correram contra o tempo, a
todo custo desejaram impedir a reconstrução da princesa das nações (Lm 1.1).
Reconstrução da cidade, chegada de um novo governador, exaltação entre as nações, certamente o império dominante da época favoreceria Jerusalém no futuro. Este era o temor dos opositores samaritanos.
c) Espiritual:
Aos poucos, o inimigo de nossas almas,
começou a revelar a sua intenção nesta história. As zombarias, as tentativas de
desanimarem o povo, as mentiras, foram instrumentos usados para impedir a
reconstrução da cidade e a sua posterior prosperidade. Não a material, mas a
espiritual.
O Maligno sabia que Jerusalém deveria
estar preparada para receber o Messias, somente não sabia quando se daria tal
evento, por isto deveria correr contra o tempo para impedir.
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