III – A IGREJA
MEDIEVAL
1) PROGRESSO PAPAL
O termo
"papa", usado, com respeito para se referir a qualquer bispo,
independente se fosse ou não de Roma, a capital do império, no entanto, os
bispos desta cidade se colocavam em posição de destaque. Aos poucos, os papas
foram se investindo de autoridade monárquica. Segundo a tradição romana, o
primeiro papa da Igreja foi Pedro, sendo seguido por outros.
IV – A REFORMA
PROTESTANTE
1) A PRÉ REFORMA
Nos séculos 14 e 15
surgiram movimentos de protestos contra as práticas e ensinos de lideres da
Igreja medieval. Alguns destes líderes ficaram conhecidos como
pré-reformadores, João
Wycliff (1325-1384), João Huss (1372-1415) e Jerônimo
Savonarola (1452-1498), que lutaram contra as superstições, adoração a santos,
celibato, venda de indulgências, além de se posicionarem contra as
irregularidades e imoralidades do clero.
2) A REFORMA
A Reforma teve inicio na na Alemanha e se espalhou pelo norte da Europa, resultando em desobediência nas Igrejas nacionais que não mais prestaram obediência a Roma. Os principais nomes deste movimento não foram sacerdotes nem monges, mas sim leigos, especialmente na Itália. Históricamente o inicio da grande Reforma, se deu a partir de 31 de outubro de 1517. Martinho Lutero, na manhã desse dia, fixou na porta da Catedral de Wittenberg, um pergaminho contendo as noventa e cinco teses ou declarações, quase todas relacionada com a venda de indulgências e que também atacavam a autoridade papal e sacerdotal. Lutero foi excomungado pelo papa Leão X, em junho de 1520 e seus ensinos foram condenados.
Lutero foi convocado para comparecer ao Concílio Supremo do
Reno e em 1521 foi concedido um salvo-conduto pelo imperador Carlos V para se
retratar. Sua resposta foi: "Aqui estou. Não posso fazer outra coisa. Que
Deus me ajude. Amém." A reforma da
Igreja rapidamente se espalhou. Na Itália e Espanha, os reformadores foram
sufocados impiedosamente. Na França e nos Países-Baixos havia algumas
incertezas, entretanto ao Norte a nova religião se despontava como forte
opositora à Igreja romana.
A Igreja romana, iniciou um esforço para recuperar o espaço
perdido na Europa. A intenção era destruir a fé protestante e enviar missões
católico-romanas a países estrangeiros. Esse movimento foi chamado de
Contra-Reforma. O protestantismo desvinculou as Igrejas de Roma e surgiram
novas Igrejas governadas por si mesmas, assumindo diferentes formas de governo:
episcopal, presbiterianas e congregacionais.
V
– A TRAJETÓRIA DA IGREJA PÓS REFORMA
1) LUTERANOS
Após
a Reforma algumas Igrejas na Alemanha e nos países escandinavos se organizaram
e ficaram conhecidas como Igrejas Luteranas e não se limitaram apenas às suas
fronteiras, pois chegaram aos Estados Unidos, por volta do século XVII. Em 3 de
maio de 1824, foi oficialmente fundada a primeira Igreja luterana no Brasil, em
Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
2) PRESBITERIANOS
Presbiterianismo,
do grego presbyteros, que significa literalmente "ancião", é um
tipo de governo comum as Igrejas protestantes após a Reforma e com forte
influencia principalmente na Suíça, Escócia, Países Baixos, França e porções da Prússia, Irlanda e, mais tarde, nos Estados Unidos.
As Igrejas que adotaram esta forma de administração, em detrimento ao
episcopal, ficaram conhecidas como Igrejas presbiterianas.
3) PURITANOS
Os
puritanos, grupo protestante radical dividido entre si, pois uma parte desejava
a forma presbiteriana de administração das Igrejas e outra parte era a favor de
independência de cada grupo, que ficaram mais tarde conhecidos como
"independentes" ou "congregacionais".
4) METODISTAS
John
Wesley, em 1739 começou a pregar "o testemunho do Espírito" e fundou
sociedades a partir daqueles que aceitavam os seus ensinos. Mais tarde, enviou
pregadores por todos os lugares, principalmente nas colônias norte-americanas.
Os seus seguidores ficaram conhecidos como "metodistas". Na
Inglaterra foram chamados de "metodistas wesleyanos".
5) BATISTAS
Os batistas são congregacionais, ou seja, cada Igreja local é absolutamente independente, fixando suas próprias regras. Sobre a origem, o mais aceito, é que se trata de um grupo de dissidentes ingleses no século XVII, que desejavam liberdade religiosa, porém alguns acreditam que os batistas surgiram do ministério de João Batista, outros acreditam que vieram dos Anabatistas, após a reforma protestante.
6) MOVIMENTO PENTECOSTAL
Dez dias após a ascenção de Cristo ao céu (50 dias após a Páscoa), todos estavam esperando no cenáculo, unânimes, a promessa. Na 3ª hora (9 horas da manhã) deu-se inicio a inauguração do movimento pentecostal (At 2). As nações ouviram a mensagem de Deus e entenderam, cada uma na sua própria língua. Aquela, realmente, foi a festa de Pentecostes, pura gratidão pela colheita iniciada. Assim, a descida do Espírito Santo somente poderia ocorrer, mesmo, nesta festa. Era o começo do movimento e o Espírito Santo sempre esteve relacionado com o mover, como vemos desde a Sua primeira aparição no texto sagrado (Gn 1.2). A expressão pentecostalismo passou a ser utilizada na década de 60, nos Estados Unidos, e serve justamente para distinguirmos os movimentos.
a) Classificação do Pentecostalismo
- 1ª geração ou históricos – Surgidos na primeira década do seculo XX (Assembléia de Deus e CCB);
- 2ª geração - surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo, Casa da Bênção, Deus é Amor);
- Neo-igrejas pentecostais (novas igrejas pentecostais e não novo pentecostes) – surgido a partir da década de setenta sendo a principal a Universal do Reino de Deus. Estes novos movimentos se baseiam em uma doutrina conhecida como a confissão positiva, também chamada Teologia da Prosperidade.
Os neopentecostais formam um grupo coexistente com os
pentecostais, mas com uma identidade distinta. Possuem uma forma muito
sobrenaturalista de encarar sua vida religiosa, com ênfase na busca de
revelações diretas da parte de Deus, de curas milagrosas para doenças e uma
intensa batalha espiritual. São mais flexíveis em questões de costumes em
relação aos Pentecostais tradicionais, mas são oriundos de diissidências, com
forte apelo esotérico e místico, além de praticarem o sincretismo religioso. Incorporam em suas
liturgias práticas místicas e antibiblicas.
b) O verdadeiro pentecostalismo
- Aceitam a soberania e os mistérios de Deus (At 2.2-13);
- Conservam e aplicam com pureza a sã doutrina (At 2.42);
- Acreditam na atualidade da concessão e uso dos dons Espirituais;
- Cumprem o “ide” sem restrições, com coragem (At 2.14);
- Comprometimento com a santidade e aperfeiçoamento dos santos;
- Aguardam nas promessas de Deus (Lc
24.49);
- Obedecem aos mandamentos de Deus (At
2.1). Ao permanecerem reunidos no mesmo lugar anularam a vontade própria;
- Cresce numericamente e em qualidade (At 2.37-42). As conversões vieram pela pregação de Pedro
e não pelas línguas estranhas.
c) Doutrinas cristãs pentecostais básicas
- Pecado original, pena eterna, salvação pela fé e santificação;
- Ênfase a doutrina do batismo com o Espírito Santo e dons espirituais;
- Aproveitamento do leigo na igreja com oportunidades e testemunhos;
- Cânticos acompanhados ou não por palmas;
- Doutrinas escatológicas;
- Arrebatamento da igreja antes da Grande tribulação;
- Vinda de Jesus em duas fases distintas;
- Algumas Igrejas são rigorosas nos usos e costumes.
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