d) Institucionalização da idolatria:
A união de Acabe com Jezabel demonstrou
logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe levantou um altar a
Baal, na casa que edificara em Samaria (I Rs 16.32). A idolatria em Israel foi
institucionalizada no momento em que Acabe fez um poste-ídolo para irritar ao
Senhor, Deus de Israel, mais do que todos os reis que foram antes dele (I Rs
16.33). O culto a Baal (I Rs 18.18) acabou se tornando religião em Israel.
e) As consequências da idolatria em Israel:
Israel estava perdendo sua identidade
nacional e também a espiritual. Até quando coxeariam entre dois pensamentos?
Faziam parte da nação eleita por Deus (Ex 19.5), portanto não poderiam permanecer
naquele estado.
A adoração a Baal foi tão bem difundida pela
casa real que o povo estava totalmente dividido. Aquilo era uma grande ameaça
para a espiritualidade do povo, afinal quem deveria ser adorado, Baal ou o
Senhor?
A nação que sempre fora identificada pelo
nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade e
consequentemente a comunhão.
No tempo de Jeroboão, Israel adorava bezerros
(I Rs 12.28) e aceitava o serviço sacerdotal de quem não era comissionado e
chamado (I Rs 12.31). Adoravam a Deus enganados pelo próprio rei, tal como estava
acontecendo nos dias de Acabe.
É neste cenário que aparece a figura do
profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (I Rs 17.1;
18.1). Deus enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à
nação.
Este juízo humilhava Baal, que segundo a
crença de seus adoradores controlava as chuvas e era responsável pela
abundância nas colheitas. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e
Baal, que atingiu o seu clímax no Monte Carmelo.
f) A situação inevitável:
A apostasia era bem real no reino do
Norte e espalhou por toda a nação. Os israelitas abandonaram a adoração devida
ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.
Acabe foi um mau rei (I Rs 16.30), pois
preferiu seguir os maus exemplos, se vendendo para fazer o que era mal perante
o Senhor (I Rs 21.20), instigado por sua esposa, a rainha Jezabel (I Rs 21.25).
No entanto, Acabe se contristou quando
foi repreendido pelo profeta, rasgou suas vestes e usou pano de saco, em sinal
de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37.34; II Sm 3.31; II Rs 6.30; Lm
2.10; Jl 1.13), mas parece que foi um arrependimento tardio (I Rs 21.17-29),
mesmo assim Deus reviu a punição que tinha decretado (I Rs 21.21-24), adiando
desta forma a penalidade por uma geração.
A apostasia no reino do Norte pôs em
perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com
Jezabel demonstrou ser nociva para todos.
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