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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Prefiro murmurar no deserto. As dez murmurações do primogênito. Capítulo 7

O LIVRAMENTO

Não murmuraram contra Moisés, mas sim contra Deus, aborrecendo-o profundamente, pois tocaram na menina de seus olhos quando questionarem a autoridade do líder, por isto a sentença dada a Miriã serviria de exemplo a todos. 

“E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham” (Nm 12.14). 

Deus tinha todos os motivos para consumir Miriã, Arão e todo o povo ali mesmo em pleno deserto, porém não o fez em virtude do clamor de Moisés. Receberam mais um livramento, mas presenciaram uma pequena demonstração da ira de Deus, pois viram lepra atacar a murmuradora,

A aplicação desta pena sensibilizou o povo e serviu de exemplo. Realmente havia sido pouco para tão grande afronta. Ainda saíram no lucro.

Mas ainda faltava algo. A autoridade de Moisés não poderia ser maculada, por isto Deus resolveu o problema, confirmou que seu servo estava sob suas ordens, não restando mais brechas para desconfiança. 

 “Agora escutem o que vou dizer. Quando há profetas entre vocês, eu apareço a eles em visões e falo com eles em sonhos. Com o meu servo Moisés é diferente, pois eu o coloquei como responsável por todo o meu povo. Pois eu falo com ele face a face, claramente, e não por meio de comparações; ele até já viu a minha forma! Como é que vocês se atrevem a falar contra o meu servo Moisés?” (Nm 12.6-8 - NTLH). 

Moisés era o único capaz e com o aval de Deus para exercer autoridade sobre aquele povo. Arão reconheceu isto (Nm 12.11), depois que viu sua irmã leprosa, por terem, os dois se levantado contra o líder. 

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Que mistério é este?

No céu teremos lembrança dos pais, família, amigos e conhecidos? Se não houvesse a lembrança não seria tão valorizado aqui na Terra. Por exemplo:

 

Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os teus dias na terra” (Ex 20.12).


Já no céu foi destacada a importância de “Pai e Filho”. O Filho honrou o Pai na Terra e vice-versa. E o que dizer da menção feita ao pai Abraão, Isaque e Jacó?

 

“Este é o meu Filho amado...Pai, graças te dou”.


 Mas o que dizer das lembranças de outros laços?

  • Os viúvos que casaram novamente e honraram da mesma forma seus cônjuges?
  • Os que contraíram matrimônio mais de uma vez e honraram da mesma forma?
  • Os que foram vitimas de adultérios que se sentiram livres para outras relações?

O que pesa mais, em relação à lembranças, é o fato de reconhecermos pessoas, mas em que fisionomia, com qual aparência?

Apesar que somos sabedores que teremos novos corpos, seremos enfim e de novo, novas criaturas. 

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Grandes verdades em poucas palavras - 0050

O diabo nos quer ter sempre atravessando torrentes que não existem”. Anônimo

Preocupação são os juros que pagamos sobre os problemas de amanhã”. Anônimo

A preocupação com o amanhã lança sombras sobre a luz do sol de hoje”. Anônimo

A preocupação é uma intromissão na providência de Deus”. John Edmund Haggai

Nunca tente carregar mais de um tipo de preocupação ao mesmo tempo. Algumas pessoas carregam três: todas as que tiveram, todas as que agora têm e todas as que esperam ter”. Edward Everett Hale

Preocupação é pecado contra o cuidado amoroso do Pai”. E. Stanley Jones

A preocupação tem uma imaginação fértil”. D. M. Lloyd-Jones

Um dia de preocupação é mais exaustivo do que uma semana de trabalho”. John Lubbock

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Fé e obediência. Abraão, um exemplo para todos os povos. Capítulo 3

3) A fé que moveu

Decisão tomada, fé fortalecida e esperança aflorada, o que mais seria necessário para que a trajetória espiritual vitoriosa de Abraão tivesse inicio?

Os primeiros passos de um homem com Deus são caracterizados pelo exercício da fé e com Abraão não foi diferente.

Sair para o desconhecido, deixar recursos materiais para trás, confiar em promessas divinas, isto colocou Abraão em um patamar acima dos outros humanos no que diz respeito ao exercício da fé. Uma atitude jamais vista em toda a história da raça humana.

 

4) A fé que nunca teve

Abraão nunca demonstrou fé ou sequer fez uso deste valioso instrumento enquanto esteve em meio à sua parentela, rodeado de recursos e possibilidades, mesmo porque não houve motivos para tal.

A sua esperança, até então, esteve depositada no material, somente no que podia ver. A fé que nunca demonstrou em condições normais de vida, seria então exercitada, pois estaria esperando algo que não estava vendo (Hb 11.1).

A sua resposta foi sincera, verdadeira e com muita responsabilidade, pois esteve em suas mãos o futuro não somente de sua família, mas de todas as gerações. 

continua...

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Missiologia - aula 2

14) PAULO - O MAIOR MISSIONÁRIO DO CRISTIANISMO

O Apóstolo Paulo é, indiscutivelmente, o maior missionário que o cristianismo já teve. Quando ele se converteu no caminho de Damasco, Deus disse para Ananias. "Este é para mim um vaso escolhido, para levar meu nome perante os gentios e os reis, bem como, perante os filhos de Israel" (Atos 9.15). O chamado de Paulo foi completo. Ele seria missionário perante autoridades religiosas, civis e militares, perante ricos e pobres, perante ignorantes e intelectuais, gentios e israelitas. No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos Paulo evangelizando todos esses tipos de pessoas; desde o ignorante Demétrio até os sábios e filósofos epicureus e estóicos; de pessoas pobres da Judéia até as de alta posição em Beréia, desde o falso profeta Elimas até o proconsul Sérgio Paulo; da plebe do Império até o comandante de tropas Cláudio Lísia, desde o fariseu até o presidente do Sinédrio. 

Deus percebeu que os doze apóstolos não estavam cumprindo corretamente a grande comissão, pois só queriam ficar em Jerusalém. Foi neste momento que Jesus apareceu a Paulo, no caminho de Damasco, e o chamou para ser o grande apóstolo missionário entre os judeus dispersos e gentios do vasto Império Romano, naquela época.

 

15) A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

A Igreja de Antioquia se tornou a primeira a fazer missões transculturais. Durante uma consagração de jejum e oração, disse o Espírito Santo. "Separai-me agora, a Barnabé e a Paulo para a obra que eu os tenho chamado" (Atos 13. 2). Em sua primeira viagem, Paulo passou por várias províncias da Ásia Menor, tais como. Salamina e Pafos, na ilha de Chipre, Antioquia e Icônio, em Listra e Derbe, na Licônia. Sendo essa a primeira viagem missionária, feita antes do Concílio de Jerusalém, no ano 50 d.C..

 

16) A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Após o Concílio de Jerusalém, Paulo empreendeu sua segunda viagem missionária, visitando as Igrejas dos Continentes, as quais foram estabelecidas na primeira viagem. Foi até as costas do Mar Egeu, Trôade, antiga cidade de Tróia, viajou para Europa, estabelecendo Igrejas em Felipos, Tessalônica e Beréia, na província da Macedônia. Foi a Atenas , a cidade culta da Grécia, e estabeleceu uma viagem bastante forte em Corinto. Por fim encerrou essa segunda viagem com uma breve visita a Éfeso, na Ásia Menor.

 

17) TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Esta terceira viagem do apóstolo foi muito longa, partindo de Antioquia, Galácia e Frígia, permaneceu dois anos em Éfeso, passando novamente pela Macedônia. Na Grécia prega um sermão em Trôade, onde na unção de Deus, ressuscita um jovem que havia caído do terceiro andar. Despede-se dos Anciãos em Éfeso, passa por Tiro, Cesaréia e chega à Jerusalém. Após ser salvo de um complô armado pelos judeus, é resgatado para Cesárea, onde apresenta sua defesa perante os governadores Félix, Festo e o rei Agripa, quando então, apela para César, e é enviado para Roma.

Na viagem para Roma, seguiu em um navio com 276 pessoas, e sofre um naufrágio, porém todos chegam salvos, numa ilha chamada Malta, por ali permanece três meses, evangelizando aquele povo e os ganhando para Cristo, inclusive o chefe da ilha. Após sua partida, chega à Roma, onde dali escreve seis Epístolas, que são. Efésios, Filipenses, Colossenses, Gálatas, Romanos e Filemom.

 

18) QUARTA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Em Roma, Paulo esteve preso por cerca de dois anos, e durante três ou quatro anos em que esteve em liberdade, empreendeu sua quarta e última viagem missionária. Esteve em Nicápoles, no mar Adriático, onde a tradição afirma que Paulo foi preso e levado de volta para Roma, sendo ali martirizado no ano de 68 d.C.. Entretanto, o apóstolo teve 33 anos de ministério. A obra missionária era tão forte na vida de Paulo, que ele considerava como uma obrigação (I Co. 9. 16). Paulo apesar de morto, deixou-nos sua teologia imortal, o maior legado que a Igreja pode ter. Foi o autor de um dos maiores tratados de missões transculturais. "Como ouvirão, senão há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?" (Romanos 10. 14-15). "Pois sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes, por isto, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o Evangelho também a vós, em Roma" (Rm 1.14-15).

 

19) A FINALIDADE DE MISSÃO

A finalidade principal de missão é apresentar a gloria de Deus, seguida da salvação aos homens, que precisam ser livres das consequências do pecado. O pecado coloca o homem em conflito com Deus, consigo mesmo, com os outros e com a natureza. Por isso o trabalho missionário prega o Evangelho e funda igreja para que as pessoas tenham um novo relacionamento com Deus.  

continua...

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

domingo, 26 de dezembro de 2021

Os patriarcas. Coincidências ou repetições da história? – Capítulo 16

Quarto patriarca

José ao perdoar seus irmãos deu também uma grande demonstração de amor, pois sabia que todo o seu sofrimento teve a participação deles, mas não se vingou tão logo os reconheceu. Entendeu que tudo o que havia acontecido, após a sua saída da cova, foi como uma preparação para o reencontro com sua família e necessário para continuidade do plano de Deus.

Depois daquela separação brusca e trágica foi preciso uni-los novamente, por isso Deus elaborou um plano, capacitando José e transformando os irmãos, que então reconheceram sua autoridade.

Isto fazia parte dos planos de Deus e deveria acontecer, mesmo que boa parte da humanidade pagasse com suas vidas, pois muitos sofreram e morreram. Se não houvesse ocorrido este período de fome, certamente José não teria sido nomeado governador, conhecido e respeitado naquela região e tampouco os seus irmãos se deslocariam ao Egito.

José, o homem certo na hora e no lugar certo. Apenas uma nação seria capaz de se preparar para enfrentar tamanha calamidade e somente um homem, temente, sério, digno, honesto e justo poderia administrar aquela situação. O certo é que entre os egípcios não havia nenhum com este perfil, por isso foi necessário que Deus elegesse outro, na verdade, foi uma recompensa, a forma correta de se exaltar um humilhado.

Deus precisava de José naquele lugar e naquele período de sua vida. Não havia outro capaz de desempenhar tal função, mas se mostrasse fraco ou infiel outro seria levantado em seu lugar, por isto Deus não permitiu que aquele patriarca voltasse para sua casa, pobre, escravo, sem perspectivas e com os mesmos problemas com os irmãos.

Após a morte do pai os irmãos temeram, pois seria o momento ideal para a vingança, mas novamente foram surpreendidos. Então viveram em paz e consolados.

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Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

sábado, 25 de dezembro de 2021

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 2

d) Institucionalização da idolatria:

A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe levantou um altar a Baal, na casa que edificara em Samaria (I Rs 16.32). A idolatria em Israel foi institucionalizada no momento em que Acabe fez um poste-ídolo para irritar ao Senhor, Deus de Israel, mais do que todos os reis que foram antes dele (I Rs 16.33). O culto a Baal (I Rs 18.18) acabou se tornando religião em Israel.

 

e) As consequências da idolatria em Israel:

Israel estava perdendo sua identidade nacional e também a espiritual. Até quando coxeariam entre dois pensamentos? Faziam parte da nação eleita por Deus (Ex 19.5), portanto não poderiam permanecer naquele estado.

A adoração a Baal foi tão bem difundida pela casa real que o povo estava totalmente dividido. Aquilo era uma grande ameaça para a espiritualidade do povo, afinal quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor?

A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade e consequentemente a comunhão.

No tempo de Jeroboão, Israel adorava bezerros (I Rs 12.28) e aceitava o serviço sacerdotal de quem não era comissionado e chamado (I Rs 12.31). Adoravam a Deus enganados pelo próprio rei, tal como estava acontecendo nos dias de Acabe.

É neste cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (I Rs 17.1; 18.1). Deus enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação.

Este juízo humilhava Baal, que segundo a crença de seus adoradores controlava as chuvas e era responsável pela abundância nas colheitas. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e Baal, que atingiu o seu clímax no Monte Carmelo.

 

f) A situação inevitável:

A apostasia era bem real no reino do Norte e espalhou por toda a nação. Os israelitas abandonaram a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.

Acabe foi um mau rei (I Rs 16.30), pois preferiu seguir os maus exemplos, se vendendo para fazer o que era mal perante o Senhor (I Rs 21.20), instigado por sua esposa, a rainha Jezabel (I Rs 21.25).

No entanto, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, rasgou suas vestes e usou pano de saco, em sinal de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37.34; II Sm 3.31; II Rs 6.30; Lm 2.10; Jl 1.13), mas parece que foi um arrependimento tardio (I Rs 21.17-29), mesmo assim Deus reviu a punição que tinha decretado (I Rs 21.21-24), adiando desta forma a penalidade por uma geração.

A apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel demonstrou ser nociva para todos.

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Prefiro murmurar no deserto. As dez murmurações do primogênito. Capítulo 7

O CLAMOR

Deus reuniu os três à frente da tenda da congregação para dar testemunho público da liderança de Moisés, para fortalecê-lo diante do povo e para que todos vissem a forma como os murmuradores Miriã e Arão seriam punidos pelo erro, porém antes da punição, o líder clamaria em favor de todos.

Quando Arão presenciou a cena, tratou logo de confessar o seu pecado e de sua irmã e pediu a Moisés que intercedesse em favor deles. Os dois agiram loucamente e não perceberam a magnitude do erro, mas ainda havia tempo para corrigir aquela situação, pelo menos imaginavam isto e esperavam ansiosamente pelo livramento. 

“E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. Por isso Arão disse a Moisés: Ai, senhor meu, não ponhas sobre nós este pecado, pois agimos loucamente, e temos pecado. Ora, não seja ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, a metade da sua carne já esteja consumida. Clamou, pois, Moisés ao SENHOR, dizendo: O Deus, rogo-te que a cures” (Nm 12.10-13). 

Moisés clamou por Miriã, porém a preocupação maior era para que a ira de Deus não atingisse o povo, que partidariamente se aliaram aos murmuradores, na esperança de benefícios. Esperar o que deles? Sempre pendiam para o lado que pudesse proporcionar algo em troca.

O clamor que primeiramente era para os dois murmuradores, logo se estendeu ao restante do povo, pois foram contaminados por aquele erro.

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Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Céu, lindo céu


“Uma vez salvo, salvo para sempre”? 
Sim! 
Mas isto somente depois que você for arrebatado. 
Ai sim ninguém tomará a tua coroa. 
Antes disto; “vigie para não cair”.

No céu não haverá choro, 

pois não haverá motivos para chorar. 

Não haverá tristeza, angustia, 

solidão, dor, morte, traição etc...


 

Haverá fome no céu? 

Sim!

principalmente no dia das bodas do Cordeiro. Hum......

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Grandes verdades em poucas palavras - 0049

“Coloque o feno ao alcance das ovelhas”. Clovis Chappell

“Procure atingir o coração, não ferir a pele”. Jerônimo

“O pregador deve conhecer quatro coisas: sua época, sua Bíblia, seu Deus e a si mesmo”. Joseph Sizzoo

Três coisas compõem um pregador: leitura, oração e tentação”.  John Trapp

Algumas vezes, Deus abençoa uma exegese pobre de uma versão ruim de uma tradução duvidosa de um versículo obscuro de um profeta menor!” Anônimo

Pregar é um trabalho desgastante e doloroso”. Thomas Brooks

Um mensageiro preparado é mais importante do que uma mensagem preparada”. Robert Munger


Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Fé e obediência. Abraão, um exemplo para todos os povos. Capítulo 3

Os primeiros passos de Abraão 

Algumas das promessas entregues a Abraão se cumpririam ao longo de sua vida e outras no porvir. A trajetória espiritual de Abraão teria início a partir de sua decisão em seguir viagem, que se caracterizaria pelo seu primeiro passo em direção à nova realidade de vida, que transcendia o entendimento humano da época.

 

1)  Uma decisão difícil

Largar tudo para iniciar uma trajetória a partir das revelações, tendo somente a esperança como justificativa, acabou se tornando em um grande dilema para Abraão. A sua decisão não poderia ser prorrogada. Qualquer um, em qualquer época, pensaria nos benéficos e nas perdas. Em termos materiais era muito que estava sendo deixado, porém o que seria entregue não poderia, em hipótese alguma, ser comparado ou sequer ser cogitado como opção de troca.

 

2) O adeus a Ur

Abraão já era uma nova criatura, não havia mais como ser negado. O encontro com Deus já havia surtido efeito. Um novo homem, com atitudes que o diferenciava dos outros. Portanto, diante das promessas de Deus e da novidade de vida era evidente que aquela cidade não tinha mais condições e não oferecia nada que pudesse segurar Abraão. O adeus foi inevitável e necessário.

continua...

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Missiologia - aula 1

MISSIOLOGIA

1) DEFINIÇÃO

Missiologia é a ciência que estuda a Grande Comissão dada por Jesus à sua Igreja. Trata-se do estudo da obra missionária, tanto no sentido nacional, quanto transcultural (Mt 28. 19; Mc 16. 15; At 1. 8). Seu destaque é a obra de evangelização dos povos, a grande tarefa da Igreja. O interesse de Deus é que todos os povos, raças, tribos e línguas sejam alcançados pela Palavra. Para tanto a Igreja deve estabelecer estratégias e parâmetros para cumprir sua tarefa.

Uma vez alcançados, pela Igreja, torna-se necessário que estes povos sejam feitos discípulos, seguidores de Jesus e separados do mundo para observarem os seus mandamentos, sem destruírem cada qual sua cultura.

 

2) NAÇÃO, POVOS E ETNIAS

  • Nação é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, que falam o mesmo idioma e tem os mesmos costumes, formando assim, um povo;
  • País é uma nação politicamente definida;
  • Etnia é um povo culturalmente definido pela mesma origem, com uma língua e culturas próprias.

 

3) DEUS, O PRIMEIRO MISSIONÁRIO

Deus escolheu o homem de forma especial, formando-o à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-28) e o colocou para habitar no Éden, no entanto, o pecado original criou a barreira entre o Criador e a criatura. Então Deus visitou o Éden e proclamou a primeira mensagem evangelística, se tornando o primeiro missionário (Gn 3.15). O Pai anunciou a obra redentora do Filho.

 

4) JESUS, O MISSIONÁRIO ENVIADO POR DEUS

Deus enviou seu Filho para construir a história da redenção humana em uma inexplicável expressão de amor, a ponto, do apóstolo João, que soube tão bem descrever a cena apoteótica do amor de Deus, ter usado a expressão “de tal maneira”, como uma forma de tentar explicar a profundidade do amor de Deus ao mundo. Amor este que ultrapassa as fronteiras culturais, racionais e linguísticas e não se restringindo a uma raça, nação ou grupo cultural especifico.

 

5) ESPÍRITO SANTO, O PROPAGADOR DAS MISSÕES

Após terem sido cheios do Espírito Santo, o mundo foi alcançado pela pregação do Evangelho, e isso se deve ao grande propagador de missões, o Espírito Santo. É ele o maior incentivador da obra missionária, pois impulsiona, encoraja e chama os missionários (At 13.2). A missão do Espírito Santo é chamar os missionários, como também é convencer o mundo do pecado da justiça e do juízo (Jo 16.8).

 

6) BÍBLIA, O LIVRO MISSIONÁRIO

Sem a Bíblia, a evangelização do mundo seria não só impossível, mas também inconcebível. Ela nos dá o mandato, o modelo e o poder para evangelização do mundo. A Bíblia não apenas contém o Evangelho, como ela é o próprio Evangelho (boas novas). Através dela, Deus está evangelizando. A Bíblia é o manual do missionário, sem ela não há salvação. “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus" (Rm 10.17). ”E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32), portanto a Bíblia é a ferramenta inseparável do bom soldado (Js 1.8).

 

7) MISSÕES NO ANTIGO TESTAMENTO

Deus é um Deus missionário e o maior exemplo de missões no Antigo Testamento, começa com o chamado de Abrãao, cerca de quatro mil anos atrás. A grande promessa feita a Abraão se divide em três aspectos principais:

  • A promessa de uma terra confirmada por Deus (Gn 13.15);
  • A promessa de uma benção (Gn 12.1-4);
  • A promessa de uma posteridade (Gl 3.29).

 

8) O CHAMADO MISSIONÁRIO DE ISRAEL

Muitos acham que a visão missionária não soa tanto no Antigo Testamento. Isso se dá pelo fato de muitos não compreenderem que Deus estava preparando a nação de Israel como luz do mundo em meio aquele mundo pagão (Êx 19.4-6; Sl 67; Gn 12.1-3). O plano de Deus era usar Israel como intercessor das demais nações. Quando o Mar Vermelho e o Rio Jordão foram abertos para os hebreus, todas as nações temeram.

 

9) MISSÕES NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento, nos é apresentado Jesus, o Salvador do mundo. Do inicio ao fim, o Novo Testamento é um livro de Missões. O Evangelho anuncia a chegada definitiva do reino dos céus, o livro de Atos dos Apóstolos anuncia a propagação deste reino e as Epistolas são instrumentos reais e autênticos do trabalho missionário dos apóstolos às Igrejas recém-inauguradas.

 

10) A GRANDE COMISSÃO

Na criação do mundo, Deus fez tudo sozinho, mas na nova criação somos cooperadores de Deus em sua missão. O grande Deus nos dá o privilegio de cooperar com Ele em sua obra. Nesta obra Deus inclui a igreja e ordena que façamos certos trabalhos, um destes trabalhos é a pregação do Evangelho.

O alvo da missão é fazer discípulos em todas as nações. Os discípulos são seguidores obedientes que aprendem a obediência a Cristo na igreja local. Fazer discípulos é um trabalho exigente, porque leva as pessoas a serem seguidores e obedientes.

Após a ressurreição, o Senhor Jesus Cristo priorizou três ordens aos discípulos, a saber. "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc. 16. 15). "Ide, portanto fazei discípulos de todas as nações" (Mt. 28. 19). "E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém..., até aos confins da terra". (At. 1. 8). Estas três passagens bíblicas são suficientes para descrever as prioridades do Senhor Jesus, que é a evangelização do mundo. A ordem de Jesus aos seus discípulos foi clara e direta (Mc 16”15-18):

  • Ele não rodeou;
  • Não usou de subterfúgios;
  • Não usou mensagens subliminares;
  • Não deixou sombras ou variações de dúvidas;
  • Não deixou material farto para estudo, revelação ou matéria prima para especulação doutrinaria.

Ele declarou o alvo, destacou a responsabilidade e comissionou à Igreja uma grande tarefa, fazer missões. Esta é a sua principal função nesta Terra. A igreja, como Israel antigamente, deve atrair o mundo a Palavra de Deus, mas também deve ir a todas as nações e a ter uma vida comunitária que atraia o mundo, pois o mundo precisa ver as bênçãos de Deus na igreja. Essa benção será visível na união dos crentes (Jo 13.35).

 

11) A IGREJA PRIMITIVA CUMPRINDO A GRANDE COMISSÃO

No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos a resposta para a pergunta feita acima. Milhões de cristãos julgam que o livro de Atos dos Apóstolos e o de Lucas registram a obediência dos doze Apóstolos à grande comissão. Mas, na verdade relatam a relutância dos mesmos em obedecê-la. Sabemos que os judeus sempre foram exclusivistas e este foi o grande obstáculo para a realização da grande comissão. Parece-nos que os doze apóstolos não entenderam a missão outorgada por Jesus a eles. Percebemos isso quando Cornélio mandou mensageiros buscarem a Pedro. Se não fosse a advertência que o Senhor havia feito a Pedro, através da visão do lençol (At 10.9-16), ele não teria aceitado ir anunciar o Evangelho, pela primeira vez, aos gentios.

O próprio Espírito de Deus advertiu a Pedro, dizendo. “Levanta-te, pois e desce e vai com eles, nada duvidando, porque eu os enviei” (At 10.20). Quando chegou ao conhecimento dos apóstolos, em Jerusalém, e dos crentes, na Judéia, que Pedro havia pregado aos gentios, começaram a criticá-lo por sua atitude. Agora pergunto: Será que eles já haviam esquecido que Jesus disse. "Ide até os confins da terra"? Na verdade queriam que o Evangelho ficasse restrito somente aos judeus. Vejamos o que diz Gálatas 3. 26 -28. "Portanto os judeus e os gentios são unidos por Deus pelo sacrifício da morte de Cristo na cruz do calvário". 

 

12) ANTIOQUIA – A IGREJA MISSIONÁRIA

A obra missionária urgia nos corações dos crentes primitivos e não havia mais tempo para espera. Jerusalém não dava mostra do ardor e desejo missionário, por isto Deus levantou outros, de onde não se esperavam, ou sequer imaginavam, pois se tratava de uma Igreja recém formada de gentios (objeto de preocupação e estudo dos apóstolos de Jerusalém).

Esta Igreja, após as práticas do jejum e oração, separou Barnabé e Saulo para a obra missionária e os enviou ao vasto campo indicado na grande comissão. Isto transformou esta Igreja no centro de missões da Igreja primitiva. Antioquia por duas vezes assombrou a Igreja de Jerusalém, primeiro com as conversões dos gentios e depois com a sua sede missionária.

 

13) PANORAMA MISSIONÁRIO EM ATOS DOS APÓSTOLOS

  • Atos 01 - Antes da ascensão, Jesus traça o perfil geográfico da obra missionária, começando por Jerusalém, Samaria, Judéia e até os confins da terra (At 1.8).
  • Atos 02 - No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desce sobre os primeiros 120 membros da Igreja local, fundada por Cristo. Neste dia, houve a conversão de quase três mil almas;
  • Atos 03 - A Igreja primitiva já se encontrava com mais de 3.000 membros. Era um exército de gente, cheio do Espírito Santo, disseminando a semente por todas as regiões;
  • Atos 04 - O resultado dessa disseminação, referida no capítulo três já é notado neste capítulo, pois a Igreja de Cristo já ultrapassa a marca de 5.000 membros. Este crescimento começa assustar as autoridades, a ponto de Pedro e João comparecerem no Sinédrio e serem proibidos de falar o Nome de Jesus;
  • Atos 05 - A Igreja primitiva cumpre a primeira parte missionária que Jesus havia determinado, pois toda a Judéia já havia sido evangelizada;
  • Atos 06 - São consagrados sete diáconos para servir a Igreja. Até mesmo, muitos dos sacerdotes que perseguiram o Senhor Jesus, se convertiam a Deus. A Igreja crescia de forma tal, que as autoridades, mesmo com as astúcias do inimigo, não podiam mais controlar nem frear seu desenvolvimento. A obra missionária tinha força de gigante, e o povo cumpria com alegria os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo;
  • Atos 07 - Após uma exposição poderosa das Escrituras e debaixo de muita unção, o diácono Estevão foi expulso da cidade e apedrejado, mas, mesmo diante de tanta intempérie do adversário, seguiu o exemplo de Cristo e perdoou os seus executores (At 7.60). Tornou-se o 1° mártir do cristianismo. Parece ter sido a sementeira que o Evangelho precisava para crescer ainda mais;
  • Atos 08 - A Igreja primitiva cumpre a segunda parte do perfil missionário geográfico ensinado por Jesus, e toda a Samaria é evangelizada pelo poder da pregação do diácono Felipe (At 8.6);
  • Atos 09 - Acontece a conversão do homem considerado como o maior missionário da História, o apóstolo Paulo. Esse Missionário traria muitos benefícios ao cristianismo;
  • Atos 10 - O apóstolo Pedro recebe uma visão divina de missões transculturais, e em obediência àquela visão, leva o Evangelho de Cristo aos gentios, na casa de Cornélio;
  • Atos 11 - O Evangelho cresce entre os gentios, toma os rumos de Antioquia, a terceira cidade mais importante do Império Romano, com cerca de 500.000 habitantes. Os discípulos são chamados, pela primeira vez de cristãos, pois se pareciam com Cristo;
  • Atos 12 - O crescimento evangélico incomoda as autoridades. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, manda matar Tiago, o primeiro dos Apóstolos a ser morto, e lança na prisão a Pedro, mas esse é liberto milagrosamente da prisão. Herodes Agripa I morre comido de bicho, por não dar glória a Deus;
  • Atos 13 - A Igreja de Antioquia torna-se a primeira Igreja Gentílica, com a visão de missões transculturais, e envia os seus dois primeiros missionários. Paulo e Barnabé;
  • Atos 14 - É grande o resultado obtido por Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária, fundando Igrejas fortes na província da Galácía. Em qualquer lugar que passassem, deixavam Igrejas formadas;
  • Atos 15 - Primeiro Concílio realizado em Jerusalém pelos apóstolos, dando incentivo ao impulso da obra missionária aos gentios;
  • Atos 16 - A Igreja atinge a terceira meta do perfil missionário geográfico ensinado por Jesus, e toda a Judéia e Ásia já haviam sido evangelizadas. A visão transcultural de Paulo é ampliada em Trôade, e o Evangelho chega à Europa. Lídia é a primeira convertida, na viagem de Paulo à Europa;
  • Atos 17 - Paulo e Silas fundam duas Igrejas fortes. uma em Tessalônica e a outra em Beréia. Depois partem para Atenas, capital mundial da filosofia, e evangelizam os filósofos Epicureus e Estóicos no Areópago de Atenas, capital da Grécia;
  • Atos 18 - O Apóstolo Paulo funda uma Igreja forte em Corinto, cidade comercial da Grécia, e conclui a segunda viagem missionária, iniciando logo após essa, sua terceira viagem missionária;
  • Atos 19 - Paulo chega a Éfeso, cidade comercial da Ásia Menor e ali permanece dois anos, dando aula na escola de Tirano. Funda, nesta cidade, uma Igreja bem sólida e teologicamente bem preparada;
  • Atos 20 - Paulo passa novamente a Macedônia e Grécia, fortalecendo as Igrejas fundadas por ele nas suas primeiras viagens missionárias;
  • Atos 21 - Paulo é avisado pelo profeta Ágabo, que se fosse a Jerusalém seria preso, mas decidido, foi à Jerusalém. Lá chegando reuniu-se com seus anciãos e fez um relato do que Deus havia feito através da sua vida aos gentios. No dia seguinte, entra no templo e cumprindo-se a profecia, é preso.
  • Atos 22 - Após sua prisão no templo, faz um grande discurso em sua defesa e dá testemunho de sua conversão no caminho de Damasco, e afirma seu chamado por Deus para pregar aos gentios (v. 21);
  • Atos 23 - O perseguidor é perseguido, Paulo que, quando membro do Sinédrio, consentiu na morte de Estevão, agora é julgado perante o Sinédrio por causa do Evangelho;
  • Atos 24 - O apóstolo prega com autoridade e poder perante o Governador Félix, e este fica atemorizado;
  • Atos 25 - Deus cumpre na vida de Paulo o que disse através da vida de Ananias, no ato de sua conversão. "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar meu nome perante aos gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel" (Atos 9. 15);
  • Atos 26 - Perante as autoridades, Paulo evangeliza o Governador Festo, sucessor de Félix. Por pouco sua mensagem não converte o rei Agripa e sua mulher Berenice;
  • Atos 27 - O Apóstolo Paulo faz uma viagem forçada e, após o naufrágio, ganha 276 vidas que estavam com ele, no navio. Ao chegar à ilha de Malta, ganha muitos indígenas para Cristo, e o Evangelho chega até os confins da terra;
  • Atos 28 – No capítulo final Paulo chega a Roma, capital do Império, e testifica do Evangelho perante a autoridade Suprema do Império Romano. Dali por diante, o cristianismo alcança todo Império e até os confins da terra, cumprindo a quarta meta do plano missionário traçado por Jesus Cristo (At 1.8).

continua...
Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

domingo, 19 de dezembro de 2021

Os patriarcas. Coincidências ou repetições da história? – Capítulo 16

Terceiro patriarca

Jacó pensava que sua família estava em harmonia, mas foi surpreendido com a notícia que seu filho predileto estava morto, vítima de feras (feras humanas). Amou demais um e se esqueceu dos outros? Agora deveria repensar suas atitudes e refletir sobre as promessas feitas a Abraão e Isaque e continuar sua vida de sofrimentos e desilusões, frutos de seus próprios erros.

Ficou atordoado e confundido ao ouvir de seus filhos a notícia: “Pai, reencontramos nosso irmão José, que está vivo e governa todo o Egito”. Depois ficou de boca aberta ao ouvir um pedido: “Pai, perdoa-nos, nós mentimos e não entendíamos o que fizemos na época”.

Jacó abriu a boca e levantou as mãos para o alto, então os filhos se preparam para ouvirem a sentença e a correção, mas ouviram: “Deus de Abraão e Isaque e meu também, agora entendo o teu plano na minha família. Perdoa os meus filhos, pois não souberam o que fizeram, eu também perdoo. Prolongue os meus dias para que eu reveja o filho da mulher que sempre amei”. Não tinha como Deus não atender a oração do grande patriarca.

Jacó viu Deus trabalhando na vida de seus doze filhos, por isso não hesitou em promover o concerto coletivo para assim ver toda a família unida.

continua... 

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

sábado, 18 de dezembro de 2021

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 2

b) O casamento misto de Acabe:

O casamento de Acabe e Jezabel, filha de Etbaal rei dos sidônios, foi uma das causas da apostasia em Israel.

Acabe serviu e adorou a Baal (I Rs 16.31) e tal como Salomão (I Rs 11.1-8) abriu as portas para a idolatria, prática condenada pela Lei Mosaica (Dt 13.6-10), que os proibia, até mesmo, de mencionarem os nomes de outros deuses, quanto mais adorá-los ou servi-los (Ex 23.13).

O casamento misto[1], arranjado politicamente, trouxe consequências espirituais. Esta união trouxe a ruína moral, espiritual e social, principalmente na capital do reino do Norte, Samaria, tornando aquela cidade o centro idolatra e do culto a Baal e a Astarote, também conhecida como Astarte ou Aserá.

 

c) Ações de Acabe e Jezabel:

Uma de suas primeiras ações foi exterminar boa parte dos profetas de Deus em Israel, colocando em seus lugares os sacerdotes, sacerdotisas e profetas de Baal e Astarote. Depois disto iniciou sua perseguição a Elias, o único que ainda resistia publicamente.

Jezabel, calculista, má, vingativa e possessiva. Uma mulher como jamais outra, ousada, insolente, impiedosa e sem caráter. Introduziu Baal no coração de Israel, estabeleceu falsos profetas e sacerdotes e apresentou um culto diferente do que Deus havia determinado.

Jezabel atormentou a mente do profeta Elias (I Rs 19.1), após o episódio do Monte Carmelo, pois não admitiu a morte de seus profetas, que eram seus auxiliares para disseminarem a bestialidade em Israel.

Ficou possessa ao saber de tudo o que Elias havia realizado no monte com seus profetas. O recado dela foi direto e duro: “farei o mesmo com Elias”. Estas ameaças atemorizam o profeta, que fugiu para Berseba. Lá deixou seu servo e prosseguiu solitário ao deserto.

Outro ato maléfico de Jezabel foi planejar e executar o seu plano para garantir ao rei que daria o que tanto desejava (I Rs 21.7b), mas que não havia sido capaz de conseguir pela sua autoridade. Planejou minuciosamente a morte de Nabote (I Rs 21.9-10) para roubar suas terras.

Jezabel fez tudo isto, pois não resistiu a figura triste do rei, que não havia conseguido concretizar a compra das terras que tanto desejava anexar ao seu “quintal”. A rainha mostrou a Acabe como era fácil resolver os problemas com o uso da autoridade.

Tudo correu conforme o seu plano e o que tanto tirou a paz e o sossego do rei foi eliminado. Finalmente Acabe tomou posse do que tanto desejava, as vinhas de Nabote. Afinal quem governava Israel? Acabe ou Jezabel? Pelo jeito era a rainha?

continua...



[1] O casamento misto é uma declarada desobediência ao mandamento de Deus (Ml 2.11).

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)