“Ubi veritas” – onde
está a verdade?
INTRODUÇÃO
Os juramentos sempre estiveram presentes na sociedade. Eles são o
compromisso que a pessoa assume publicamente de que cumprirá realmente aquilo que
prometeu. Nas Escrituras, os juramentos são de dois tipos: aqueles feitos por
Deus e aqueles feitos pelos homens. Quando Jesus ensina que o nosso falar seja
“Sim , sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna” (Mt
5.37), Ele condena o uso indiscriminado, leviano ou evasivo do juramento que
prevalecia entre os judeus. Por isso, nesta lição, veremos como o Mestre
ensinou que os homens deveriam ser transparentes e honestos em seu falar, para
que os juramentos entre eles se tornassem desnecessários. Em seu Reino, a
honestidade de seus membros elimina o uso dos juramentos (Tg 5.12).
Juramentos
são compromissos assumidos publicamente, de forma a dar mais peso as palavras
dos que fazem uso desse instrumento, como uma espécie de apelo por algo
superior para que acreditem no que esta sendo prometido. Do latim, iuramentum, é a afirmação, negação ou
declaração, geralmente colocando Deus ou algo superior como testemunhas.
I – NÃO DEVEMOS JURAR NEM
PELOS CÉUS NEM PELA TERRA
1- A Lei do Juramento.
De acordo com O Dicionário Bíblico Wycliffe, a lei mosaica enfatizou
a natureza obrigatória dos juramentos (Nm 30.2) e decretou o castigo para o
perjurador, aquele que faz um juramento falso (Dt 19.16-19; 1 Tm 1.10). O falso
juramento de uma testemunha ou uma falsa afirmação com relação a uma promessa
ou a alguma coisa encontrada, exigia uma oferta pelo pecado (Lv 5.1-6; 6.2-6).
A lei enfatizou a seriedade dos juramentos (Êx 20.7; Lv 19.2; Zc 8.16,17) e
proibiu o juramento por deuses falsos (Js 23.7; Jr 12.16; Am 8.14).
Biblicamente,
juramento é definido como a ligação da alma com a obrigação ou palavra daquele
que jurou (Nm 30.2), um conceito que vai muito além do que conhecemos, pois gera
uma implicação espiritual ainda maior na vida dos que fazem uso desse
instrumento. Entre os hebreus era observada essa questão para que não fossem
abertas portas para o perjúrio ou falso testemunho.
Pela
Lei de Moisés, dada aos hebreus, as acusações legítimas eram finalizadas com as
correções ou castigos, no entanto, quando houvesse evidência de perjúrio por
parte do acusador, os juízes ou os que estivessem exercendo o cargo na ocasião
investigariam e caso ficasse provado o falso testemunho a punição era transferida
para o acusador (Dt 19.17-19).
Lembro-me
de um filme antigo sobre Rute, que em determinado momento, já em Judá foi acusada
de ter sacrificado ao ídolo de “barriga quente”, Moloque, o que ela
provavelmente adorava no passado antes de sua declaração espontânea de conversão
(Rt 1.16).
Seus
acusadores, moabitas disfarçados de hebreus, declararam publicamente que tinham
presenciado tal sacrifico. No entanto eram enviados de Moabe para persegui-la.
Para enganarem os juízes e o povo que estavam reunidos no julgamento afirmaram
ser rubenitas, vizinhos dos moabitas, porém geram desconfianças devido ao
sotaque. Na íntegra, um trecho do diálogo entre eles durante o julgamento
(transcrito com minhas palavras):
- Se
vocês são rubenitas, me digam o nome das doze tribos de Israel.
-
Veja bem, temos Judá, Rubem, Manassés, são muitos entre nós que tem
dificuldades para falar o nome de todas as tribos.
-
Então tudo bem, se não conseguem dizer os nomes das tribos, digam apenas um dos
dez mandamentos prescritos na Lei.
- Você
sabe pelo menos um deles, sua moabita idólatra?
- Eu
sei todos, aprendi com Noemi, minha sogra, principalmente o “não darás falso
testemunho”.
-
Qualquer hebreu sabe que pela distância, encontramos dificuldades para decorar a
Lei.
-
Então tudo bem, não conseguem dizer os nomes das tribos, os mandamentos então
tem uma coisa que não encontraram dificuldades para fazer.
- O
que sua moabita adoradora de Moloque?
- São
capazes de dar glórias ao Deus de Israel, eu sou!
Então
foram pegos no perjúrio e receberam a sentença que estava sendo pedida a ela.
2- O propósito da Lei do
Juramento.
O propósito do juramento antes era benéfico, tinha o objetivo de
descobrir a verdade. Tratava-se de um apelo solene que o adorador fazia a Deus,
tendo consciência de que Ele era o grande juiz onisciente e onipotente, dono de
tudo, que esquadrinhava os corações de todos os homens (1 Cr 28.9; Jr 17.10) e
que revelava o íntimo de cada um, a verdade e a sinceridade presentes no
espírito do homem. Os juramentos nas Escrituras são de dois tipos, aqueles
feitos por Deus e aqueles feitos pelos homens.
O
juramento, um ato solene e consciente, feito pelos homens, em alguns casos era
somente para legalizar seus atos profanos, por isso se apoiavam em juramentos
falsos que eram capazes de cumprir. Deus, no entanto, jurou por Si mesmo por
não ter alguém superior nos céus ou terra, que abençoaria Abraão e sua
descendência (Hb 6.13) e cumpriu seu juramento.
Abraão
fez juramentos solenes ao rei de Sodoma (Gn 14.22-23), a Abimeleque (Gn
21.23-24) e os cumpriu à risca, pois em todos colocou Deus como testemunha e da
mesma forma fez teu servo Eliezer jurar que traria, de sua terra natal, uma moça para se casar com seu filho, juramento esse
que foi cumprido à risca (Gn 24.3-9).
José,
outro grande vulto bíblico fez seus irmãos
jurarem (Gn 50.25) que levariam os seus ossos quando fossem visitados por Deus.
Sabia que não demoraria muito e os egípcios esqueceriam os seus feitos, por
isto se preocupou com o seu pós-morte. Após quatrocentos e trinta anos de
sofrimento e distanciamento de Deus, Moisés conhecendo a promessa não enfrentou
dificuldades para cumpri-la. Os ossos de José foram retirados do Egito (Ex
13.19) e enterrados em Siquém (Js 24.32). Promessa feita, promessa cumprida. Moisés
cumpriu o juramento, no momento da saída do Egito, mas como não esqueceram?
Havia passado tanto tempo? Promessa feita a um patriarca tinha um peso
incalculável.
Outro exemplo que
prova que os hebreus levavam a sérios os juramentos foi visto na ocasião em que
o rei Saul, diante dos homens de Israel que estavam cansados e famintos, disse:
“Maldito o homem que comer pão
até à tarde, antes que me vingue de meus inimigos”. Todo o povo se absteve de
provar pão, mesmo famintos (I Sm 14.24).
3- Não jureis nem pelo Céu
nem pela Terra.
O estratagema dos escribas e fariseus quanto ao juramento pode ser
notado quando eles diziam que qualquer voto que o adorador fiz esse usando o
nome de Deus estaria vinculado àquele juramento, mas um voto feito sem que
fosse pronunciado o nome de Deus era de menor valor, e nesse caso não precisava
ser cumprido. Foi contra esse procedimento dissimulado e hipócrita que Jesus os
confrontou (Mt 23.16 -18 ). Essa tenuidade de classificações feitas pelos
escribas e fariseus, entre os votos obrigatórios e não obrigatórios, não tinha
qualquer base. Para Jesus, quem jurasse pelo céu teria de cumprir seu
juramento, pois eles foram feitos por Deus (Gn 1.1), e a terra era o estrado
dos seus pés (Is 66.1), e Jerusalém era a cidade do grande Deus (SI 48.3).
Quando
os hebreus juravam colocando Deus como testemunha, eles procuravam cumprir, mas
quando era por qualquer outra criação ou criatura de Deus fatalmente deixavam
de lado as obrigações contraídas. Por isso Jesus, e anos depois Tiago (Tg
5.12), orientaram que não usassem desse artificio para justamente não colocar
em xeque a própria reputação, pois ficava clara a falta de sinceridade,
verdade, honestidade e compromisso por parte daqueles que faziam falsos
juramentos.
E
as orientações seguem até hoje:
- Não jureis por Deus – somente Ele
pode;
- Não jureis pela terra – porque é
estrado para Deus;
- Não jureis por Jerusalém – porque é
a cidade santa de Deus;
- Não jureis pelo Templo – lugar
santo;
- Não jureis pela sinagoga – local de
estudo, conhecimento e comunhão;
- Não jureis pelas vossas cabeças – se
tiverem coragem;
- Não jureis pelas suas mães – tenham
dó delas;
- Não jureis nem mesmo por (Maria – Senhora
Aparecida), porque ela morreu e até hoje aguarda para subir com a Igreja para o
céu.
II – NOSSAS PALAVRAS DEVEM
SER “SIM” E “NÃO”
1- Como deve ser o nosso
falar.
Tomar cuidado com o que se fala é valioso demais. Esta atitude
declara que tipo de pessoa nós somos. Um cristão verdadeiro sempre procura
falar com verdade e sabedoria. Com muita propriedade, o sábio rei Salomão falou
que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv 18.21). Jesus foi bem
categórico quando afirma que pelas palavras alguém pode ser justificado ou
condenado (Mt 12.37), o que nos impele a ter cuidado no nosso falar. Um cristão
cheio das verdades divinas terá um falar verdadeiro e reagirá contra todo tipo
de falsidade e mentira. Jesus exige honestidade o tempo todo, seja um homem sob
juramento ou não. Não há padrão duplo para o cristão.
O
sim ou não deve ser questão de coração de nossa parte e não pode ficar a mercê
de juramento. “Sim, sim ou não, não”, jamais pode passar disso, mas o transito
entre estas duas grandezas é livre, tanto podemos ser da parte do “sim, sim”,
quanto do “não, não” e vice-versa, o que não podemos ser é justamente o que
passa disso.
A
Bíblia, como inerrante e infalível Palavra de Deus, nos mostra um caso do livre
trânsito entre o “sim, sim” e o “não, não” (Mt 2128-32) como uma forma de
demonstrar o caráter humano, bem como sua realçar sua disposição para mudar uma
situação que estava em contrário a vontade de Deus.
Um
filho disse, “não, não”, eu não vou, enquanto que o outro disse “sim, sim” eu
vou, no entanto depois de uma boa reflexão ambos mudaram de opinião e o “não,
não” virou “sim, sim” e o “sim, sim” virou “não, não”.
Nesse
episódio, o pai se dirigiu ao primeiro filho, não ao primogênito, mas sim ao
primeiro que viu pela manhã, ao primeiro que viu pela frente, ao primeiro que
acordou, ao primeiro que se dispôs ao serviço, ao primeiro que buscou
preparação ou ao primeiro da fila que estava ansioso pela chegada de sua vez.
Não importa quem foi esse primeiro, o importante é que a fila de Deus andou,
quem disse não, foi capaz de cumprir e quem disse sim, não cumpriu e perdeu e
desagradou seu pai.
A
resposta do primeiro filho não fechou as portas das bênçãos e não condenou,
pelo contrário, abriu oportunidade para reflexão, mudança de opinião e
conscientização. É justamente o
oposto disso que encontramos na modernidade, veja bem:
- “Vá trabalhar hoje na minha vinha filho.
- “Se der irei, talvez, farei de tudo
(fará nada)”.
2- O sim e o não na vida
de Paulo.
Há situações em que empregamos nossa palavra e, por algum motivo,
não conseguimos nos realizar o que dissemos ou planejamos. Em 2 Coríntios 1.12-24,
há o relato de um episódio que ocorreu com o apóstolo Paulo. Ele fez planos de
visitar os irmãos da Igreja de Corinto, porém, por diversas vezes, foi impedido
e as coisas não saíram como havia planejado (2 Co 1.6; Rm 1.10; 15.22; l Ts
2.18). Por isso, seus acusadores se valeram da situação para fazer graves e
sérias acusações contra Paulo, dizendo que ele não era confiável. Paulo refuta
seus opositores dizendo que não era o tipo de pessoa que diria “sim” quando na
realidade queria dizer “não”.
O apóstolo toma Deus como sua fiel testemunha e explica o motivo
pelo qual não tinha ido logo fazer essa visita, que era para poupar os irmãos
(2 Co 1.23). Deus, que conhecia o seu coração, disse o apóstolo, sabia do seu
verdadeiro sentimento e da grande vontade de ir visitá-los, e declarou a todos
que sua vida era de simplicidade e sinceridade, tanto diante da Igreja como do
mundo (2 Co 1.12). Da mesma maneira que os coríntios podiam confiar que Deus
manteria suas promessas, também podia confiar que Paulo, como representante de
Deus, manteria as suas. Ele ainda os visitaria, mas em uma ocasião melhor.
O
certo é que falamos sim, mas não olhamos para nossas possibilidades, recursos,
tempo e outros contratempos. Por isso é que depois temos que voltar em nossas decisões.
Ananias
ouviu a voz de Deus e disse (At 9.10-17):
-
Sim, eu vou na rua Direita agora.
-
Sim, eu vou na casa de Judas agora.
-
Não, eu não vou procurar Saulo de Tarso. Senhor ouvi deste homem, os males que
tem causado.
Ananias
não teve como não voltar em sua decisão, o “não, não” dele virou “sim, sim”.
3- O que passar disso é
uma procedência maligna.
Como o caso que aconteceu em Corinto, em que Paulo conhece a
importância da honestidade e da sinceridade nas palavras e ações, Deus quer que
sejamos verdadeiros e transparentes em todos os nossos relacionamentos. Se não
for assim, poderemos nos rebaixar, passando a divulgar rumores, fofocas e a ter
segundas intenções, ou seja, daremos lugar a situações de procedência maligna.
A
procedência maligna apontada por Jesus já era realidade na época e ao longo da
história não sofreu mutação. O Maligno há muito tempo vem trabalhando de forma
a mudar conceitos para fatalmente nos levar a ruina. No Éden, em nossa dimensão
carnal, os seus trabalhos foram iniciados, pois justamente ali conseguiu mudar
algo que Deus já havia implantado na mente de sua criatura. O certo é certo e o
errado é errado. Sim, sim, podem usufruir do jardim, mas não, não comereis do
fruto da árvore da ciência do bem e do mal.
Pois
bem, o homem permitiu que a procedência maligna se manifestasse e então ao sim,
sim e ao não, não conhecidos foi acrescentada outra expressão, “veja bem”.
III – HONESTIDADE COM
NOSSAS PALAVRAS
1- A palavra honestidade.
Honestidade é uma virtude de alguém que é correto, sincero. Do
hebraico, tem os o adjetivo yashar, “reto, honesto, correto, direito, plano,
certo, justo”. Jó foi descrito como um homem honesto (Jó 1.8). Em Atos, temos a
descrição de Cornélio como um homem reto, honesto (At 10.22). Aquele que tem um
viver reto, honesto, jamais permitirá que saiam de sua boca palavras falsas,
mentirosas, enganadoras.
Quando Paulo inicia a sua reflexão
citando “tudo o que é verdadeiro” (Fp 4.8), percebemos que sua intenção é
mostrar que a verdade, o autêntico não se baseia em meras suposições e
logicamente se opõe ao falso.
Paulo nos exorta a pensarmos em tudo
o que é honesto, para então desenvolvermos uma conduta transparente e decorosa,
digna de alguém que age bem à luz do dia (Rm 13.13). O mundo não pode ver em
nós um comportamento que contradiga os conceitos éticos e bíblicos da verdade e
da honestidade, pois isso é incoerente aos princípios cristãos. O verdadeiro
crente tem um firme compromisso com a verdade.
2- É possível ser honesto
com nossas palavras neste mundo?
Na vida daquele que o Evangelho já entrou, houve transformação
plena, pois o mesmo busca não apenas curar os sintomas da doença do pecado, mas
também prevenir. Não há como negar, que nesse mundo, muitos já adotaram a
mentira como um hábito. É normal para aquele que não vive as bem-aventuranças
de Cristo dizer uma mentira, com a desculpa de mentir para apoiar uma causa
nobre. Quem sustenta isso está comprometendo o caráter humano e um valor
importante, que é o respeito pela verdade. O verdadeiro discípulo de Cristo,
que faz parte do seu Reino, é honesto em suas palavras, íntegro no seu caráter,
e jamais usa de meias-verdades, através das quais grandes mentiras têm sido
ditas, sendo influenciados pelo pai da mentira, o Diabo. Jesus é a verdade em
essência (Jo 14.6), e os que vivem nEle são honestos em tudo, e seu falar é
sim, sim; não, não.
Infelizmente,
para se manter uma mentira ativa é necessário criar outra. Mentiríamos para
salvar a vida de outras pessoas? Mentira para salvar você mesmo ou alguém da
família? Você mentira para salvara vida de um recém-nascido? E se você fosse
uma das parteiras que foram designadas para atender as mulheres dos hebreus no
Egito antigo, você cumpriria as ordens uma autoridade secundária, Faraó, ou
cumpria a ordem maior, a da vida, a do Rei dos reis?
A
mentira é a uma manifestação contrária à verdade, cuja essência é o engano, e
cuja gravidade se mede segundo o egoísmo ou a maldade que encerra. É
severamente proibida no decálogo (10 mandamentos – Ex 20.16). Trata-se,
portanto de um dos pecados mais generalizados da atualidade, a tal ponto de
cauterizar a mente de muitos, inclusive de cristãos. É a forma covarde como
alguns enfrentam a realidade, pois ficam presos à justificativas ilusórias sem
fundamentos.
Na verdade, a mentira é uma questão
ética que permeia o homem no seu dia a dia, é uma prática que nos distancia de
Deus, destrói relacionamentos (Pv 25.18; 26.18-19, 28) e por fim destrói o
próprio mentiroso. Mentir é loucura e pecado (Pv 26.19) e faz parte das coisas
que Deus odeia (Pv 6.16-19). É uma prática do velho homem, da velha natureza e
leva a prejuízos, muitas vezes, irreparáveis (At 5.1-11).
“O Comandante Lloyd Bucher, do navio-espião Pueblo, que, com
sua tripulação de 23 homens, foi capturado pelos norte-coreanos. Quando os
interrogadores ameaçaram matar a tripulação, Bucher assinou confissões,
confessando falsamente a culpa de fazer espionagem nas águas territoriais da
Coréia do Norte. Estas falsas confissões vieram a ser o fundamento para poupar
as vidas da tripulação e levar à sua libertação”.
A pergunta, portanto, é esta: A mentira de Bucher para salvar estas
vidas foi moralmente justificada? Ou, de modo mais geral, mentir para salvar
uma vida é moralmente certo em qualquer situação? Uma maneira de responder a
esta pergunta é rejeitar totalmente a noção de moralidade.
3- Dando testemunho.
Uma pessoa honesta revela dignidade de caráter, é honrada, digna, e
procede rigorosamente dentro da regra. Salomão disse que tortuoso é o caminho
do homem cheio de culpa, mas reto o proceder do homem honesto (Pv 21.8). O
verdadeiro cristão procura ser honesto no que fala, mantendo-se longe da
falsidade e da mentira, conservando a verdade no coração e na conduta, pois
esse é o seu objetivo maior (3 Jo 4 ). Você é conhecido por ser uma pessoa de palavra?
Se dissermos a verdade durante todo o tempo, vamos nos sentir menos
pressionados a apoiar nossa palavra em juramentos ou promessas.
CONCLUSÃO
Devemos viver neste mundo como verdadeiros seguidores de Cristo ,
sendo honestos em tudo, em especial em nossas palavras, sem recorrermos a
juramentos hipócritas, profanos e desnecessários, que buscam fundamentar as
conversas do dia a dia. Antes, procuremos ser simples e objetivos dizendo sim,
sim; não, não.
Referências
Bíblia de estudo
aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas
em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora
Central Gospel, 2008.
Bíblia Sagrada. Nova
tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil,
2000.
Bíblia Sagrada – Harpa
Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa
Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
Gomes,
Osiel. Os valores do Reino de Deus. a relevância do Sermão do Monte para a
igreja de Cristo. Casa Publicadora das
Assembleia de Deus. Rio de Janeiro, 2022
Uma
vida crista equilibrada – plano de aula. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2013/09/uma-vida-crista-equilibrada-plano-de.html. Acesso em
02/05/2022