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quinta-feira, 29 de abril de 2010

MG & GO - 5º dia - Frutal a Prudente

Ainda bem que Deus colocou no meu coração o desejo de parar em Frutal, primeiro pela cidade, me surpreendeu, depois pelo perigo de passear de moto a noite com mundo de caminhões.


Como é de costume, acordei cedo e fui bater perna, o engraçado, até eles acham, é que o centro da cidade fica na saída, coisas de mineiro.

Andei pelo centro, rodei a cidade toda, muito boa, grandinha, encontrei um senhor na praça que jogou futebol profissional e hoje é treinador, disse que conhecia todo o interior de SP, falei que acompanhei o Corinthinha quando era criança, nos anos 80, então me me perguntou de alguns jogadores, quando falei do Souzinha (estava treinando o Bandeirantes de Birigui), ele ficou super contente, são amigos, jogaram futebol profissional juntos no antigo time de Frutal, o 13.

Sai de Frutal eram 11 horas da manhã, que delícia, ainda bem que pernoitei, se tivesse continuado a noite não teria conhecido o trecho até Fronteira, a cidade que faz divisa com SP, legal, deu para relaxar bem.


Mas antes não poderia ir embora de Frutal sem ouvir mais um causo de mineiro. Reclamei do calor para a dona do Hotel e falei que o bom seria se chovesse para lavar a moto na rodovia, pronto dei trela. Ela olhou sério e disse:

"Aqui em Frutal a chuva não entra, ela rodeia por todos os lados, mas não chove, porque um ex-prefeito nosso enterrou uma cabeça de jumento na entrada da cidade e a partir deste dia é muito difícil chover." O pior foi que no final ela disse: se não quiser acreditar, não acredite, foi porque eu estava olhando para ela perplexo, sem reação, como eu gosto disto.

O interessante é que ouvi isto também na rodovia, antes de chegar em Frutal, quando parei numa vendinha para molhar a guela e um rapaz me disse que seria melhor eu tirar a capa de chuva, porque não iria chover, garantiu mesmo. Eh mineirada.



Em Fronteira eu nem iria parar, mas resolvi procurar um barzinho para tomar um cafezinho mineiro, mas não encontrei, ai resolvi dar uma volta no centro e me deparei com esta estátua, aff, não tem como não rir, parei e fiquei olhando para aquilo, é muito engraçado, o pior é que uns 200 metros antes tem uma estátua do Cristo redentor, pequena e logo depois esta escrota.


A verdade é que o encanto da viagem terminou no momento em que atravessei a divisa, pois no lado paulista não achei graça, exceto em Rio Preto e no Rio Tietê, que é um espetáculo, mas o restante, desci a lenha pra chegar logo.


Parei em Clementina para abastecer e em Santopolis do Aguapeí para refrescar a guela e depois não via a hora de chegar. Depois de Osvaldo Cruz até Prudente não teve graça, a não ser o por do sol que filmei. Assim terminei a aventura MG & GO, agora é preparar-se para outra.

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MG & GO - 4º dia - São Simão - Frutal

Aproveite a manhã deste dia e fui dar uma volta na prainha, mas como não tinha ninguém comigo ficou difícil entrar, porque quem cuidaria dos meus "trens"?




Crie coragem e entrei no cais, fui até o fim, mas dá um friozinho na espinha, ouvi um pouco da história da cidade, um tiozinho estava lá reclamando da mudança da cidade, ele havia nascido e crescido onde era a cidade antiga, tudo água agora.


A praia da cidade é bem estruturada, vale a pena conhecer, nunca tinha visto nada igual, nem mesmo aqui nas nossas Estâncias turisticas paulistas.


Mas como digo, "o meu prazer não é a estadia, mas sim a rodovia", resolvi vir embora, sai de São Simão às 12:00 horas, mas agora qual decisão tomar:

* ir pelo Mato Grosso do Sul, para isto teria que entrar em Goiás mais uns 90 km até Caçú, depois sair para Paranaíba, Aparecida do Taboado até sair em Santa fé do Sul e Jales, na verdade eu não queria envolver o meu Mato Grosso do Sul (lindo) nesta história, em outra oportunidade faço este trecho, e chego a Lagoa Santa em Goiás (estes dias o Álvaro Garnero esteve la e mostrou, no seu programa da Record, e eu estava tão perto dela e nem lembrei), mas o meu negócio agora era MG e GO;

* ou poderia ir por Ituiutaba para depois pegar outra BR para Iturama (descobri que era terra também, um mineiro disse que eram 20 km outro 40 km, tô fora)

* ou ir por Ituiutaba até Frutal, que era o ideal.

* ou voltar pela mesma estrada de terra até União de Minas, olha entrada dela ai;


Escolhi a terceira opção, mas depois de Ituiutaba parei para perguntar se faltava muito para chegar no que eles chamam de "grande trevo". Aqui abro um parenteses, como é duro entender uma explicação de mineiro, sofri lá em Iturama e agora um senhor me disse assim, depois de rodear um monte:

Segue reto até o trevo para Berlândia, este ai embaixo:


Como fui parando muito nas cidadezinhas que encontrava não percebi que o tempo corria, esta escurecendo e certamente não conseguiria chegar em Rio Preto antes das 8 da noite, como estava prevendo. Foi quando resolvi passar a noite em Frutal, pois os caminhoneiros são uns cavalos, pensam que são donos da rodovia, ultrapassam e quando a coisa aperta jogam a luz para a gente se virar, ou seja, ou você para no acostamento e espera, ou encara uma carreta de frente, fizeram isto comigo, mas como sou esperto, fico cuidando de longe. O problema não são as que vem átras, mas sim as que estão vindo de frente, eles abrem para ultrapassagem e quem estiver vindo ao contrário que se vire. Não tem condições de passear de moto com eles, a noite não, de dia me garanto.


Aquela velha história de sempre, parece que quando estamos com pressa ai que demora, meu Deus cadê Frutal? Encontrei um hotel perto da rodoviária, legalzinho, depois fui conhecer a cidade e na igreja, claro.

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MG & GO - 3º dia - Iturama - União de Minas - São Simão (GO)



Dei uma volta logo cedo por Iturama, para me despedir, fiquei de novo mais uns minutinhos sentado na praça, foi dificil achar um banco vago, estava lotada a praça, segundona de manhã, arzinho puro. Reparei que eles chegam cedo no serviço e ficam sentados na praça conversando, eu chego todo dia atrasado, correndo, que diferença

A umidade do ar é tão baixa que logo de manhã, antes de abrirem, as lojas no centro tomam um banho, muita poeira.

Resolvi sair cedo e ir para União de Minas (50 km), pensava em pousar la e seguir para São Simão na terça ou na quarta, mas é tipo um vilarejo, grandinha, pensei bem e resolvi ir para Goias, afinal eram somente 120 km, apesar que disseram que eram somente 80 km, eh minerada, uns aumentam outros diminuem.

Agora veio a melhor parte, perguntei para um borracheiro onde estava a rodovia para São Simão, ele me respondeu:

Ela está ai, bem na sua frente. E ria. Onde? Não estou vendo o asfalto. É a BR-364, terra pura, ou melhor, areião.





Fiquei olhando para ela e pensei, voltar por causa de 60 km de terra, vou arriscar. O borracheiro me deu as dicas, diminuir a calibragem do pneu dianteiro para 10 libras, deveria ter diminuido o traseiro também, ensacar a mala, por causa do poeirão. Ele ainda me indicou voltar pelo Mato Grosso do Sul, aumentava um pouco, mas era asfalto (depois falo disto, meu negócio era com Minas e Goiás não queria entrar no MS, apesar de ser minha terra de coração).

Nunca imaginei uma rodovia sem asfalto, ainda mais uma BR, mas tudo bem, encarei. Apesar disto tudo ela é muito movimentada, caminhões boiadeiros, treminhões, carros de passeios e pasmem, motos. O incrível é que enquanto eu estava me matando para segurar no braço e nas pernas, para não cair, os motoqueiros de lá passavam por mim a mil, não entendo isto, será que sou tão ruim assim de areia? É a prática, um deles parou e disse que estava indo para Chaveslândia (divisa de Minas com Goías) 8 km antes do meu destino. Fazer o quê? Faltavam 15 km para eu encontrar o asfalto quando ele passou por mim, já voltando, que humilhação, o cara voou.

Apesar de tudo isto, do areião, eu estava me divertindo, em um momento eu ri tanto, pois lembrei do que havia ficado um ano trabalhando numa sala com ar condicionado, ventilador, computador, água gelada, sombra e agora estava lá, sol quente, poeirão, caminhões para lá e para cá, mas na verdade não tem mastercard nenhum que pague aquela sensação. Cheguei imundo em São Simão.

Demorei 3 horas para percorrer 60 km, por várias vezes me vi lambendo o chão, mas segurava no braço, atolava na areia, saia na força, eu sou o cara, que cara? Desistir e voltar para trás, nunca.


Quando estava faltando 10 km, me distrai e derrapei. Quantas vezes consegui segurar, mas ali não teve jeito e pior ainda cai dentro de um buraco. Parece pequeno, mas ele encombriu o motor. E para tirar a moto, olhei para o céu e disse: Me ajuda Deus, grudei nas bengala dela e puxei. Saiu inteirona, somente suja e eu? Rindo!

O pior estava por vir. O borracheiro havia me falado que eram 60 km até chegar no asfalto, que asfalto? Fui para em outra BR (a 365), terra, cascalhada por causa de uma usina. Até que enfim depois encontrei a rodovia, que confusão de BR, não entendo mais nada.


Passei pela divisa, Rio Paranaíba, às 16:00 horas, aff, estava imundo, até mesmo uma dona de hotel me zuou, disse que eu sujaria qualquer parede somente em olhar. Consegui encontrar um hotel em São Simão e depois de um banho fui conhecer a cidade, valeu a pena, toda arrumadinha, o centro, a praça central, os prédios públicos, o balneário é de tirar o chapéu.


A cidade foi deslocada para este ponto há 36 anos átras, devido a inundação do lago da usina, era mais ou menos 8 km da prainha, ela vive totalmente do turismo, é bem cuidada, bem servida de hotéis, são vários, mas cobram caro demais, falaram que é por causa das empreeiteiras que estão na região, aproveitam.


Andei a cidade toda, a noite fui na Igreja, tinha muito o que agradecer, passar por aqueles 60 km ileso, que perigo, se precisasse correr de alguém não teria como, por isso nao tenho coragem de enfrentar aquilo de novo, apesar que para chegar no sul de Goiás dá para ir pelo MS ou por Ituiutaba, mais fácil. O negócio era que eu queria passar em União de Minas.

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MG & GO - 2º dia - Iturama


Acordei cedo, lá não dá pra ficar muito tempo na cama, o sol já estrala logo cedo, ele vive dando rasante na cidade, não é possivel, esta é a única explicação que encontrei para o calor.

Logo de manhã tomei um bom café no hotel, com as iguarias mineiras, com opções, humm! Somente não entendi a manteiga na água, curiosidade é fogo, fui perguntar. Até comi queijo, aff, muito cremoso e encarei também o pão de queijo, ai meu Deus, nem lá estas coisas descem em mim???.

Participei de um trabalho muito bom na Igreja (Catedral Assembléia de Deus, em fase de acabamento, bem no centro da cidade), depois fui dar um passeio na city, procurar os lugares pitorescos.

Na volta cai na besteira de perguntar para a atendende do hotel se tinha mais algum lugar que pudesse ir, conhecer, eu perguntei, ai tive que ouvir, ela disse:

Você pode ir no local onde caiu o meteoro aqui em Iturama! Fica a uns 30 km da cidade, na hora eu pensei porque os meteoros sempre caem afastado das cidade? Meu Deus, eu respirei fundo, será que estava em smalville? Mas refiz a pergunta, ela respondeu a mesma coisa e ainda acrescentou:

É verdade moço, o buraco é do tamanho deste hotel, quase um quarteirão. Eu nem durmo mais de janela aberta, tenho medo de ET!

Naquela hora eu quase refiz as malas e voltei para casa. É nada brincadeira, eu me diverti muito com esta história, ela jurou de pés juntos que era verdade, mas tinha outra moça do hotel que disse nunca ter ouvido esta história e que eu estava ouvindo mais um causo de mineiro. Aproveite a oportunidade para tirar uma nelas, se não bastasse Varginha com os ETs e agora Iturama com meteoros

Fui ao Estadio Municipal, pelo que apurei a cidade já teve um time de futebol profissional, hoje estão largados, acho que enfrentam as mesmas dificuldades que Prudente tem em relação a capital, a distância e o calor.


Dei um tempo na praça central, sentei nos bancos e fiquei como eles ficam, olhando para o tempo, os passarinhos, bem que me falaram que é uma cantoria de pássaros o dia todo.


Á noite adorei a Deus, depois fui dar uma olhada na Carreta da alegria, um caminhão adaptado, colorido e iluminado que faz a festa da criançada e de gente grande também, a fila era kilometrica, eu nao fui!

O duro é que nestes lugares ninguém consegue acordar cedo ou muito menos dormir cedo, o dilema bom! Ficar curtindo a noite mineira, o ar puro e olha que eu estava quase na divisa com SP, mas é muito diferente daqui, muito...

Estava com muita vontade de assistir a programação local, mas no hotel era parabólica, tive que me contentar com a programação paulista, aff.

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domingo, 25 de abril de 2010

1º Seminário diaconato de Iturama


um breve resumo do seminário de diáconos em Iturama
25/04/2010 - Salmos 100:2

SERVIR:
* deve ser fruto da nossa volição e não da obrigação;

* ação humana, prestar serviços, ser oportuno (colocar-se na brecha, ir atrás, colocar-se à disposição, querer servir, não perder oportunidades, aproveitar;

* favorecer;

* ajustar-se ao corpo (precisa estar em acordo com a Igreja, não pode servir do seu jeito, é preciso conhecer as características do corpo para poder se ajustar);

* com alegria - selo de qualidade, cartão de apresentação.


SERVOS:
São aqueles que não exercem direitos individuais e não usufruem de seus bens, antes pelo contrário, colocam-os à disposição do seu Senhor.


PERFIL:
* deixa de lado a sua personalidade (não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim);

* o maior entre vós que seja o servo (sinal de humildade, que deve ser exercida tanto na hora do aplauso, do elogio quanto na hora do confronto);

* não é imparcial, pois fica sempre do lado da justiça;

* obediente em tudo e não em partes (obediência consciente).


ASCENDÊNCIA:
* Josué serviu a Moisés e foi seu sucessor;

* Eliseu serviu a Elias e o sucedeu.


TRIPLÉ PARA O EQUILÍBRIO:
* amor;

* alegria;

* obediência (horizontal e vertical)


DIÁCONO - significado:
* servo;

* assistente;

* servente;

* pronto a obedecer;

* pronto a ouvir;

* prestar socorro.


EXIGÊNCIAS PARA O DIACONATO:
* deve ser escolhido pelo representante legal da igreja e aprovado por todos;

* deve ter boa reputação;

* deve demonstrar ter sabedoria


FUNÇÕES - ASSISTÊNCIA SOCIAL:
* visitar os órfãos, viúvas e necessitados;

* conhecer a realidade dos membros e identificar os que se enquadram nos critérios acima.


FUNÇÕES - ASSISTÊNCIA LITÚRGICA
* ter visão de 360º graus, visão difusa, enxergar todas as direções, estar atento aos detalhes;

* ser prestativo e atencioso na recepção e indicação de lugares;

* ser sutil nos movimentos para não serem percebidos ou atrapalharem o andamento do culto;

* auxiliar nos trabalhos diversos, ceia, batismo, etc.

Palestrante:
Pastor Marcus Aurélio Lopes da Silva
Pastor em Limeira do Oeste
Assembléia de Deus - Belém
campo de Iturama MG

MG & GO - 1º dia - Chegada em Iturama








Sai às 06:30 e vou frisar que o meu objetivo não é o tempo da viagem, mas sim o trajeto, por isso a chegada em Araçatuba (1ª etapa) estava previsto para às 12:00, cheguei 11:00 horas, fiz várias paradas (não para esticar o esqueleto, pois a moto não força, as minhas paradas foram para fotos e filmagens).

Estranho que a corrente escapou na rodovia e afrouxou, foram quase 10 km a 50 por hora, afrouxou muito e olha que revisei tudo na sexta, deve ter sido por causa dos buracos, antes de Osvaldo Cruz tem um trecho ruim, por isso fiquei parado na cidade mais ou menos meia hora, mas gostei, num tinha previsto esta parada, cidadezinha bonitinha, sempre gostei de lá, matei a saudade.

Em Turmalina (2ª etapa) tinha previsto chegar as 15:00, cheguei as 14:30 (mesmo parando um tempão no Rio Tietê - limpinho). Previ chegar no Rio Grande (divisa) as 17:00, passei la às 15:00 e parei mesmo, que rio estranho, diferente, mas bonito.


Tinha previsto chegar em Iturama (MG) às 19:00, cheguei eram 17:00, me espantei com a cidade, imaginava e pelo que vi na net parecia uma cidadezinha, mas é enorme, bonita, tem os seus problemas, mas acolhedora. E o ar de manhã.

Vou correr mais 50 km pra chegar em União de Minas e se der coragem ando mais 123 km e chego em Goiás (São Simão).

Agora de manhã (domingo) vou participar de um seminário na Igreja local (Catedral Assembleia de Deus) de Iturama e a tarde vou correr a cidade, aproveitar um pouco.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ilustração - Deixe a raiva secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com estrelinhas amarelas.


No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar.

Mariana não poderia brincar porque iria sair com sua mãe, então Julia pediu a coleguinha emprestado o seu conjuntinho de chá para que pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Está vendo, mamãe o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo e ela estragou tudo. Mariana queria porque queria ir ao apartamento de Júlia para pedir explicações, mas a sua mãe com muito carinho disse:

- Filhinha, lembra daquele dia que você saiu com um vestido novo todo branquinho e um carro passando por nós, jogou lama em sua roupa?

- Ao chegar na casa de vó você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas lembra o que a sua vó falou?

- Ela disse que era para deixar o barro secar primeiro. Depois seria mais fácil limpar.

- Pois é minha filha! Com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver a situação. Mariana não entendeu bem, mas foi assistir televisão.

Logo depois alguém tocou a campainha, era Julia, toda sem graça com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi dizendo:

- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente? Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei, ai ele ficou bravo e quebrou e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.Minha mãe ficou preocupada, quando eu contei para ela e foi correndo comprar outro igual para você.

- Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.

- Não tem problema, disse Mariana. A minha raiva já secou, graças a Deus. E tomando a coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar a historia do seu vestido novo que foi sujo por lama.

Eu termino perguntando: “Será que as duas choraram por continuarem sendo amigas?”

Ilustração - O cavalo


O cavalo
Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua fazenda.Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado.

O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá. O fazendeiro avaliou a situação e certificou que o cavalo estava vivo, mas que seria alto o custo para retira-lo do fundo do poço, por isso decidiu que não valia a pena investir no resgate.

Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo. O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o encobrissem totalmente.


No entanto, a medida que a terra caia sobre o seu dorso, o cavalo se sacudia e a derrubava no chão e ia pisando sobre ela.

Logo os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida que a terra caia, até que finalmente, conseguiu sair do poço.

Aplicação:
Muitas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e para piorar a situação sentimos que estão tentando nos soterrar para sempre. É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da imcompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença. Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e assim façamos a nossa parte para sairmos das dificuldades.

Afinal, se estivermos no fundo do poço, só nos restam duas opções:

1)ficarmos assim até que a morte nos encontre;

2)ou nos servimos do próprio poço como ponto de apoio para o impulso que nos levará para o topo. Como? Sacudindo a terra que jogarem sobre nós.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

8ª viagem - Rosana 27/03/2010



Re-publicando somente para manter a ordem das viagens, ok?

Meu plano era sair as 4 da madruga, mas para variar, estava chovendo. Foi assim em todas as outras viagens, quando não sai com chuva a peguei na estrada. Por um momento desanimei, porém ao acordar as 07:30 meu animo se recobrou, pois o tempo estava limpinho.

Nestas viagens a minha intenção é somente curtir a paisagem, filmar, fotografar, pegar os flagrantes, etc, ou seja, não me preocupo com o clima e com o tempo gasto, mas sim e somente com o trajeto.

Tudo normal até chegar em Teodoro Sampaio, engraçado nunca tinha imaginado que a cidade fosse banhada pela paranapanemão, levei um susto, depois dei aquela parada básica no Morro do diabo e consegui fotografar os Três Morrinhos lá longe, (eles ficam em Terra Rica-PR).


Antes de chegar em Primavera resolvi entrar na Usina Hidreletrica Engenheiro Sérgio Motta (minha intenção era passar na volta), que espetáculo, atravessei filmando o lago e a barragem (10 km de lago), não tinha seguranças e nem funcionários, aproveitei e percorri toda a extensão do lago e fui dar uma voltinha no lado sul-matogrossense, matar a saudade.

Meu coração partiu quando cheguei em Rosana, a cidade é boa, legal, mas estão judiando dela, estão acabando com tudo, como conseguem? Primavera é distrito de Rosana é bem mais arrumadinha, tem mais construções, investimentos e bem mais organizada.


Em Rosana a minha intenção era conseguir um piloteiro de bote e ir no ponto onde os dois rios se encontram (o Paraná e o Paranapanema), na minha ótica os dois não se bicam, não falam a mesma língua, um garoto de lá me confirmou isto, ele disse que as águas não se misturam, MAS EU NÃO FUI porque o tempo estava muito fechado, seria muito arriscado. Dei um tempo na prainha, pesquei um pouco com a molecada, estava vazio o balneário.

Então resolvi colocar em prática o plano B, voltei e fui pra Usina Hidrelétrica de Rosana (no rio Paranapanema), queria ver a ponte de Diamante do Norte (meu pai trabalhou naquela ponte nos anos 80), tinha varias pessoas apreciando a Usina, o rio e a ponte, fiquei bem no meio dela, a sensação é horrível quando passava caminhões, carretas, balança demais da conta. Aproveitei e fotografei alguns dourados e pacús que estavam agitadissimos na água, cardumes inteiros pulando água acima, cada bitelo. Depois respirei um pouquinho dei um pulo rapido no lado paranaense, somente para respirar o arzinho de lá e voltei para a estrada novamente.


A próxima parada foi em Euclides da Cunha Paulista, uma cidade beira rio normal como as outras, porém a prainha e orlinha, é de deixar de queixo caído, e o rio estava bravio, agitadíssimo. Queria passar para o lado paranaense (Terra Rica), mas acho que por falta de movimento a balsa não estava funcionando, ou pelo menos imaginei isto. Deste ponto em Euclides dá para ver certinho os Três Morrinhos em Terra Rica.

Voltei para a rodovia e em Teodoro Sampaio resolvi dar uma olhada na ponte sobre o rio Paranapanema (dista 15 km), foi ai que descobri que na verdade alem da ponte tinha também a usina Hidrelétrica de Taquaruçu. Encontrei um tiozinho que me disse que era “logo ali” e que para Prudente não precisava voltar por Mirante, pois perto da Usina tinha um trevo para Sandovalina, era bem mais perto, duvidei, mas fui, mesmo porque não estava com pressa de chegar, num deixei filho pequeno para tratar e nem tinha ninguém na rabeira dizendo “vamos chegar logo, vamos chegar logo”, aff, (glória a Deus).

Que presente maravilhoso dos céus, este trecho até Sandovalina é uma rodovia recapeadinha, está um tapetizinho, coisa mais linda, parecia que estava flutuando, que delícia, se todas fossem assim.

Saindo de Sandovalina tive que pegar a SP 425, lixo de rodovia até Pirapó, e pra ajudar a minha lente do farol estava ofuscada (culpa minha) como estava dificil de enxergar, mas cheguei bem em Prudente as 19:30 horas.



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terça-feira, 20 de abril de 2010

Dois motivos porque não tenho celular


1º Motivo - O roubo
"Uma pesquisa recente da consultoria Europeia Bernstein Research colocou o minuto de celular no Brasil em segundo lugar entre os mais caros do mundo.

O país só perde para a África do Sul. As tarifas são elevadas porque o governo brasileiro não abre mão dos impostos e as operadoras não querem baixar o valor extra cobrado por minuto de seus clientes quando estes telefonam para um assinante da concorrente."

Reportangem extraida da revista Dinheiros e direitos – abril de 2010 nº 25 pagina 7 seção Curtas.

2º Motivo - Cansei
- Cansei de dar aparelhos para outros, somente no ano passado foram três, se pelo menos tivesse perdido na concepção da palavra, ou seja, estragados, mas não, os três foram encontrados e estão sendo usados, somente depois que perdi o terceiro foi que aprendi a bloquear a linha e o aparelho, aff.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ilustração - O cachorro e o coelho


Eram dois vizinhos, o primeiro comprou um coelhinho para os seus filhos. O outro comprou um cachorro, um pastor alemão, porém o primeiro ficou preocupado, pois o cachorro poderia matar o coelhinho.


- De jeito nenhum, disse o vizinho, o meu cachorro é ensinado, não vão ter problemas e além do mais, eles crescerão juntos.

E parecia que tinha razão, foi isto realmente que aconteceu, os dois animais ficaram amigos, era normal ver o cachorro no quintal do vizinho junto com o coelhinho e vice-versa.

Eis que o dono do coelho foi passar um final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso foi na sexta feira.

No domingo a tarde, o dono do cachorro e a sua família tomavam um lanche quanto entra o cachorro na cozinha. Ele trazia entre os dentes o coelho do vizinho, estava imundo, ensangüentado, arrebentado, sujo de terra e morto. O dono quase matou o cachorro de tanto bater.

- Ele estava certo, este monstro de cachorro matou o coelhinho.


- E agora, o que vamos fazer?
A primeira providência foi bater sem dó no cachorro, escorraçou o animal para ver se aprendia o minino de civilidade. Ele ficou do lado de fora da casa, chorando e lambendo as feridas da surra que levou.

Mas em algumas horas os vizinhos iriam chegar e veriam o coelhinho morto, resolveram dar um banho no coelho, deixaram limpinho, usaram um secador de cabelo, perfumaram e o colocaram na sua casinha. Parecia que estava vivo. Foram para casa para ver no que daria aquela historia.

Algumas horas depois os vizinhos chegaram e dava para ouvir de lonve os gritos das crianças chamando pelo coelho, que dor no coração, como iria explicar que o seu cachorro havia matado o coelho.

Não deu cinco minutos e alguém bateu na porta, era o vizinho com o coelho na mão, ele ficou branco, esperando pelo pior.

- O coelho, o coelho.

- O que tem o coelho

- Morreu!

Ele disse:

- Mas ele parecia tão bem hoje de manhã, correndo pelo quintal.

- Não, ele morreu na sexta feira, antes de sairmos para a praia, as crianças enterraram ele no fundo do quintal e agora ele reapareceu limpinho dentro da casinha.

A HISTORIA TERMINA AQUI, o que aconteceu depois não importa, somente tente responder estas perguntas:

1- Quem era o personagem principal da historia? O coelho, os vizinhos, os filhos ou o CACHORRO?

2 – Que tipo de sentimento levou o CACHORRO a procurar desesperado, durante três dias, o seu amigo de infância?

3 – Quem é o herói da historia?

4 – Quem é o bandido?

5 – Sentir pena do CACHORRO? Do coelho ou de nós?
O cachorro farejou o amigo enterrado e desesperado desenterrou o corpo. Levou-o entre os dentes, para que pudesse ser salvo, mas o seu dono estava lanchando com a família na cozinha e não percebeu os olhos lacrimejando do cachorro que chorava pela perda do amigo, estava pedindo socorro.

Apanhou sem entender o porque, chorou pelas dores e pela perda do amigo.

Aplicação:
Nós continuamos imaginando que um banho, um secador e um perfume são capazes de disfarçar ou maquiar a hipocrisia ou o animal irracional que existe dentre de nós, pois continuamos julgando pela aparência.


"JESUS, O FIEL AMIGO"

ilustração - O COPO DE LEITE


Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que somente lhe restava uma simples moeda, alguns centavos. Decidiu que pediria comida na próxima casa, porém, foi traido pelos seus nervos quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta. Envergonhado pediu um copo de água em vez de comida. Ela pensou que o jovem estivesse faminto e assim lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou?

- Quanto lhe devo?

- Nada, disse ela. É que minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por oferta de caridade.

- Ele disse – Pois te agradeço de todo o coração.
- Quando o jovem saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus ficou mais forte.

Anos depois esta jovem mulher ficou gravemente doente. Os médicos da sua cidade estavam confusos. Finalmente a enviarem para a capital onde tinham mais recursos. Lá chamaram um doutor especialista para estudar a sua rara enfermidade, que ficou com os olhos cheios de lágrimas ao saber de onde viera a jovem, ele conhecia a cidade dela.


Imediatamente subiu ao quarto onde a jovem estava internada e foi vê-la. A reconheceu imediametamente. Saiu daquele quarto e com os olhos em lagrimas decidiu que iria fazer de tudo para salvar aquela paciente. A partir daquele dia dedicou toda a sua atenção ao caso.

Depois de uma demorada luta pela vida da enferma ele ganhou a batalha contra a doença. O doutor solicitou a administração do hospital a fatura com todos os gastos daquele tratamento, ele queria dar uma conferida. Pegou-a e escreveu algo no final e mandou que entregassem a paciente para que providenciasse o pagamento.

Aquela mulher pegou o envelope, estava com medo de abrir, pois sabia que seria alto o valor do tratamento e que levaria o resto da sua vida para que, juntamente com sua família, efetuasse o pagamento, mas finalmente abriu e algo lhe chamou a sua atenção. Ao final da fatura estava escrito a seguinte frase:

- Este tratamento já foi pago há muitos anos atrás na sua cidade com aquele copo de leite.


"JESUS O FIEL AMIGO"

sábado, 17 de abril de 2010

7ª viagem - Ponte de Paulicéia e Panorama 20/02/2010 - 350 km


Já estava enferrujando, precisava logo esticar o esqueleto, então para isto somente uma corridinha de moto. Primeiro desafio estabelecer o destino, para isso levo em conta e estudo o momento do local na mídia, historia, distância, etc., na verdade não considero nada disto, é como se fosse a paixão a primeira vista, vejo, gosto e vou.

Um dia correndo pela net me deparei com a ponte de Paulicéia, lindona, moderna com um histórico de construção complicado, demorada, ficou muito evidente na mídia em 2009 devido a sua inauguração pelo Presidente Lula. Pronto, marquei as coordenadas e estabeleci o curso. Paulicéia – Panorama.

Encarei a Júlio Budisk, Marcondes, Sto Expedito, Flora, Irapuru, Junqueiropolis, Dracena, até chegar no meu destino, foram 350 km entre ida e volta.


Como para mim o importante é a curtição e não o tempo, demorei 4 horas, média de 40 km por hora para, para voltar foi o mesmo tempo.

A ponte realmente é linda e vista de perfil é mais ainda, bem feita, os raios no centro, tem até segurança. Passei por ela e desemboquei no lado sul matogrossense para matar a saudade daquela terrinha vermelha. Se soubesse que o segurança não invocaria teria atravessado ela a pé, apesar da sensação de insegurança que deve dar.


Somente não entendi uma coisa, uma vicinal dá acesso a ponte, ela fica 5 km da cidade, porém a cabeceira não é asfaltada, é terra, estranho, não dá nem 500 mts e deixaram sem asfalto. Do lado do MS é uma estrada que dá acesso a Brasilândia, 25 km de terra, num tive coragem de enfrentar, esforça muito a moto, apesar que estava com vontade.


Fiquei um tempo na ponte, depois corri a cidade e na volta dei uma parada em Panorama, que é do lado, fiquei umas horas, no balneário e na city até o momento que achei que deveria voltar. Parei em Junqueiropolis, aqui abro um parênteses, que cidade bonitinha e arrumadinha, o centro, os semáforos engraçados, nunca tinha visto daquele jeito, valeu a pena os minutos que fiquei lá.

Como voltei sem preocupação, demorei 4 horas para chegar em Prudente, rejuvenescido, pronto para outra.

Depois desta fui para Rosana, na próxima postagem eu conto como foi.

vídeo completos e fotos - orkut

sexta-feira, 16 de abril de 2010

14 anos - não estava nem lembrando


Lembrei agora, 21:00 horas, que exatamente hoje completo 14 anos de efetivo exercício de Serviço Público Municipal e para comemorar nada mais justo e louvável, para Deus, eu relembrar como fui agraciado com esta benção, então vamos lá:

Como a maioria ralei nos estudos, morei um tempo fora e sozinho (Campo Grande e Campinas) para tentar a vida, mas foi na volta para Machado que resolvi prestar o concurso em 1994 na prefeitura de Prudente.

Como eram muitas vagas deu para animar, mas quando vi a fila para inscrição, quase desisti e para ajudar enfrentei outra no dia para pegar o comprovante.

No dia prova, final de 94, estava triste porque um garoto da igreja, 4 anos, havia caído no chão e quando foram ao médico já era tarde, o câncer já estava alastrado. Minha tristeza foi ter prestado este concurso examente no dia do velório dele, mas fiz a prova, fique bem colocado.

No dia do exame prático quase desisti, treinei tanto, a datilografia, aff, mas no dia deu branco, peguei a folha destinada a escrever o texto e amassei de raiva. A monitora olhou para mim e disse pega de volta e continua, a folha estava toda amassada, parecia Deus falando comigo, pega e continua. Consegui nesta prova a metade da pontuação, ufa, obrigado Deus.

Agora vinha a parte mais difícil, ser convocado para assumir. Na época estava desempregado, era novo, mas estava cansado daquilo, até que um dia desabafei com Deus. Tinha que ir à um sítio e resolvi ir a pé, que gostoso, 3 horas da tarde, sol quente, fui conversando com Deus, pedindo para que Ele abrisse uma porta, queria fazer algo.

Todos os dias pela manhã lia e relia as publicações oficiais na esperança que estivesse sendo convocado e qual a surpresa, um dia após meu desabafo, estava lá, sendo nomeado. Em apenas um dia providenciei toda a documentação e iniciei meu exercício em 16/04/1996.

Agora estou há 14 anos fazendo isto: