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quarta-feira, 30 de junho de 2021

Grandes verdades em poucas palavras - 0024

“O fruto do Espírito não é emocionalismo nem ortodoxia: é caráter”. G. B. Duncan

O direito de primogenitura do cristão é o poder do Espírito Santo”. Lionel Fletcher

“Antes do Pentecoste, os discípulos achavam difícil fazer coisas fáceis; depois do Pentecoste, achavam fácil fazer coisas difíceis”. A. J. Gordon

“O Espírito Santo é o anel de noivado que o Noivo celestial nos dá”. Michael Green

“Se o Pentecoste não foi repetido, também não foi revogado... Esta é a era do Espírito Santo”. John Murray

“Antes de mandar a igreja para o mundo, Cristo mandou o Espírito para a igreja. A mesma ordem precisa ser observada hoje”. John R. W. Stott

Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado”. John Wesley

A medida de sua espiritualidade é dada pelo valor que você dá às Escrituras.” Myron Augsburger


Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 29 de junho de 2021

Os primogênitos: Deixa o meu ir, senão levo o seu. Capítulo 1



c) A missão de Moisés: tirar os hebreus do Egito

Antes da chamada de Moisés, Deus havia se manifestado e falado diretamente com os grandes patriarcas de Israel, Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.1-3; 26.1-5; 28.13-17), exceto com José, que assim como o restando do povo deveriam repassar as histórias, de geração à geração, até que fossem totalmente esquecidas e, de fato algumas foram.

Moisés, o quinto grande patriarca de Israel, seria então o responsável por tirar aquele povo do Egito e por ensiná-los a esquecerem definitivamente aquela cultura pagã e o fascínio provocado por todos os anos de mistura.

Um pouco antes da visita de Deus para livrá-los daquelas terras e conforme o antecipado a Abraão (Gn 15.13-15), a opressão, a dor, o choro e as lamentações aumentaram consideravelmente até se lembraram de Deus, pelo menos alguns (Ex 2.23).

Faraó, tentando impedir a bênção de Israel, que se aproximava, ordenou a matança dos recém-nascidos de todos os hebreus. O seu temor era pelo futuro, mas desprezou o presente, pois não se preocupou com os jovens e adultos daquela época.

A ordem dada às parteiras não foram cumpridas, pois a função daquelas mulheres era justamente proporcionar o oposto, deveriam favorecer a vida e não a morte.

Deus constituiu uma comissão para preservar a vida de Moisés, que foi formada pelas parteiras, pelos próprios pais e pela pretensa mãe adotiva egípcia, a filha de Faraó.

Foram três as situações em que Moisés poderia ter sido morto, mas encontrou, no período mais critico de sua vida, pessoas que se arriscaram na tentativa de salvá-lo.

Quantas mães hebreias entregaram seus filhos para serem mortos na esperança de salvarem outros ou a si mesmo ou até mesmo pelo medo de serem mortas? Ou quantas esconderam seus filhos tal como fizeram Joquebede? O certo é que muitos morreram.

Pais, parteiras todos se arriscaram, mas não tanto quanto a própria filha de Faraó, pois quais argumentos poderia ter usado para convencer o pai a deixá-la com o bebê de um hebreu?

De todos os integrantes da comissão, pró-vida de Moisés, ela foi a que teve as maiores decepções, pois viu seu filho adotivo, no futuro, se recusar a ser chamado de filho da filha de Faraó, além de ter sentido desde o inicio que não havia dado à luz, criado e tampouco educado a criança nos caminhos de seus inúmeros deuses, tais obrigações foram cumpridas por Joquebede, sua mãe biológica.

continua...

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Geografia Bíblica - aula 5

V – UNIDADES DE TEMPO E MEDIDA

1) CALENDÁRIO JUDAICO

O calendário judaico é Lunissolar, se baseando nos movimentos da Terra em relação ao Sol e da Lua em relação a Terra. A semana possui 7 dias terminando no sábado (Ex 20.10). Os meses variam de 29 a 30 dias, iniciando com a lua nova (Nm 28.14). Os anos possuem 12 meses lunares, totalizando 354 dias (1 Cr 27.1-15). De 3 em 3 anos, acrescentava-se um mês (repetindo o último) para igualar os meses lunares com o ano solar. O meses do calendário judaico são:

  • Nissan (março/abril);
  • Iyar (abril/maio);
  • Sivan (maio/junho);
  • Tamuz (junho/julho);
  • Av (julho/agosto);
  • Elul (agosto/setembro);
  • Tishrei (setembro/outubro);
  • Chesvan (outubro/novembro);
  • Kislev (novembro/dezembro);
  • Tevet (dezembro/janeiro);
  • Shevat (janeiro/fevereiro);
  • Adar (fevereiro/março).

 

2) MEDIDA DE TEMPO

  • Hora: 1/12 do dia e 1/12 da noite, porém variava de acordo com as estações do ano, pois dependia do nascer e do por do sol (Mt 20.3);
  • Vigília: a noite era dividida em três vigílias, de quatro horas (Jz 7.19). Os romanos a dividiam em quatro vígilas de três horas cada (Mt 14.25);
  • Noite: 12 horas, contadas do pôr do sol até o seu nascer (Gn 7.4);
  • Dia: 12 horas, contadas do nascer ao pôr do sol (Gn 7.4) ou de um pôr do sol até outro (Ex 20.8-11);

 

3) UNIDADE DE PESO

  • Gera (Ex 30.13): correspondia a 1/10 do Beca ou 1/20 do Siclo. Atualmente equivale a 0,571 gramas;
  • Beca (Ex 38.26): correspondia a 10 Geras ou 1/2 do Siclo. Atualmente equivale a 5,712 gramas;
  • Siclo (Gn 24.22): correspondia a 20 Geras ou 2 Becas. Atualmente equivale a 11,424 g;
  • Mina (Ed 2.69): correspondia a 50 Siclos. Atualmente equivale a 571,2 gramas;
  • Talento: (2 Sm 12.30): correspondia a 3000 Siclos ou 60 Minas. Atualmente equivale a 34,272 kg ou 40 kg (Ap 16.21).

 

4) MOEDAS DO ANTIGO TESTAMENTO

  • Siclo, a Mina e o Talento eram usadas como meio de pagamento. Se tratavam de peças ou barras de metal, prata ou ouro (2 Rs 18.41);
  • Dárico: moeda de ouro que pesava 8,4 g (1 Cr 29.7; Ed 2.69; 8.27; Ne 7.70). Em algumas versões é chamado também de Dracma, mas não se trata do mesmo do Novo Testamento.

 

5) MOEDAS DO NOVO TESTAMENTO

  • Lepto (Mc 12.42): moeda de cobre ou de bronze que correspondia a 1/2 do Quadrante ou a 1/128 do Denário;
  • Quadrante (Mc 12.42): moeda de cobre romana que correspondia a 1/4 do Asse ou 1/64 do Denário;
  • Asse (Mt 10.29): moeda romana de cobre que correspondia a 1/16 Denário;
  • Denáro (Mt 20.2): moeda romana de prata que correspondia ao salário de um dia de trabalho;
  • Dracma (Lc 15.8): moeda grega de prata com valor igual a 1 Denário;
  • Didracma (Mt 17.24): moeda grega de prata que correspondia a 2 Dracmas ou 2 Denários;
  • Tetradracma (Mt 26.15): moeda grega de prata que correspondia a 4 Dracmas ou 4 Denários;
  • Estáter (Mt 17.27): moeda grega de prata que correspondia a 2 Didracmas ou 4 Denários;
  • Mina (Lc 19.13): moeda grega de ouro que correspondia a 100 Denários;
  • Talento (Mt 25.15): moeda de prata ou ouro que equivale a pelo menos 6.000 Denários.

 

6) MEDIDA DE CAPACIDADE PARA SÓLIDOS

  • Cabo (2 R 6.25): correspondia a 1/18 do Efa ou 1/16 da Medida. Atualmente equivale a 1 litro;
  • Gômer (Ex 16.16): correspondia a 1/10 do Efa. Atualmente equivale a 1,76 litros;
  • Alqueire ou Seá (2 Rs 7.1): correspondia a 1/3 do Efa. Atualmente equivale a 5,87 litros;
  • Efa (Lv 19.36): equivale atualmente a 17,62 litros;
  • Leteque (Os 3.2): correspondia a 5 Efas ou 1/2 do Ômer. Atualmente equivale a 88,1 litros.
  • Coro (Ed 7.22) ou Ômer (Ez 45.11): correspondia a 10 Efas. Atualmente equivale a 176,2 litros.

 

7) MEDIDA DE CAPACIDADE PARA LÍQUIDOS

  • Sextário ou Logue (Lv 14.10): correspondia a 1/12 do Him. Atualmente equivale a 0,29 litros.
  • Him (Lv 19.36): correspondia a 1/6 do Bato. Atualmente equivale a 3,47 litros.
  • Bato (Is 5.10) ou Cado (Lc 16.6): correspondia a 1/10 Coro. Atualmente equivale a 20,82 litros;
  • Metreta (Jo 2.6): alguns a consideram igual ao Bato, porém sendo de 30 a 40 litros;
  • Coro (1 Rs 5.11): correspondia a 10 Batos. Atualmente equivale a 208,2 litros.

 

8) MEDIDA DE COMPRIMENTO

  • Dedo (Jr 52.21): correspondia a 1/4 de Quatro Dedos. Atualmente equivale a 1,8 cm;
  • Quatro dedos (Ex 37.12): correspondia a 1/3 do Palmo ou 1/6 do Côvado. Atualmente equivale a 7,4cm;
  • Palmo (Ex 28.16): correspondia a 1/2 Côvado. Atualmente equivale a 22,2 cm. Podia ser de 51,8 cm (Ez 43.13);
  • Braça (At 27.28): correspondia a 4 Côvados. Atualmente equivale a 1,80 m.

 

9) MEDIDA DE DISTÂNCIA

  • Tiro de Pedra (Lc 22.41): Atualmente é equivalente a 20 e 30 m;
  • Tiro de Arco (Gn 21.16): Atualmente equivale de 100 a 150 m;
  • Jornada de um Sábado (At 1.12): correspondia a 2.000 Côvados. Atualmente é equivalente a 888 m;
  • Jornada de um Dia (Gn 31.23): o equivalente atual é de 30 a 40 km.
  • Estádio Romano (Lc 24.13): o equivalente atual é de 185 m.
  • Milha Romana (Mt 5.41): correspondia a 8 Estádios. Atualmente equivale a 1.479 m.

 

10) MEDIDA DE ÁREA

  • Jeira (1 Sm 14.14): equivalente ao que uma junta de bois podia arar em um dia. Atualmente equivale a 2.500 m².

 

Fonte: Apostila Curso Básico de Teologia do SETEM – Seminário Teológico Manancial. Elaboração: Pb. Ailton da Silva

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

domingo, 27 de junho de 2021

Os patriarcas. Coincidências ou repetições da história? – Capítulo 5


Isaque: Não conheça a parentela de seu pai

“Fique em sua terra, entre sua parentela” 

Deus trabalhou na vida de Isaque, de forma a prepará-lo espiritualmente para que assumisse a posição de patriarca a que seria elevado, tão logo seu pai fosse recolhido.

Este processo de capacitação teve inicio após a anulação da condição de primogenitura de Ismael. A partir daquele momento, o mundo ficou ciente de que Abraão tinha somente um filho e seria o único que Deus usaria para continuidade de seu plano.

Isaque era o filho unigênito e teve todas as atenções de seu pai voltadas em seu favor. Todos deveriam esperar o momento certo para então contemplarem o cumprimento das promessas, mesmo que demorassem.

Estes fatos comprovaram que Deus realmente estava trabalhando na vida de Isaque e de sua família, mas o sucesso somente foi alcançado devido a sua obediência, tal como seu pai, pois da mesma forma soube esperar o momento certo para agir e receber as bênçãos de Deus.

Todo este cenário glorioso foi fruto da lealdade, obediência e fidelidade de Isaque, presenciadas em sua vida no momento em que ficou aguardando o retorno do servo de seu pai com sua futura esposa. Não reclamou, muito menos se desesperou pela demora. Soube aguardar e receber a bênçãos como ninguém.

Abraão, pensando no futuro e descendência da família, ordenou a um de seus servos que fosse buscar, em sua terra natal, uma moça para se casar com seu filho, porém não poderia ser a primeira que visse, ou a mais bela, a mais rica, pois entre os cananeus havia muitas nestas condições, se fosse assim não haveria necessidade de tamanho sacrifício e não precisaria ir tão longe. A escolha tinha que ser cautelosa e não poderia ter erros.

A noiva deveria ser uma especial, escolhida, apontada entre muitas e o servo haveria de respeitar as únicas duas condições impostas por Abraão para proceder a escolha.

Primeiramente a moça teria que ser da família do patriarca, que já era conhecedor da intenção de Deus em criar para si um povo santo, zeloso e de boas obras.

Abraão não queria presenciar a união de seu filho com as filhas dos cananeus, pois temia que pudesse se contaminar com a imoralidade, idolatria, pecado e maldade que reinavam entre aquele povo. A moça sendo parente deixava claro o grande plano Divino na sua linhagem.

Em segundo lugar Isaque não poderia retornar para as terras de seu pai, para buscar a sua própria esposa, teria que confiar na fidelidade e no gosto do servo. Abraão entendia que a sua ida para aquele lugar representaria um retrocesso em sua vida, podendo até mesmo afetar a sua espiritualidade ou desviá-lo do caminho de Deus.

Mas Rebeca era da mesma família[1] idólatra que Abraão havia deixado para trás, após a sua chamada, como agora ordenava a mistura novamente?

Abraão disse para o seu servo: “Vá e traga uma esposa para meu filho entre a minha parentela, pois no meio do caminho, Deus irá tratar com ela”.

Abraão pensou muito para chegar a esta conclusão, pois no seu entendimento seria possível que a nova geração de sua família estivesse livre da idolatria, ou bem menos influenciada negativamente, em todos os casos era melhor o casamento de seu filho com uma mulher de sua linhagem do que a mistura com os cananeus. Esta decisão teve o aval e a total aprovação de Deus.

Isaque até poderia ter ido a cidade natal de seu pai para buscar a sua própria esposa, ou então ter escolhido uma que lhe agradasse aos seus olhos, como prova da existência do seu livre arbítrio, mas como submisso, jamais tomaria esta decisão, desobedecendo a ordem de seu pai que na verdade era a própria vontade de Deus para que a reputação dos patriarcas não fosse manchada.

Isaque, um tipo de Jesus por ter sido alçado à condição de filho unigênito e pedido em sacrifício por Deus, soube esperar sossegado o retorno do servo que traria a sua noiva, assim como o Espírito Santo, um dia, levará a Igreja, como um servo fiel, ao encontro do Noivo nos ares.

O plano de Deus, naquele momento, era eleger uma nação santa, zelosa e de boas obras, querendo com isso perpetuar o seu nome e, naquele momento, o casamento de Isaque com uma cananéia resultaria em uma mistura de idólatras, maldosos, imorais e amorais, uma verdadeira abominação.

Realmente seria difícil a convivência do povo originado pela união entre os hebreus, cananeus, jebuseus, girgaseus, heveus, heteus e etc. O plano de Deus era criar e manter Israel, a sua nação e neste contexto histórico, o restante da humanidade não estava inserido, até então[2].

A união dos filhos, de qualquer um dos patriarcas dos hebreus, com uma cananéia representaria o retorno[3], jamais isto seria permitido e a qualquer momento, se fosse preciso devido a desobediência ou rebelião, Deus trocaria Abraão, Isaque ou Jacó e outros daquela linhagem. O certo é que aquela aberração e afronta não seria permitida.

O mesmo acontece com o homem que se entrega a Deus deixando de lado a sua vida pecaminosa para se tornar um verdadeiro cidadão dos céus, não tendo mais, por isso, nenhum motivo para voltar, ao seu passado idólatra, em busca de algum benefício carnal, material ou espiritual.

Então aquele servo obediente tomou direção à terra natal de Abraão, para cumprir sua missão. Deveria escolher a moça certa, a única, a que serviria para o filho unigênito de seu senhor.

Tarefa nada fácil, pois veria inúmeras que certamente poderia vislumbrar seus olhos, mas não estava atrás disto. O que fazer então? Havia somente uma atitude a tomar, buscar a resposta em oração. Sem muito esforço, de sua parte, apenas orando, encontrou Rebeca.

O problema seria convencer o pai de Rebeca a permitir que a levasse para Canaã. O plano do servo consistia em revelar a todos a forma como Abraão, havia sido tirado de suas terras e como provara sua fidelidade através da vida de seu filho, o futuro esposo daquela moça. Somente assim os pais entenderiam que aquela união fazia parte do plano de Deus. Nenhum argumento poderia ser colocado como obstáculo para que Isaque recebesse sua bênção.

Naquela tarde não tinha como Isaque disfarçar as suas preocupações, por isto a sua oração foi diferente, teve propósitos, pedidos inusitados, coração ofegante, medo e ansiedade. A novidade de vida se aproximava.

O servo do pai não estava demorando com sua noiva. A bênção chegaria em suas mãos no momento certo. Mas como a recepcionaria? Teria o servo acertado em sua escolha? A moça alegraria os seus olhos? E ela se agradaria de Isaque? Três pares de olhos que estavam sob a direção de Deus, os do noivo, da noiva e do servo foram os principais motivos da oração de Isaque naquele dia.

Como de costume, voltava de seu costumeiro momento devocional, quando encontrou Rebeca, pelo caminho. Prontamente a recebeu[4] como esposa. Ela desceu do camelo, cobriu o rosto e aceitou Isaque como esposo. Esta foi a maior alegria do velho pai Abraão.

Desta união[5] nasceram dois filhos, que desde o ventre já se mostravam rivais, devido as afeições diferentes com que foram criados, pois, enquanto o pai amava mais Esaú, que era caçador, a mãe amava mais a Jacó, esta atitude foi o princípio das dores para os pais.


continua...



[1] Ainda havia resquícios de idolatria na família de Abraão (Gn 35.1-5; Js 24.2), ou provavelmente as novas gerações não fossem tão idolatras quanto a parentela do passado.

[2] As outras nações da Terra teria a oportunidade de serem inseridas no plano de Deus através da pregação do Evangelho.

[3] Abraão foi tirado do meio dos idolatras (Js 24.2), portanto não permitiria que seu filho retornasse às suas origens.

[4] Rebeca se constitui no segundo sacrifício de Isaque e novamente não tinha como dizer não para Deus.

[5] O encontro de Isaque com Rebeca tipifica glorioso o encontro de Jesus com sua igreja. O pai Abraão é um tipo de Deus. O servo é um tipo do Espirito Santo. Rebeca é um tipo da igreja e Isaque é um tipo do Noivo.

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

sábado, 26 de junho de 2021

Anticristo. A solução material com implicações espirituais! Capítulo 6

ANTICRISTO X CRISTO. COMO IDENTIFICÁ-LOS? 

Muitos profetizaram sobre o nascimento, ministério, morte e ressurreição do Messias e a intenção era justamente auxiliar os judeus a identificarem o verdadeiro Cristo quando viesse ao mundo, mas eles não compreenderam ou não se lembraram das profecias.

Sobre o Anticristo não foi profetizado tanto quanto foi de Jesus. Outro detalhe é que este personagem Maligno na cumprirá nenhum dos requisitos mencionados para identificação do verdadeiro Messias, sequer chegará perto, porém mesmo assim conseguirá enganar muitos.

Como os judeus não atentaram para estas profecias? Por que os escribas e os conhecedores da Palavra não alertaram a classe religiosa e todos os filhos de Abraão sobre as evidências da divindade de Jesus? Mesmo porque tudo o que foi profetizado teve o seu cabal cumprimento.

O ódio, a incredulidade e o medo pelas represálias romanas impediram que os judeus associassem os fatos ocorridos na vida de Jesus com o cumprimento das profecias messiânicas. Na verdade desejavam se livrar rapidamente dele, pois o julgavam um problema e com isto não perceberam a presença do Messias.

O estudo e conhecimento, mesmo que superficial, das profecias messiânicas ajudariam na identificação do Messias, porém para aceitá-lo e acreditarem em seu sacrifício vicário seria necessário algo mais, a fé. 

As profecias sobre o nascimento, ministério, pré e pós-morte de Jesus se cumpriram, mas os homens da época, mas pela falta de discernimento e fé, não receberem o Filho de Deus na Terra. 

 

1)  Sobre o nascimento do Messias:

a)  O Messias é o primogênito de toda criação de Deus:

  • Profecia (Pv 8.24-25). Cumprimento (Jo 1.14-15; 3.16; Cl 1.15).

 

b)  O Messias descenderia de Abraão, Isaque e Jacó:

  • Profecia (Gn 17.19; 18.18). Cumprimento (Mt 1.1-16; Lc 3.23.34; At 3.25).

 

c)  O Messias seria da Tribo de Judá:

  • Profecia (Gn 49.10). Cumprimento (Mt 1.2-3; Lc 3.33.34).

 

d)  O Messias seria herdeiro do trono de Davi:

  • Profecia (Sl 132.11; Is 9.7; 11.1-5). Cumprimento (Mt 1.1-6).

 

e)  A matança de inocentes ao nascimento do Messias:

  • Profecia (Dn 9.25; Jr 31.15). Cumprimento (Mt 2.16-18).

 

f)   Belém seria a cidade onde nasceria o Messias:

  • Profecia (Mq 5.2). Cumprimento (Mt 2.1; Lc 2.4-7).

 

g)  A mãe do Messias seria uma virgem:

  • Profecia (Is 7.14). Cumprimento (Mt 1.18; Lc 1.26-35).

 

h)  Reis homenageariam e presenteariam o Messias:

  • Profecia (Sl 72.10; Is 60.3). Cumprimento (Mt 2.1-2.11).

 

i)    Os pais do Messias fugiriam para o Egito:

  • Profecia (Os 11.1). Cumprimento (Mt 2.14-15).

Continua...

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Terra. A preparada para o homem - Capítulo 7

FORA DO PARAÍSO, MAS AINDA NO PLANO DE DEUS 

Mesmo na condição de pecador, o homem conseguiu obter a atenção de Deus, justamente quando o inimigo depositava suas fichas na queda e vergonha humana, por imaginar ter feito o trabalho perfeito, porém amargou uma nova derrota, pois Adão foi procurado e chamado pelo seu próprio nome e esteve mais uma vez na presença do Criador.

Deus teve misericórdia do homem após sentenciá-lo, pois poderia ter exterminado ali mesmo a sua criação. Naquele momento deu-se a instalação da misericórdia de Deus e a apresentação do plano de salvação da humanidade. E para concluir o dia de bênçãos o homem ganhou de presente roupas novas e duradouras.

Este foi o estopim da fúria maligna contra a criação de Deus, pois esperava[1] uma sentença de condenação. Ele não entendeu o porquê de tamanha proteção. Não poderia haver de Deus outra reação que não aquela, uma vez que a tentação veio do exterior, não nasceu no coração do homem, pois não havia espaço, campo ou motivo para isto. Pela primeira vez o pecado se intrometeu na raça humana. Uma simples desobediência, mas de consequências monstruosas, foi capaz de afetar a cultura original criada por Deus.

O homem foi expulso[2] do paraíso e esteve frente a frente com um ambiente totalmente oposto, sujeito a dificuldades, lutas, doenças, violência, contendas, brigas, discussões, doenças, dores, mortes, ciúmes, crueldades e competitividade. Até então, por receberem somente bênçãos de Deus, não tinham conhecimento desta realidade cruel. Começariam a colher os resultados do pecado. Tudo agora seria conseguido pelo suor de seu trabalho ou pela bondade da natureza ainda que o serviria fielmente.

O pecado alterou a conduta da humanidade e foi a causa de sua expulsão do paraíso, mas não foi capaz de tirar o homem do coração de Deus e tampouco alterou o plano Divino, tanto que as gerações seguintes aguardavam ansiosas o cumprimento das promessas, mesmo conhecendo toda a história da queda. O que animava aqueles corações era a certeza de que não estavam abandonados a mercê de suas próprias sortes e convicções, contudo não mais tiveram mais acesso ao paraíso.

O direito de habitarem no primeiro paraíso foi perdido, mas ainda existe a possibilidade de que o homem alcance o segundo, a nova Jerusalém, lugar para onde somos atraídos pelo sacrifício vicário de Jesus.

O primeiro casal não teve direito a uma preparação transcultural, para mudarem de ambiente, sequer dias ou horas de carência, pois a expulsão se deu tão logo ouviram a sentença, ou poderíamos imaginar Deus dando a eles um tempo para se despedirem de tudo e de todos? Se tivessem esta oportunidade será que refletiriam sobre o ocorrido? Jamais seria permitida tamanha tortura moral e espiritual. O sofrimento seria maior por saberem que sairiam, um dia, portanto era melhor cumprirem imediatamente a sentença.

Findou-se então a breve estadia humana no paraíso onde estavam sobre as bênçãos e proteção de Deus. Agora a história seria outra e bem diferente.

A transição cultural foi um choque para eles, mas a mudança do padrão de vida foi bem mais problemática. Como lidaram com esta nova situação?

Continua...



[1] O inimigo do homem esperava pela condenação, tal como ocorreu com ele quando foi expulso do céu e quando ouviu que a semente da mulher esmagaria sua cabeça.

[2] A mudança radical do estilo de vida humano.

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Neemias: como sair do anonimato - Capítulo 9

continuação....

RECONSTRUÇÃO, ORAÇÃO E VIGILÂNCIA 

2) MOBILIZAÇÃO PARA A ORAÇÃO E VIGILÂNCIA

A oposição não daria trégua (4.9), por isto Neemias mobilizou o povo para a oração e vigilância. Sua estratégia principal foi dar responsabilidade para todos. Posicionou os guardas perto de suas famílias. A grandiosidade da obra era visível e muitos estavam espalhados, por isto ao toque da trombeta todos deveriam se ajuntar (4.19-20). Sua preocupação era com a segurança do povo, por isto colocou guardas nos lugares baixos, altos e por detrás do muro.


3) VIGIEM! EXISTE UM FALSO PROFETA (6.12):

Naquele momento a visão espiritual de Neemias entrou em ação e o inimigo foi detectado. O absurdo era que estava do lado de dentro e não de fora e não tinha aparência de mal, apenas tinha más intenções.

Um infiltrado, que em vez de cooperar para o bom andamento da obra, trabalhou em prol da oposição, talvez motivado pela recompensa.

Semaías, o profeta, que se permitiu ser subornado pela oposição (6.10), fez parte de um grande plano maligno através de uma falsa profecia entregue a Neemias. Sua intenção era levar o líder ao Templo, mesmo não tendo descendência levítica.


4) OS NOBRES A SERVIÇO DO INIMIGO:

Como o muro já estava construído, não restava alternativa aos inimigos a não ser destruir o grande líder. Os nobres em vez de ajudarem, mantinham a oposição informada sobre o andamento da obra e procuravam desestabilizar os judeus que estavam de coração, engajados nos trabalhos, mas o alvo de todos sempre foi Neemias (6.9). Isto sempre ficou claro, desde o inicio. 

Seria obrigação destes nobres o auxílio a Neemias na reconstrução da cidade? Não seria mais vantajoso e lucrativo para eles o progresso? Ou as promessas e barganhas oferecidas pelo outro lado foram capazes de seduzi-los?

A grande verdade é que Neemias tinha autorização e autoridade para continuar no cargo, enquanto que os nobres não, mas o que fazer se a oposição sempre se mostrou à frente do trabalho? Desde o inicio não deram tréguas.

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Grandes verdades em poucas palavras - 0023

“O encorajamento é o oxigênio da alma”.George M. Adams

“Se quiser ficar desapontado, olhe para os outros; se quiser ficar desanimado, olhe para si mesmo, se quiser ficar encorajado, olhe para Jesus”. Anônimo

“A enfermidade mostra o que somos”. Anônimo

“Algumas vezes Cristo vê que precisamos da doença para o bem de nossa alma mais do que da cura para o alívio de nosso corpo”. Matthew Henry

“O entusiasmo é mais fácil do que a obediência”. Michael Griffiths

O entusiasmo, como o fogo, precisa não somente queimar como também ser controlado”. Augustus H. Strong

"Esperança" é a abreviatura bíblica de certeza incondicional”.

“Esperança é fé no futuro do indicativo”. Peter Anderson

“A esperança consegue ver o céu através das mais densas nuvens”. Thomas Brooks

A esperança nunca vai mal quando a fé vai bem”. John Bunyan

Ter esperança é esperar com disciplina”. E. Hoffmann

A esperança é a mãe da paciência”. William Jenkyn

Meu futuro é tão brilhante quanto as promessas de Deus”. Adoniram Judson

“O futuro pertence àqueles que a Deus pertencem. Isto é esperança”. W. T. Purkiser

A natureza da esperança é esperar no que a fé crê”. Richard Sibbes

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

terça-feira, 22 de junho de 2021

Os primogênitos: Deixa o meu ir, senão levo o seu. - capítulo 1

b) Missão de José: preparar a visita de Deus

Jacó, antes de sua morte previu que algo de ruim poderia acontecer com o seu povo no Egito, no entanto, não ficariam desprotegidos, pois logo seriam visitados por Deus, para serem tirados daquela terra (Gn 48.21, 50.25).

Como Jacó sentia seus últimos dias, fez José jurar que o levaria para ser sepultado com seus pais (Gn 47.30) e, por conseguinte, José fez seus irmãos prometerem o mesmo (Gn 50.25). O pedido foi atendido[1] e nenhum osso do patriarca hebreu permaneceu no Egito (Gn 50.7-11; Ex 13.19).

José, o profeta e governador do Egito, poderia ter sido sepultado em uma pirâmide menor que as dos faraós, mas fez seus irmãos jurarem que levariam seus ossos quando fossem embora, depois da visita de Deus (Gn 50.25).

Não queria ser sepultado no Egito, para não ter seu nome associado à múmias. O bonito da história é que a promessa, que teve um peso incalculável, depois de muitos anos ainda ardia no coração dos descendentes. Seus ossos foram retirados do Egito por Moisés (Ex 13.19) e enterrados posteriormente em Siquém, já na Terra Prometida (Js 24.32).

José, o sábio, preferiu perder a glória momentânea que teria direito no seu sepultamento, para depois receber uma honra ainda maior, pois saiu nos braços do libertador de Israel, Moisés. Ele enxergou o futuro, desprezou o prédio histórico e preferiu a terra de Canaã para esconder temporariamente o seu corpo sem vida.



[1] Promessa feita a um patriarca tinha muito peso. Deveria ser cumprida.

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Geografia Bíblica - aula 4

IV – FAMÍLIA E COMPORTAMENTO

1) FAMÍLIA

Os hebreus mantinham costumes, tradições e procuravam preservar a identidade nacional. A família era considerada a mais importante instituição.

 

2) NOIVADO

Entre os hebreus o noivado era um compromisso sério, que criava um vinculo tal como o casamento e somente a morte poderia dissolver. Poderia durar de um mês a sete anos. O relacionamento sexual somente ocorria após as núpcias. Nesse período a noiva continuava na casa do pai. O casamento era realizado quando o noivo acabava a construção da casa.

 

3) CONTRATO DE CASAMENTO, NÚPCIAS, CASAMENTO E LEVIRATO

O contrato de casamento era acertado pelo pai do noivo, pelo irmão mais velho ou por um parente mais próximo. Excepcionalmente era acertado pela mãe ou amigo da família. Os dotes eram pagos pelo noivo, que oscilava entre 30 e 50 siclos de prata, como uma recompensa ao pai pela perda da filha. O casamento entre irmãos era proibido pela Lei de Moisés.

As nupciais eram celebrações que variavam entre sete dias ou mais, dependendo do poder aquisitivo dos noivos. Com seus amigos, o noivo se dirigia a casa da noiva, que estava esperando com as vestes nupciais e com o rosto coberto por véu.

A poligamia era aceitável, porém com algumas restrições previstas na lei mosaica, tipo: as mulheres não poderiam ser irmãs, ou mãe e filhas e o marido não poderia se relacionar com as esposas ao mesmo tempo. Em relação ao casamento misto, essa prática era abominada (Dt 7.1-4).

Havia também a prática do levirato, uma permissão para a viúva se casar com o irmão do falecido, caso não tivessem filhos. Isso dava segurança a ela e manteria a memória do marido e a herança na família (Dt 25.5,6).

 

4) DIVÓRCIO

O divórcio era permitido na Lei Mosaica devido ao coração duro dos israelitas. Com essa permissão muitos se aproveitaram para romper o matrimô­nio por quaisquer motivos. Alguns repudia­vam a esposa por não achá-la graciosa. Deus não aprovava esse comportamento, apenas tolerava. O rompimento era oficializado pela carta de divorcio (Dt 24.3-4).

 

5) ESTERILIDADE

Um costume da região, trazido das primeiras civilizações, permitia que a esposa estéril oferecesse servas para que seu marido não ficasse sem herdeiros. Esse filho poderia ser adotado pela esposa principal (Gn 16.1-4; 30.1-13), no entanto, caso a principal viesse a ter filho, poderia transferir os direitos do filho da serva para o seu (Gn 21.8-10), tal como fez Sara.

 

6) FILHOS

Os filhos são herança do Senhor (SI 127.3-5) e os israelitas cultivavam esse pensamento. As filhas eram consideradas mão de obra por seus pais, por isso na ocasião do casamento era oferecido dote para compensar a perda.

 

7) CIRCUNCISÃO

A circuncisão era, para os judeus, um dos mais importantes itens da Lei. Era o sinal e selo da aliança que Deus fez com Israel, através da vida de Abraão. Era um rito religioso com caráter moral e espiritual, consistindo em um sinal físico de que a pessoa pertencia ao povo com o qual Deus fez um pacto. Era também um sinal de obediência a Deus (Gn 17.11; At 7.8).

 

8) HERANÇA

A primogenitura era respeitadíssima em Israel e garantia ao filho mais velho a porção dobrada dos bens. As filhas recebiam a herança paterna somente na falta de irmãos. As que não recebiam eram sustentadas pelos irmãos que se encarregavam, inclusive, de seu casa­mento. Na falta de filhos, a herança poderia ser destinada aos servos, caso o senhor assim desejasse. Esse costume da região, trazido de povos antigos, era a maior preocupação de Abraão, pois ainda não havia sido abençoado com filhos (Gn 15.2-3).

Outro fator determinante para as questões sobre herança era a posse de ídolos domésticos que passavam de geração a geração, ou seja, o filho a quem fosse confiado a posse e guarda desses ídolos seria constituído herdeiro de todos os bens. Raquel roubou os ídolos de seu pai ao retornar com Jacó para Canaã, pois não sabia o que encontraria pela frente e imaginou ser aquela uma segurança para seu futuro (Gn 31.22-37).

 

9) O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE

As mulheres eram submissas ao marido, que por sua vez as honravam. As mulheres se preocupavam com afazeres domésticos, mas algumas ocuparam lugar de destaque e foram honradas, entre elas: Sara, Rebeca, Raquel, Rute, Hulda, Débora, Ester.

 

10) SAUDAÇÕES

Os hebreus se saudavam inclinando o corpo para frente, com a mão direita sobre o lado esquerdo do peito. Esse tipo de saudação é considerada muito prolongada pelos ocidentais. Talvez por isso que Jesus orientou aos seus discípulos para que não saudassem pelo caminho (Lc 10.4). Costumavam se inclinar até o chão quando saudavam magistrados ou pessoas importantes.

 

11) SEPULTAMENTO E LUTO

Com a constatação do óbito, o corpo era lavado e enrolado em lençóis perfumados, para amenizar a rápida decomposição, devido ao clima quente. As carpideiras iam à frente, logo após o defunto e depois os parentes e amigos do falecido. Os túmulos dos pobres eram cavados no chão, enquanto que os ricos tinham seus túmulos escavados nas rochas. O sepultamento era feito no mesmo dia. O luto durava sete dias.

 

12) MORADIAS

  • Tendas: eram feitas em pele de cabras;
  • Cabanas: feitas com estacas e cobertas com folhagens;
  • Casas: feitas de pedra, tijolos e de madeira. Geralmente pequenas e de apenas um cômodo.  As casas dos ricos possuíam vários cômodos;
  • Torre de vigia: construídas para proteger lavouras, feitas de madeira provisoriamente e depois de pedra para servirem de moradia;
  • Palácio: residência dos reis. O de Salomão foi o mais imponente.

 

13) MOBÍLIAS

As mobílias dos hebreus eram poucas, apenas leito e uma mesa baixa, raramente usavam cadeiras. Os ricos possuíam mobílias sofisticadas.

 

14) ALIMENTAÇÃO

Os hebreus se alimentavam de pão, azeite, vinho, legumes, frutas, lei­te, mel, farinha e carne, que em festas eram largamente consumidas. O peixe era mais consumido no litoral e nas imediações de rios e do mar da Galiléia.

 

15) INDUMENTÁRIA

Vestuário masculino: Os homens usavam túnica, capa de algodão, cinto de couro e turbante. O bastão e o anel-sinete eram usados como ornamentos. Os sacerdotes e sumo sacerdotes usam vestes que tipificavam a glória e a santidade divina;

As túnicas das mulheres eram mais ornamentadas. Costumavam cobrir o rosto quando apareciam em público. Usavam pulseiras, anéis, pendentes e diademas, algumas se pintavam. As mulheres hebreias costumavam ser elogiadas pela modéstia e simplicidade.

 

16) GRUPOS IDEOLÓGICOS

  • Saduceus: grupo econômico e político, formado pelos sacerdotes. Eram materialistas e não acreditavam na ressurreição;
  • Fariseus: opositores ferrenhos do Cristianismo, fanáticos e hipócritas;
  • Herodianos: defensores da dominação romana na Palestina;
  • Zelotes: contrários aos romanos e defensores da soberania de Deus;
  • Essênios: grupo asceta, apocalíptico e messiânico, praticamente foram dizimados por volta do ano 68 d.C.;
  • Publicanos: eram os coletores de tributos e taxas destinados ao Império Romano, por isso eram odiados pelos judeus.

 

17) O SINÉDRIO

O Sinédrio se constituía na suprema instância jurídica dos judeus. Era formado por 71 membros, constituídos entre o sumo-sacerdotes em exercício que era o presidente, representantes da classe rica, conhecidos como anciãos e os doutores da Lei ou escribas.

 

18) RELIGIÃO

O judaísmo, primeira religião monoteísta da história e fundamentada no Pentateuco e na Torá e regia toda a vida social e religiosa dos hebreus.

 

19) FESTAS E DIAS SOLENES

As festas e dias solenes representavam fatos históricos importantes da existência dos hebreus e todos apontavam para eventos significativos:

  • Páscoa: celebrada em 14 de Nisã (entre Março e Abril). Apontava para a libertação dos hebreus no Egito. Comiam um cordeiro com ervas amargas e pães sem fermento (Ex 12.1-14; Lv 23.5; Jo 2.13);
  • Festa dos Pães Asmos: celebrada entre 15 e 21 de Nisã (entre Março e Abril), para lembrar aos hebreus que foram tirados às pressas do Egito. Comiam pães sem fermentos (Ex 12.15-20; 13.3-10; Lv 23.6-8; Mc 14.1,12);
  • Festa das Primícias ou Primeira Colheita: celebrada em 16 de Nisã (entre Março e Abril). Para que os hebreus reconhecessem a benignidade de Deus em suas colheitas. Os primeiros frutos das colheitas eram ofertados (Lv 23.9-14);
  • Festa das Semanas ou Pentecostes: celebrada em 6 de Sivã (entre Maio e Junho), para demonstrar alegria e gratidão a Deus pela colheita obtida. Acontecia cinquenta dias após a oferta das primícias e celebrava a colheita do trigo (Ex 23.16; Lv 23.15-21; At 2.1);
  • Festa das Trombetas (Rosh Hashaná ou Ano Novo): celebrado em 1 de Tisri (entre Setembro e Outubro), para comemorar o início do ano civil. Era um dia de descanso e de fazer ofertas, onde as trombetas e os chifres eram tocados o dia inteiro (Lv 23.23-25; Nm 29.1-6);
  • Dia da Expiação (Yom Kippur): celebrado em 10 de Tisri (entre Setembro e Outubro) e tinha o propósito de oferecer sacrifícios pelos pecados dos sacerdotes, do povo e para purificar o santuário, um dia de descanso e jejum (Lv 16.1-34; Hb 9.7);
  • Festa dos Tabernáculos ou Cabanas: celebrado entre 15 e 21 de Tisri (entre Setembro e Outubro), para lembrar a peregrinação de Israel no deserto. Semana de festa pela colheita e neste período habitavam em cabanas e ofereciam sacrifícios (Lv 23.33-36,39-43; Jo 7.2,37);
  • Santa convocação: celebrado em 22 de Tisri (entre Setembro e Outubro), para comemorar o encerramento do ciclo de festividades. Um dia de descanso e oferta de sacrifícios (Lv 23.36; Nm 29.35-38);
  • Festa de Purim: celebrada em 14 e 15 de Adar (entre Fevereiro e Março), para comemorar a libertação dos judeus no Tempo de Ester. Liam o livro de Ester (Et 9.18-32);
  • Sábado: dia de descanso (Ex 20.8-11; Lv 23.3; Mt 12.1-14);
  • Ano de Descanso ou Ano Sabático: celebrado a cada sete anos com o propósito de dar descanso para a terra, que nesse período não eram cultivadas (Ex 23.10-11; Lv 25.1-22; Dt 15.1-18);
  • Ano do Jubileu: celebrado a cada cinquenta anos com o propósito de ajudar os pobres e preservar a ordem social. Ocorria a libertação dos escravos e a devolução das terras aos donos originais (Lv 25.8-11; 27.17-24; Nm 36.4).

Fonte: Apostila Curso Básico de Teologia do SETEM – Seminário Teológico Manancial. Elaboração: Pb. Ailton da Silva

Por: Ailton da Silva - 11 anos (Ide por todo mundo)