Realmente, após o trabalho de Deus, ficou constatado que o homem não
tinha condições de melhorar ou acrescentar[1] algo na Terra, por isto
bastava somente administrar, cultivar e zelar enquanto estivesse no paraíso.
A harmonia foi afetada quando o homem caiu no pecado, tendo o inimigo
ao seu derredor. Esta influência foi tão grande que o fez acreditar na autossuficiência,
no seu limitado conhecimento do bem e do mal e nas suas próprias forças para
resolver os seus problemas, anulando desta forma as providências e as
misericórdias de Deus.
A intenção deste inimigo foi tão somente destruir, afastar e interromper
a comunhão perfeita que existia entre o homem e o seu Criador, se pudesse ele
teria feito isto durante os dias da criação, porém não pode interferir no
momento em que a Terra estava sendo preparada. Depois de tudo pronto viu o
homem perfeito, isto o enfureceu ainda mais, o que motivou a execução do seu
plano de queda humana e continua até hoje continua nesta sua batalha pessoal.
Apesar de toda a interferência maligna é necessário ressaltar que o
homem teve a sua parcela de culpa nesta que foi uma das maiores demonstrações
de desobediência, já visto na história da humanidade.
Diante do pecado consumado restava somente ao homem admitir,
reconhecer e se preparar para as consequências do seu erro, pois não teria como
voltar, ignorar, esquecer, suplicar, clamar por perdão, misericórdia, tampouco
se autoincluir no plano da salvação, além do mais o sangue do Cordeiro não
havia sido derramado ainda na Terra.
Prevenir antes houve possibilidade, remediar diante da calamidade não
era mais possível. Tudo estava consumado, não restavam alternativas a não ser
cumprir na integra a sentença.
Adão teve toda a sua vida, cerca de novecentos e trinta anos para
refletir sobre o seu erro e para contemplar a misericórdia Divina, que mesmo
diante desta situação se fez presente em sua vida.
O passado ainda estava fresco na mente, era pó e continuava na mesma
condição. Não teria como esquecer isto ou mudar esta situação.
Em relação ao presente estava totalmente carente da Glória de Deus,
estava colhendo o que havia plantado no jardim do Éden.
Agora teria pela frente o sofrimento, suor, a dura constatação da
perdição[2].
Este era o futuro do homem.
As consequências deste erro perduram até a atualidade, pois os homens
se imaginando conhecedores do bem e do mal, julgam, condenam inocentes,
absolvem culpados, planejam, arquitetam, executam, desfazem, matam, roubam,
mentem, não respeitam direitos, não cumprem deveres, buscam os primeiros
lugares, são amantes de si mesmo, oprimem as viúvas e os órfãos, fazem o bem
com uma das mãos e revelam com a outra, acreditam em fábulas, anedotas, amam
somente os amigos, odeiam os inimigos, oprimem, blasfemam, perseguem, rejeitam,
endurecem o coração para a voz do Espírito Santo, não reconhecem o sacrifício
do Calvário, não buscam a Deus e fazem oposição.
Como se não bastasse os delitos acima, existe outro pior, o desejo de
se igualarem a Deus[3]. Mas
o que pode fazer os homens a se imaginarem em condições de resolverem seus
problemas e os da criação? Será que julgam inacabada ou imperfeita?
O homem estava destituído da glória e expulso do paraíso, porém sempre
esteve nos planos de Deus.
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