ANTICRISTO: IMPEDIMENTO E MANIFESTAÇÃO
A humanidade ainda não está vivendo o
período obscuro de sua história, pois o Anticristo ainda não se revelou. Os
tessalonicenses, na época, imaginaram que estivessem já diante da triste
realidade, por isto Paulo escreveu para tranquilizá-los.
Não havia motivos para os tessalonicenses se alarmarem, pois o Espírito Santo de Deus, o Detentor que impede a manifestação do Anticristo, ainda estavam agindo na Igreja.
A) O IMPEDIMENTO PARA MANIFESTAÇÃO DO
ANTICRISTO (TEOLOGIA DO DETENTOR).
A grande questão sempre foi a concordância em relação a identificação
da pessoa do Detentor, que sem sombra de dúvida, trata-se do Espírito Santo de
Deus.
Ao longo dos anos, alguns estudiosos tentaram associar esta figura,
propriamente do bem, ao império Romano, entendendo que a partir do momento em
que este mecanismo opressor sucumbisse, certamente o caminho ficaria livre para
o Anticristo operar, se assim fosse, Paulo não teria dificuldade para revelar a
identidade do Detentor em suas cartas.
Uma segunda parcela de estudiosos identifica o Detentor como sendo o
conjunto de leis humanas, no entanto as instituições legisladoras não preenchem
os requisitos, mesmo porque durante o período da Grande Tribulação muitas leis
ainda estarão em vigor e muitas outras serão criadas a fim de sustentar o
governo do Anticristo, que em tese será humano, então não tem fundamento o
Detentor ser aquilo que dará sustentação à administração do governante mundial.
A terceira linha de pensamento identifica o próprio Maligno com o
Detentor. Os que defendem esta ideia alegam que a bondade não é, de fato, a
principal das características do Detentor, mas se o Maligno tem um plano para
colocar em prática na humanidade o ideal seria pensarmos em um desejo pela
antecipação ou pelo menos uma ansiedade demoníaca para colocá-lo em prática, ou
o que poderia estar esperando para dar inicio? Como poderia impedir a sua
própria manifestação? Portanto o Detentor, sem sombra de dúvida, não tem perfil
maligno.
A Igreja é também incluída neste rol de pensamentos, pois alguns
defendem a ideia de que esteja exercendo o papel de Detentor do Maligno, até o
dia do arrebatamento, mas isto é improvável, uma vez que, enquanto organismo
imperfeito e autorizado por Deus, age por meio dEle, desempenhando o seu papel
primordial que é a pregação do Evangelho.
Para comprovar que a Igreja não age como Detentor da manifestação do
mal é importante entendermos sua limitação para desempenhar esta função, pois
durante o exercício da Grande Comissão[1], sua preocupação é buscar a
santificação e não trabalhar para impedir a atuação das forças do mal na Terra.
A mais coerente linha de pensamento afirma que o Espírito Santo é o
responsável pelo impedimento da manifestação do Anticristo na Terra. Se
partirmos da ideia de eliminação ou critérios, certamente chegaremos a
identidade do Detentor, pois este deve ser inculpável, com uma autoridade
suprema e superior ao Maligno, deve ter uma abrangência espiritual muito maior
que as dos possíveis candidatos anteriores e deve ser membro da Trindade. Como
imaginarmos humanos, organismos, impérios ou seres malignos no desempenho desta
função? Ainda mais se estiverem limitados ao tempo e espaço.
A Igreja ganhou vida justamente no dia de
Pentecostes com a vinda do Espírito Santo e o fim de sua trajetória na Terra se
dará na última tarefa do Consolador enviado que entregará a ao Noivo e com este
ato permitirá a manifestação do Anticristo.
continua...
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