Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de janeiro
das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial
COMO O PECADO CHEGOU ATÉ NÓS
Texto bíblico: Rm 3.12-23
Conteúdo
- Definição de pecado
- Realidade e universalidade do pecado;
- Como o pecado chegou até nós?
- A criação perfeita sem pecado;
- O pecado na esfera angelical;
- O pecado na esfera humana;
- Pecado de omissão;
- Pecado de comissão;
- Consequências do pecado;
- O perdão de Deus.
É
muito importante conhecermos a doutrina cristã do pecado, visto que continuamos
pecadores, mesmo conhecendo e usufruindo da Graça de Deus em nossas vidas.
Definição:
O conceito mais comum de pecado
é “errar o alvo”, ou seja,
pecado é tudo aquilo que nos torna diferente do projeto original de Deus.
Segundo o dicionário
Aurélio, pecado é entendido como a transgressão de preceito religioso, falta ou
culpa. Teologicamente, o pecado é definido como qualquer ação, atitude ou
disposição que torne possível o fracasso humano em cumprir ou alcançar de modo
completo os padrões estabelecidos por Deus (I Jo 3.4), deixando o homem escravo
dessa prática (Jo 8.34).
A realidade do pecado:
O
pecado é um fato incontestável, é um vírus que atingiu toda a raça humana, uma
chaga universal, um tormento coletivo. É uma realidade que leva o homem à
prática do mal e como consequência gera a opressão, luta, guerra, sofrimento e
por fim a morte.
Negar
a existência do pecado é negar por extensão a veracidade da Escritura, que do
principio ao fim afirma que o pecado existe.
A universalidade do pecado:
O pecado é universal, pois o erro
de Adão foi transmitido e afetou todos os seres humanos (Gn 6.11-12; Sl 14.1-4,
53.1-3, 143.2; Pv 20.9; Ec 7.20; Rm 3.10-23, 5.12; I Jo 1.8,).
O pecado está presente na natureza humana desde cedo (Jó 14.4; Sl 51.5; Jo 3.6; Ef
2.3). Todos os descendentes de Adão são pecadores, exceto Jesus.
Como o pecado chegou a nós?
Os anjos, seres angélicas criados
por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), se rebelaram contra o Criador, que não os
poupou (II Pe 2.4; Jd 1.6).
Não há versículos específicos que
relatam o número de anjos rebeldes, mas algumas passagens nos levam a conclusão
de que se tratou da terça parte (Is 14.12; Lc 10.18; Hb 12.22; Ap 9.1, 12.3-9).
Este mal percorreu um longo
caminho até atingir a maior criação de Deus na Terra, que havia sido avaliada como
boa ao final do sexto dia (Gn 1.31).
O homem foi criado sem pecado (Gn
1.26-28;31), um ser moral, com capacidade para discernir entre o bem e o mal.
Somos livres para decidir sobre nossa vida, mas temos que ter ciências que
daremos conta de todas as nossas decisões (Ec 11.9).
A Bíblia nos mostra que Deus
formou a luz e criou as trevas, a paz e o mal (Is 45.7), porém este mal criado
não pode ser entendido como aquele estado que assola o homem e o leva à prática
do pecado. Pois Deus é bom e não pode ver e nem ser tentado pelo mal, além de
ser moralmente perfeito (Dt 32.4; Hc 1.13; Mt 5.48; Hb 6.18; Tg 1.13; 1 Jo 1.5).
Portanto esse mal citado deve ser entendido
como a situação de calamidade, caos que está reservado para aqueles que não optarem
por seguir a vontade de Deus, ou seja, o pecador será punido ao final e
entenderá todos os acontecimentos futuro como um mal criado por Deus e não como
manifestação da sua justiça.
A
criação perfeita sem pecado:
Deus
declarou que era bom tudo o que havia criado (Gn 1.31), portanto podemos
afirmar que o Universo estava isento do pecado no momento de sua criação.
O livre-arbítrio:
Deus
criou o homem sem pecado, mas a sua criatura pecou fazendo uso do
livre-arbítrio, uma espécie de crédito dado por Deus, que se transformou em
débito, a partir do momento em que o homem se tornou escravo do pecado.
Essa
escravidão tirou do homem as possibilidades de mudança de vida por iniciativa
própria, mas não foi capaz de impedir a libertação através do sacrifício de
Jesus. Na verdade, o livre-arbítrio nada mais é do que uma desculpa esparrafada
usada pelo homem para justificar suas falhas. Um remédio que não produz efeito.
O pecado na esfera
angelical:
Os
anjos foram criados por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), porém o Maligno
conseguiu, arrastar a terça parte dos anjos do céu, através da bajulação e
mentira (Jo 8.44). Portanto, na esfera angelical, o pecado teve início, no
coração do antigo querubim, atual Maligno.
O pecado na esfera
humana:
O
ser humano é pecador (Rm 3.10,23), porém nem sempre foi assim, pois o homem foi
criado sem pecado (Gn 1.26-31; 2.7-9). O
pecado entrou no ser humano através da tentação diabólica (Gn 3.1-24). Neste
episódio o homem desobedeceu a Deus para obedecer ao Maligno. A partir daquele
momento todo ser humano passou a ser pecador aos olhos de Deus (Sl 14.3; 53.3;
Rm 3.10-12).
Pecado
de omissão:
Pecado
de omissão consiste em deixar de fazer o que a Lei de Deus ordena (Tg 4.17), ou
seja, deixar de fazer o que sabemos e o que devemos fazer. Em outras palavras
seria como nos silenciar diante da vontade de Deus, cruzarmos os braços.
Um
bom exemplo de pecados de omissão registrados são os fatos narrados na parábola
do bom Samaritano (Lc 10.30-37), ocasião em que o sacerdote e o levita pecaram
não fazendo o que deveriam fazer, ou seja não amaram o próximo. Outro exemplo
foi o caso do homem que recebeu um talento do seu Senhor e que sabia de sua
responsabilidade, entretanto optou por enterrar o talento, em vez de trabalhar.
Assim, ele pecou contra o seu Senhor e foi punido (Mt 25.41-46). Conhecemos
a vontade de Deus e sabemos o que devemos fazer, entretanto não fazemos (2 Pe
2.21).
As vezes nos consideramos donos da nossas vidas ou tememos a vontade de
Deus. Sempre quando nos portamos desta forma seremos disciplinados por Deus até
nos submetermos à sua vontade (Hb 12.5-11) e perdermos recompensas espirituais
(1 Co 9.24-27).
Pecado
de comissão:
O
pecado em comissão é justamente fazer o que a Lei de Deus proíbe (II Jo 10,11),
momento em que nos tornarmos cumplices do sistema opressor maligno. O pecado de
comissão começa dentro de nós. É um ato, palavra ou desejo contrário à lei de
Deus, que parte do ser humano.
Antes
de conhecermos a Graça não sentíamos o peso provocado pelo pecado, sentíamos,
às vezes, remorso, no entanto, agora conhecedores da Palavra sabemos da
necessidade da confissão e posterior perdão de Deus.
Consequências
do pecado:
As
consequências do pecado se espalharam rapidamente por toda a humanidade,
contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e alma (Gn 6.5, Sl
14.3, Rm 7.18).
O pecado
também quebrou a comunhão plena com Deus, fato este comprovado pela expulsão do
homem do paraiso, o lugar que representava a comunhão e a plenitude da vida
feliz com Deus. Como consequência do pecado, ao homem foi vedado o acesso à
árvore da vida, o símbolo da vida eterna (Gn 3.22-24).
O pecado
produziu distúrbios em todos os aspectos da vida do homem, tanto na
vida física, sujeitando-o à fraquezas, doenças, quanto na vida mental, pois o
sujeitou à perturbações angustiantes. A alma do homem se tornou um campo de
batalha de pensamentos, paixões e desejos conflitantes (Gn 3.8-10).
O pecado
provocou o afastamento do Criador e sua criatura. Com isso o homem perdeu a
retidão original e rompeu com a verdadeira fonte de vida, obtendo como
resultado a condição de morte espiritual (Ef 2.1-12, 4.18).
Após o
pecado original, o homem foi condenado a retornar ao pó do qual fora formado
(Gn 3.19) e se tornou sujeito à morte eterna (Rm 6.23), o destino eterno reservado
a todo aquele que passam pela morte física, sem se arrependerem de seus
pecados. O tormento é real, consciente e eterno (Lc 16.23, 24, Ap 14.11, 20.10-15).
O
perdão de Deus:
Jesus,
pelo sacrifício vivo do Calvário, abre as portas da Graça para o pecador. A
estes bastam se arrependerem de seus pecados, optando pela mudança de vida
total proporcionada a todos os que crêem no Filho de Deus.
Jesus
morreu em nosso lugar (1 Co 15.3) para satisfazer plenamente a justiça de Deus
(Gl 1.4; Ef 5.2), por isso os salvos em Jesus devem viver em santidade,
reconhecendo seus erros e devem buscar o arrependimento sincero, através da confissão
dos pecados (I Jo 1.8-9).
Próximo assunto: Maravilhosa Graça e Salvação
Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário