a)
O plano dos fariseus (Jo 8.4):
Os fariseus e escribas traçaram um
plano quase perfeito para acusarem Jesus. Naqueles dias ficaram esperando uma
mulher ser pega em adultério, provavelmente devem ter levantado histórico da
vítima na cidade ou foram atrás de boatos, fofoca etc., por isso ficaram de
campana, na espreita para encontrá-la e entregá-la de bandeja para ser
condenada por Jesus.
Eles não tinham um plano “B”, portanto
não deveria haver falhas. Na verdade o plano não era acusar Jesus, mas sim
acabar com a vida de uma mulher ou desejaram acusar Jesus e acabar com a vida
daquela mulher, tal como fizeram com Judas Iscariotes, pois quando voltou
arrependido viraram as costas para ele.
b)
O silêncio de Jesus:
O silêncio fala mais alto. Jesus
poderia ter confirmado a sentença da mulher e do homem (porque Ele conhecia
quem era a outra parte que estava ausente no julgamento) ou poderia apresentar
ao mundo uma novidade, algo nunca imaginado por eles, o artigo de número 614 da
lei de Moisés que ainda não havia sido revelado. Porém antes abalou a
humanidade com três frases que mudaram conceitos históricos:
- Aquele que dentre vós estiver sem
pecado;
- Onde estão os seus acusadores?
- Eu também não te condeno.
Os fariseus haviam perguntado o que
Jesus diria, eis ai a resposta dEle.
c)
Jesus estava inclinado e se endireitou após a afronta dos fariseus e escribas:
Jesus se inclinou pela primeira vez (Jo
8.6), pois foi afrontado pelos fariseus e escribas e como insistiram na
resposta, então Jesus se endireitou, com autoridade, pela primeira vez para
ensiná-los (Jo 8.7) e não para condená-los (apresentou o 614º artigo).
d)
O que Jesus escrevia na terra?
Escrevia e acrescentava um novo artigo
à lei de Moisés (Jo 8.6) e desejava muito revelá-lo aos fariseus, escribas e
multidão:
“aquele que dentre vós está sem
pecado, seja o primeiro a atirar pedra contra qualquer pessoa. Aquele que
estiver sem pecado pode murmurar, reclamar, julgar, injuriar, caluniar,
apedrejar, matar, mas somente aqueles que estiverem sem pecado”.
A lei mandava apedrejar os tais, mas Jesus
antes de confirmar esse artigo da lei (pois veio para cumprir toda a lei),
apresentou um novo “mandamento” (o 614º artigo), que certamente amontou brasas
de fogo sobre as cabeças dos acusadores (cfe Rm 12.20), tanto que saíram
correndo em busca de refrigério de tanta vergonha e culpa.
e)
2ª vez – inclinado (Jo 8.8):
Jesus se inclinou pela segunda vez e
continuou escrevendo na terra, esperando a reação dos acusadores diante do novo
artigo apresentado.
f)
Os primeiros a saírem:
Os mais velhos foram os primeiros a
saírem, pois entenderam a essência do artigo. Realmente não tinham condições de
cumprirem aquele novo artigo. Os mais jovens demoraram a entender. O plano
inicial para acabar com a vida de uma mulher caiu por terra e como não tinham
plano “b”, todos se retiraram.
g)
2ª vez endireitado (Jo 8.10):
Jesus se endireitou pela segunda vez em
sinal de misericórdia (Jo 8.10) e não contemplou mais os acusadores, estava ali
somente Ele e a mulher.
h)
E tu mulher, o que dizes? (Jo 8.11):
Jesus somente falou com a mulher sobre
o seu erro, quando estavam os dois sozinhos, pois Ele não perde tempo (mesmo
que não sofra influência do tempo) com acusadores.
Conclusão:
Em vez de acusarem a mulher os
fariseus e escribas disseram:
“Esse artigo da lei não conhecíamos.
Nada podemos diante dele”.
Somente Jesus poderia fazer algo
contra a mulher. Somente Ele não estava sob domínio do pecado.
Os planos que o inimigo prepara
caem por terra,
quando Jesus entra em ação.