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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mensagem 56: José: sua caminhada ainda está na metade



Introdução – Gn 37.11-17
Os irmãos de José foram apascentar o rebanho bem longe de suas terras, talvez motivado pela inveja e ciúmes, que não admitiam ter do irmão (v.11), mesmo que fosse pela seca ou escassez de pasto, mas nada justificava aquele distanciamento.

a) A inveja santa ou santânica.
Dez irmãos invejando a situação do preferido do pai (v. 3), que aumentava a cada dia devido aos sonhos que contava a todos (v. 5) e também pela má fama que levava ao conhecimento de Jacó (v. 4).

b) “Eis me aqui”.
Jacó sabia onde estavam o seus filhos, José também, mas a distância era grande. De Hebrom a Siquém não daria para percorrer em poucas horas (v. 4). Mais ou menos algo em torno de 80 a 100 km (conforme escala do mapa ilustrativo da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 63). Talvez a mesma distância percorrida por Abraão, quando foi oferecer Isaque em sacrifício (Gn 22.1-3, conforme escala do mapa ilustrativo da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 37).

Diante de tudo isto ele não mediu esforços e prontamente respondeu ao seu pai. Aceitou a missão e não olhou para os obstáculos, mesmo sabendo que seus irmãos não os viam com bons olhos. Realmente são poucos os que respondem desta forma. Se fosse ao contrário, será que seus irmãos iriam ao seu encontro?

c) A missão: vá, vê e retorne (COM RELATÓRIO, RESPOSTAS).
Não era tão somente um passeio, um lazer ou uma viagem para conhecer outros lugares, pois ele foi incumbido de trazer noticias, assim como faziam quando estavam perto (v. 2). Não tinha como não entendermos esta missão suicida, já que ao chegar ao local deveria averiguar a situação, fazer perguntas aos irmãos e dizer a eles que voltaria para contar tudo ao pai. Os dez certamente não permitiriam isto, sabe lá o que José poderia contar?

O lado perigoso, e ao mesmo tempo, valioso da missão estava justamente neste possível retorno com relatório.

d) “Adeus meu filho”
Jamais Jacó imaginava que estivesse dando adeus ao seu filho, ou que então estivesse, naquele momento, tirando dele o gosto por aquelas terras, pois mesmo quando teve autoridade e recursos para retornar ele não quis (Gn 45.9; 46.28-29).

e) O varão que sempre aparece quando estamos no caminho errado.
Enfim José partiu, mas no meio do caminho se perdeu (v. 15) e foi encontrado por um varão, que lhe perguntou o que fazia sozinho naquela região, o que ele estava procurando. Como se precisasse da resposta.

Talvez este varão seja o mesmo que apareceu a Agar, em duas ocasiões e porque não citarmos o caso de Adão. Em tais oportunidades foram feitas perguntas semelhantes:
·         “de onde vens e para onde vais” (Gn 16.8);
·         “o que tens” (Gn 21.17);
·         “onde estás”, “quem te mostrou” (Gn 3.9,11).

Havia necessidade destas perguntas? Ele sabia do ocorrido com Adão, sabia de onde Agar estava vindo e para onde imaginava ir, conhecia o medo que estava no coração dela, mas era necessário que todos eles confessassem seus erros e declarassem suas situações com suas próprias bocas.

Foi isto que aconteceu com José, pois ao ouvir a pergunta ele prontamente respondeu: “Procuro meus irmãos, dize-me, peço, onde eles apascentam” (v. 16). Em outras palavras, aquele jovem declarou que não havia desistido de sua missão, que o seu foco ainda era seus irmãos.

f) “Ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã”.
Se fossem nos dias atuais, aconselharíamos os filhos a acreditarem no primeiro que encontrassem pelas ruas? E pior, seguiríamos os seus conselhos? José acreditou de pronto naquele varão e seguiu a direção indicada por Ele.

José não questionou a resposta do varão, não perguntou se tinha certeza do que estava falando, pois a firmeza com que a resposta foi dada não sobrou dúvidas quanto a veracidade das informações.

O varão não disse que esteve com os irmãos, ou que os conheceu, disse apenas que ouviu, de longe ou de perto, não importa, Ele ouviu, pois não precisa estar perto e mesmo que estivessem somente pensando em ir para Dotã, Ele também saberia (Sl 139.4).

g) José foi enviado para correr perigo?
Se foi providência de Deus aquele encontro, porque então José não foi livrado das mãos de seus irmãos e de todo o sofrimento de sua vida, pós traição?

Ele foi enviado pelo pai para uma missão e estava somente na metade do caminho, teria que andar um pouco mais, mesmo que poderia desistir e voltar derrotado para suas terras.

Resolveu continuar, conforme orientações recebidas, pois para ter a certeza de que estava agradando o pai era necessário que continuasse sua jornada.

Ele estava caminhando em direção ao trabalho, ao inicio de sua missão e não ao sofrimento. Deus começava a trabalhar em sua vida a partir deste momento. Para que se realizassem os sonhos (v. 7), ele deveria passar por tudo aquilo, começando pela cova e pelas perdas de sua túnica, família e história.

Conclusão:
José recebeu uma missão do “pai” e se prometeu que cumpriria. Talvez tenha imaginado que em Siquém terminaria e voltaria para casa, mas a sua missão ainda não estava completa, deveria continuar. Deus queria algo a mais dele. Os sonhos se cumpririam, a partir deste momento.


Por: Ailton da Silva

7 comentários:

  1. Muito bom,e uma palavra que pode ser bem aplicada nos dias atuais, Deus abençoe.

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  2. Que o Senhor Deus te abençoe sempre, Um grande abraço em nome do Senhor Jesus Cristo.

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  3. Muito boa colocação...parabéns..paz de Cristo Jesus!

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  4. Muito boa a aplicação na palavra que Deus lhe deu.
    Abriu a minha mente essa sua aplicação.
    Deus continue abençoando sua vida

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  5. Muito bem explicado,me ajudou bastante

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