DEUS NÃO ESQUECEU
O MAR ABERTO
DEUS PROLONGA O TEMPO DA
LUTA PARA NÃO ANTECIPAR A DERROTA
COMO PODEMOS TRANSFORMAR A PORTA EM UM VALE DE
SOMBRA E MORTE
Os egípcios estavam de boca aberta com as manifestações de
Deus entre os hebreus, principalmente a última, na ocasião da abertura do mar
Vermelho, mas também aproveitaram esta oportunidade para zombarem, pois
pensaram que Deus havia esquecido de fechar o mar. No pensamento deles, talvez
Deus estivesse fazendo o mesmo que Baal (I Rs 18.27).
1 – Coluna de nuvem
e de fogo
As colunas de nuvem e de fogo não se misturavam, não se
encontravam e tampouco desempenhavam suas funções simultaneamente, pois uma agia
durante o dia e a outra durante a noite (Ex 13.21).
Manifestação da teofania, para mostrar que Deus mudava a
sua estrutura, sua forma, mas não o seu caráter, misericórdia e principalmente
para deixar claro que não revogaria a sua decisão (Ex 3.9), pois Ele ouviu o
clamor do povo e e decidiu pela libertação de Israel. A saída do Egito era uma
benção incondicional, não dependeria da fé, fidelidade ou vontade do povo, mas
a entrada em Canaã teria suas condições.
1 – O clamor (Ex
14.10)
Eles clamaram diante do mar para que Deus desse um
livramento. O mar foi rasgado (Ex 14.21) para revelar a porção seca (cfe Gn 1.9).
Israel tinha naquela oportunidade três alternativas:
- Cruzar os braços e esperar as lanças do inimigo, que poderia tomar isto como afronta;
- Levantar os braços e se render facilmente ao inimigo;
- Prosseguir avante.
A única sombra que tinham era aquela produzida pelas duas
grandes paredes de água (Ex 14.29), que serviram para segurar a correnteza.
Alguns atravessaram com medo de que desmoronassem e outros admirados com tal
cena e uma pouca minoria atravessou sem sequer olhar para elas. A ânsia por
chegar à margem era maior que o medo.
A torcida, após a passagem, seria pelo fechamento do mar,
de preferência rápido, para que os egipcios não atravessassem.
2 – Porta aberta ou
vale de sombra de morte
A estrada aberta em meio ao mar rasgado poderia se tornar
um vale de sombra e morte, pois Israel não tinha mais a proteção da nuvem e
estavam diante das duas paredes de água, nunca vista antes e para piorar a
situação, o inimigo estava a sua retaguarda, esperando somente a oportunidade
para avançar. Como acreditar no impossível? Como imaginar a morte do inimigo
e a vitória deles? O mais fácil seria esperarem a derrota.
3 – Feche o mar
Os israelitas atravessaram o mar a seco (Ex 14.22), mas
quando chegaram a outra margem se assustaram com uma cena, pois viram os
egipcios fazendo uso de uma bênção que não havia disto destinado a eles.
Israel ficou aguardando o fechamento do mar para definitivamente
ficar livre de seu opressor. Livre? Aquele montante de água era capaz de
separá-los por apenas alguns instantes. Como orar desta forma, para pedir uma
bênção superficial?
Se Deus atendesse o pedido deles, estaria somente
retardando o momento da derrota. A luta foi prolongada por mais alguns
instantes, pois caso o mar fosse fechado, certamente os egípcios dariam a volta
pelos Golfos e fatalmente alcançariam os hebreus, que devido ao número,
cansaço, doenças e limitações de alguns, não conseguiram se distanciar o
suficiente. Afinal as modernas bigas eram bem mais rápidas que o povo.
Mas o que fariam os egípcios alcançarem rapidamente os
israelitas era o desejo de reaver sua mão de obra barata.
3 – Porque Deus não
fechou o mar logo após a passagem?
Deus estava planejando algo maior, jamais visto entre as
outras nações, por isto retardou o fechamento do mar. Foram dois os motivos
para isto:
- Para testar a fé de seu povo. Eles ficariam à margem esperando o desfecho ou sairiam correndo como ovelhas sem pastor (I Rs 22.17)?
- Para mostrar que chegaram até ali, mas não foi pelas suas próprias forças.
5 – A estratégia de
Faraó
O Egito poderia ter traçado outra rota para cercar Israel
após o mar Vermelho, mas se fizessem isto estariam confiando na providência
milagrosa de Deus. Logicamente, por não conhecerem ou acreditarem, optaram pela
pela perseguição, pois sabiam que facilmente os encurralariam e seriam
vitoriosos.
6 – Que Deus é este?
Deus não esqueceu o mar aberto, não esqueceu o seu povo,
não esqueceu seu Filho (Mt 27.46) e tampouco esqueceu sua igreja.
Conclusão
Os israelitas passaram pelo mar Vermelho, felizes e
confiantes na vitória, mas viram o inimigo tentando usufruir de uma benção
que não era para eles, por isto pereceram na metade do caminho. Deus abre e fecha o
mar no momento certo.
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