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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Filadélfia, a igreja do amor perfeito. Plano de aula

GUARDEI A PALAVRA! E AGORA?
NÃO NEGUEI O NOME! E AGORA?
ESMIRNA, IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR
FILADÉLFIA, IGREJA CONFESSANTE E MISSIONÁRIA
CIDADE DE FILADELFIA: MISSIONÁRIA DO HELENISMO
IGREJA DE FILADELFIA: MISSIONÁRIA DO CRISTIANISMO

TEXTO ÁUREO:
Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele (I Jo 2.5).

VERDADE PRÁTICA:
Amar não é suficiente. É urgente que o nosso amor seja perfeito como perfeito é o amor com que Deus nos amou.

LEITURA EM CLASSE: Apocalipse 3.7-13.
7 - E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
8 - Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
9 - Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
10 - Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
11 - Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

PROPOSTA DA LIÇÃO:
  • A igreja foi resultado do trabalho do apóstolo Paulo;
  • Recebeu uma carta carinhosa e terna;
  • Santo e verdadeiro: a igreja deveria seguir seus passos;
  • Filadélfia não se conformava com o mundo;
  • Cumpria com zelo e perseverança as ordens da grande comissão;
  • Não era uma igreja forte, mas soube tirar forças da fraqueza;
  • Mesmo em perseguição não negou o nome de Jesus;
  • Ouviu a promessa: “eis que venho sem demora”
  • Por guardar o nome de Jesus seria guardada da hora da tentação;
  • Aprovada, mas não deveria se descuidar: “Guarda o que tens”
INTRODUÇÃO
Filadélfia não era tão importante quanto Éfeso ou tão rica quanto Laodiceia. Era conhecida como a porta para o oriente, pois foi construída junto a grandes estradas que direcionavam para o interior da Ásia, além de estar no caminho entre a Europa e as regiões importantes como a Mísia, Lídia e Frigia.

Diante de tanta turbulência e problemas apresentados pelas igrejas anteriores surge então Filadélfia, representando o verdadeiro cristianismo, cheia de vida, para brilhar, salgar e iluminar o mundo.

Ela não recebeu nenhuma repreensão, como as anteriores. Mesmo quando ouviu que tinha pouca força, isto não soou como crítica, mas sim como uma constatação de sua situação.

A igreja, desta cidade, se destacou pela ousadia “não negaste o meu nome” e pelo amor. Por isto conseguiu tirar forças da fraqueza e de sua pobreza temporal, extraiu bens eternos para enriquecer o mundo.

Dependia totalmente de Deus, pois era fraca e limitada. A esta igreja, que se utilizou do seu amor para santificar a Cristo, foi aberta uma porta que ninguém poderia fechar.

A virtude desta igreja se residia justamente no fato de reconhecer sua limitação, pois mesmo diante da pouca força, ela foi capaz de guardar a Palavra e não negar o nome de Jesus. Cientes de sua condição, bem diferente da igreja de Sardes, os crentes de Filadélfia estiveram diante de uma porta abertas para oportunidades, que deveria ser aproveitados por eles, mesmo porque ninguém poderia ou teria condições de fechá-la.

I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL
1. A HISTÓRIA DE FILADÉLFIA. 
Cidade – missionária da cultura grega:
  • Foi estabelecida pelo rei Átalos Filadelfos II de Pérgamo em 189 a.C.. Conhecido pela lealdade a seu irmão Eumenes, que lhe fizera merecer o nome de Filadelfo, dando assim origem ao nome da cidade. Atual Alasehir:
  • Era a mais jovem daquelas sete cidades da Ásia, pequena se comparada a Éfeso e a Esmirna;
  • Não era tão importante quanto Éfeso, nem tão rica como Laodiceia;
  • Conhecida como o Portão do Leste, já que ficava situada em um grande eixo de comunicação;
  • Várias estradas confluíam em sua direção. Era rota do correio imperial e do exército romano;
  • A cidade servia como base para a divulgação do helenismo às regiões de Lídia e Frigia;
  • A região produzia uvas. O povo honrava Dionísio (para os gregos) ou Baco (para os romanos), o deus grego do vinho;
  • Construída sobre uma elevada montanha, o que a tornava uma verdadeira fortaleza natural;
  • Conhecida também pelos terremotos, muito freqüentes;
  • Em 17 a. C., um terremoto quase devastou a cidade. Muitos abandonaram a cidade;
  • Após a reconstrução, com a ajuda dos romanos, a cidade recebeu outro nome, Neocesaréia;
  • O imperador Vespasiano mudou seu nome para Flávia. Jesus aproveita esse gancho cultural para falar à igreja que os vencedores teriam um novo nome.
A igreja – missionária:
  • Também foi estabelecida ou pelo apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe (At 19.10). A igreja do amor fraternal;
  • Pequena igreja que se destacou por guardar a Palavra de Deus (Ap 3.8; 10), e por não negar o nome de Cristo;
  • Obediente, zelosa, de boas obras e cheia de vida, representava o autêntico cristianismo sem a contaminação que havia atingido outras igrejas que receberam as cartas;
  • Ela não recebeu reprovação, apenas palavras de louvor, tal como Esmirna;
  • Pelo amor tirou forças da fraqueza e de sua pobreza temporal, extraiu bens eternos para enriquecer o mundo;
  • Também encontrou oposição por parte dos judeus, mas que saberiam que era uma igreja amada;
  • Igreja que chamou a atenção de Jesus;
  • Assim como Filadelfo se tornou famoso pela lealdade demonstrada a seu irmão, semelhantemente a Igreja, também seria conhecida pela sua lealdade a Cristo (Ap 3.8,10);
  • Assim como a cidade era considerada a porta aberta para a região, semelhantemente à igreja foi concedida uma porta aberta de oportunidade (Ap 3.8; cf  II Co 2.12);
  • Em contraste com a incidência de terremotos na cidade, a igreja recebeu a promessa de estabilidade, quando foi prometido aos vencedores que se tornariam colunas do Templo de Deus;
  • Em virtude da cidade ter recebido outros nomes, para divinizar imperadores, aos vencedores desta igreja foi prometido o recebimento de novos nomes (Ap 3.12).
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
1. JESUS, O SANTO DE DEUS (AP 3.7). 
Jesus se apresentou ao “anjo” da igreja como aquele que é Santo e Verdadeiro (Ap 3.7). Somente Ele, por esta credencial, faz-se digno de receber do Pai a chave da casa de Davi, para abrir-nos todas as portas da oportunidade (Is 22.22).

Por sua santidade essencial, Jesus acha-se separado de sua criação e por sua santidade ética encontra-se apartado do pecado, mas em nenhum momento deixou-nos desamparados, pelo contrário, pois se ofereceu amorosa e sacrificalmente, para salvar-nos de nossas iniquidades, no entanto, Ele requer de sua igreja a reciprocidade (I Pe 1.16).

Assim como Filadélfia, se tornou notória pela sua fidelidade, a igreja moderna deve seguir o mesmo caminho, pois de outra forma ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14).

2. VERDADEIRO (AP 3.7). 
Jesus também se apresentou como o verdadeiro e da mesma forma a igreja deveria ter uma postura verdadeira e confessante. Filadélfia não teve dificuldades, pois possuía tais características e se mostrou disposta a professar o nome de Cristo até o fim. Ela não se conformava com este mundo, por isto não negou o Seu nome.

Como algumas igrejas anteriores sofreram com ataques de falsos mestres e imitadores, foi necessário que Jesus se apresentasse como aquele que é verdadeiro, autêntico, pois Ele é o único (I Cr 15.3, Ap 19.11), para combater aqueles que jamais poderiam reivindicar tal título (Jo 14.6), pois Ele é o único.

3. A CHAVE DA CASA DE DAVI. 
Jesus é o representante autorizado da casa de Davi, pois somente Ele reúne as condições necessárias para exercer o tríplice ministério messiânico: profeta, sacerdote e rei (Sl 110.1-7). Dessa forma, ficou ao seu encargo a chave da Casa de Davi que, no Antigo Testamento, fora confiada a Eliaquim (Is 22.22-25). A chave da casa de Davi foi perdida por Israel, pois rejeitaram ao Messias.

Os reis de Israel costumavam escolher um homem para cuidar de suas finanças, um tesoureiro-mor, que recebia uma enorme chave como símbolo de sua importante posição. Jesus possui a chave da casa de Davi (Ap 3.7), do palácio real e tem acesso a todas as riquezas do Pai, e as revela a quem quiser (Lc 10.22). Ele tem a confiança do Pai Eterno para exercer a sua vontade (Mt 28.18). Ele também tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18).

Jesus é o único que pode conceder acesso a Deus e abriu a uma porta para Filadélfia que ninguém poderia fechar e esta declaração encorajou a igreja, pois tiveram a certeza do acesso ao reino de Deus.
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE
1. AMAR É A MAIOR DAS OBRAS.
Filadélfia era rica em amor, abundante em obras e possuía um preparo telógico considerável (Ap 3.8), portanto agradava a Jesus em todos os aspectos. Era uma igreja amorosa, paciente e confessante.

Amar a Deus significa submeter-se a sua vontade, renunciando à vontade própria, ao ego e a individualidade, para fazer aquilo que o Senhor determinou.

Amar a Deus requer observância e respeito à sua Palavra e o cumprimento das ordens contidas na Grande Comissão (Mt 28.19; At 1.8), diante da porta aberta para pregação do Evangelho às outras cidades da região. A igreja de Filadélfia atuou desta forma, tanto que foi exaltada por Jesus (Ap 3.8).

2. FORÇA NA FRAQUEZA. 
Filadélfia não era uma igreja forte (Ap 3.8) e tampouco influente na cidade, pois era formada por crentes pobres e escravos. Aos olhos humanos era fraca, sem forças, mas era um poderoso instrumento nas mãos de Jesus para anunciar o evangelho. Esta igreja, pela sua fé, soube tirar forças da fraqueza (Hb 11.34).

Filadelfia entendeu que deveria dar continuidade as suas primeiras ações, pois não bastava somente guardar ou não negar o nome de Jesus, era preciso anunciá-lo, tirando proveito do amor e de sua ousadia. Afinal a cidade teve por missão divulgar a cultura grega na região, enquanto que a igreja divulgaria o Evangelho. A porta estava aberta.

Ao tomar conhecimento de sua pouca força, através da carta, a igreja não associou aquela revelação ao pecado e não considerou aquilo como uma condenação. Talvez aquela situação fosse resultado do choro, da fome e sede de justiça que demonstravam (Mt 5.3- 6). A igreja foi prova viva de que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (II Co 12.9), assim como outros grandes vultos bíblicos do passado:
·         Gideão (Jz 6.15);
·         Davi (I Sm 24.14);
·         Salomão (I Rs 3.7);
·         Paulo (I Co 15.9; Ef 3.8; I Tm 1.15).

3. AMOROSA PERSEVERANÇA.
Filadélfia jamais negou o nome do Senhor (Ap 3.8), mesmo em meio a tribulações, e tampouco se conformou com o mundo, pois estava compromissada com o Reino de Deus.

O maior problema enfrentado pela igreja foram as investidas do grupo denominado de sinagoga de Satanás (Ap 3.9). Estes buscavam anular a graça de Cristo pela defesa da lei de Moisés (Gl 1.1-7), mas para se defender deste grupo, a igreja contava com um grande Defensor (Ap 3.9).

A igreja ficou ao lado do Forte, do Vencedor para ser exaltada acima dos seus inimigos, que se prostrariam em submissão a eles, os vitoriosos (Is 60.14). A igreja guardou a Palavra, não negou o nome de Jesus, enxergou a porta aberta e vigiou para que sua coroa não fosse roubada.

IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
1. A IMINÊNCIA DA VOLTA DE JESUS.
Enquanto Laodiceia existia somente para o aqui e o agora, Filadélfia tinha uma perspectiva escatológica e verdadeiramente bíblica. Eles encaravam com seriedade a iminência da volta de Jesus Cristo.

Como reagiram ao tomarem conhecimento do conteúdo da carta? Como amantes, certamente suspiraram pelo seu Amado (II Tm 4.8).

A mensagem foi direta e não permitiu especulações a respeito do tempo. Aquilo serviu como motivação para igreja, que deveria suportar mais um pouco para contemplar sua vitória.

2. A GRANDE TRIBULAÇÃO.
Mesmo diante das muitas tribulações, Filadélfia teve a certeza que não seria alcançada pela Grande Tribulação (Ap 3.10), pois havia guardado a Palavra da paciência, portanto seria também guardada da hora da provação que viria sobre a Terra. Em hipótese alguma passarão por estes momentos, pois serão participantes do arrebatamento, ocasião em que ressuscitarão.

Foram duas as promessas especificas de Jesus para Filadélfia:
  • Temporal: proteção contra os ataques dos da sinagoga de Satanás;
  • Escatológica: a igreja seria guardada da hora da provação, da grande Tribulação.
3. A COROA DE GLÓRIA. 
A igreja em Filadélfia já poderia se considerar aprovada por Jesus, mas não poderia se descuidar, pois não se tratava, a sua situação atual, o estágio final de uma igreja perfeita. Caso se descuidasse, certamente se assemelharia a Laodicéia, por isto deveria guardar o que tinha, a coroa (Ap 3.11).

Jesus havia atestado a situação da igreja, agora era preciso que ela fizesse a sua parte, pois ainda enfrentariam situações que seriam capazes de tirar a paz espiritual e enganar a muitos.

A coroa eles já possuíam, teriam que zelar por ela e guardá-la e se fossem vencedores seriam escritos sobre eles três novos nomes: “nome do meu Deus”,  “nome da cidade do meu Deus” e o “meu novo nome” para provar a cidadania do céu e atestar que eram propriedades do Pai e do Filho.

CONCLUSÃO
A igreja de Filadélfia foi avaliada e aprovada por Jesus, caso tivesse passado pelo crivo humano, certamente seria reprovada, pela sua limitação, pobreza, poucas forças. Quem tem ouvidos ouça e ao que vencer será feito coluna no templo do meu Deus e sobre ele será escrito um novo nome.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto A. Filadélfia, a igreja do amor perfeito.  http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/05/licao-08.html. Acesso em 14 de maio de 2012,

BARBOSA, Francisco A. Filadélfia, a igreja do amor perfeito. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/05/licao-8-filadelfia-igreja-do-amor.html. Acesso em 13 de maio de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. Filadélfia, a igreja do amor perfeito. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/05/2-trimestre-de-2012-licao-n-08-20052012.html. Acesso em 16 de maio de 2012.

JESUS, Isaías Silva de. Filadélfia, a igreja do amor perfeito. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html#313703173226731091. Acesso em 16 de maio de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Filadélfia, a igreja do amor perfeito. Disponível em: Acesso em 09 de mai. 2012.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse - Versículo por Versículo. CPAD.

Por: Ailton da Silva

5 comentários:

  1. EXCELENTE COMENTÁRIO, BEM SUCINTO E OBJETIVO. NOS AJUDOU MUITO, OBRIGADO PROFESSORES, QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO O MINISTÉRIO DE VCS.

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  2. A GRAÇA, A PAZ E O AMOR DE DEUS VOS SEJAM MULTIPLICADAS

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  3. Parabéns irmãos pela clareza, conteúdo e fidelidade ao texto bíblico.
    Deus continue os orientando neste ministério tão singular.

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  4. uma mensagem muito rica . Glória a Deus.

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  5. Da uma pregação heim, excelente explicação , Deus continue abençoando sua vida .

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