Aproveitando o tema da lição, adaptei uma
dinâmica, conhecidíssima, mas que deve ser aplicada com cuidado. Primeiramente
sugiro uma observação da estrutura do público alvo.
Porque digo isto? Há algum tempo atrás,
participei de uma palestra “motivacional secular”, que o palestrante aplicou esta
dinâmica e o resultado não foi o esperado, pelo contrário, pois o encerramento
se deu 2 horas antes do previsto. Uma das pessoas, que participava da dinâmica,
entrou em choque, gritos, choro, desespero. Inclusive, ontem à tarde, eu
contemplei esta senhora e lembrei do ocorrido.
Dinâmica:
Alguns aplicam da seguinte forma: simulam um
velório completo e colocam um espelho dentro do “caixão” para que reflita a própria
pessoa quando ela for dar o último adeus ao falecido, no mínimo ela levará um
susto.
Outros levam o público a imaginarem um
telefonema, pelo qual são avisados sobre o falecimento de seu melhor amigo e blá,
blá, blá e aquela correria para ir ao velório. No meio da dinâmica mais um pouquinho
de blá, blá, blá, choro, angústia, até a chegada no local. De longe, o
participante, avista as pessoas chorando e então se aproxima do corpo e para sua surpresa ao olhar para o
falecido ele suspira aliviado, pois não era o seu melhor amigo, mas ao olhar bem de perto nota que é ele próprio que está estendido, sem vida. Foi neste momento que aquela
senhora, que citei, entrou em choque.
Eu sugiro algo diferente, sem choque, sem
susto. O ideal é visualizarmos a igreja e não propriamente cada um de nós.
1) Desenvolvimento:
a) A notícia:
Informe a todos que uma igreja de seu município
está por fechar as portas, está sofrendo pela falta de membros, mas que ainda
está respirando com ajuda de aparelhos (do céu, cfe Ap 3.2). Estimulem a
imaginarem quais foram os motivos desta situação. Explorem o capítulo 2 e 3 de
Apocalipse:
·
Falta de evangelismo;
·
Falta de amor;
·
Associações com o mundo;
· Ataques teológicos, falsos profetas, obreiros
descrompromissados, membros desatentos;
·
Disputas internas, políticas, etc.
b) O último adeus:
Simule a saída dos participantes para se
dirigirem a esta igreja, talvez para darem o último adeus, para dizerem os
costumeiros: “Eram tão valentes, trabalhadores, amorosos, um bom homem, uma
mulher de oração, quantos congressos abençoados, quantas profecias, blá, blá,
blá”.
c) A chegada:
Pela simulação os participantes saíram de sua
igreja em direção a outra, mas no meio do caminho houve a mudança da rota. A
idéia é imagnarmos que estamos circulando a nossa própria congregação e quando
estiver exatamente no ponto de partida (nossa igreja), diga aos participantes:
“É esta a igreja que está sofrendo”:
·
Pela falta de membros;
·
Pelas disputas;
·
Pela presença de falsos apóstolos, falsos judeus,
falsos irmãos;
·
Pela presença de sinagogas:
·
Pela falta de amor;
·
Pelo descompromisso dos obreiros;
·
Pelo desinteresse de seus membros;
·
Pelo ataque do Maligno, etc.
Espere algum tipo de reação, choque ou
admiração dos participantes. Provavelmente alguns concordarão, outros
contestarão. Estamos sim nestas condições, caso contrário não estaríamos
estudando neste trimestre o referido assunto e mesmo porque todas as sete
cartas, com seus respectivos conteúdos são aplicados a nossa realidade, ou
somente as virtudes de Filadélfia é que devem nos alegrar?
d) Conclusão:
Mesmo nesta situação ainda há esperança para a
igreja (Ed 10.2b), pois ela constatou o problema e sabe que existe solução, bem
diferente de Sardes. Este momentâneo sofrimento é o aviso que estamos recebendo.
Algo está errado, precisa de correção urgente.
Por: Ailton Silva
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