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sábado, 5 de maio de 2012

Período da história atribuído à Igreja de Tiatira

Com o VI século começa o período da história da igreja correspondente ao estado espiritual notado na carta dirigida à igreja em Tiatira (Veja-se Ap 2.18) ou por outra, do papismo dos séculos das trevas, que nos leva ao da reforma da igreja no tempo de Lutero, ainda que seja claro que o romanismo há de continuar até a vinda de Cristo. Nessa época as trevas aumentaram sempre, mas também entre os verdadeiros crentes aumentou a devoção; foi uma época muito solene da história do cristianismo. Ao lançarmos a vista para o começo deste novo período, convém que retrocedamos um pouco.

DOIS SÉCULOS ATRÁS
Foi no ano 313 que o primeiro edito a favor do cristianismo foi publicado. Constantino tinha feito uma aliança secreta com Licínio, para derrubar o usurpador Máximo, e aproveitou essa ocasião para induzir Licínio a revogar os editos de perseguição de Diocleciano, e a delinear juntamente com ele, um novo edito a favor do cristianismo. Licínio deu o seu consentimento, e quando os dois imperadores se encontraram em Milão fizeram o notável edito de Milão. Era uma proclamação de tolerância universal, e continha, entre outros, os seguintes períodos:

"Pelo presente edito, é concedido aos cristãos uma completa e absoluta liberdade para exercerem a sua religião. E não só esta liberdade lhes é absolutamente concedida, mas a todos os outros que desejem o mesmo privilégio de seguir a sua própria confissão religiosa. Igualmente determinamos quanto aos lugares de culto em que os cristãos se costumavam dantes reunir. Se foram comprados, quer pelo nosso tesouro, quer por outra qualquer pessoa, sejam restituídos aos ditos cristãos sem encargos ou exigência de indenização, e pelo preço por eles pago, e sem impedimentos ou subterfúgio". A igreja recebeu com extraordinária alegria esta forma que tomaram tão rapidamente os seus negócios, e na cegueira de uma gratidão excessiva, abrigou-se comodamente sob as asas da águia romana. Apesar disso, nunca poderia haver uma completa fusão dos dois partidos. Um ou outro tinha de ter a primazia, e no entanto a igreja contentava-se em ficar no lugar mais obscuro.

Trecho extraído: KNIGHT A. E. e W. Anglin. História do cristianismo. 2ª ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1983.

Por: Ailton da Silva

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