É com muito pesar que anunciamos o falecimento
de uma grande heroína do passado, que soube viver enquanto teve forças,
usufruiu de uma valentia tamanha e foi deveras agraciada por Deus.
Contava a distinta com cerca ou pouco mais de
30 anos, filha na fé de um grande homem (At 19.10), um dos maiores missionários
que esta dimensão já contemplou. Uma jovem e promissora vida que no passado
havia se mostrado grande, forte, valente, mas naquele fatídico dia, quando
recebeu a carta atestando sua morte, compreendeu que todo o seu glorioso
passado não poderia servir de lastro para o seu presente.
Culpa do Pai? Ou do pai da fé? Ele cuidou como
deveria? Deixou pessoas responsáveis cuidando enquanto esteve trabalhando em
outros lugares. Então a culpa foi dela mesmo!
Foram anos de vitórias, no início, uma
trajetória digna de uma grande lutadora, mas com o passar dos anos, em sua
tentativa de agradar a dois senhores, ela fracassou, pois não suportou o
bandejão de R$ 1,99 que foi posta à sua frente.
Não havia possibilidade de mudança ou realmente
estava morta? O óbito foi atestado por Jesus (Ap 3.2), então não restavam dúvidas
quanto ao seu estado. Mas o que causou esta repentina queda e morte?
- Ataque de falsos profetas, falsos apóstolos (Ap 2.2), falsos judeus ou as conversinhas daqueles que congregavam nas sinagogas de satanás (Ap 2.9);
- Forças exteriores, como os nicolaítas e os seguidores de Balaão (Ap 2.14) e os que acreditavam em Jezabel (Ap 2.20);
- Ferrenhas perseguições (Ap 2.10);
- Armadilhas judaicas;
- Espada romana;
- Legado filosófico grego (At 17.32);
- Misticismo barato fruto, em sua maioria, da cultura idólatra babilônica (At 8.18; 13.8-10; 16.16-18);
- Despreparo teológico e desconhecimento das coisas espirituais (At 19.1-6).
A causa mortis da igreja não foi a presença ou
manifestação dos elementos ou fatores apresentados acima, mas sim a
ausência de alguns deles, pois se tivessem em constante vigilância, em
prontidão (II Pe 5.8) teriam percebido e certamente resistiriam aos primeiros
sintomas das doenças espirituais. Então faltaram (Ef 6.11-17):
·
A armadura de Deus;
·
O lombo cingidos com a verdade;
·
A couraça da justiça;
·
Pés calçados na preparação do Evangelho;
·
Escudo da fé;
·
Capacete da salvação;
·
Espada do Espírito.
A igreja foi iludida pela aparência da falsa
paz interior e exterior. Pérgamo e Tiatira aceitaram e se aliançaram com o
mundo e permitiram a entrada de ensinamentos estranhos que também as levaram a
ruína, mas as maiores consequências foram sentidas em Sardes. As portas foram
abertas nas duas igrejas anteriores e o lixo foi depositado na última.
Éfeso poderia se conscientizar da perda do seu
primeiro amor e retornaria a ele. Pérgamo poderia fechar as portas e teria
condições de expulsar os nicolaítas. Tiatira poderia se consertar para dar um
basta aos adultérios moral e espiritual em que estava mergulhado, mas Sardes
somente poderia ser reavivada por uma intervenção de Deus, que aconteceu
mediante a carta, pois foi atestada a presença de fiéis, que não eram, em
número, superiores aos infiéis.
Que sirva de exemplo para a igreja hodierna,
apesar que alguns esperavam uma intervenção de Deus para mudar o coração da
igreja, mas por que Ele faria isto?
- Por acaso apareceram anjos, profetas ou apóstolos para avisarem Éfeso que o seu amor estava esfriando?
- Apareceram legiões de anjos para livrarem Esmirna da espada romana e estupidez judaica?
- Pérgamo foi avisada do perigo das suas concessões nas caladas das noites?
- Tiatira viu Jezabel morrer no corredor da igreja diante da palavra de algum fiel apóstolo (At 5.1-10)?
Nós, de Álvares Machado, sentimos muito pela
perda, mas não podemos fazer nada, apenas aprender com mais esta grandiosa
lição.
Por: Ailton Silva
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