IGREJA X ISRAEL
ANTIGA ALIANÇA PARA ISRAEL?
NOVA ALIANÇA PARA A IGREJA?
ISRAEL FECHOU AS PORTAS AOS GENTIOS
A IGREJA ABRIU AS PORTAS PARA ISRAEL
INCLUSÃO ESPIRITUAL: JUDEUS NA IGREJA
SOMOS OS ÚNICOS NA DIMENSÃO ESPIRITUAL?
LIÇÃO 10 – 1º TRIMESTRE DE 2012
PROPOSTA DA LIÇÃO:
• ISRAEL: ELEITO POR DEUS, NAÇÃO SACERDOTAL, PROFÉTICA E REAL;
• IGREJA: SEPARADA, FORMADA POR GENTIOS E JUDEUS;
• POVO ÚNICO DE DEUS: ISRAEL? IGREJA? OS DOIS? O PACTO FOI RENOVADO;
• IGREJA: REUNIÃO DE CRENTES DE TODAS AS RAÇAS, CULTURAS E NAÇÕES;
• IGREJA: ORGANISMO VIVO (I CO 12.12). CORPO DE CRISTO;
• SANTIDADE POSICIONAL (EM CRISTO) E PROGRESSIVA (POR CRISTO);
• A ADORAÇÃO NA IGREJA É A ESSÊNCIA DO CULTO CRISTÃO;
• PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA E GRANDE COMISSÃO: NECESSIDADE E DEVER;
• TANTO ISRAEL QUANTO A IGREJA DEVEM REPRESENTAR DEUS NA TERRA.
INTRODUÇÃO
Tanto Israel quanto a Igreja fazem parte do Plano da Salvação e cada um desempenha a sua função e aguarda o cumprimento das respectivas promessas e fazendo uso da verdadeira prosperidade espiritual vinda de Deus.
A Igreja é apresentada nas Escrituras como o povo de Deus (I Co 1.2; 10.32; I Pe 2.4-10), salva e participante do novo concerto, constituindo-se no Israel de Deus, formada tanto por judeus quantos por gentios, sendo a marca deste grupo, o Espírito Santo de Deus, muito diferente da marca de Israel que era a circuncisão.
Não encontramos nenhuma promessa de abundância material para aqueles que aguardam ansiosos a volta de Cristo, a igreja, mas pelo contrário, pois somos orientados a tomarmos cuidados com as riquezas materiais (I Tm 6.9; 17; Mt 6.19; Mc 10.21). A abundância de bens materiais e as riquezas ostentadas pelos membros de uma igreja não a torna próspera e por outro lado a falta das riquezas também não é sinônimo de prosperidade espiritual.
a) O que torna uma igreja próspera?
A sua condição espiritual ou seus recursos materiais? Muitos pensam que é a segunda opção, pois se utilizam da fé alheia e a transforma em trampolins para alcançarem somente o material, desviando a muitos e a si próprios da do maior objetivo daqueles que professam a fé em Jesus. Os tais são pobres, cegos, desgraçados e nus (Ap 3.17).
I. O POVO DE DEUS NA VELHA E NOVA ALIANÇA
1. O ISRAEL NAÇÃO.
Israel foi escolhido como propriedade exclusiva de Deus (Êx 19.5-6; Dt 7.6-7), nação sacerdotal, profética e real, caso aceitassem os termos daquela aliança. Por isto deveriam se portar com santidade. A missão dos israelitas era tornar o nome de Deus conhecido em todas as nações, através do correto relacionamento com o Senhor. As bênçãos e maldições decorrentes da obediência e desobediência (Dt 27 e 28), respectivamente, são aplicáveis nesta vocação primeira de Israel.
Era promessa de Deus restaurar seu povo por intermédio de uma nova aliança (Jr 31.31-34; Ez 36.26), mas Israel rejeitou Jesus como o mediador do novo concerto (Hb 9.15; 12.24) e abriu as portas para que a igreja entrasse em cena, pois o propósito de Deus era que um povo o representasse na Terra, por isto o seu plano teve continuidade, mas em nenhum momento deixou de lado os hebreus (Rm 11.26 – salvação para os judeus, Rm 11.25 – plenitude para os gentios).
2. O ISRAEL DO NOVO TESTAMENTO.
A igreja entrou no plano da salvação por intermédio de um grande mistério que somente os espirituais compreendem (Ef 3.2-10; Rm 16.25-26; Cl 1.25-27), pois ela é formada tanto por judeus quanto por gentios (Ef 2.14-22), mas isto, de forma nenhuma, caracteriza a destituição e posterior substituição de Israel pela igreja, simplesmente é a continuação do plano de Deus na vida da humanidade.
Portanto, o Israel do Novo Testamento, refere-se a reunião do povo, chamado para fora, convocados para adorarem a Deus, como cidadãos do reino (Ef 2.19), ou seja, a igreja de Cristo.
Segundo o discurso de Paulo, a aliança abraâmica abrangeria a todos que, professassem a mesma fé vista na vida do patriarca Abraão, inclusive os gentios. Um só corpo, uma unidade em Cristo (Gl 6.16; Rm 2.28-29; Ef 2.14-22), para que então o plano de Deus tivesse continuidade, agora através e por um novo povo, a igreja.
3. O POVO ÚNICO DE DEUS.
Israel não foi apartado do plano de Deus, mas pelo contrário, encontrou na instituição da igreja, um reforço para resgatar sua verdadeira identidade, ou pelo menos para rever alguns de seus conceitos. A aliança foi renovada com seu povo e eles estão sendo alcançados, sendo agrupados em um só corpo, judeus e gentios. Fazer parte deste grupo é viver na plenitude das promessas, esta é a verdadeira prosperidade.
A igreja é uma realidade em Cristo, a continuidade de Israel, a semente de Abraão (Jr 7.23; 31.33; Êx 6.7), com uma nova roupagem, sob uma nova aliança, a qual aboliu os sacerdotes, sacrifícios e santuário do Antigo Testamento e instituiu a mediação por Jesus (Hb 1-10). A idéia de uma só nação, descendentes de Abraão, foi substituída pela inclusão espiritual de novos crentes em igualdade de condições (Ef 2.3; Ap 5.9-10).
A aliança antiga excluía os gentios, mas a nova inclui todas as raças, tribos e nações, dentre elas os judeus, mesmo que seja temporariamente rejeitada (Rm 11.15, 23, 31).
II. A IGREJA E SUA NATUREZA
1. LOCALIDADE E UNIVERSALIDADE.
A igreja possui o seu aspecto local (At 9.31; 13.1; Rm 16.4; 16.19; II Co 8.1; Gl 1.2), sendo incluídos neste contexto todos aqueles que professam a fé em Jesus, que vivenciam e comungam a mesma herança apostólica. É o lado visível da igreja, físico e acessível, pois é facultado a qualquer um o ingresso, sem impedimentos, tanto que, neste grupo encontramos alguns cristãos não genuínos.
Este termo foi usado pela primeira vez, após a morte de Estevão (At 8.1), para realçar a perseguição que fora levantada contra a igreja que estava em Jerusalém. Muitos foram dispersos pelas terras da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. Mesmo assim Saulo ainda continuava assolando a igreja (At 8.3), provavelmente a de Jerusalém. As igrejas da Judéia, Galiléia e Samaria estavam passando por um momento de paz (At 9.31), talvez isto tenha acontecido em virtude da conversão de Saulo que agora não mais perseguia, mas sim trabalhava em prol do crescimento do reino.
A igreja universal é a comunhão de todos os salvos em Cristo (Hb 12.23), cujos nomes estão escritos no céu. É a representação singular do povo de Deus que está espalhado pela Terra. É o agrupamento dos verdadeiros adoradores, unidos pela fé em Cristo, fundada antes mesmo da fundação do mundo, pois é um projeto concebido, executado e sustentado por Deus. A característica divina da Igreja reside justamente na pessoa de Jesus Cristo (Ef 2.20). Ela tem a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). A igreja local pode não estar inserida na universal, mas a universal está inserida na local. Esta é a forma como Deus enxerga sua igreja.
2. O ENSINO NEOTESTAMENTÁRIO REVELA QUE A IGREJA É UNA (EF 4.4).
Apesar de sua composição abranger povos, raças, tribos e nações, a igreja é vista como um organismo vivo, uno, formado por todos os regenerados (I Co 12.27; Ef 5.23-32) e como tal deve funcionar (I Co 12.12), pois devem trabalhar em harmonia.
A unidade da igreja é vista a partir do momento que ela persevera na doutrina apostólica (Mt 28.19-20), na comunhão (II Co 13.13; I Jo 1.3), no partir do pão (I Co 11.27-28) e nas orações (At 1.14; 2.42; 3.1; 4.31).
3. A SANTIDADE É TANTO POSICIONAL COMO PROGRESSIVA.
Os salvos em Cristo podem ter uma vida santa em Cristo, mas para isto deverão, em seu viver diário, cumprir a parte que lhes cabem (II Co 7.10), ou seja, uma vida de resignação na presença de Deus.
Tanto a santidade posicional (em Cristo), quanto a progressiva (por Cristo) são momentos que permitem demonstrarmos toda a nossa confiança em Deus, pois estas separação do mundo nos remete a uma vida santa e de pleno exercicio da sabedoria espiritual, pela qual teremos condições de rejeitarmos os princípios mundanos e suas ofertas, mas isto demanda destinação do tempo, busca do conhecimento e apartação do mal.
III. A IGREJA E SUA MISSÃO
1. ADORAÇÃO.
Adoração é um ato simples, uma entrega incondicional a Deus e à sua vontade (Mt 6.10). É através da adoração que Deus é reconhecido como Senhor e o homem, como seu servo. Quando adoramos ao Senhor, em espírito e em verdade (Jo 4.23-24), trazemos o Senhor até ao local de adoração de uma forma especial. O Senhor Jesus disse que Deus procura estes adoradores (e não propriamente os reúne) e disse que estaria onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome (Mt 18.20). A verdadeira adoração surge a partir de um contínuo andar com Deus.
A adoração fez parte do culto da igreja primitiva, pois houve salmos e expressões espontâneas de louvores e cânticos espirituais (Ef 5.19; Cl 3.16).
Obs: Israel (Ex 5.1) celebrou uma festa no deserto, mas para o deus errado (Ex 32.1-7), por isto a igreja foi ensinada a apresentar-se diante de Deus com salmos, louvores e adoração.
2. INSTRUÇÃO E EDIFICAÇÃO.
Toda igreja deve ensinar as verdades contidas na Bíblia, de forma organizada e sistemática, pois elas servirão para o crescimento do cristão. O ensino da Palavra de Deus é a fonte de vida e não de morte (II Co 3.6).
Toda igreja verdadeira bíblica necessita da exposição da Palavra de Deus, uma vez que não é possível que haja crescimento espiritual do povo sem a apresentação deste alimento, por isto a igreja foi ensinada a desejar ardentemente o genuíno leite espiritual (I Pe 2.2).
Desde o inicio, a igreja se preocupou apenas com as ordens recebidas de Jesus que diziam respeito a evangelização do mundo e a formação de novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8).
Obs: Como foi árduo o trabalho de Moisés para que Israel fosse edificado no deserto. Algumas vezes agiram com crianças, imaturos. Muitas vezes, erramos por falta de conhecimento (Os 4.6) ou porque não examinamos as escrituras (Jo 5.39).
3. PROCLAMAÇÃO.
A comissão cultural é observada pela igreja adoradora, instruída na Palavra e verdadeiramente próspera (Mt 28.19). Fomos chamados para proclamarmos as boas novas (I Pe 2.9). A igreja que despreza esta ordem está muito longe da verdadeira prosperidade.
O plano de Deus previa uma igreja atuante, descompromissada com o mundo, com o pensamento voltado apenas para o crescimento do reino de Deus. É inadmissível imaginarmos uma igreja sem estas características. Ela existe justamente para oferecer solução para salvação da humanidade, mas para isto torna-se necessário que ela proclame a Palavra de Deus utilizando todos os recursos que estão a sua disposição.
A ordem era para fazerem novos discípulos (Mt 28.19), ou seja, a obra não terminava ali com eles, pois uma nova safra de pregadores, administradores, ministradores, servos autênticos deveria ser levantada para a continuidade do processo.
Obs: Israel possuía tantos inimigos ao seu redor, mas da mesma maneira os estrangeiros eram tratados em seu meio, tanto que a lei previa o socorro a eles (Dt 14.28-29; 26.12-15). Para a igreja Deus ordenou que fosse aos confins da Terra, em cumprimento a grande comissão.
CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
A Igreja é o “Israel de Deus” e a sua missão é representar Deus na terra. O importante não é apenas ser abençoado, mas ter plena comunhão com o Abençoador. Isso significa fazer parte do corpo místico de Cristo que é a sua Igreja.
Celebremos o fato de sermos o Israel de Deus, mas não nos esqueçamos das responsabilidades que isso também nos traz. A igreja realmente próspera é aquela que cumpre plenamente a missão que nos confiou o Senhor Jesus.
1) Analisar: Aspectos do povo de Deus na Velha e na Nova Aliança:
• A velha aliança excluiu os gentios, mas a nova inclui todos.
2) Compreender: A verdadeira natureza da Igreja:
• Local: lado visível, físíco e acessível a todos;
• Universal: comunhão dos salvos em Cristo (Hb 12.23).
3) Conscientizar-se: sobre a adoração, instrução e proclamação:
• Adoração: entrega incondicional a Deus e à sua vontade (Mt 6.10);
• Preocupação da igreja: Ordens recebidas de Jesus (Mt 28.19);
• Fomos chamados para proclamarmos as boas novas (I Pe 2.9)
REFERÊNCIAS:
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GILBERTO, Antonio. As disciplinas da vida cristã. Trabalhando em busca da perfeição. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2008. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2008
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