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sexta-feira, 16 de março de 2012

O propósito da verdade prosperidade. Plano de aula.

NU SAI E NU VOLTAREI!
BANANA COMENDO O MACACO
PIRÂMIDE E PÓLOS INVERTIDOS
DEUS REGENTE – HOMEM DEPENDENTE
HOMEM DONO DO QUE? DONO DE NADA
DINHEIRO NA MÃO OU PIEDADE NO CORAÇÃO

LIÇÃO 12 – 1º TRIMESTRE DE 2012

PROPOSTA DA LIÇÃO:
• Deus foi transformado em um objeto e o homem em mercadoria;
• A felicidade material deve ser buscada a qualquer preço;
• A prosperidade não pode ser vista como um fim em si mesma;
• A verdadeira prosperidade não é acúmulo de bens;
• Deus sabe todas as coisas. Porque a ansiedade?
• Não precisamos estocar nada? Aprendam com o exemplo do maná;
• Amor é uma característica da verdadeira prosperidade. Pratique!
• Para “eles” o importante é o “eu” e não o “tú”;
• Reino de Deus: realidade presente e futura.

INTRODUÇÃO
A verdadeira prosperidade possui um propósito que vai muito além dos nossos interesses pessoais, bem diferente do que a teologia da prosperidade apresenta, que serve somente para fomentar o egoísmo, ao desprezo ao próximo.

A verdadeira prosperidade é uma das promessas divinas que mais tem sofrido com as distorções na atualidade, pois não são poucos os que a associam somente ao campo material, esquecendo-se completamente do lado espiritual (I Co 15.19). Para estes, o dinheiro se tornou um deus.

A Palavra de Deus nos adverte quanto ao acúmulo de riquezas para nossa própria satisfação, pela qual, somos capazes de enxergar os nossos recursos financeiros como um instrumento capaz de suprir nossas necessidades, as do próximo e principalmente capaz de promover o crescimento do reino de Deus na terra.

A busca de melhores oportunidade na vida não podem se tornar nossos objetivos ou alvo principal (Pv 27.24), pois acabaremos por descobrir que a esperança depositada em Cristo limitada apenas ao que os nossos olhos podem contemplar, nos torna miserável (I Co 15.19). Existe algo além do material que nos espera. Nú saímos do ventre e da mesma forma terminará a nossa história nesta terra (Jó 1.21).

I. A PROSPERIDADE NÃO É UM FIM EM SI MESMA
1. DEUS, A FONTE DE TODO BEM.
A teologia da prosperidade transformou Deus em um objeto e o homem em mercadoria. A fama, poder e riqueza se tornaram o alvo principal destes. Deus não é mais visto como fonte de todo o contentamento (Fp 4.11). A prosperidade tornou-se um fim em si mesma, o ápice, o objetivo maior de toda uma geração, pois a consideram como prova do amor de Deus aos homens, ao mesmo tempo que desprezam a verdadeira prosperidade espiritual.

O que muitos pregadores da prosperidade ignoram é que mesmo diante das bênçãos materiais, o homem continuará sendo dependente de Deus, pois Ele continuará sendo o regente de nossa vida e dono de todo ouro e de toda a prata, Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Mesmo neste mundo caído e obcecado pelo materialismo existem muitos que reconhecem e aceitam a soberania de Deus e que providos ou não continuarão servindo-o da mesma forma. Estes tais não inverterem a pirâmide ou os pólos, pois continuam sendo homens dependentes de Deus e Ele continua sendo a fonte inesgotável de todo saber e prosperidade espiritual.

A verdadeira prosperidade não tem origem nas posses ou riquezas e tampouco estas produzem contentamento, pois dinheiro na mão é uma coisa e piedade no coração é outra, ou seja, o interno é muito mais importante que o externo.

2. DESPENSEIROS DE DEUS.
A verdadeira prosperidade não é condenada na Bíblia, pois muitas passagens nos mostram o próprio Deus abençoando com bênçãos matérias à alguns dos patriarcas (Gn 13.2; Jó 42.12). Isto também foi vista no jardim do Éden, quando o homem foi criado e colocado para usufruir de todos os recursos ali disponíveis.

Naquela ambiente, o homem deveria ser apenas um administrador, pois recebeu, após a sua criação, a incumbência de cuidar de toda a obra das mãos de Deus (Sl 24.1), mas ao longo de sua jornada, ele vem tentando se tornar o senhor de tudo e dono de algo, sem saber que é não é nada (I Co 4.1,2; Tt 1.7; I Pe 4.10).

II. A PROSPERIDADE E O SUSTENTO PESSOAL
1. AS CARÊNCIAS HUMANAS.
Todas as nossas necessidades são conhecidas por Jesus (Lc 12.30), mas devem ser apresentadas (Mt 6.11), portanto não existem motivos para ficarmos ansiosos diante das dificuldades diárias. Na verdade, deveríamos nos contentar e não desesperar.

Como seres humanos, estamos propensos as carências e cada um de nós responde diferente a estas situações. Adversidades, doenças, revés profissional, perdas, solidão e a carência espiritual.

A pobreza, sempre esteve presente em Israel (Dt 15.11; Jo 12.8), não por imposição de Deus, mas sim em decorrência de catástrofes naturais, colheitas desfavoráveis, guerras com os seus vizinhos e ferrenhos inimigos ou pelos desvios espirituais do povo que sempre culminavam com a correção divina.

Abraão, sofreu com a falta de filhos. Jó sofreu com a perda deles e de seus bens. Elias foi um caso atípico, pois ele sofreu durante o período em que não houve chuvas e orvalhos, mesmo assim confiou, sendo socorrido por uma pessoa que estava em situação pior que a ele (I Rs 17.9). Estes três homens confiaram, na providência de Deus e todos puderam receber suas respectivas bênçãos.

2. O CUIDADO DIVINO.
Fomos orientados a não andarmos ansiosos, pois Deus conhece todas as nossas necessidades, sendo poderoso para supri-las (Lc 12.22-34). Israel, no deserto, foi sustentado com o maná, por quarenta anos, (Ex 16.35) até a primeira colheita na terra prometida (Js 5.10-12). Cada um recolhia segundo as suas necessidades, pois não poderia haver sobras ou estoques. A glória deveria ser toda para Deus. Durante estes 40 anos, Deus não deixou faltar pão e água e as sandálias não se gastaram na caminhada (Dt 29.5)

A nossa preocupação, diante das dificuldades, é inútil, pois tudo está nas mãos de Deus (Lc 12.24-26), Ele conhece a nossa limitação e tem cuidado de cada um de nós (I Pe 5.7).

III. A PROSPERIDADE NA AJUDA AO PRÓXIMO
1. UM MANDAMENTO DIVINO.
Amar o próximo como a ti mesmo, nunca foi um assunto desconhecido para a humanidade, apenas não foi praticado. Que atitude devemos tomar diante dos necessitados (I Jo 3.17; Tg 2.15-16)? Isto também foi previsto na lei mosaica (Dt 15.11).

a) Como a lei mosaica previa o socorro aos pobres e necessitados:
• O ano do jubileu (Lv 25.10-23). No final do período de 50 anos a terra voltava aos donos originais sem qualquer pagamento, mesmo aquelas vendidas, pois a compra não garantia a posse, somente o direito ao usufruto;
• O Ano Sabático (Ex 23.10,11; Lv 25.1-7). Ao final do período de 6 anos a terra deveria repousar e o que estivesse plantado não poderia ser colhido pelo proprietário. A colheita ficaria a cargo dos pobres para se alimentarem. Também eram libertos os escravos e as dividas canceladas (Dt 15.1-18);
• O Dízimo Trienal (Dt 14.28,29). Trienalmente o povo deveria tirar o dízimo de toda a produção para que os levitas, estrangeiros, órfãos e as viúvas se alimentassem;
• A Lei da Rebusca (Lv 19.9,10). Na época da colheita o proprietário não deveria efetuar a colheita na sua totalidade, mas sim deveria deixar para os pobres e necessitados (se caísse no chão não seria mais do proprietário).

É desejo de Deus que o homem seja justo em seu viver, amando e atendendo as necessidades um dos outros (Sl 41.1-2), mas a sociedade moderna, onde impera a competitividade, o materialismo e o individualismo, não atenta para este preceito. Ricos exploram pobres na esperança de maiores lucros e assim este mandamento é posto de lado.

Devemos atentar para os necessitados, exercitarmos a compaixão e sermos sensíveis aos sofrimentos dos que estão em situações desagradáveis (Mt 25.31-36; Gl 6.2,10). Isto tudo compõem o mandamento divino (Lv 19.18).

O serviço cristão implica primeiramente na servidão a Deus (Cl 3.16), para depois contemplarmos o homem na sua essência e necessidades espirituais, alcançando-o pelo Evangelho (At 4.20), ensinando-o (II Tm 3.16), socorrendo-o (Tg 1.27) e aperfeiçoando-o através do trabalho ministerial (Ef 4.11-13). É obrigação da igreja servir a Deus e ao próximo (Mc 10.43).

2. UMA NECESSIDADE CRISTÃ.
O homem foi criado justo e perfeito e recebeu uma lei também justa, mas ele não conseguiu se manter no seu estado original e voluntariamente conheceu o pecado.

O pecado comprometeu toda a criação de Deus, tornando imperfeita toda a produção cultural dos atores sociais envolvidos, pois o erro manchou a cultura humana e alguns traços da imagem de Deus, vistas no homem, foram perdendo seu valor.

O pecado distorceu nossa imagem e fez nos egoístas, mudando o nosso foco do “tu para o “eu”, afetando os laços fraternais que nos une a grande família humana. Este é o estado do homem que vive sob o império do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Em Cristo, porém, fomos regenerados e do domínio do mal fomos libertos (II Co 5.17).

IV. A PROSPERIDADE NA EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
1. A REALIDADE DO REINO.
Jesus ensinou seus discípulos a buscarem o reino de Deus (Mt 6.10), pois ele possui a realidade presente e outra futura (Lc 17.20,21), por isto também fomos ensinados a participarmos ativamente da expansão da obra de Deus até aos confins da Terra.

a) Realidade presente – Lc 17.20-21:
Nos evangelhos, o reino já estava presente (Mt 12.28; Lc 17.21), todavia, a ênfase principal está na iminência da sua chegada (Mt 3.2; 4.17; 10.7; Mc 1.15; 9.1; Lc 9.27; 10.9,11; 19.11; 21.31). Os fariseus queriam saber quais sinais evidenciariam a chegada do reino de Deus, pois assim como muitos hoje, aquele povo esperava algo visível, potente, fantasioso.

Na atualidade, o reino divino está presente na vida dos filhos de Deus, a saber, os salvos em Cristo. Estes foram libertos das trevas e transportados ao Reino do Filho (Cl 1.13). A partir desta experiência salvífica, é possível afirmar que toda pessoa, nascida de novo em Cristo Jesus, é dirigida pelo Espírito Santo e, conseqüentemente, tem a sua vida regida através dos valores do Reino (Ef 2.10).

b) Realidade futura:
Muitas passagens falam do reino como uma realidade futura, escatológica (Mt 8.11s; 13.43; 26.29; Mc 14.25; Lc 13.28s; 14.15; 22.16,18; 23.42; I Co 15.50; I Ts 2.12; II Tm 4.1,18; Tg 2.5; II Pe 1.11; Ap 11.15; 12.10).

Este será o retorno de Jesus para estabelecer o seu Reino institucional, visível, na Terra, quando Ele voltar a este mundo (I Co 15.23-25), para triunfar sobre reis e nações (Ap 11.15-18; 19.11-21). Este reino será visto com todo o seu poder e glória (Lc 17.24; Mt 24.30). Se os fariseus não acreditavam no reino presente, sequer deram crédito ao futuro, por isto Jesus mudou o seu público alvo e passou a ensinar os discípulos e os seus seguidores (Lc 17.22).

Esta segunda vinda, aguardada até mesmo pela criação inanimada (Rm 8.19-23), completará a colheita da ressurreição.

2. A EXPANSÃO DO REINO.
Como o Reino de Deus se expandirá se não estivermos dispostos a contribuímos? E o que será da obra se não cumprimos o que nos foi determinado por Jesus? Proclamação da Palavra, comunhão entre os homens e socorro ao próximo.

O plano de Deus previa uma igreja atuante, descompromissada com o mundo, com o pensamento voltado apenas para o crescimento do reino de Deus. É inadmissível imaginarmos uma igreja sem estas características. Ela existe justamente para oferecer solução para salvação da humanidade, mas para isto torna-se necessário que ela proclame a Palavra de Deus utilizando todos os recursos que estão a sua disposição.

CONCLUSÃO - OBJETIVOS DA LIÇÃO
Não podemos perder o foco da verdadeira prosperidade, pois a questão não é o somente prosperar, mas para quê prosperar! Os nossos recursos estão, de fato, servindo somente para o nosso regalo pessoal?

Deus é o criador, preservador e provedor de todas as coisas. É Ele que faz o homem prosperar, segundo a sua vontade.

1) Compreender: Deus é a fonte de toda a prosperidade:
• Deus é Deus (regente). O homem é homem (dependente);
• Dono de tudo, Criador, Rei dos reis e Senhor dos senhores;

2) Conscientizar-se: todos temos carências. Deus supre todas:
• As nossas necessidade devem ser apresentadas a Deus;
• Tudo está nas mãos de Deus. Ele tem cuidado de nós (I Pe 5.7).

3) Explicar porque devemos ajudar os necessitados e carentes:
• O mandamento já é conhecido, devemos praticá-lo;
• Devemos vencer o individualismo e a competitividade?

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto. O propósito da verdadeira prosperidade. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2012/03/licao-12.html. Acesso em 15 de mar. 2012.

BARBOSA, Francisco A. O propósito da verdadeira prosperidade. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2012/03/licao-12-o-proposito-da-verdadeira.html. Acesso em 15 de mar. 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

GABY, Wagner. A missão integral da Igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011.

JESUS, Isaías Silva de. O propósito da verdadeira prosperidade. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2012_03_01_archive.html#5516997688971024438. Acesso em 15 de mar. 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. O propósito da verdadeira prosperidade. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2012/03/aula-12-o-proposito-da-verdadeira.html. Acesso em 12 de mar. 2012.

ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. O Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1993.

Por: Ailton da Silva

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