SER PELO QUE NÃO POSSUI?
“X” PASSOS PARA A FELICIDADE
CAPITALISMO OU CAPEITALISMO?
“X” CAMINHOS PARA A PROSPERIDADE
LIVROS DE AUTOAJUDA – BOM PARA OS ESCRITORES
DINHEIRO É UM BOM SERVO, MAS UM PÉSSIMO PATRÃO
LUGAR DE DINHEIRO: NO BOLSO E NÃO NO CORAÇÃO
LIÇÃO 11 – 1º TRIMESTRE DE 2012
PROPOSTA DA LIÇÃO:
• Como alcançar a verdadeira prosperidade? Qual o caminho?
• Fórmula para a verdadeira prosperidade: Confiança nas promessas;
• Outra fórmula: Confiança na fidelidade de Deus;
• Fórmula para prosperidade do crente: Trabalho;
• Trabalho: supre as nossas necessidade e as do próximo;
• “porque gastais o vosso dinheiro”, aquilo não é pão é consumismo;
• Dinheiro que muitos não tem, para mostrar o que não são;
• Reino de Deus necessita de recursos para sua expansão;
• Contribuição para a obra deve ser voluntária, regular e com amor;
INTRODUÇÃO
O capitalismo e a tecnologia direcionam o homem ao consumismo desenfreado, tornando-o escravo do “ter”. Através da mídia, uma ferramenta mortal, as pessoas são induzidas ao consumo não para sua própria satisfação, mas para atender as exigências dos que estão ao seu redor.
Na perspectiva bíblica, a prosperidade não se restringe ao acúmulo de bens ou dinheiro (I Tm 6.17) e tampouco ao fato de conseguirmos o que desejamos. A prosperidade bíblica faz referência as necessidades humanas atendidas, por Deus, através de nosso trabalho ou pela sua misericórdia infinita.
Como alcançar a verdadeira prosperidade? Através de fórmulas mágicas ou pela leitura dos inúmeros livros de autoajuda? Autores estão cada vez mais ricos enquanto que seus leitores continuam da mesma forma. A verdadeira prosperidade é alcançada pela prática dos princípios básicos da vida cristã. Quais? Promessas e fidelidade de Deus, trabalho e controle humanos.
A verdadeira prosperidade não é sinônimo de riqueza material, pois o objetivo maior do Evangelho não é o enriquecimento e satisfação dos nossos caprichos. Enfrentamos adversidades? Onde está o mar de rosas e o cristianismo do 1º mundo?
• Esaú – seu pai não tinha nenhuma bênção para ele (Gn 27.36)?
• Moisés – “tú não entrarás e ponto final. Não falamos mais nisto” (Dt 3.25-26);
• Paulo – “a minha graça te basta” (II Co 12.7).
I. CONFIANÇA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS
1. CONFIANDO NAS PROMESSAS DE DEUS.
As maiores promessas de Deus em nossas vidas dizem respeito ao perdão dos nossos pecados (Hb 8.12), à adoção (II Co 6.18), à vida eterna (I Jo 2.25) e a um novo céu e a uma nova terra (II Pe 3.13). A prosperidade para ser genuinamente bíblica, necessita levar em conta a nossa dependência e a suficiência de Deus (Sl 103.1-3; 23.1-6).
A confiança na suficiência de Deus é manifesta no momento em que lançamos sobre Ele as nossas ansiedades e preocupações (Fp 4.6-7; I Pe 5.7). Isto requer de nós uma ação e não uma passividade, partindo do princípio que toda e qualquer ação de nossa parte está sob o cuidado providencial de Deus (At 17.28).
a) Grandes promessas de Deus:
• Abraão: descendência numerosa (Gn 12.2);
• Israel: propriedade peculiar de Deus (Ex 19.5-6);
• Davi: sua descendência (Jesus) governando eternamente sobre Israel (Jr 33.17);
• Humanidade: perdão dos pecados aos que crerem em Jesus Cristo (Hb 8.12);
• Igreja: perdão, adoção e a vida eterna (II Co 6.18; I Jo 2.25).
2. CONFIANDO NA FIDELIDADE DE DEUS.
Deus supre todas as nossas necessidades, em glória (Fp 4.19), para assim demonstrar todo o seu amor para com os seus filhos (Sl 145.9; Mt 6.26). Ele não se omite quando o homem, necessitado, confia em sua fidelidade, mas para tanto, torna-se necessário compreendermos a sua vontade para cada um de nós. As suas bênçãos estão disponíveis a todos os que professam e depositam a confiança em seu Nome.
Fomos alertados quanto ao perigo de depositarmos a confiança nas riquezas materiais, muito mais do que aconselhados a possuí-las ou buscá-las (Mt 6.33; Fp 4.12,13; I Tm 6.7-10). O fundamento do ensino da suficiência divina é que o Pai Celeste nos supre todas as necessidades, provendo-nos o necessário para que tenhamos uma vida digna.
II. DEDICANDO-SE AO TRABALHO
1. A NECESSIDADE DO TRABALHO.
No jardim do Éden o homem viveu uma vida próspera, feliz e abençoada. Foi um período de inocência, comunhão e prosperidade, pois esteve em um lugar agradável, tranqüilo, que lhe proporcionava bem estar físico e mental, com alimento a sua disposição.
Mesmo nestas condições, propicias para o descanso, conheceu os primeiros “encargos trabalhistas” (Gn 1.28-31; 2.15, 19-20). O trabalho foi instituído por Deus para ser algo útil, prazeroso, necessário e nobre (I Ts 4.11; II Ts 3.8; I Tm 6.2, Ef 4.28), mas que se tornou penoso, devido ao pecado (Gn 3.17-19).
A aquisição de bens materiais, para auxiliar em seu trabalho diário, tornou-se real na vida do homem após a sua expulsão do paraíso, pois dependeria destes recursos e ou instrumentos para adquirir seu sustento (Gn 3.19). Paulo, em Tessalônica, (I Ts 2.9), trabalhou segundo o seu ofício (At 18.3), a fim de obter seu sustento e se tornar exemplo para os quais ele estava ensinando. Se não fosse assim como ele não poderia comer (II Ts 3:10)?
A prosperidade está associada ao trabalho (Dt 8.18) que pela Palavra de Deus, transcende o mero acúmulo de bens, porém é necessária conscientizarmos de que a bênção do Senhor manifesta-se também por intermédio de nosso trabalho (Dt 15.7,8; Pv 10.22). Desta forma contemplamos a semelhança ao Deus todo poderoso que trabalhou e continua trabalhando até hoje (Jo 5.17).
Deus nunca teve compromisso com preguiçoso:
• Moisés, pastoreava ovelhas de seu sogro (Ex 3.1);
• Gedeão, malhava o trigo de seu pai (Jz 6.11);
• Samuel, ocupava-se dos serviços no tabernáculo (I Sm 3.18);
• Saul, procurava as jumentas de seu pai (I Sm 9.3-4);
• Davi pastoreava o rebanho de seu pai (I Sm 16.11);
• Eliseu lavrava as terras de seu pai com doze juntas de bois (I Rs 19.19);
• Jesus (Jo 5.17). Quantas horas trabalhava por dia? E na semana? Certamente com bom judeu e zeloso freqüentava as sinagogas ao sétimo dia. Começou a trabalhar desde cedo e aos 33 anos verificou, antes de seu sacrifício, que não tinha acumulados bens materiais para deixar de herança aos seus seguidores. Tinha somente a sua paz, por isto a deu (Jo 14.27).
2. OS BENEFÍCIOS DO TRABALHO.
O trabalho é necessário para suprirmos as nossas necessidades quanto as do próximo (I Ts 2.9; At 20.34-35). Não fomos chamados para acumularmos riquezas, assim como Adão não foi criado e colocado no jardim do Éden somente para ficar apreciando a beleza e usufruindo da paz e dos benefícios, pois após a sua criação recebeu uma grande incumbência (Gn 1.28-31, 2.15).
O casal original poderia se rebelar, novamente, recusando a incumbência de continuarem a cuidar da terra ou então não assumindo a culpa pelo pecado, na sua totalidade. Quem criou? Quem permitiu a queda? Então Deus que cuide. Este seria um bom argumento, mas este trabalho era para o homem.
III. USANDO O DINHEIRO CONSCIENTEMENTE
1. REJEITANDO O CONSUMISMO.
Qual a diferença entre consumo e consumismo? O primeiro diz respeito ao suprimento de nossas necessidades básicas e o segundo se refere ao impulso incontrolável de ter, possuir, mesmo aquilo que não é tão necessário. Devemos ter o cuidado para não comprar aquilo que não precisamos, com o recurso que não temos para sermos o que não somos.
A consequência maléfica do consumismo é a super valorização dos bens adquiridos em detrimento as coisas espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21). O combustível para esta prática é a idéia de que o homem tenha sido feito para a riqueza. O desejo de Deus é suprir-nos diariamente (Mt 6.11), tanto com o pão da terra quanto o do céu, pois Ele conhece e sabe dividir conforme a necessidade de cada um.
Mas o modernismo define o sucesso e o consumismo como características da prosperidade material, tão necessária para os homens. Este cenário não é diferente do que Jesus encontrou durante seu ministério, pois os judeus associavam a riqueza ao favor Divino e a pobreza e doença era resultado da maldição ou falta de fé (Jo 9.2), o que foi severamente combatido (Lc 6.20; 16.13; 18.24-25), através de seus ensinos, no qual Ele deixou claro que a riqueza não seria um empecilho para salvação assim como a pobreza não seria condição primordial.
Para fugirmos do consumismo basta evitarmos o desperdício e o supérfluo, não gastando assim o nosso dinheiro naquilo que não é pão e naquilo que não pode nos satisfazer. Não devemos nos esquecer que o dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O problema não é a falta no bolso e sim a presença dele no coração.
2. CONTRIBUINDO PARA A OBRA DE DEUS.
A expansão do reino de Deus demanda investimentos humanos e materiais para alcançar aos confins da terra. Mesmo que sejamos detentores de posses materiais, seremos considerados prósperos e bem-aventurados se contribuirmos para o avanço e crescimento do reino de Deus (Lc 21.1-4; Fp 4.18,19). As nossas contribuições não são avaliadas, pelo montante, mas sim pela qualidade.
3. CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA E REGULAR.
A nossa contribuição para a obra de Deus deve ser feita de forma voluntária, regular e amorosa e Deus recompensará (Mt 7.1,2) a cada um. Tantos pobres quantos ricos são exortados a confiarem em Deus e não nas riquezas que possuem ou que buscam. Cada um contribua segundo propôs no coração, não por pressão psicológica, necessidade ou intenções segundas.
As riquezas possuem asas e tem o dom de sumirem de uma hora para outra, por isto não são merecedoras da mesma confiança que depositamos na Palavra de Deus. Na verdade, tudo o que for fruto da escrava deverá ser lançado fora da nossa vida (Gn 21.10)
CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
A verdadeira prosperidade fundamenta-se na providência de Deus, pois Ele capacita-nos a obter a necessária provisão para a nossa vida. A prosperidade bíblica faz do cristão um autêntico despenseiro dos negócios de Deus.
1) Compreender: Precisamos confiar na suficiência de Deus:
• Dependência humana e suficiência de Deus;
• Fundamento da suficiência: Deus supre o necessário.
2) Conscientizar-se: O trabalho foi instituído antes da Queda:
• No paraíso o homem foi apresentado ao trabalho;
• Adão não foi criado para somente apreciar o jardim do Éden.
3) Explique: Devemos fazer uso do dinheiro de modo consciente:
• Para evitarmos o consumismo desenfreado;
• As riquezas tem asas para sumirem.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto. Como alcançar a verdadeira prosperidade. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2012/03/licao-11.html. Acesso em 04 de mar. 2012.
BARBOSA, Francisco A. Como alcançar a verdadeira prosperidade. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2012/03/licao-11-como-alcancar-verdadeira.html. Acesso em 06 de mar. 2012.
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. Como alcançar a verdadeira prosperidade. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2012/03/1-trimestre-de-2012-licao-n-11-11032012.html. Acesso em 06 de mar. 2012.
GABY, Wagner. A missão integral da Igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011
JESUS, Isaías Silva de. Como alcançar a verdadeira prosperidade. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2012_03_01_archive.html#6492377928682242113. Acesso em 05 de mar. 2012.
LOURENÇO, Luciano de Paula. Como alcançar a verdadeira prosperidade. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2012/03/aula-11-como-alcancar-verdadeira.html. Acesso em 04 de mar. 2012.
PAUDA, Osmir Moreira. Prosperidade, dízimos e ofertas. 13ª ed. Editora Associação religiosa Imprensa da fé. São Paulo, 2007.
RENOVATO, Elinaldo. Neemias. Integridade e coragem em tempos de crise. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 4º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011.
ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. O Evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1993.
Por: Ailton da Silva
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