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terça-feira, 20 de março de 2012

Mensagem 52 - Se você tivesse seguido Jesus, nada disto teria acontecido

Introdução (Jo 9.2)
Os discípulos imaginaram que a cegueira fosse fruto de uma maldição, pelo erro do próprio cego ou dos pais. A resposta de Jesus foi simples e direta, não precisou repetir este ensinamento para eles. Gravaram bem, tanto que Pedro e João quando viram o coxo na porta Formosa não questionaram a origem da doençao, apenas ordenaram que recebesse a cura (At 3.1-6).

Por enquanto nenhum deles havia pecado,mas pecariam logo mais, tanto o cego quanto os pais. O cego foi curado e se viu em uma pequena confusão, pois teve que dar explicações do ocorrido. Depois ele encontrou Jesus e então pode adorá-lo.

a) O ex-cego que confiou em seus vizinhos, pobre homem, que inocência:
Os vizinhos estavam admirados com o ocorrido, haja vista nunca ter ocorrido tamanha demonstração de poder por parte de Deus, através de tal milagre em Israel (v. 32), mas os mesmos que, supostamente, estavam admirados, foram oque entregaram o ex-cego aos fariseus, tão logo souberam da fonte dos milagres (v. 11-13).

Eles interrogaram acerca do paradeiro de Jesus, mas o ex-cego não sabia onde Ele estava. A intenção dos vizinhos era entregá-los aos fariseus, pois temiam as represálias (v. 22). Ele não sabia onde estava Jesus porque certamente não porque não O seguiu tão logo foi curado.

b) A cumplicidade do ex-cego:
Ele fez o que Jesus havia mandado (v. 11), lavou-se no tanque de Siloé, após ter o seu globo ocular refeito com barro (disto Jesus entendia muito bem, Ele estava presente no momento da criação do homem, “Façamos o homem”). A sua fala soou como delcaração de cumplicidade e os que estavam atentos perceberam e não perdoaram-no. Nada disto estaria acontecendo caso ele tivesse seguido Jesus após o recebimento da cura. Este foi o seu maior erro.

“Onde Ele está agora”? “Não sei, apenas recebi a bênção e virei-lhe as costas. Fui tentar viver a minha vida” (v. 12). Se pelo menos tivesse agido como cego de Jericó (Mc 10.52; Lc 18.43) que tão logo começou a enxergar seguiu Jesus glorificando a Deus.

c) As consequências do erro, do ex-cego
Ele foi levado aos fariseus, pelos seus vizinhos (v. 22), momento em que alguém se lembrou que era um sábado, mais um agravante. Um prato cheio para a turba que buscava ocasião contra Jesus. O abençoado foi transformado em réu confesso, pois diante da nobre corte farisaica declarou sua cumplicidade (v. 15).

“E daí que era sabado. Ele me disse para ir e fui, não poderia perder esta chance. Nunca vi um homem com tamanha autoridade (Jo 7.46)”. Nada disto estaria acontecido caso ele tivesse seguido Jesus após a cura.

d) O ex-cego não sabia a diferença entre um profeta e o próprio Deus:
Os fariseus perguntaram a ele o que pensava a respeito de Jesus. Sua resposta foi direta: “É um profeta” (v.17). Pelo menos deve ter agradado , de início aos fariseus, mas aquele homem ainda estava com algum probema na sua visão, não era possível que não enxergasse o próprio Deus na sua frente.

e) Deixe-nos fora disto (18-23):
Perguntaram aos pais sobre a cegueira do filho e eles confirmaram tudo, mas a respeito da cura eles se omitiram, pois temiam os fariseus (v. 22). Para eles o importante era o direito de adentrarem e permanecerem nas sinagogas, seus cargos, seus amigos, somente não atentaram para um detalhe: o filho havia nascido cego, mas agora enxergava, isto era bênção para toda a familia”. Eles disseram: “Não sabemos quem fez isto a ele e não queremos saber de nada, deixe-nos fora disto, perguntem a ele, tem juízo bastante para assumir a responsabilidade”. Não sabiam que curou? Se ele tivesse seguido Jesus após a cura não estaria passando por este constrangimento.

f) “Daí glória a Deus, para condenarmos Jesus” (v. 24)
Os fariseus cutucaram o ex-cego e certamente mandou os que estavam presenciando aquela cena, um cutucarem o outro: “Cutuque ai seu irmão, cutuque. Eu não darei glórias a Deus agora, pois já dei no momento da cura e além do mais se fizer isto estarei condenando Jesus e glorificando os vossos nomes”. Ele glorificou antes, pois era sabedor do tamanho da bênção que havia recebido, não precisava fariseu nenhum mandar que glorificasse (ainda mais com aquelas intenções). Não preciso que ninguém me cutuque.

O ex-cego percebeu a intenção dos fariseus e deu um nó teologico neles: “Não sei o que Ele é (e não sabia mesmo conforme v. 36), mas o importante é que eu era cego e agora não sou mais”. Pronto, fúria a vista, era tudo o que eles não queriam ouvir.

Nada disto estaria acontecendo caso ele tivesse seguido Jesus logo após a cura.

g) A pregação do ex-cego e o apelo:
Diante da insistência ds fariseus o ex-cego não repetiu sua história. Estava cansado de testemunhar publicamente. Ele foi cego e a turba era surda? Ele mexeu no vespeiro, enfureceu os fariseus quando fez o apelo: “Vocês também querem aceitar Jesus como Salvador? Querem tornar-se discípulos Dele?

A resposta foi como um furacão: “Discípulo Dele seja tu”. Havia necessidade desta ordem ser repetida? Uma única vez era e é o suficiente para que sejamos discípulos Dele. Discípulos Dele sejam vocês, sejamos nós.

Aquele homem nunca havia olhado para os olhos de um sacerdotes, não conhecia suas vestes, as do sumo sacerdote, sequer imaginava. Os objetos do Templo, os sacrifícios, nada, mas de uma hora para outra foi tomado e pregou com ousadia e coragem, não temendo o que lhe pudesse acontecer e tampouco tinha interesses tão explícitos como os seus pais.

Ele foi expulso da presença deles, então ficaria desprotegido? Sem rumo? Quem o abrigaria? Seus pais devem ter virado as costas para ele, pois tinham outros interesses? Certamente enfrentariam problemas com as romarias de curiosos e interesseiros. O ex-cego estava só no mundo?

h) O encontro com Jesus:
A sua cegueira espiritual seria definitivamente curada. Quando Jesus soube que hava sido expulso, foi ao seu encontro (cfe Gn 37.15-17), isto sempre acontece quando estamos nestas condições, sem rumo, sem familia, sem perspectivas, sem nada.

Jesus poderia ter feito algumas perguntas a ele, tais como:
• De onde vense para onde vais (Gn 16.8)?
• Porque choras? A quem buscais (Jo 20.15)?
• Que quereis que vos faça agora (Mt 20.32);
• Vês alguma coisa (cfe Mc 8.23b)?
• E agora? Estas à procura de ninho, casa? Eu não possuo nada disto (Lc 9.58)? Possuo apenas a minha paz (Jo 14.27).

Jesus apenas perguntou se ele cria no Filho de Deus. o ex-cego físico, mas ainda cego espiritual ousou perguntar: “Quem é? Quando, como, onde posso encontrá-lo? Mostre-me para que eu creia”

A resposta de Jesus foi a seguinte: “Desde o início você não entendeu o propósito da cura, por isto foi colocado a prova diante dos fariseus para testemunhar publicamente. Eu Sou, Eu falo contigo. E o cego foi curado da cegueira espiritual.

Conclusão:
Se o cego tivesse seguido Jesus após a cura teria evitado alguns transtornos em sua vida, mas a sua atitude foi digna de louvor, pois enfrentou os fariseus de cabeça erguida e não temeu como os seus pais ou não deixou interesses pessoais falarem mais alto.

Se algum de nós, já recebemos uma bênção tal, nunca vista, e se sabemos de onde veio, quem fez, façamos como o ex-cego, adoremos a Jesus.

Cooperação na congregação Betel, setor 5 em Álv. Machado dia 15/03/2012

Por: Ailton da Silva

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