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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A beleza do serviço cristão. Plano de aula.

A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO

ESVAZIAMENTO PESSOAL
ESVAZIAMENTO DA GLÓRIA
POSIÇÃO HUMILDE DE SERVO
SERVO? ESCRAVO? OU OS DOIS?
SER SERVO – PRIVILÉGIO ESPECIAL
LAVA PÉ, CABEÇA, CORAÇÃO E ALMA

INTRODUÇÃO
Através de seus serviços a igreja demonstra todo o seu amor e preocupação com o crescimento do reino de Deus. Assim como Adão recebeu a incumbência de administrar e cuidar da terra, após sua criação, da mesma forma a igreja recebeu tarefas que devem ser cumpridas a risca durante a sua estadia na Terra. Ela foi chamada e comissionada para uma obra, que tem condições de cumpri-la e não para tão somente aguardar o dia da sua redenção. Portanto somos servos, comissionados por Jesus para operarmos neste mundo de forma a oferecermos solução (única) e possibilidades para a salvação ao homem destituído da Glória.

No antigo testamento encontramos os servos, remunerados e com acessos a alguns direitos e os escravos, que além de não terem nenhum privilégio, sequer podiam reclamar. Alguns vultos do passado bíblico foram considerados ou chamados de servos por Deus:
• Abraão (Gn 26:24);
• Moisés (Nm 12:8) ;
• Davi (I Re 11:32);
• O apostolo João (Ap 1:1);
• Paulo (Tt 1:1).

a) Tradição de lavar os pés:
Os escravos lavavam os pés dos convidados, derramando água, esfregava e depois secava com uma toalha (Gn 18.4; 19.2; 24.32; 1Sm 25.41; Jo 13.3-5; 1Tm 5.10), para evitarem que o pó da estrada fosse trazido para dentro de suas casas. Depois a cabeça do convidado era ungida com azeite, perfumado com especiarias (Sl 23.5). Esta tradição não foi cumprida por Simão, quando convidou Jesus para um banquete em sua casa (Lc 7.46).

Ao lavar os pés de seus discípulos, Jesus, se portou como um escravo, que veio para servir e não para ser servido. Será que agora entendemos isto? Será que agora entendemos porque Ele mesmo sendo Deus se fez esvaziou de sua Glória, fazendo-se servo (Fp 2”5-8)? Enquanto isto os discípulos contendiam entre si na intenção de autovalorizarem, imaginando que Ele não estivesse ouvindo, por isto falavam em baixa voz. Pedro deveria aprender com Jesus, por isto não poderia se opor aquele ato sublime, pois em breve estaria ele, se colocando também na condição de servo de uma igreja forte, pujante, ousada e corajosa. Caso não permitisse que seus pés fossem lavados por seu Mestre, como se portaria no exercício do seu serviço cristão (Jo. 13.7).

Não era tempo para questionamento, mas sim para aprenderem e aula foi uma das melhores. Não muito depois daquele dia os papeis se inverteriam, pois eles não seriam mais simples homens, mas verdadeiras autoridades, representantes do reino de Deus e deveriam atender aos necessitados, ouvir suas lamentações, seus problemas. Aquele momento era para que aprendessem, que independente da situação, deveriam fazer o mesmo que Jesus estava fazendo, deveriam se colocar na posição humilde de servo, para auxiliarem o próximo.

I. AS CARACTERISTICAS DO SERVO DE CRISTO
1. Amor
A principal e indispensável característica de um autêntico servo de Deus é o amor, traduzido em ações, atitudes que culminem com o alcance das almas e, por conseguinte, o crescimento do reino de Deus (Jo 15:12). Por esta característica os seus discípulos seriam reconhecidos (Jo 13”34-35).

O amor, que deve ser demonstrado pela igreja, reside justamente na sua disposição em servir a Deus e ao próximo, sem esperar nada em troca, ou pelo menos assim deveria ser. Não cabem aos servos, no cumprimento da grande comissão, escolherem:
• Locais a serem visitados (ide por todo o mundo);
• As melhores tarefas (pregai o Evangelho, expulsai demônios, pegar nas serpentes, beber coisas mortíferas);
• Pessoas a terem direito a ouvirem a Palavra (...a toda as criaturas).

a) O amor Ágape
Incondicional, que não busca ou espera algo em troca. Esta foi a principal característica da igreja primitiva e na atualidade não podemos nos furtar a esta pratica. Quantas diferenças, sociais, raciais, histórias foram deixadas de lado quando as primeiras almas foram alcançadas? Este amor somente fora conhecido e manifesto a humanidade no momento em que foi colocado em pratica pelos primeiros cristãos.

2. Compromisso
É uma obrigação que assumimos com alguém, uma responsabilidade que adquirimos ao afirmarmos verbalmente ou através da escrita, que cumpriremos a nossa palavra. Negar, tomar e principalmente seguir Jesus (Mc 8.34), este é o nosso maior compromisso assumido e facilmente atestado publicamente pela transformação da nossa vida.

Assumimos um compromisso com Deus e recebemos uma missão, servir a Deus e ao próximo (Mc 12”30-31). Devemos executá-la na mais pura excelência (Lc 9”62; Ef 6”5-9).

3. Humildade.
A igreja primitiva cresceu ouvindo que Deus agraciava os humildes e resistia aos soberbos (Tg 4”6; I Pe 5”5), motivo pelo qual cada um tinha motivos de sobras para não se considerarem uns superiores aos outros. Foram ensinados pelos grandes vultos (Ef 4”1-2; Fp 2”3; Tg 4”6; I Pe 5”5), por isto era um o coração e alma da igreja. Desde o inicio souberam que a humildade era condição essencial para o salvo em Jesus viver em comunhão.

a) O que não é humildade:
• não é pobreza, pois existem pobres revoltados e ricos insatisfeitos. A presença da humildade elimina a soberba e vice-versa;
• não é ignorância, pois a condição de analfabeto ou a privilegio dos inúmeros diplomas não atestam a presença ou ausência da humildade;
• não é aparência exterior.

II. O SERVIÇO CRISTÃO
1. Ordenado pelo Senhor
Exaltar o nome de Deus, divulgar a salvação pela sua Palavra e promover a comunhão entre o homem de Deus são atribuições da igreja, as quais fazem parte de sua missão. Muitos pensam que o serviço cristão seja tão somente o cumprimento da grande comissão, na verdade ela contempla muito mais do que isto, pois o nosso serviço cristão se estende a muitas áreas da nossa vida.

Para servirem de testemunhas, muitos foram mandados (Mc 5”19), mas era necessário algo mais, um compromisso pessoal, algumas características que deveriam ser vistas em tais, pois não era tão somente irem e se vangloriarem. Eles deveriam se portar como servos e aceitarem esta condição, para então cumprirem a risca o ide (Mc 8.34). Marcos, por ter direcionado seus escritos aos romanos, não poderia ter usado outro exemplo melhor para testificar a necessidade da submissão humana à vontade de Deus. Pregar para um romano dizendo que era necessário que negasse a si mesmo, seria tarefa fácil, mas dizer para ele tomar uma cruz (mesmo que fictícia) e carregá-la, se assemelhando aos malfeitores, criminosos e perturbadores da ordem, que eram eliminados por eles, seria uma missão difícil que requeria um certo grau de ousadia e coragem.

2. Em relação a Deus.
A adoração, na igreja, é vista no momento em que ela deixa de lado suas preocupações e anseios materiais para centralizar todas as suas atenções na sua relação com Deus, pois Ele criou, sustenta e governa tudo o que existe. Era parte essencial do culto da comunidade primitiva (At 2.42). Esta forma correta de culto tornou aquela igreja diferente e exemplo para todos os outros cristãos ao longo da história. Eles não encaravam a adoração tão somente como uma de suas atividades diárias, mas sim como a atividade principal. Entenderam que a vida, alegria, crescimento e posterior sucesso dependeria deste serviço. A mesma visão teve a igreja de Antioquia, quando entendeu a missão como parte de seu serviço.

3. Em relação ao próximo.
O homem, mesmo no paraíso recebeu a atribuição de administrar a Terra (Gn 2”15), que até então não apresentava nenhum tipo de conflito. Após a expulsão, os trabalhos aumentaram em virtude de sua responsabilidade com o próximo, agora as condições para a sobrevivência deveriam ser reinventadas ou adaptadas, haja vista as circunstâncias que antecederam a expulsão, pois não tiveram tempo para se prepararem para enfrentarem a gritante diferença.

Na ocasião da chamada dos discípulos Jesus deixou bem claro que, mesmo largando seus afazeres profissionais, eles não ficariam na ociosidade. Estavam sendo chamados para se tornarem pescadores de homens e, por conseguinte, servos a fim de conduzi-los ao caminho da salvação, ou seja, teriam muito trabalho pela frente.

Pescar peixe é fácil, pois o trabalho se encerra no momento em que o anzol é retirado, mas pescar homens é uma tarefa bem diferente. Necessita uma maior atenção, cuidado. As preocupações se iniciam justamente quando imaginamos não tê-las, portanto esta tarefa não era para qualquer um.

A igreja primitiva foi chamada para agir com solicitude e responsabilidade social, diante de um problema, que se não fosse a intervenção da expressão do amor de Deus na vida dos novos crentes, certamente teria abalado a estrutura organizacional da recém formada igreja. O socorro era necessário, mas os apóstolos tinham outras funções, motivo pelo qual resolvera pela separação dos diáconos para auxiliarem na obra.

III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO
1. Proclamar a Palavra de Deus(Mc 16:15).
A igreja possui a tarefa especifica que lhe foi determinada por Jesus. Proclamar a Palavra, viver em comunhão e socorrer ao próximo.

O plano de Deus previa uma igreja atuante, descompromissada com o mundo, com o pensamento voltado apenas para o crescimento do reino de Deus. É inadmissível imaginarmos uma igreja sem estas características. Ela existe justamente para oferecer solução para salvação da humanidade, mas para isto torna-se necessário que ela proclame a Palavra de Deus utilizando todos os recursos que estão a sua disposição.

A ordem era para fazerem novos discípulos (Mt 28”19), ou seja, a obra não terminava ali com eles, pois uma nova safra de pregadores, administradores, ministradores, servos autênticos deveria ser levantada para a continuidade do processo.

2. Viver em comunhão.
A maior prova da presença do amor de Deus na vida da igreja é a comunhão, sem a qual o nome do Senhor não é glorificado entre os homens e, por outro lado, ela é o instrumento que permite que os discípulos de Jesus sejam reconhecidos como tal (Jo 13”34-35).

A necessidade de amor e comunhão entre os homens sempre foi necessária e todos já conheciam a sua importância, somente não a praticavam. Ele se tornou um mandamento novo justamente porque apresentava uma nova dimensão, acessível a todos e de fácil compreensão, um novo conceito de amor. A comunhão na igreja pode ser facilmente vista no momento da conversão (1 Jo 1.3), na Ceia do Senhor (1 Co 10.16), na atenção ao sofrimentos alheios (Fp 3.10; Tg 5.16) e nas nossas relações diárias (Rm 12.18; Ef 2.14; Hb 12.14).

3. Servir a Deus e ao próximo.
Alem de todas as suas obrigações espirituais a igreja não pode desprezar a sua responsabilidade social, que pode ser compreendidas na sua respostas as inúmeras necessidades humanas (Mt 25”34-40), muitas delas frutos das mazelas sociais reinantes no mundo.

O serviço cristão implica primeiramente na servidão a Deus (Cl 3”16), para depois contemplarmos o homem na sua essência e necessidades espirituais, alcançando-o pelo Evangelho (At 4”20), ensinando-o (II Tm 3”16), socorrendo-o (Tg 1”27) e aperfeiçoando-o através do trabalho ministerial (Ef 4”11-13). É obrigação da igreja servir a Deus e ao próximo (Mc 10”43), mas não esquecendo-se que a expressão de fé deve ser acompanhada de ação (Tg 2.7).

CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
Pregar o evangelho, viver em comunhão e socorrer aos necessitados fazem parte do serviço cristão, que deve contemplar o homem na sua integralidade, corpo alma e espírito. A igreja não deve negligenciar esta sua função, sob pena de ficar em desacordo com a vontade e Palavra de Deus, ou seja, ela não tem outra opção ou porta escape.

1) IDENTIFICAR: AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO.
• Amor: principal e indispensável;
• Compromisso: servir a Deus e ao próximo;
• Humildade: condição essencial para se viver em comunhão.

2) COMPREENDER: O SERVIÇO CRISTÃO ENGLOBA AS RELAÇÕES:
• Com Deus: quando centralizamos nossas ações em Deus;
• Com o próximo: somos pescadores de homens, temos muito trabalho.

3) EXPLICAR: QUAL É A MISSÃO DA IGREJA NO MUNDO.
• Proclamar a Palavra, viver em comunhão e servir a Deus e ao próximo.

Somos despenseiros e cooperadores (1 Co 4:1; 1 Co 3:9) e prestaremos contas (2 Co 5:10; Rm 10:14; Ap 14:13; Hb 4:13).


Referências e fontes de consultas:

BARBOSA, Francisco A. A beleza do serviço cristão. Disponível em:

<http://auxilioebd.blogspot.com/2011/08/licao-7-beleza-do-servico-cristao.html> - acesso em 08 ago. 2011.


BARBOSA, José Roberto A. A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO – disponível em:

<http://subsidioebd.blogspot.com/2011/08/licao-07.html> - acesso em 08 ago. 2011.

Estudantes da Bíblia. A beleza do serviço cristão. Disponível em:

<http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-07.htm> - acesso em 08 ago. 2011.

FILHO, Geraldo Carneiro. A beleza do serviço cristão. Disponível em:

<http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/08/3-trimestre-de-2011-licao-n-07-24072011.html> - acesso em 08 de ago. 2011.

GABY, Wagner. A missão integral da Igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011.

JESUS, Isaías. A beleza do serviço cristão. Disponível em:

<http://rxisaias.blogspot.com/2011_08_01_archive.html#7422271790461480488 - acesso em 08 ago. 2011.


LOURENÇO, Luciano de Paula. A beleza do serviço cristão. Disponível em: <http://luloure.blogspot.com/2011/08/aula-07-beleza-do-servico-cristao.html> - acesso em 08 ago. 2011.


Por isto que não me canso de dizer: NÃO HÁ DEUS COMO JEOVÁ!

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