JESUS – AMIGO DOS PECADORES
PECADORES – AMIGOS DE JESUS?
SOCIEDADE A.J (ANTES DE JESUS)
SOCIEDADE D.J. (DEPOIS DE JESUS)
JESUS DIVIDIU A HISTÓRIA HUMANA
INTRODUÇÃO
Jesus, o amigo dos pecadores (Mc 11”19), devido ao seu estilo de vida simples e modesto, sempre esteve ao lado dos necessitados e carentes. Ouviu e atendeu a todos, ou seria possível imaginamos alguns destes indo embora com senhas ou sendo agendados para outros dias? Tampouco vemos Jesus tratando-os com aspereza, tipo: “Não precisam contar os problemas eu sei tudo, vão embora em paz e me deixem sossegado, tenho muito trabalho hoje”.
Estes atendimentos foram justamente direcionados a uma classe especial de pessoas, constituídas de excluídos, enfermos de qualquer natureza, os de comportamentos duvidosos, oprimidos espiritualmente e fisicamente. Todos receberam as bênçãos e foram novamente inseridos na sociedade judaica.
Jesus desde o principio se preocupou com os costumes, tradições e cultura judaica, não para endeusá-la como faziam os judeus, mas sim para que através deste respeito pudesse alcançar as almas dos que estavam perdidos, aproveitando para mostrá-los a vulnerabilidade e a ineficiência de todo aquele sistema cultural.
Comemorou a páscoa, freqüentou as sinagogas, incentivou o pagamento de impostos, participou de eventos sociais, festas e casamentos. Jesus sempre se portou como sal da terra e luz do mundo, servindo isto de exemplo para a sua igreja, que tem como missão interferir e transformar o meio em que está inserido, através da ação do Evangelho. Campo para Jesus operar não faltou, pois era muito alto o número de pecadores em Israel.
Prostitutas, publicanos (funcionários públicos judeus que trabalhavam para o império romano, roubando), fariseus (hipócritas, legalistas e maiores exemplos de moralidade ou pelo menos se consideravam), saduceus (interesseiros e ambiciosos partidários de Herodes que buscavam somente o poder), os essênios (que se isolavam para não se contaminarem) e os revolucionários zelotes, todos estavam inseridos nesta classe de pessoas, os pecadores (Mc 7.1-8). Boa parte deste não conheciam a importância do arrependimento, da graça que alcança o homem, por isto não entendiam porque Jesus atendia, ouvia, curava, limpava e libertava qualquer um. Se preocupavam apenas com as aparências, divisões religiosas e com a exclusão social (Rm 3.22). Fazia algum tempo que Israel não contemplava Deus operando no meio deles, precisavam urgentemente.
O mesmo cenário é visto hoje pela igreja que mesmo inserida neste e não fazendo parte dele ou coadunando com as suas atitudes, prossegue avante no cumprimento de sua missão integral, fazendo a diferença nesta sociedade corrompida atuando como o sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13,14), porém a transformação da sociedade deve ocorrer de forma evolutiva, amorosa e progressiva, jamais por imposição ou uso da força ou violência.
I. A IGREJA E A SOCIEDADE
1. O que é uma sociedade?
Sociedade é o grupo organizado de pessoas, amistoso, fraternal, gregário, com preocupações e objetivos comuns, que compartilham propósitos, gostos, costumes e diferenças, mas acima de tudo que se interagem.
Desde o paraíso o homem se mostrou social, pois quando Adão olhou para os lados vendo somente animais e natureza, sentiu falta de alguém da mesma espécie para se relacionar, interagir e se preocupar. Ele não havia sido criado auto suficiente, jamais poderia viver só, por isto Deus formou a mulher e constituiu a família (Gn 1:28).
2. Jesus e a sociedade.
Jesus sempre demonstrou interesse e atendeu todos que o procurava, independente das condições sociais, morais ou espirituais em que se encontravam, haja vista seus encontros com Nicodemos, prostitutas, endemoninhados, doentes, leprosos, ou seja, não havia limites para a sua interação com Israel. Era a socialização do bem, da salvação, do perfeito e da misericórdia. Na verdade desde a infância Ele soube lidar e pode colocar em prática seu ministério, se portando completamente diferente de seus opositores, que além de não fazerem nada em especial para mudarem a situação, o impeliam para que também não fizessem.
Naquela época os judeus valorizavam os seus jejuns, orações e esmolas e de uma hora para outra ouviram Jesus, respeitando sim estas práticas, mas apresentando a eles uma nova estratégia para viverem numa sociedade harmoniosa que agradaria ao Pai, bem diferente do que estavam vivendo, nada mais lógico do que haver realmente a reprovação por parte deles, ou que outro reação poderíamos esperar?
O jejum deveria ser acompanhado de santificação, separação, vigilância (Mt 6”16), e não com flagelos das aparências para se mostrarem contristados. As orações deveriam ser sinceras, nada de vãs repetições (Mt 6”7), por isto Ele os tenha ensinado a forma correta (Mt 6”9-13). Quantas orações judaicas não valorizaram um grupo em detrimento a outro (Lc 18”9-14)? E as esmolas não poderiam ser acompanhadas das trombetas (Mt 6”1-4). Eles, facilmente e sem motivo se encolerizavam e ofertavam como se nada tivesse acontecido. Se amavam com interesses (Mt 5”46) e se saudavam somente os seus irmãos. Realmente o modelo de sociedade judaico estava falido, atrasado e corrompido. Necessitava de uma mudança radical. Jesus tinha condições para tal.
a) Jesus interagindo com a sociedade judaica. Estes foram os locais ideais para operação do sal e da luz:
• Em Caná da Galiléia (Jo 2:1-2), Ele disse sim e participou da festa;
• Em Jerusalém, na festa dos Tabernáculos (Jo 7:37-40);
• Aceitou um convite para jantar e cear com um fariseu. Ele não fazia acepção de pessoas (Lc 7:36-38);
• Comeu com publicanos e pecadores. Os judeus evitavam isto a todo custo (Mt 9:10-13);
• Jesus andava em meio a multidão, sendo apertado e tocado (Lc 8:42-45).
3. A Igreja na sociedade.
Deus tem chamado e comissionado a muitos para trabalharem e representarem o reino dos céus diante desta sociedade caída. Para tanto a igreja deve se portar como o sal e luz, através de atitudes ilibadas (Fp 2”15) de acordo com Palavra, caso contrário não atingirão os seus objetivos.
A igreja não foi tirada do mundo (Jo 17:15), mas está guardada e protegida contra os seus ataques, mas neste intervalo ela deve trabalhar e atuar de forma digna, desempenhando seu papel na sociedade, enquanto testemunha e transmissora da vontade e Palavra de Deus. Mas em nenhum momento ela poderá envolver-se completamente com o mundo sob pena de tornar-se igualmente corrompida e perdida.
II. A IGREJA E A PROTEÇÃO SOCIAL
1. Através da oração. (Oração: respiração da alma)
A oração é o veículo de comunicação com Deus, pelo qual exercitamos nossa fé e exteriorizamos a nossa submissão, enquanto servos. Este recurso está a disposição de todos, sendo eficaz no alcance da sociedade em suas necessidades. A igreja foi exortada a interceder em oração pelos homens que estão em eminência (I Tm 2:2), pois foram instituídos por Deus (Rm 13:1) para o nosso bem (Rm 13:4), mas como seria possível a igreja dos primeiros séculos orar pelos imperadores que a perseguiram? Como orar por Nero, Dominiciano, Trajano, Aurélio, Severo, Máximo, Décio, Valeriano, Aureliano, Diocleciano ferrenhos opositores e perseguidores.
A igreja deveria e deve orar pela sociedade, como orou pelos imperadores opositores, para o seu próprio beneficio, haja vista, seu avanço não ter sido impelido por aquelas autoridade constituídas e tampouco a ação organizada de qualquer segmento da sociedade foi, ou seja, capaz de impedir o seu progresso.
2. Por intermédio dos conselhos divinos.
Os profetas sempre exerceram forte influência no cotidiano e nas decisões dos reis de Israel e Judá. Eles foram durante muito tempo os únicos canais humanos de comunicação entre Deus e os homens. Muitos deles atuaram como verdadeiros conselheiros para assuntos espirituais, políticos. Outros apontaram o pecado e afrontaram os governantes, pois estavam no cumprimento da missão. Os reis não aceitavam conselhos de qualquer pessoa, mas somente de homens espirituais, experientes que conheciam a realidade, a sociedade, a política e que também sentiam e sofriam devido a degradação moral e religiosa em que o povo se encontrava.
3. Por meio dos valores cristãos.
O modelo de uma sociedade justa foi apresentada por Deus no momento em que tornou conhecido, a Moisés, a relação com os seus mandamentos (Ex 20) e na ocasião do Sermão da montanha (Mt 5), que se fossem colocados em prática, certamente, não permitiriam que presenciassem tamanha e degradante falência moral ética e espiritual, pois já teriam surtido efeito, primeiro em Israel e depois na humanidade.
A lei mosaica pregava a justiça social nas relações judaicas, mas estas não foram observadas. A instituição da igreja não revogou estes mandamentos, pelo contrário, pois os primeiros cristão foram estimulados a exercitarem com mais afinco ainda, haja vista, Jesus ter deixado claro que se a justiça, demonstrada por ele, não excedesse, em muito, a dos fariseus, seria vão todo o seu trabalho e as conseqüências seriam vistas e sentidas nas futuras gerações.
III. A IGREJA E A ASSISTÊNCIA À SOCIEDADE
1. A evangelização.
A evangelização faz parte da missão da igreja que deve pregar em tempo e fora de tempo (II Tm 4”2) sob quaisquer circunstâncias a todas as todos os povos, tribos, raças, nações e línguas, assim como Jesus alcançou todos, os excluídos socialmente, a escória, os que não tinham ou que não recebiam o devido valor, da mesma forma podemos alcançar os confins da terra.
Se levássemos em conta que Ele tem condições de sondar os corações e pensamentos e que sabia de antemão os que dariam ou não crédito, o que lhe trairia, mesmo com todas estas prerrogativas não desprezou ninguém. Nós não temos estas condições, sequer conhecemos nós mesmos, que dirá o ouvinte do Evangelho, por isto que Jesus foi enfático ao dizer que deveríamos pregar a todas as criaturas, independente da situação moral ou espiritual. A grande comissão consiste na obediência em pregar a todos e não somente a alguns escolhidos, pois à igreja não foi dado o poder de distinguir ou julgar a necessidade de um ou de outro em ouvirem com urgência a palavra.
2. A ação social.
A missão da igreja envolve também o campo social, porque ela deve servir de exemplo para toda a sociedade. A evangelização e responsabilidade social devem caminhar juntas, para que a igreja se manifeste como a representante do reino de Deus. Na condição de sal da terra e luz do mundo certamente ela gozará deste privilegio. A evangelização é tão importante quanto o socorro ao próximo, pois a prática de somente um destes atos não garante o sucesso da outra e na ausência de uma a outra sofrerá.
3. Restaurando a sociedade.
Para que o mundo reconheça a autenticidade da servidão da igreja é necessário que ela se porte como tal, pois esta representatividade exige um alto padrão de retidão, ou seja, não será de qualquer maneira, com os olhos escandalizando ou com qualquer outro membro do corpo desonrando Jesus, por isto é que o mundo nos julga, pelo nosso falar e caráter que revelamos através de nossas condutas, jamais pelas nossas ações. No cumprimento da Grande Comissão não seremos considerados bons, preocupados e responsáveis pela situação pecaminosa do homem que ser perde e tampouco seremos tidos como digno somente por estarmos pregando a Palavra, mas se desviarmos um til de nossa conduta cristã, certamente seremos taxados e condenados.
O evangelho transforma e dá condições para que o homem possa agir de acordo com a Palavra de Deus e o torna um instrumento transformador da sociedade.
São muitas as mazelas que afrontam a sociedade, mas nenhuma delas pode, ou tem condições de desestruturar ou abalar os fundamentos da igreja. O mesmo já não podemos dizer da sociedade, pois ela não tem forças em si mesma para resistir a estes ataques do maligno, somente a igreja tem esta certeza (I Tm 3”1-5).
CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
A vida cristã requer um afastamento, para sermos fiéis diante das inúmeras pressões que nos rodeiam. A única relação com o mundo diz respeito a pregação do Evangelho, momento no qual ofereceremos a solução (única) para a transformação desta sociedade, que ora jazz no maligno (I Jo 5”19).
1) Explicar: Como a Igreja deve se relacionar com a sociedade:
• Jesus andava em meio a multidão, sendo apertado e tocado;
• A igreja foi comissionada para trabalhar e representar o reino de Deus;
• Não foi tirada do mundo, somente está guardada contra os seus ataques.
2) Compreender: O papel de proteção social da Igreja ante da sociedade:
• Deve orar pelas autoridades e sociedade para seu próprio bem;
• Deve aconselhar, preservar e pregar os valores cristãos.
3) Conscientizar-se: A atuação da Igreja pode restaurar a sociedade.
• A igreja deve pregar para todas criaturas independente de sua situação;
• A responsabilidade social e a evangelização devem caminhar juntas.
Consultas e referências:
BARBOSA, José Roberto A. IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE. Disponível em: <http://subsidioebd.blogspot.com/2011/08/licao-08.html>. Acesso em: 15 ago. 2011.
BARBOSA, Francisco. IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE. Disponível em: <http://auxilioebd.blogspot.com/2011/08/licao-8-igreja-agente-transformador-da.html>. Acesso em: 15 ago. 2011.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. IGREJA - AGENTE TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE. Disponível em: <http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/08/3-trimestre-de-2011-licao-n-o8-21082011.html>. Acesso em: 15 ago. 2011.
Estudantes da Bíblia - Agente transformador da sociedade. Disponível em: <http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-08.htm>. Acesso em: 15 ago. 2011.
GABY, Wagner. A missão integral da Igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011.
Por isto que não me canso de dizer: NÃO HÁ DEUS COMO JEOVÁ!
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