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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Preservando a identidade da Igreja. Plano de aula.

PRESERVANDO A IDENTIDADE DA IGREJA

CRISE OU PERDA DE IDENTIDADE
APOSTASIA OU CORRUPÇÃO MORAL?
PERIGO DE FORA, PERIGO DE DENTRO
CRUZ OU CRUZEIRO – O QUE PREGAR?

PROPOSTA DA LIÇÃO:
IGREJA:
a) Criada com um propósito, por isto enfrenta tempos difíceis;
b) Igreja divina e terrena: possuem características, identidade própria.

COMO PRESERVAR A IDENTIDADE DA IGREJA?
a) Pregar (Palavra);
b) Praticar (amor);
c) Viver (comunhão);
d) Defender (fé);

PERIGOS QUE AMEAÇAM A IGREJA. PERDAS:
a) Perdas: do amor, temor,
humildade e esfriamento.

INTRODUÇÃO
A igreja foi criada com o propósito de afrontar o deus deste século para lhe tirar as almas aprisionadas, por isto enfrenta, desde o inicio tempos difíceis e tribulosos. O que tem deixado furioso o seu inimigo é justamente o fato de haver, a cada dia, a necessidade dela se parecer com Cristo, através de atitudes concretas e sérias que a identificam como única e digna representantes do reino de Deus na terra. Esta unidade não é fruto da cultura, língua ou conhecimento, mas sim é resultado de uma conduta ilibada condizente com a Palavra.

Em Antioquia foram observadas estas características e condutas nos primeiros crentes, tanto que, naquela ocasião, foram chamados pela primeira vez de cristãos (At 11”26), isto é, pertenciam a Cristo. Foi necessário, portanto, que aquela igreja preservasse esta sua identidade inicial, importantíssima para os propósitos missionários. Exemplo para a atualidade.

O grande desafio da igreja, ao longo de sua história, é preservar a sua identidade e manter-se firme diante dos inúmeros ataques exteriores e até mesmo interiores. Este bombardeio sempre teve como objetivos: minar a fé da igreja, desmerecer e comprometer o seu chamado e missão.

I. O QUE É A IGREJA
1. Definição.
Igreja, do grego ekklesia (ek-para fora e kaleo-chamar, chamados para fora), é o corpo de Cristo, a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido (I Pe 2”9), reunião pública, assembléia solenemente convocada, grupo de pessoas, oriundas de qualquer nacionalidade, cultura e etnia ou reunião dos que, pela fé, aceitam o sacrifício vicário de Jesus na cruz se tornando cidadãos do reino, uma vez que seus pecados são perdoados pelo sacrifício do Calvário.

Não existe igreja sem a presença de Jesus, muito menos sem a Palavra, fonte do seu sustento espiritual, que deve ser pregada e ensinada com fidelidade. A cruz deve ser o assunto principal de sua pregação. Neste caso o “cruzeiro” deve ficar em segundo plano, sequer ser mencionado.

2. As duas principais dimensões da Igreja.
A igreja é um organismo vivo, invisível (divina) e visível (terrena), que tem como objetivo principal anunciar a salvação por Jesus. Esta deve ser a sua prioridade.

a) Igreja divina:
É o agrupamento dos verdadeiros adoradores, unidos pela fé em Cristo, fundada antes mesmo da fundação do mundo, pois é um projeto concebido, executado e sustentado por Deus. A característica divina da Igreja reside justamente na pessoa de Jesus Cristo (Ef 2.20). ela tem a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16”18).

b) Igreja terrena:
Consiste nas congregações locais, a igreja que milita reconhecida pela sua profissão de fé e conduta cristã no cumprimento da grande comissão. O termo foi usado pela primeira vez, após a morte de Estevão (At 8”1), para realçar a perseguição que fora levantada contra a igreja que estava em Jerusalém. Muitos foram dispersos pelas terras da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. Mesmo assim Saulo ainda continuava assolando a igreja (At 8”3), provavelmente a de Jerusalém. Em At 9”31 encontramos o relato da situação de paz vivida pelas igrejas (Judéia, Galiléia e Samaria), talvez isto tenha acontecido em virtude da conversão de Saulo que agora não mais perseguia, mas sim trabalhava em prol do crescimento do reino. Ela viveu muito tempo sob perseguição, em outras ocasiões foi imitada, mas infelizmente, na atualidade, por muito pouco não se torna uma imitadora do mundo.

3. Sua identidade.
A igreja deve ter uma identidade características próprias, algo que a diferencie de outros organismos e que permita que seja reconhecida como autentica:
• Total submissão à Cristo e à sua Palavra;

• Vida de santidade e irrepreensível (Hb 12:14; Mt 5:8), pois ela não é perfeita, mas se esforça para lutar contra os manjares mundanos (I Jo. 3.2);

• Interesse por ouvir a Palavra de Deus, mesmo não sendo perfeita, mas na condição de igreja autêntica se interessa em aprender (II Tm. 4.2-4);

• Zelo pela ortodoxia e ortopraxia (conduta cristã fundamentada na Palavra). Este cuidado com a sã doutrina a diferencia das religiões, seitas e movimentos;

• Receptividade à operação do Espírito Santo, ao ensino da sã doutrina;

• O amor demonstrado pelas almas, que se constituiu em nosso cartão de identidade. Os crentes primitivos geravam temor, respeito e estima entre os incrédulos, justamente pela vida de santidade e comunhão.


II. A PRESERVAÇÃO DA IDENTIDADE DA IGREJA
1. Na pregação e no ensino do Evangelho.
A observância aos princípios bíblicos, a evangelização e ensino da Palavra se constituem na principal missão da igreja neste mundo e a sua existência gira em torno delas. Estas ordens fizeram parte das últimas instruções de Jesus (MT 28”19. At 1”8).

Enquanto a igreja estiver no exercício da pregação e do ensino fiel da Palavra, em obediência às ordens de Jesus, ela estará preservando a sua identidade, bem diferente de outros organismos, que não demonstram o mesmo cuidado, pois quantos que pregam suas filosofias e crenças fazendo uso da violência ou intolerância, portanto, a priorização da sã doutrina (Tt 2.1; 1 Tm 4.16), a manutenção dos bons costumes (2 Ts 2.15; 3.6; 1 Co 15.33), a oposição à secularização, legalização (Rm 12.1,2; Lc 17.26-30; Tg 4.4) e principalmente a negação as ofertas e manjares mundanos são também meios pelo qual a igreja pode manter sua identidade.

2. No amor cristão.
Pelo amor somos reconhecidos como discípulos de Jesus (Jo 13”34-35), por isto é essencial a sua manifestação para nos proporcionar uma vida de comunhão e nos direcionar ao reino dos céus. É impossível que a igreja consiga desempenhar suas funções e manter sua identidade se os seus membros não estiverem no pleno exercício do amor cristão.

O amor a Deus (de todo o coração) e ao próximo (como a nós mesmos) é um grande desafio para o homem, uma vez que todos foram gerados do pecado, mas não podemos nos esquecer que esta prática também é um meio pelo qual a igreja pode preservar a sua identidade, desde que esta prática seja integral, sem reservas, pois assim nos ensinou Jesus (Mt 22”36-39).

3. Na defesa da fé.
A cada momento, nos deparamos com novas heresias e distorções da Palavra (I Tm 6”3-5), disseminadas pela mídia ou por falsos mestres e ensinadores através de suas visões, revelações e profecias, que não podem, no curso normal das faculdades mentais da igreja, substituir a eficácia da Palavra (1Tm 6:20). A igreja deve portar-se como guardiã dos fundamentos bíblicos inabaláveis, para impedir que tais ventos de doutrina possam influenciar ou desarraigar os seus membros a fim de levá-los a perdição (Ef 4”14).

Cabe a própria igreja a tarefa de defender a sua fé através do estudo da doutrina bíblica, para que, quando provada, possa oferecer satisfatoriamente repostas para os que carecidos estão da Palavra ou para os que maldosamente tentam deturpar o seu trabalho (2Tm 6:12).


III. ALGUNS PERIGOS QUE AMEAÇAM A IGREJA
1. A perda e o esfriamento do amor.
Um dos maiores problemas enfrentados pela igreja é justamente a espera pelo cumprimento das promessas, pois ela não sabe trabalhar este período. Muitos preferem o retorno às velhas praticas, imaginando que tal situação seja melhor do que esperar no tempo de Deus. O amor de muitos, nesta situação, esfria (Mt 24”12), pois as preocupações, os cuidados e as seduções desta mundo acabam por minar a fidelidade e santidade do homem. Talvez por isto o profeta Habacuque tenha pedido um avivamento para o povo, justamente neste período, o meio (Hb 3”2).

Os hebreus que se seguiram após a geração dos que mudaram para o Egito, certamente enfrentaram este problema, muitos não conheciam ou sequer tinham ouvido algo a respeito de Deus. O mesmo também aconteceu com os egípcios, pois o novo rei que se levantou não conhecia nada a respeito da vida e dos feitos de José, portanto não demonstrou nenhum tipo de gratidão, amor ou respeito. O amor esfriou tanto para o povo de Deus que ficou muito tempo sem contemplar as suas operações, quanto para os egípcios que se esqueceram das benfeitorias de José.

a) Outros perigos que ameaçam a igreja:
• Falsos ensinos e heresias que surgem diariamente (II Jo vers 9 e 10; 1 Tm 6.3-5);

• Falsos deuses (Jo 17”3) e espíritos enganadores (1 Tm 4.1);

• Outro Jesus e outro espírito (2 Co 11.4);

• Anjos caídos e demônios (Gl 1.8; Ef 6.12);

• Falsificadores da Palavra de Deus (2 Co 2.17);

• Falsos cristos ou anticristos (Mt 24.24; Mc 13.22; 1 Jo 2.18,19; 2 Jo v.7);

• Falsos cientistas (1 Tm 6.20,21; 2 Co 4.4; Sl 10.4);

• Pregadores e mestres falsos (2 Tm 4.1-5; 2 Pe 2.1,2; 3.16);

• Pastores e apóstolos enganadores (2 Co 11.5,13; Ez 34.1-10);

• Falsos adoradores (Mt 15.7-9; Jo 4.23,24);

• Falsos irmãos (2 Co 11.15,24-28; Gl 2.3,4; Tg 1.26; Rm 16.17,18);

• Falsos profetas (Mt 7.15; 24.11,24; Mc 13.22; At 13.6; 2 Pe 2.1; 1);

• Milagreiros e ilusionistas (Mt 24.24b; Mc 13.22b; 2 Co 11.13-15).

2. A perda do temor a Deus.
Diante deste mundo materialista, consumista, imoral é fácil o homem perder o temor. O que mais contribuiu para isto é a auto suficiência humana, vista justamente no momento em que não nos colocamos na posição de servos e, por conseguinte, não reconhecemos a Deus como Senhor de nossas vidas. Quando o homem perde o temor a Deus, acaba cometendo toda a sorte de iniquidades.

a) Definição de temor:
• Ter respeito e reconhecer Deus como Senhor;
• É ser totalmente dependente de Deus;
• Andar de acordo com vontade divina e cumprir os ensinamentos da Palavra;
• É o principio do conhecimento (Pv 1:7), da sabedoria (Sl 111:10).

b) Como é possível perdermos temor?
• Apego ao materialismo;
• Auto-suficiência e insucesso na vida material;
• Ministérios modernizados e inovadores;
• Igreja local de entretenimento.

3. A perda da humildade.
A igreja primitiva cresceu ouvindo que Deus agraciava os humildes e resistia aos soberbos (Tg 4”6; I Pe 5”5), motivo pelo qual cada um tinha motivos de sobras para não se considerarem uns superiores aos outros. Foram ensinados pelos grandes vultos (Ef 4”1-2; Fp 2”3; Tg 4”6; I Pe 5”5), por isto era um o coração e alma da igreja. Desde o inicio souberam que a humildade era condição essencial para o salvo em Jesus viver em comunhão.

Seria possível imaginarmos uma igreja primitiva sem respeito, insubmissa, irreverente a Palavra? Ou que se sentia superior as demais? Para o desempenho de sua função e para o progresso da obra a igreja jamais poderia se portar desta forma.


CONCLUSÃO E OBJETIVOS DA LIÇÃO:
A Igreja é o corpo de Cristo, agência do Reino de Deus, instrumento para pregação da palavra, por isto deve preservar a sua identidade e por conseguinte o amor, a simplicidade e o temor a Deus serão conseqüências do seu ato de fidelidade. O mundo precisa conhecer a Cristo e ouvir sua Palavra, mas para isto é necessário que a igreja se apresente com bom testemunho durante o cumprimento de sua missão.

1) Compreender: O que é a Igreja:
• Chamados para fora, corpo de Cristo, geração eleita, povo adquirido;
• Reunião pública, assembléia solenemente convocada;
• Grupo de pessoas de qualquer nacionalidade, cultura e etnia;
• Reunião dos que aceitam o sacrifício vicário de Jesus na cruz;

2) Saber: Devemos preservar a identidade da Igreja:
• Como preservar a identidade da igreja:
• Pregar (Palavra), praticar (amor), viver (comunhão) e defender (fé);

3) Identificar: Os perigos que ameaçam a Igreja na terra.
• Perdas: do amor, temor e humildade e esfriamento do amor.

Referências:

BARBOSA, Francisco. Preservando a identidade da igreja. Disponível em: <http://auxilioebd.blogspot.com/2011/08/licao-9-preservando-identidade-da.html>. Acesso em 22 ago. 2011.

BARBOSA, José A. Preservando a identidade da igreja. Disponível em: <http://subsidioebd.blogspot.com/2011/08/licao-09.html>. Acesso em 22 de ago. 2011.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. Preservando a identidade da igreja. Disponível em: < http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/08/3-trimestre-de-2011-licao-n-09-28082011.html>. Acesso em 22 ago. 2011.

Estudantes da Bíblia. Preservando a identidade da igreja. Disponível em: <http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-09.htm>. Acesso em 22 ago. 2011.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Preservando a identidade da igreja. Disponível em: <http://luloure.blogspot.com/2011/08/aula-09-preservando-identidade-da.html>. Acesso em 22 ago. 2011.

RENOVATO, Elinaldo. Tempos trabalhosos. Como enfrentar os desafios deste século. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2007. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2007.

ZIBORDI, Ciro Sanches. Preservando A identidade da igreja. Disponível em: <http://cirozibordi.blogspot.com/2011/08/preservando-identidade-da-igreja.html>. Acesso em 22 ago. 2011.

Por: Ailton da Silva

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