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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de fevereiro

das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial

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MARAVILHOSA GRAÇA E A SALVAÇÃO
Texto bíblico: Ef 2.1-8

Conteúdo:
  • Definição de Graça e o preço pago;
  • A escolha de Deus e dos homens;
  • Atribuições da Graça;
  • A guerra entre a Graça e o pecado;
  • A condição do pecador e a oferta de Deus;
  • Origem, operador e propósito da salvação;
  • Alcance da salvação;
  • Os primeiros passos e o lastro da salvação
  • A salvação e o tempo da ignorância;
  • Os elementos básicos da salvação.

1) Introdução:
A manutenção da raça humana, após o pecado original, se apresentou como um problema que deveria ser resolvido e de fato foi. Para tanto, Deus comunicou e entregou a Graça para que sua criação tomasse um rumo diferente, não por vontade própria ou por suas obras, mas por meio da fé, o dom que viria de Deus. A Graça refreou a natureza humana pecaminosa, caso contrário, seria impossível a vida nesse mundo.

2) Definição de Graça:
A Graça é o favor imerecido de Deus que não cobra nada em troca e nem resulta em divida, pois se trata da pura manifestação da bondade, amor e misericórdia de Deus. Na história da humanidade sempre vimos o homem buscando, de forma errada, seus deuses, mas na manifestação da Graça ocorreu justamente o contrário, pois foi Deus que se manifestou para buscar e promover o encontro com sua criação, para resgatá-la. A Graça tornou-se manifesta pela vinda e sacrifício de Jesus na cruz. Esse plano foi pensado e instituído, por Deus, antes mesmo da fundação do mundo (Jo 1.14; 1 Pe 5.10; Zc 12.10).

3) O alto preço da Graça:
Um preço muito alto foi pago por Jesus para que a Graça fosse de fato manifesta. O sacrifício do Calvário produziu e apresentou a possibilidade de salvação à humanidade e abriu as portas para a pregação da Palavra, que por sua vez produz arrependimento por parte do homem e consequentemente o perdão de Deus.

4) A escolha de Deus:
Deus escolheu homens no passado, alguns destoavam qualidades outros não, porém nenhum se apresentava como digno da escolha ou do chamado. Estes homens foram alcançados, escolhidos e receberam cada qual sua missão. Noé, Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, os discípulos (Mt 10.10), os crentes primitivos  (Rm 1.7) entre outros. Esta mesma Graça também chegou até nós.

5) Atribuições da Graça:
A graça possui infinitas e santas atribuições, sem as quais o homem jamais poderia prosseguir para o alvo da soberana vocação (Fp 3.13-14). A Graça santifica (Rm 6.22), separa o homem para viver em comunhão, liberta (Rm 6.14), desfaz o domínio do pecado (Gl 5.1) e nos torna servos de Deus.

6) A relação entre a Graça e o pecado:
O pecado reina desde sua entrada no mundo e não poupou, tanto os que estavam debaixo como os que não estavam debaixo da Lei e para minar as forças do pecado, Deus revelou sua Graça e a apresentou como única solução. Deus resolveu o problema do homem, justificando e libertando-o do domínio do pecado (Rm 6.6).

7) A condição do pecador:
O pecado cativa, escraviza o homem (Jo 8.34) e o deixa debaixo de poder absoluto. Os que se encontram nessas condições estão mortos espiritualmente. Somente a Graça de Deus pode mudar esta situação. O encontro com Deus, muitas vezes, não requer fé por parte do homem (Ex 3.9-14), tal como os hebreus que foram agraciados com a libertação do Egito e muito deles sequer sabiam o nome de Deus. Moisés ouviu: “Eu ouvi o clamor do povo e decidi libertar”. O mesmo aconteceu com Saulo que ouviu atentamente a pregação de Estevão antes de responder ao chamado de Jesus (At 7.58-59; 9.1-8), ele conhecia toda a história que Estevão havia pregado, somente não conhecia e nem detinha em sua vida a Graça.

O pecador se aproxima de Deus na esperança de encontrá-lo (Jo 14.6). Ouve, crê e decide para então conhecer o que é viver pela fé. A fé não é essencial para o encontro com Deus, porém para a salvação é imprescindível, pois sem fé é impossível agradar a Deus.

8) A salvação ofertada por Deus:
A salvação é apontada em toda a Bíblia como a única forma do homem alcançar a vida eterna. É a justiça de Deus imputada ao pecador, que proporciona a reconciliação entre o Criador e sua criatura, uma bela relação de comunhão, portanto não depende da vontade ou muito menos de regulamentos humanos.

9) Origem da salvação:
A salvação da humanidade foi pensada e iniciada no coração de Deus, antes mesmo da fundação do mundo. A salvação é inclusiva e contempla todos os pecadores, porém não são todos que demonstram o interesse. Se a destituição, devido ao pecado, atingiu todos, então a salvação também deveria ser oferecida nos mesmos moldes a todos.

10) O operador da salvação:
A salvação foi planejada pelo Pai que ofereceu a justificação ao pecador. Ao Filho coube a tarefa de executar a salvação, enquanto que ao Espírito Santo foi atribuída a missão de operar a santificação. Somente Jesus poderia executar efetivamente o plano de salvação na Terra, pois foi o único que nasceu, viveu e morreu sem conhecer o pecado.

11) Propósito da salvação – a adoção:
Pela Graça, nos tornamos co-herdeiros de Cristo (Ef 1.13, I Co 3.21) para vivermos em regiões celestiais em Cristo Jesus (Rm 5.2; Ef 2.8). A Graça nos permite assumir a posição de filho e pelo processo da adoção (Rm 8.15,23; Gl 4.5; Ef 1.5), que é uma das mais belas doutrinas da Bíblia, passamos a desfrutar de todos os privilégios preparados por Deus. A adoção nos torna filhos de Deus (1 Jo 3.2), irmão de Jesus (Hb 2.11), herdeiro dos céus (Rm 8.17).

12) Alcance:
Deus deseja que todos os homens sejam salvos e que cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). Deus ofereceu a salvação para todos (I Jo 2.2) e deu o seu Filho Unigênito cheio de Graça e Verdade, para que “todo aquele” e não “todos aqueles” tenham a vida eterna. Esta afirmação nos remete a ideia da tricotomia, ou seja, a expressão “todo aquele” faz alusão à formação do homem, enquanto pessoa, o individuo na sua totalidade (corpo, alma e espirito). O sacrifício de Jesus garantiu a salvação de “todo aquele” (homem enquanto corpo, alma e espírito) que se arrepende e não de todos os pecadores.

13) Os primeiros passos para a salvação:
O homem deve ouvir a Palavra com atenção, reflexão, reverência, interesse e com sede de conhecer a Verdade (Jo 8.32,36; Rm 10.17). Os que aceitam o convite de Jesus (Ap 3.20; Mt 24.13; Jo 15.7; Rm 3.23-24) devem se arrepender, confessar e deixar seus pecados (Mt 3.2). O verdadeiro arrependimento consiste não apenas na mudança de pensamento (Jo 3.3), pois envolve o nosso intelecto, a maneira de pensarmos em Deus, em nossos pecados e muda por completo a nossa relação com o próximo. Após o arrependimento sincero, o pecador deve confessar publicamente sua opção de vida através da conversão.

14) O lastro da salvação (garantia):
Somente quem nasceu, viveu e morreu sem pecado poderia executar efetivamente a salvação daqueles que nascem, vivem e estão em iminente perigo devido ao pecado. Jesus morreu como vitima do sistema, mas não morreu pelo sistema. Ele morreu por “todos” (2 Co 5.14-15) e pelos pecados de “todos” (1 Jo 2.2) atestando que a sua obra de redenção é sem acepção de pessoas, mas não serão “todos” salvos, pois somente aquele que crer (homem na sua totalidade - corpo, alma e espirito) é que será salvo (Jo 3.16).

15) A salvação e o tempo de ignorância:
Deus não leva em conta o tempo da nossa ignorância (At 17.30), mas manda que todos os homens em todos os lugares se arrependam. A salvação nada tem haver com o passado da pessoa salva, mas sim tem a haver com o presente e futuro, pois nos permite viver em comunhão com Deus e nos livra do castigo futuro (Rm 5.9). Seremos salvos para algo mais e não somente para sermos privados da perdição. Felizmente a salvação em Cristo Jesus nos proporcionará uma eternidade com Deus (1 Ts 1.10).

16) Graça, Sangue e Fé (Rm 3.24-25): São três os elementos essenciais para a efetivação da salvação:
  • Graça: a fonte da salvação é a Graça (Tt 2.11), que manifesta-se independente das obras dos homens;
  • Sangue: a base da salvação é o Sangue de Jesus (I Jo 1.7), que nos purifica de todo pecado;
  • Fé: o meio para salvação é a fé (Ef 2.8-9), que nos conduz ao Salvador e coloca a verdade em nossa mente e Cristo em nosso coração A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual.

17) Conclusão:
A Graça, favor imerecido, vem de Deus e não dos homens. A manifestação da Graça no mundo se deu com a vinda e sacrifício de Jesus na cruz. Pela Graça alcançamos a santificação e somos libertos do domínio do pecado. A salvação alcança todo o homem (corpo, alma e espirito) que crê no sacrifício vicário de Jesus.

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)

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