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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O exemplo pessoal na educação dos filhos. Plano de aula



TEXTO ÁUREO
O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele” (Pv 20.7).

VERDADE PRÁTICA
A melhor forma de se educar um filho é através do exemplo, pois as palavras passam, mas o exemplo permanece.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Pv 4.1-9
1 - Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conhecerdes a prudência.
2 - Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei.
3 - Porque eu era filho de meu pai, tenro e único em estima diante de minha mãe.
4 - E ele ensinava-me e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu coração; guarda os meus mandamentos e vive.
5 - Adquire a sabedoria, adquire a inteligência e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca.
6 - Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te conservará.
7 - A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento.
8 - Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9 - Dará á tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.

PROPOSTA
         “Ouve filho meu” soa como um refrão em Provérbios;
         “Liderar é satisfazer necessidades e não vontades”;
         Pai ausente x mãe superprotetora;
         Ética relativista e permissiva: ensino secular e midiatico;
         A ética coloca os valores onde eles deve estar;
         Sentimentos não tão importantes quanto comportamento;
         Atemos a benignidade e guardemos a instrução;
         Na consinta que a cultura inocule o seu veneno.

INTRODUÇÃO
“Ouve filho meu” soa como um refrão no livro de Provérbios. É o apelo de um pai amoroso, ensinando ao filho as regras do bom viver, a partir de um conjunto de valores, já padronizado. O livro de Provérbios é riquíssimo, pois trata a fundo deste assunto, orientando os pais quanto à educação dos filhos.

“Os pais são os lideres do lar de acordo com a Palavra de Deus”, mas não devem despejar sobre o filho um código de regras, pelo contrário devem ensinar valores, se tornando exemplos, mostrando que as atitudes falam mais alto que as palavras! Muito diferente do façam o que eu mando e não façam o que eu faço”.

Não basta tão somente se encaixar na posição de genitores, esta situação pede algo mais, pede atitudes de “amor, atenção, presença na sua formação, no seu desenvolvimento”, respeito, diálogo, responsabilidade e acima de tudo, os pais não podem demonstrar favoritismo em relação aos filhos.

Os pais devem auxiliar na formação do caráter dos filhos diante das adversidades que serão conhecidas durante a fase de crescimento. Isto ficou bem explicado pelo pastor Geraldo Carneiro Filho, quando falou a respeito do primeiro pastor, do primeiro templo, primeiro altar e sobre a primeira cartilha de uma criança, que são todos encontrados na figura dos pais cristãos.

I. A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1. SATISFAZENDO NECESSIDADES, NÃO VONTADES. 
Um princípio utilizado no treinamento de líderes, e que tem se mostrado bastante eficaz, é a máxima de que “liderar é satisfazer necessidades, não vontades”. No universo educacional, o princípio torna- se ainda mais forte e verdadeiro.

Todo pai deve saber que o filho, especialmente se ainda é criança, deseja que suas vontades sejam imediatamente satisfeitas. Mas de que realmente a criança necessita? Embora queira comer só doces, ela precisa de uma alimentação balanceada para ter um crescimento saudável. É para isso que aponta a sabedoria de Provérbios 29.15. Portanto, estabeleçamos limites às crianças, não apenas quanto à alimentação, mas principalmente acerca dos valores morais e espirituais. Fazendo isto certamente evitaremos muitos transtornos no futuro, bem como as possíveis deformações no caráter.

Uma boa disciplina aplicada durante o crescimento reverterá em grandes benefícios no futuro, pois não é castigo, como muitos pais possam imaginar, mas sim é algo bem mais profundo, edificante e que contribui para a estrutura e formação do caráter santo e sadio da criança. Disciplinar é dar limites e parâmetros (Pv 23.13) e não retirar a liberdade e alegria ou tampouco pode ser vista como uma simples forma de castigo corregedor.

Uma criança bem ensinada pelos pais, crescerá e entenderá que foi necessário tal correção em determinada época da vida, caso contrário, estaria ele colhendo os frutos da negligência dos pais.

2. PRESENÇA VERSUS AGRESSÃO. 
Os educadores descrevem como referências negativas, na educação da criança, a figura do “pai ausente” e a da “mãe superprotetora”. O pai ausente é omisso na educação de seus filhos. Evitando o diálogo, vale-se de métodos agressivos para impor-lhes a sua autoridade. Ele fala sempre aos gritos. O autor dos Provérbios, porém, exorta-nos a ensinar a criança no caminho em que deve andar, mas não aos gritos, nem utilizando-se de violência (Pv 22.6).

A mãe superprotetora, por seu turno, temendo produzir algum trauma na formação da criança, acaba por não corrigi-la, demonstrando desta forma não amor, mas justamente o contrário (Pv 13.24), pois são possessivos e controladores, tornando seus filhos totalmente dependentes, sem ações, decisões, temerosos e irresponsáveis. Não é isso o que as Escrituras ensinam: o pai e mãe são os responsáveis pela disciplina dos filhos, e não podem fugir a esse dever.

Mesmo diante de uma frustração, que seja ou não, é melhor “mostrar à criança por que determinada atitude não foi boa” é a melhor solução e certamente isto não afetará nenhum dos lados, tanto pais quantos os filhos, no futuro, no entanto, por muitos não observarem a máxima bíblica, estamos diante “de uma geração inteira de jovens que não se submete a autoridade dos pais, que desrespeitam os mais velhos” e que não aceitam orientações.

II. ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)
1. ÉTICA DA PERSONALIDADE. 
Hoje, mais do que nunca, necessitamos educar nossas crianças, tomando por base os valores morais e espirituais da Bíblia Sagrada. A ética ensinada pelas escolas seculares e pela mídia é relativista e permissiva apoiada pela sociedade hedonista e desestruturada, que está afundada em “uma grave crise de valores”. Neste cenário catastrófico o que conta não é o ser e sim o ter. Com isso, nossos filhos ficam completamente desprotegidos diante das armadilhas deste mundo, por não terem ainda a noção do certo e do errado, conforme destaca Salomão (Pv 7.6-7). Nessa passagem, deparamo-nos com a triste figura do jovem simples e desprotegido diante da sedução do mundo.

Algumas questões precisam ser elucidadas nesse texto. A palavra “simples”, traduzida do hebraico pethy, refere-se a uma pessoa tola e ingênua. O termo hebraico leb traduzido por “coração”, “ser interior” ou “juízo”, é usado para descrever o caráter moral do indivíduo. O que faltou ao jovem de Provérbios 7 foi exatamente a noção de valores morais bem demarcados. O resultado não poderia ser outro: ele caiu nas garras do pecado. Não permitamos, pois, que o mesmo ocorra com os nossos filhos. Vamos instruí-los enquanto é tempo.

Temos outros exemplos reais de filhos que desrespeitaram seus pais e que fatalmente acabaram sendo punidos com a morte (Ex 21.15-17; Lv. 20.9).

a) Caim:
Educado em condições iguais a de seu irmão, porém seu coração se encheu de inveja, ira e ciúmes (Gn 4.5), insubmisso, indiferente, egoísta, enganador e incrédulo, pois não acreditou no aviso de Deus (Gn 4.7) e permitiu que sua vida fosse manchada. A culpa não foi dos pais, mas do próprio filho que fez a sua escolha.

b) Hofni e Finéias:
O sacerdote Eli, durante 40 anos, julgou Israel, mas foi um péssimo pai para os seus filhos, que o envergonharam pela rebeldia, conforme tradição judaica.

Foi capaz de instruir e preparar um sucessor, Samuel, mas não soube educar seus filhos no caminho do Senhor. A disciplina com sabedoria não foi aplicada naqueles jovens, que davam verdadeiros coices nos sacrifícios oferecidos no Tabernáculo (I Sm 2.29).

  • Eram filhos de “belial” (I Sm 2.12), inúteis, imprestáveis, sem valor;
  • Tomavam parte dos sacrifícios antes de serem oferecidos ao Senhor (I Sm 2.13);
  • Comiam a carne antes que a gordura fosse queimada durante os sacrifícios (I Sm 2.16, cfe Lv 3.3-5);
  • Ameaçavam tomar os sacrifícios à força, caso não fossem atendidas suas solicitações (I Sm 2.16b);
  • Se ajuntavam as mulheres à porta das congregações (I Sm 2.22).

Eli não procurou disciplinar seus filhos e fazia vistas grossas, fingia que nada estava acontecendo, fugiu da responsabilidade, não agiu e praticamente disse: “Se Deus quiser agir e fazer o que eu não estou fazendo, Ele pode fazer, mas eu não vou agir”. As conseqüências deste desleixo do pai foram inevitáveis e trágicas, tanto para ele, quanto para toda a família e nação:

  • Os filhos foram mortos pelos filisteus (I Sm 4.11), castigo pela rebeldia;
  • Morte do pai ao saber do ocorrido com os filhos (I Sm 4.18);
  • Perda da arca da aliança (I Sm 4.11);
  • Morte da esposa de Finéias, ao dar a luz (I Sm 4.120);
  • Nascimento de Icabo, “foi-se a glória de Deus” (I Sm 4.21).

c) Absalão:
Jovem formoso, que assassinou seu irmão Amnon (o primogênito e sucessor direto de Davi), que havia cometido violência sexual contra sua irmã a mando de um primo (II Sm 13.1-29). Ele tomou esta decisão, pois o pai ao tomar conhecimento do ocorrido não demonstrou nenhum tipo de reação para corrigi-lo (cfe II Sm 13.21-23).

Como não foi disciplinado pelo ato (cfe II Sm 13.31), o seu coração se encheu ainda mais de maldade, a ponto de desejar o trono do próprio pai, que para não matar o filho, resolveu fugir (II Sm 15.14). Por algum tempo, se tornou inimigo do próprio pai, agindo como filho rebelde, desrespeitando seu pai e rei e Deus.

2. ÉTICA DO CARÁTER. 
A ética coloca os valores no lugar onde eles devem estar. A ideia, aqui, é educar a pessoa, tomando por base os valores ensinados na Bíblia. O mais importante não são os sentimentos, mas o comportamento. Não é a sensibilidade, mas o compromisso com a atitude correta a se tomar, ou seja, “um homem justo prova sua integridade não com palavras, mas com a vida”. É exatamente isso que Salomão diz ter herdado do seu pai e o mesmo objetiva transmitir ao seu “filho” (Pv 4.3,4).

III. EDUCAÇÃO INTEGRAL
1. DESENVOLVIMENTO MENTAL. 
Provérbios mostra o quanto é importante os mais jovens serem treinados para que tenham o discernimento adequado para a vida e este treinamento é dever dos pais. Alguns imaginam que somente por prover os filhos de bens materiais ou favorecer uma condição de vida já os isenta da tarefa da educação. Estes se esquecem que devem ensinar seus filhos no caminho em que devem andar para que dele não se desviem (Pv 22.6). Salomão mostrou os frutos desse treinamento: sabedoria, disciplina, sensatez, justiça, direito, retidão, habilidade, prudência, conhecimento e reflexão.

Todo esse aprendizado valia-se de uma técnica apurada de memorização, visando preparar integralmente o jovem à vida. Por conseguinte, inclinemos o coração ao entendimento (Pv 2.2). Atemos a benignidade ao pescoço, escrevemo-la na tábua do coração (Pv 3.3) e guardemos a instrução no lugar mais íntimo do ser (Pv 4.21).

2. DESENVOLVIMENTO MORAL. 
A preocupação do sábio com o desenvolvimento moral e espiritual do aprendiz é claramente demonstrada em sua insistência em educá-lo, tomando por base a justiça, o direito e a retidão, cujo propósito maior aponta para a disciplina a fim de “desenvolver o senso de respeito” e respeito à autoridade, exaltando os bons hábitos e corrigindo os maus, estabelecendo imites e satisfazendo necessidades e não vontades próprias. Isso pode ser visto, quando Salomão destaca a prática da justiça (Pv 22.22,23), os bons princípios (Pv 22.28; 23.10,11), a instrução e a disciplina (Pv 23.13; 14.22-25), a prudência nas relações sociais (Pv 23.6-8) e o exercício da misericórdia (Pv 24.11,12).

CONCLUSÃO
Num momento em que os modelos educacionais experimentam uma grave crise de valores, é urgente estudarmos o livro de Provérbios, a fim de extrairmos preciosas lições à educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças.

Não podemos consentir que a cultura deste século inocule, em nossos filhos, o veneno de um ensino permissivo e contrário aos valores da Bíblia Sagrada. Preservemos o que os nossos pais na fé construíram e, com muito sacrifício, deixaram-nos como legado espiritual e moral.

OBJETIVOS
1) Reconhecer a importância de se colocar limites:
         Satisfaça necessidades e não vontades.

2) Saber do valor do exemplo na educação dos filhos:
         Quem deve ensinar são os pais e não a sociedade.

3) Promover a educação integral da criança:
         Como? Ensinando pelo próprio exemplo e Bíblia.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, José Roberto A. O exemplo pessoal na educação dos filhos. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/11/licao-06.html. Acesso em 05 de novembro de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. O exemplo pessoal na educação dos filhos. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/11/4-trimestre-de-2013-licao-n-06-10112013.html

Estudantes da Bíblia. O exemplo pessoal na educação dos filhos. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-06.htm. Acesso em 07 de novembro de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. O exemplo pessoal na educação dos filhos. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/11/aula-06-o-exemplo-pessoal-na-educacao.html. Acesso em 05 de novembro de 2013.

Por: Ailton da Silva - Ano V

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