TEXTO AÚREO
“A soberba
precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18).
VERDADE PRÁTICA
A
humildade é uma virtude que deve ser zelosamente cultivada, pois a arrogância
leva à destruição e à morte eterna.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Pv 8.13-21.
13 - O temor do
Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca
perversa aborreço.
14 - Meu é o conselho
e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza.
15 - Por mim, reinam
os reis, e os príncipes ordenam justiça.
16 - Por mim governam
os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra.
17 - Eu amo os que me
amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
18 - Riquezas e honra
estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.
19 - Melhor é o meu
fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades,
melhores do que a prata escolhida.
20 - Faço andar pelo
caminho da justiça, no meio das veredas do juízo.
21 - Para fazer
herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros.
PROPOSTA
·
Humildade,
honra e coragem: base para relacionamentos;
·
Sabedoria:
aplicação correta do conhecimento;
·
Arrogante:
pessoa insensata e desprovida de lucidez;
·
Humildade
e justiça: inseparáveis;
·
Insensatez
e arrogância: associadas à prática da injustiça;
·
Riqueza
injusta adquirida x pobreza gerada pela preguiça;
·
Pobre/sábio:
sabe que os valores divinos são melhores;
·
O
governante precisa de sabedoria e sobriedade;
·
Chegou
ao topo? Então não despreze a humildade.
INTRODUÇÃO
A
humildade, a honra e a coragem são a base do bom relacionamento entre as
pessoas, mas a arrogância, a desonra e a covardia são a causa de inimizades e
conflitos, uma vez que estas grandezas estão muita próximas, apesar de estarem
em via contrária, em outras palavras, uma pessoa certamente encontra
dificuldades para transitar da sabedoria para a insensatez com tão grande
velocidade, o mesmo podemos dizer da justiça e injustiça, muito menos é capaz
de agir como pobre e rico ao mesmo tempo, ou seja, ou é príncipe ou escravo,
mas nunca os dois simultaneamente, salvo algumas exceções, como no caso dos
irmãos de José que ao chegarem no Egito conseguiram transitar da verdade para
mentira em um rápido estalo de dedos, eles disseram: “Nós, teus servos (VERDADE), somos doze irmãos (VERDADE), filhos de um
homem da terra de Canaã (VERDADE); o mais novo está hoje com nosso pai
(VERDADE), e outro já não existe (MENTIRA)” (Gn 42.13).
A arrogância foi a principal causa da derrota dos dez filhos revoltosos
de Jacó, uma vez que eles não aceitaram, meio que timidamente, o trabalhar de
Deus na vida de José. Atitudes altivas, o desejo de glória, ou a breve
interrupção dos planos de Deus, pois segundo a própria vitima, ele foi enviado
primeiro para preparar o caminho para a
família e para manter a semente (Gn 45.7).
Os irmãos se
sentiam superiores ou não queriam ficar por cauda, “perderam a noção da humildade, prudência e sabedoria, por isso foram
resistidos pelo Deus da bênção e somente alcançaram a vitória quando
contraporam a arrogância deles com a humildade. Quando chegaram ao Egito e se
prostraram no trono, sem conhecer aquele que estava sentado, eles mostraram que
estavam dispostos a buscarem a bênção e a se humilharem na presença da autoridade
maior. Eles não conheciam aquele que estava sentado no trono, mas o que estava
sentado no trono conhecia muito bem eles, e sabia qual era a necessidade de
cada um, por isto não adiantava mentir para ele e tampouco se manterem soberbos
como na última ocasião em que estiveram juntos.
A soberba, “porta de
entrada do fracasso e a sala de espera da ruína” é também “o corredor do
vexame” e serve de entrada para a vergonha e humilhação. aliada ao orgulho e
vaidade destroem e jogam o homem na desgraça, certamente exemplos bíblicos não
nos faltam, como o caso de Nabucodonosor, retirado do trono e inserido no reino
animal irracional devido a sua soberba (Dn 4.30-37) e o rei Herodes (At
12.21-23), aquele que se recusou a glorificar a Deus, sendo comido pelos
vermes. Isto prova que “o orgulho vem antes da destruição, e o espírito altivo,
antes da queda”.
Mas isto não foi ou é exclusividade daqueles que estão
longe da presença de Deus, pois já foi constatado pelo próprio Salvador tais
atitudes maléficas no meio de sua igreja. Em Laodicéia existia alguns que
enchiam o peito dizendo que eram ricos e que de nada sentiam falta (Ap 3.17),
pura demonstração de fraqueza espiritual. “A arrogância
causa muitos males ao ser humano, mas essa nem sempre é percebida”.
I. O SÁBIO VERSUS O INSENSATO
1. SABEDORIA E HUMILDADE.
A
sabedoria é entendida como a aplicação correta do conhecimento em nosso dia a
dia. Não é de espantar que encontremos em qualquer meio social que estivermos
reunidos, pessoas buscando mais para si mesmo ao mesmo tempo que procuram
diminuir aqueles que estão ao seu redor.
Em
Provérbios, ela é vista como um antídoto contra a arrogância. Daí a insistência
do sábio em que se busque adquirir a sabedoria (Pv 16.16). A sabedoria
retratada em Provérbios demonstra ser eficaz contra a arrogância e a soberba,
pois quem é sábio age com humildade (Pv 11.2).
Em o Novo
Testamento, o apóstolo Paulo sabia dessa verdade e, por isso, orou para
que o Senhor concedesse aos crentes “espírito de sabedoria e de revelação” (Ef
1.17), inclusive para ele, para que não se gloriasse pelas revelações recebidas
(2 Co 12.1-9). Como ele poderia ter superdimensionado sua imagem ao mesmo tempo
que diminuía o valor dos apóstolos que ainda labutavam na obra.
2. INSENSATEZ, ARROGÂNCIA E ALTIVEZ.
Na
visão de Provérbios, o arrogante é uma pessoa insensata e desprovida de
qualquer lucidez e bom senso. Verdadeiramente, o arrogante está pronto a fazer
o mal, pois age com soberba e altivez (Pv 6.18). É uma pessoa inexperiente, sem
domínio próprio (Pv 25.28), ingênuo (Pv 27.12), sem bom-senso (Pv 27.7) e que
se comporta como um animal ou um bêbado (Pv 26.3,9).
Por
isso, o insensato não pode ser designado para um serviço (Pv 26.6,10). Ele é
fanfarrão, preguiçoso e incorrigível (Pv 25.14; 26.11,13-26; 27.22). Sua
presença é um perigo, pois além de falso e maldizente é ignorante (Pv
26.18-22). Ele não age com a razão e não sabe controlar a própria vontade,
sendo, portanto, uma abominação para o Senhor (Pv 16.5).
II. O JUSTO VERSUS O INJUSTO
1. JUSTIÇA E HUMILDADE.
Em
Provérbios, a humildade e a justiça são inseparáveis, o princípio de vida
proposto pelo sábio é muito simples, pois quem é justo deve agir com humildade,
quem é humilde deve agir com justiça, características de pessoas sensatas, modestas
e mansas. Salomão, ainda bem jovem, pediu humildemente sabedoria a Deus para
governar Israel com justiça (1 Rs 3.7-10). Ele queria que a justiça alcançasse
todo o seu reino (Pv 1.1-3) e no fundo não queria ser lembrado pela injustiça
ou tampouco ser igualado aos seus vizinhos ímpios. Certamente tinha
conhecimento que a justiça era uma condição essencial para o progresso de uma
nação ou reino.
A pessoa humilde e
justa sabe que a justiça vem diretamente de Deus (Pv 29.26). Por isso, ela deve
ser amorosa e sabiamente exercitada, pois esta é uma característica na vida
daqueles que aspiram as mansões celestiais (Mt 5.3; 21.5; Lc 17.20).
2. INJUSTIÇA E ARROGÂNCIA.
A
insensatez e a arrogância são categorias morais que aparecem associadas à
prática da injustiça. Nenhum arrogante agirá com humildade e tampouco o injusto
procederá com justiça. O arrogante possui uma escala de valores distorcida e
não se dá conta dos malefícios das suas ações. O pior é que ele não possui
humildade para reconhecer o fato.
A
palavra hebraica para “arrogante” é gabahh, que significa orgulhoso, alto
e exaltado. Por outro lado, o termo hebraico traduzido como “humildade” vem da
raiz de um vocábulo que significa afligir, oprimir e humilhar. Na prática, a
Bíblia nos mostra que quem se sente acima dos outros pode ser tentado a
pisá-los, oprimí-los e humilhá-los, e essas são atitudes impensáveis para um
servo de Deus.
III. O RICO VERSUS O POBRE
1. RIQUEZA E ARROGÂNCIA.
Uma
primeira leitura de Provérbios deixa claro que Deus condena tanto a riqueza
adquirida por meios injustos, como a pobreza gerada pela preguiça. Por isso, a
riqueza pode ser fruto da justiça, e a pobreza, às vezes, resultado da
indolência e do ócio (Pv 28.19,20; 29.3). Ninguém, portanto, deve ser elogiado
meramente por ser pobre nem tampouco estigmatizado por ser rico.
Salomão,
contudo, sabe que os muitos bens do rico podem levá-lo à prepotência e à
arrogância (Pv 18.23), por isto, os tais devem se compadecer dos necessitados,
honrando-os (Pv 14.31).
2. POBREZA E HUMILDADE.
Devemos
considerar, também, que há um tipo de pobreza que é resultado de um determinado
contexto sócio-histórico (Pv 28.6). Em Provérbios é evidente que os sábios
demonstram uma preferência pelo pobre. Este, mesmo não tendo uma vida econômica
confortável, age com integridade e justiça (Pv 28.11). Tal pobre é identificado
como sábio, pois ele sabe que os valores divinos são melhores que as riquezas
(Pv 22.1; 23.5).
IV. O PRÍNCIPE VERSUS O ESCRAVO
1. REALEZA, ARROGÂNCIA E HUMILDADE.
Quando
o livro de Provérbios foi escrito, a nação de Israel era uma monarquia. Neste
sistema de governo o rei recebe destaque e tratamento especial, o que não
fugiria a regra em Israel. Seria normal esta autoridade não se importar com
seus súditos, se preocupar somente com seus negócios e relações comerciais com
seus vizinhos, mas Salomão, o então rei, sabia que, para governar, precisava da
sabedoria divina, a fim de discernir entre o bem e o mal (1 Rs 3.1-10). O
governante que teme a Deus dará mais atenção ao pobre e ao humilde. Agindo
assim, será abençoado perpetuamente (Pv 29.14). Mas o que não teme ao Senhor
procederá arrogante e perversamente (Pv 29.2). A sabedoria (Pv 17.7) e a
sobriedade (Pv 31.4) são elementos indispensáveis ao rei para exercer a justiça
e promover o bem-estar social de seu povo (Pv 29.4).
Diante
desta situação, a provocada pela monarquia, certamente podemos afirmar que
seria humanamente impossível que um rei pudesse ser resistido pelos seus
súditos. O mesmo podemos aplicar a um abastado, rico, poderoso e orgulhoso, que
imagina que jamais poderá ser contrariado ou impedido de continuar praticando
suas injustiças com o pobre e desfavorecido, mas estas classes de pessoas se
esquecem que existe um Deus que assiste ao necessitado e julga a causa dele.
Hamã não se lembrou disto e foi trocado de posição com o judeu Mardoqueu.
Ignorando esta pratica divina, Saulo de Tarso saiu das sujas trincheiras
malignas e mansamente se alistou no exército que levaria salvação aos gentios
dos confins da terra. Estas são algumas das desvantagem da exaltação (Lc 14.11; Sl
94.2; 139.6b; Ex 12.29-33; At 9.4-5).
2. ESCRAVIDÃO, HUMILDADE E REALEZA:
A
verdade de Provérbios 17.2 se cumpriu quando Jeroboão, servo de Salomão,
tornou-se príncipe das dez tribos do Norte de Israel (1 Rs 12.16-25). Mas um
sentido metafórico e interessante para destacarmos nesse texto é que as pessoas
provenientes de uma condição humilde, quando agem com prudência, sobressaem-se
aos arrogantes. Os que, porém, desprezam a humildade, quando chegam ao topo
agem como os soberbos. Bom é ouvir os conselhos de Deus e segui-los (1 Rs
12.24).
Um
ditado popular descreve isso com precisão: “Dê poder ao homem e você saberá o
seu verdadeiro caráter”. Tudo é uma questão de princípios, de atitudes e de
caráter. Para que este se forme no indivíduo não depende da sua classe social,
mas dos valores que lhe são germinados desde a mais tenra idade. Tudo é uma
questão de princípios e de atitudes!
Que
o pobre, ao tornar-se rico, não se esqueça de sua origem. Os seus valores lhe
dirão o que ele se tornará: uma pessoa arrogante e egoísta ou alguém compassivo
e generoso.
CONCLUSÃO
O estudo da Palavra
de Deus nos mostra que existem contrastes entre o sábio e o insensato, entre o
justo e o injusto, entre o rico e o pobre e entre o príncipe e o escravo,
mostra também que a humildade ou a arrogância distingue uma pessoa da outra,
por isto devemos cultivar a virtude da humildade, ao mesmo tempo em que
rejeitemos a arrogância, pois “Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos
humildes” (Tg 4.6).
OBJETIVOS
1) Dissertar
sobre a relação entre a humildade/arrogância:
Humildade: característica de quem aspira o céu;
Arrogância está presente nas práticas injustas.
2)
Explicar os contrastes ilustrativos da lição:
É gritante os contrastes e diferenças. Ou somos ou não.
3)
Cultivar a virtude da humildade e rejeitar a arrogância:
Salomão não desejou ser igual aos outros reis;
Buscou sabedoria e rejeitou a arrogância.
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. Contrapondo
a arrogância com a humildade. Disponível
em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/11/4-trimestre-de-2013-licao-n-07-17112013.html
Estudantes
da Bíblia. Contrapondo
a arrogância com a humildade.
Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-07.htm.
Acesso em 12 de novembro de 2013.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. O exemplo pessoal na educação dos filhos. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/11/aula-07-contrapondo-arrogancia-com.html.
Acesso em 13 de novembro de 2013.
Por: Ailton da Silva - Ano V
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