Uma lição histórica, mas
que pode facilmente ser transformada em reflexiva. Escolham! Em negritos e
vermelhos estão as temáticas que podem ser trabalhadas para reflexão da classe.
INTRODUÇÃO
O que Deus fez no tempo de Ezequiel ainda pode fazer atualmente. Ele produziu avivamentos em várias partes do mundo, notadamente, nos séculos XVIII, XIX e XX. Mas para quem foram direcionados estes avivamentos nestes períodos? Igreja? Israel? Mundo? Somente o meu próximo, vizinhos ou amigos como entendiam os judeus (Mt 5.43) ou todos na Terra.
“Vós ouvistes o que foi DITO (dito difere de escrito – Mt 4.4,7,10, Jesus disse por três vezes ao Maligno: “Está escrito”, Ele não disse: “Ei Maligno, ouviste o que foi dito”): Amarás a teu próximo e odiarás o teu inimigo” (Mt 5.43 – cfe Lv 19.18 – somente a primeira parte, a parte final é acréscimo humano), tal como acrescentamos em João 16.33 (Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo E...). E ponto final, não tem mais nada depois de “eu venci o mundo”.
I - O
AVIVAMENTO NO TEMPO DE EZEQUIEL
1) Calamidade e restauração de Israel.
Ezequiel alertou o povo sobre os duros juízos de Deus contra a desobediência e a apostasia de Israel (Ez 6.3-5; 8.1; 9.4), que consistia no desprezo dos filhos aos pais, nas perversidades cometidas, propinas, carnalidade, violência, mentiras proféticas entre outras práticas.
Diante de tão grande calamidade espiritual, o Senhor teve misericórdia, poupou o povo da destruição total e restaurou a nação eleita. O desejo pela restauração partiu de Deus, pois nestas condições jamais poderia ter partido de Israel. Na verdade, quando Deus decide abençoar alguém ou um povo, os seus desígnios ultrapassam a nossa imaginação.
2) Um vale de ossos secos.
O vale de ossos secos nos traz uma mensagem de esperança e restauração. Na ocasião Deus perguntou ao profeta se aqueles ossos poderiam reviver e o silêncio reinou. Ezequiel não disse sim ou não, simplesmente deixou Deus responder. Qualquer um de nós teria a mesma reação. Fé no impossível é para poucos.
Deus mostrou ao profeta uma situação que em nada poderia animar o quase morto Israel. Em que uma visão aterrorizadora poderia motivar o povo a buscar uma solução para os problemas?
Profetizar para um monte de ossos secos na vã esperança que pudessem se realinhar novamente, em um movimento nunca visto antes para que pudessem se levantar corpos restaurados e vivificados, realmente essa não seria uma tarefa fácil, mas representaria um grande avivamento na nação.
3) O rio das águas purificadoras.
No capítulo 47, o profeta Ezequiel viu um homem que possuía um cordel de medir nas mãos com o qual mediu uma distância de “mil côvados” (ou 450m) e fez o profeta passar pelas águas que chegavam em seus tornozelos (Ez 47.3). A cada etapa de mil côvados (ou 450m), o profeta Ezequiel andava nas águas do rio “pelos joelhos”; “pelos lombos”, e por fim, “a nado” (Ez 47.4,5). Ele já se sentia mais distante do solo.
- Águas no tornozelo – crente sem relacionamento com Deus;
- Águas pelo joelho – crente que tem comunhão, mas não está bem firmado;
- Águas pelos lombos – evolução da comunhão;
- Pés não tocam no chão do rio: maturidade espiritual, homem espiritual.
Três rios: rio das águas purificadoras. Rio puro da água da vida (Ap 22) e o rio que regava o jardim do Éden (Gn 2.10), semelhantes e um ligado ao outro.
Era um rio que causava muita produção na agricultura, piscicultura e daria vida em tudo por onde passasse (Ez 47.12). Era o grandioso avivamento que Israel haveria de experimentar pela misericórdia de Deus.
II – OS
GRANDES AVIVAMENTOS NO MUNDO - PREPARATIVOS
1) Na Europa – mesmo modus
operandis de Deus.
Houve períodos em que o continente europeu estava
em situação idêntica a do povo de Israel no contexto das profecias de Ezequiel
37 e 47. Pela misericórdia divina, não tardou Deus em usar pessoas cheias
do Espírito Santo para clamarem
e perseverarem por um avivamento espiritual. O Senhor queria avivar o velho continente e atingir o
restante do mundo.
a) Na Alemanha.
Por volta de 1722, o Conde Zinzendorf (enviou mais
missionário do que todos as igrejas protestantes em 300 anos) liderou
os morávios num fervor missionário que se espalhou pelo continente europeu e
chegou a América; com sua ênfase na “religião do coração”, houve um grande
despertamento na busca do poder de Deus, principalmente, voltado para as
missões mundiais.
b) Na Inglaterra.
Por volta de 1740, John e Charles Wesley (os irmãos Wesely –
pregadores da multidão desassistida, classe operária sofrida), e
George Whitefield atuaram com grande fervor missionário, buscaram o poder de
Deus, a unção do Espírito e pregaram contra o formalismo sem poder das igrejas
daquele tempo. Um grande avivamento desceu sobre a nação inglesa.
c) No País de Gales.
Evan Roberts, um adolescente de 13 anos, reuniu
seus colegas e lhes falou da visão que recebeu de Deus, num domingo, dizendo
que enviaria um avivamento, mas todos precisavam abandonar a prática do pecado.
Foi tão grande o impacto daquela visão de Deus que, por volta de 1904 e 1905, o
avivamento começou a espalhar-se pela cidade, pelo país e alcançou muitos
países do mundo (o
pregador que teve a visão de um cheque de 100.000 almas salvas).
2) Nos Estados Unidos.
Deus também queria avivar os Estados Unidos da
América. Por isso, houve vários avivamentos na grande nação americana. Charles
Grandison Finney (ex-maçom, pregador abolicionista que recusou
receber em comunhão traficantes de escravos) foi usado por Deus para
um grande despertamento espiritual. Teve grande influência de G. Campbell
Morgan, do Movimento de Vida Profunda, que pregava um viver pleno da presença
de Deus contra uma vida morna que dominava muitas igrejas evangélicas daquele
tempo.
3) Raízes do avivamento pentecostal.
No ano de 1900, Charles Fox Parham, obreiro leigo e pregador itinerante, resolveu fundar o chamado “Movimento de Fé Apostólica” (para resgatar o fervor da igreja primitiva e ideais). Com o propósito de preparar obreiros leigos para evangelizar, fundou o Instituto Bíblico Bethel College, na cidade de Topeka, no Kansas, EUA. Os alunos estudaram Atos 2, e a partir desse estudo, foram batizados no Espírito Santo. A promessa de Atos alcançou a vida daqueles estudantes.
Em 1901, em Houston, Texas, o pastor negro, filho de escravos da Louisiana, William Joseph Seymour, pertencente a um grupo ‘santidade’ (holiness), “foi atraído pelo Movimento da Fé Apostólica”, iniciado por Parham. Ali, foi batizado no Espírito Santo com evidência das línguas estranhas. Esse ano de 1901 é considerado o ano inicial do Movimento Pentecostal Moderno. Em 1906, Seymour se transferiu para a Califórnia. Ali, começou a pregar a mensagem pentecostal, na sua própria casa, na Bonnie Brae Street, 216.
As reuniões atraíram tantas pessoas que o prédio não comportava a todos. Procurando um novo prédio, Seymour descobriu um salão retangular, que estava abandonado, na Rua Azuza, 312, em Los Angeles, onde fundou a Missão Evangélica da Fé Apostólica. Ali, começou o denominado Avivamento Pentecostal do Século XX que impactou o mundo inteiro.
“Dos
Estados Unidos, migrou para a Europa, para a África e América Latina em poucos anos,
como se fosse um fogo que queima uma seara de folhas secas”
III – OS
AVIVAMENTOS MUDAM A HISTÓRIA
1) Impactos no mundo.
Durante o período interbiblico ou intertestamentário pode ser visto um apagão espiritual em Israel, pois não se ouviu nenhuma profecia, não ocorreu nenhum evento espiritual. Foi terrível para Israel e para o mundo. Os lados sofreram as consequências.
É consenso entre os estudiosos a informação de que os maiores avivamentos no mundo dos trouxeram impactos profundos na política, na economia e na cultura. Poderíamos citar inúmeros exemplos, mas fiquemos com um que ocorreu entre os pentecostais nos EUA.
Num contexto da tragédia do racismo naquela nação, mesmo entre igrejas históricas, foi possível contemplar vítimas de séculos de conflitos raciais, cultuando ao Senhor, falando em línguas estranhas e se alegrando no Espírito Santo (cf. Ef 2.14). Só um verdadeiro avivamento espiritual remove o pecado da divisão de quaisquer espécies.
2) A geração depois dos avivamentos.
Também é consenso que, em várias partes do mundo, os avivamentos provocaram mudanças nas igrejas, mas, infelizmente, não perduraram. Em muitos lugares a chama se apagou. Os instrumentos usados por Deus para incendiar as nações se passaram e seus sucessores não tiveram o mesmo ímpeto em manter “o fogo aceso” (Pv 26.20a). Você conhece algum líder usado por Deus que já está na Glória e que deixou um sucessor para manter o trabalho nos mesmos moldes?
Ora, o Deus de John Wesley, Charles Finney e de William Seymour é o mesmo; Ele não mudou. Mais do que nunca, precisamos sentir a mesma necessidade que esses homens de Deus sentiram em seus tempos para buscar um verdadeiro avivamento espiritual nas igrejas da atualidade. O Espirito Santo deseja avivar o seu povo.
CONCLUSÃO
Deus deseja operar nas igrejas no mundo. Promover
um poderoso avivamento espiritual que sacuda as estruturas eclesiásticas e
denominacionais. Entretanto, é preciso buscar o batismo no Espírito Santo (a porta para os
dons espirituais) com perseverante fervor. Que haja sinais,
milagres, prodígios e maravilhas em nome de Jesus! Mas quais são as práticas que evidenciam o
verdadeiro avivamento? Que o Santo Espírito sopre o avivamento
espiritual e que o uso abundante dos dons espirituais seja real e abundante em
nossos cultos!
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