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sábado, 30 de outubro de 2010

Lição 5 - Orando como Jesus ensinou


1 – INTRODUÇÃO
A pergunta campeã no meio evangélico é: “Se Deus já conhece minhas necessidades, por que então devo orar?” Em primeiro lugar, precisamos entender que orar é uma necessidade da alma humana e somos nós que precisamos dela e não propriamente Deus, além é claro, através dela unimos nossa vontade à vontade de Deus e desse modo ficamos conhecendo a Sua vontade e comunicamos a nossa. Portanto ela se torna a base de toda a comunicação com o Senhor Jesus.


2 – A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE
Jesus dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se compromete a servir com inteireza de coração a Deus. A oração foi o instrumento pelo qual Ele suportou as afrontas, por ela, não deu lugar ao pecado, por ela, tomou o peso da cruz e venceu o maligno (Mt 26.36-46). Ao assumir a forma humana, Jesus esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu plenamente a natureza humana (Fp 2.5-8) experimentado todas as circunstancias inerentes à vida humana, inclusive a tentação (Hb 4.15).

Por varias vezes Jesus incitou os seus discípulos a orarem e em certa ocasião Ele estava orando e quando terminou os seus os discípulos sentiram o desejo de orar como Ele. Então um deles pediu que Jesus os ensinasse a orar. O Senhor prontamente atendeu ao súplice, pois Ele sabe que essa função é primordial na vida de qualquer cristão, e que deve ser praticada “sem cessar” enquanto estivermos neste mundo.

Todavia Jesus não disse que esta oração devesse ser repetida mecanicamente todas as vezes que fossem buscar ao Pai, como era costume entre os sacerdotes romanos que repetiam suas orações memorizadas com o extremo zelo de não errarem para não comprometerem as suas cerimônias.


3 – DECORRÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO MODELO
Nesta oração modelo, Cristo indicou, em cada área de interesse, a nossa posição diante de Deus Pai. Vejamos:


Como se vê, a estrutura da oração-modelo que o Senhor deixou não dá lugar para o “EU” e nem para o determinismo arrogante.


a)Porque Jesus orou:
Se Jesus era e é Deus, existia a necessidade Dele orar? Jesus não precisava orar, mas assim procedia pelo fato de que relacionar-se com o Pai é algo da própria natureza de sua divindade.


b)Quando Jesus orou?
• nas horas de grandes aflições e provações (Getsêmani);
• antes de grandes decisões (escolha dos 12 discípulos);
• antes de grandes realizações (ressurreição de Lázaro);
• no término de sua obra (João 17:4);
• orou na cruz do Calvário.

c)Onde Jesus orou?
Jesus frequentemente procurava um lugar e uma hora livre e sem interrupções para falar com seu Pai em oração. Frequentemente, Ele subia a montes, ou saia para um jardim, e gostava mais do período da noite ou ao amanhecer, quando havia menos distração com o mundo agitado. Tais hábitos eram tão típicos da vida de Cristo que Judas sabia exatamente onde encontrá-lo, embora só estivesse estado em Jerusalém poucos dias (João 18:1-3).


d)Como Jesus orou?
* Quando orardes não sereis como os hipócritas - Como podemos saber quando a nossa oração não é hipocrisia? A resposta é: Quando é direcionada aos céus e não para as vistas do homem;

* Entra no teu quarto - É evidente que Cristo não condena a oração nos cultos públicos (Jo 11:41-42; 17:1; At 1:14). Mas, mesmo a oração pública deve ser com “a porta fechada”, isto é, com o mundo excluído do coração e em contato com o trono de Deus, em espírito. Na maior multidão o crente pode achar seu “quarto de oração”. É difícil evitar a hipocrisia, mesmo no tempo de tristeza e angústia; mas em secreto é mais fácil orar sem fingimento;

* Feche a porta - Portanto, isso quer dizer separado do mundo e em contato com Deus. Devemos fechar a porta não somente para não sermos perturbados e distraídos, mas, também, para fugirmos aos olhos dos homens e ficarmos a sós com Deus - Sl 27:8. O quarto de oração de Jesus era o monte e o deserto (Mc 1:35; Lc 6:12); de Isaque, era o campo (Gn 24:63); de Davi, o quarto de dormir (Sl 4:4); de Pedro, o eirado (At 10:9); de Ezequias, o rosto virado para a parede (II Rs 20:2);

* Teu pai que ve em secreto - O lugar secreto, de amizade íntima, Sl 25:14; 27:5; 31:20; 91:1.


CONCLUSÃO:
A ênfase de Jesus sobre a necessidade do segredo da oração NÃO DEVE SER LEVADA A EXTREMOS, pois, se todas as nossas orações fossem mantidas em segredo, teríamos de desistir da ir à Igreja, orar em família e nas reuniões de oração. Jesus estava se referindo a oração particular (“TU PORÉM, QUANDO ORARES….E, FECHADA A TUA PORTA, ORARÁS A TEU PAI…”)

Fonte: www.ebdweb.com.br

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