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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A plenitude do reino de Deus. Plano de aula.

REINO X ANTI-REINO
JURISPRUDÊNCIA GLORIOSA
A IGREJA E OS DOIS PARAÍSOS
A COLHEITA DA RESSURREIÇÃO
TENSÃO DO JÁ (ESTÁ ENTRE VÓS)
TENSÃO DO NÃO (REVELAÇÃO NO FUTURO)
FORMA PRESENTE E FORMA FINAL DO REINO
QUARTEL GENERAL DE DEUS – TERRA NO MILÊNIO

PROPOSTA DE LIÇÃO
• Realidade e manifestação final do reino de Deus! Quando?
• A igreja vai contemplar o dia da manifestação? Ou entrar no reino?
• Jesus nos trouxe esperança de um “FUTURO” melhor, no reino;
• A igreja expressa os valores do reino de Deus;
• O reino de Deus é invisível, mas está presente na terra;
• Objetivo maior da pregação da igreja: o reino e não ela mesma;
• A igreja anuncia o reino a humanidade, enquanto ainda não é estabelecido;
• Após o milênio o reino de Deus será plenamente estabelecido.

MANIFESTAÇÃO DO REINO DE DEUS:
• Estado de eternidade;
• Renovação da criação.

INTRODUÇÃO
A esperança da igreja é a manifestação de Cristo, a sua volta para estabelecer o plenitude do reino de Deus com grande poder e glória. Neste período toda a criação será renovada e a paz no mundo definitivamente conhecida. Esta fé sempre moveu a igreja, desde os seus primórdios e muitos foram os que tombaram sem verem a plenitude desta promessa, mas certamente aguardam ansiosos, assim como a igreja.

Este período será chamado de governo de Cristo, pois o maligno estará preso, provisoriamente (Ap 20”2), motivo pelo qual o mundo estará numa dimensão de paz, conseqüência da operação da perfeita justiça (Is 32”17). Esta será a resposta ao pedido constante da igreja: “Venha o teu Reino” (Mt 6”10).

I. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA
1. O Deus da esperança.
O homem foi criado por Deus e colocado na terra para exercer a função de mordomo, por isto recebeu de Deus autoridade para administrar a terra e cuidar dos animais (Gn1:26-30). Desempenhou sua função e manteve uma comunhão perfeita e intensa com Deus até o dia em que deu ouvidos ao maligno comprometendo-se com o pecado, levando a esta condição todos os seus descendentes. A fonte da comunhão e obediência foram perdidos. A terra, que antes, deveria ser cuidada por ele, sofreu também as conseqüências de seus erros.

O maligno pensou ter feito o trabalho correto, mas amargou uma grande derrota ao ouvir Deus chamando pelo nome a sua criação, mesmo sabendo, pela sua onisciência, que o pecado havia entrado no paraíso. Imaginou que estivesse no controle daquela situação, pois não havia encontrado dificuldades para lançar no coração, do homem, a dúvida em relação as advertências de Deus. Quais garantias, ele poderia oferecer para que anda de mal viesse a acontecer com o casal? Esperava ansioso a declaração da sentença!

Deus em nenhum momento, mesmo apresentando a sentença, desmoralizou, humilhou ou desesperançou totalmente a coroa da glória de sua criação, pelo contrário, lhe fez promessas grandiosas. Naquele momento ocorreu a inauguração da chamada misericórdia Divina. Estava traçado o plano para redenção da humanidade (Gn 3.15).

2. Em Cristo, temos esperança.
O episódio do Éden nos revelou um Deus misericordioso, que sempre esteve disposto a tirar o pecado do mundo (Jo 1”29), que somente foi possível pela morte expiatória de seu Filho, já que a expulsão do paraíso e o dilúvio não foram capazes de restaurarem a humanidade. Jesus foi a resposta do Deus eterno ao homem caído, para lhe proporcionar novo e extraordinário futuro (Mt 25.34). Deu uma esperança para a humanidade.

3. A esperança do Reino para a Igreja.
Jesus durante a sua estadia na terra exerceu a autoridade de Rei dos reis, tanto que os homens, as doenças, os demônios, as forças da natureza, e até a morte lhe sujeitaram (Mt 28.18), mas o mundo resistiu a Ele, pois boa parte da humanidade busca seus próprios interesses a qualquer custo, seja esquecendo, invertendo ou demolindo valores absolutos criados por Deus. Neste cenário caótico está inserida a igreja do Senhor, cuja função é apresentar a novidade de vida, contida no Evangelho, mas em meio a esta crise moral, social e espiritual a igreja não pode permitir que a sua esperança na manifestação da plenitude do reino de Deus seja minada.

II. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE
1. Nas Escrituras.
No Antigo Testamento, Deus separou para si um povo, para que pelo testemunho deles, se tornasse conhecido pelas outras nações (Dt 4.32,34). O Novo Testamento apresenta o reino de Deus como uma realidade invisível, mas presente entre eles (Lc 17.20,21; Rm 14.17). a misericórdia chegou, mas o machado também (Mt 3”10).

Os profetas do Antigo e as referencias do Novo Testamento nunca fizeram menção de tempo ou data para cumprimento das mensagens proféticas, pois a intenção era promover um concerto e a obediência a vontade de Deus. A especulação, pelo homem, do fator tempo gera muita curiosidade, medo, desanimo, desatenção e comodismo. Esta nunca foi a intenção de Deus, talvez por isto tenha ocultado da mente dos homens qualquer revelação deste porte. É certo que muitos, por não suportarem este mistério tenham se aventurado neste campo, mas nenhum deles tiveram o sucesso desejado, somente conheceram a vergonha.

Os relatos sobre a primeira vinda de Jesus ocupa um bom espaço na Bíblia, mas em o Novo Testamento a mensagem principal é a Parousia e o estabelecimento do Reino de Deus.

2. No presente.
Jesus efetivou o estabelecimento do Reino de Deus no mundo quando se fez carne para habitar entre os homens (Jo 1.14) e deu continuidade através do surgimento de sua igreja, o seu projeto, a qual prometeu assistir até a consumação dos séculos (Mt 28”20), garantindo que jamais a deixaria órfã (Jo 14”18).

Nós fomos libertos do império das trevas e transportados, lucidamente, para o reino da luz (Cl 1”13) e a igreja como agente do reino é o instrumento, único e autorizado, para oferecer liberdade aos cativos que estão aprisionados pelo pecado.

O desejo de Deus é que os homens cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2”4), que conheçam o seu reino na essência, ou seja, salvação, poder e conhecimento. Deus tem agido de forma a oferecer oportunidade de remissão para a humanidade corrompida, através da pregação de sua Palavra, pela sua igreja.

3. No futuro.
O reino de Deus será visto no futuro, apesar de não ter sido revelado o tempo, a igreja e os que tombaram em favor da causa aguardam ansiosos por este dia.

Não haverá inimigos, pois todos serão destruídos por Jesus (1 Co 15.24-28) e diante dele todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele o Senhor (Fp 2.10-11). Será um reinado de mil anos sem interferência das forças do mal, onde a comunhão entre o homem e a humanidade será plenamente restabelecida e a paz, conseqüência da perfeita justiça, estará reinando na terra.

III. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS
1. Aguarda a sua efetivação.
O reino de Deus ainda foi efetivado entre os homens em toda a sua plenitude, se já o tivesse certamente tudo estaria no seu devido lugar e a paz e justiça estaria reinando, mas é aguardada pela criatura a manifestação gloriosa deste governo (Rm 8.19-21).

No intervalo compreendido entre a primeira e segunda vinda de Jesus, momento no qual ocorrerá o estabelecimento do reino com poder e glória, a igreja esta atuando de forma a apresentar o Evangelho a todas as nações, aos confins da terra.

O reino de Deus é muito amplo, não pode ser associado a apenas a um lugar, terra ou céus (universo), também não é um sistema (a igreja é a sua representante, expressão sublime da sua vontade), não pode se resumir a um povo (Israel, gentios e igreja) e tampouco se restringiu a determinados épocas da historia da humanidade (Éden, era profética, reino unido e dividido, Israel pré e pós igreja, modernidade). Se o reino existe, comprovado pelas escrituras, logicamente o Rei também é uma realidade. O reino é tão eterno quanto Ele (Sl 10.16, Sl 29.10, Jr 10.10, Lm 5.19).

O prejuízo foi muito grande para o maligno e seus anjos (Is 14.12-15, Ez 28.11-19, Jd 6), já para o homem caído (Gn 2.15-17, 3.1-19; Rm 5.12) a conseqüência foi a perda do direito de continuar no paraíso. A sentença daquele foi a perdição e a reserva garantida no lago de fogo e enxofre (Ap 20”10), mas para o homem Deus abriu a porta da salvação através da morte de seu Filho. Os que se levantaram para negarem a existência deste reino ou para rejeitaram, perderam muitos privilégios, mas não conseguiram se livrar da autoridade de Deus.

2. No Milênio.
No milênio, período de mil anos (afirmado por 5 vezes em Ap 20”2-7), onde reinará a paz, justiça e santidade (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), a igreja reinará juntamente com Cristo sobre as nações (2 Tm 2.12; Ap 2.26,27; 20.4).

a) O milênio – a manifestação da plenitude do reino de Deus:
• Será o reinado de Cristo na terra, sobre todas as nações (Zc 14:9) e os santos reinarão com Ele (Dn 7:18, 22, 27; Ap 20:4). Ocorrerá logo após a grande tribulação (Ap 20”6);

• O Messias governará com justiça, misericórdia, e verdade (Is 2:2-4; 9:6-7; 11:1-10; 35:1-10) sobre a terra (Ap 5:10 cf Mt 19:28; 2 Tm 2:12);

• Este reino será espiritual e alcançará toda a terra, a partir de Jerusalém (Sl 72; 89.20-29; 110; Is 11.1-9; 65.17-66.24; Zc 14.9-11; Dn 7.13,14,18,27).

• tempo de paz (Mq 4:2-4; Is 32:17-18), gozo (Is 61:7,10) e conforto (Is 40:1-2);

• sem pobreza (Am 9:13-15), um ambiente perfeito, física e espiritualmente;

• sem enfermidade e de completa justiça (Mt 25:37);

• incidência de obediência (Jr 31:33), santidade (Is 35:8), verdade (Is 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Jl 2:28-29).

b) Manifestações anteriores do reino de Deus:
• Não se manifestou nos reinados de Davi, pai temporário, e tampouco no de Salomão, pois Israel era muito prospero. Era uma árvore frondosa e frutífera que um dia foi alcançada pelo machado;

• Jesus veio estabelecer o reino prometido aos judeus, porquanto nasceu como Rei deles (Mt 2.2), mas não foi recebido por eles (Jo 1.11);

• Caso tivessem recebido a Cristo, Ele estabeleceria esse reino (Mt 23.37-39); porém, rejeitaram. Para eles o reino foi adiado por um breve e poucochinho de tempo;

• O Espírito Santo capacitou os apóstolos para pregarem aos judeus o Evangelho (At 2.14; At 3.26; Rm 1.16-17), mas eles também rejeitaram;

• Então os gentios foram alcançados pela Palavra (At 13.46; 18.6; 28,28). Deste povo Deus separou a sua igreja (At 15”14) e a prepara para reinar futuramente com Israel no reino milenial de Cristo.

Na segunda vinda Jesus se estabelecerá como Rei de Jerusalém para cumprir os pactos feitos no passado, pois sem a o reino literal, físico é impossível que haja o cumprimentos destes tratados:
• O pacto de Abraão: terra, posteridade, governante e uma benção espiritual (Gn 12”1-3) para Israel;

• O pacto da Palestina: restauração e ocupação da terra (Dt 30”1-10);

• O pacto de Davi: perdão a Israel, pelo qual a nação seria abençoada (Jr 31”31-34).

3. Serão novas todas as coisas.
Na historia foram inúmeras as ocorrências de reinos, dinastias e impérios. Todos eles alçaram vôos, mas também todos tombaram ante ao aparecimento de outras forças superiores. A humanidade conheceu o paraíso no Éden e se julga, em alguns casos, estar vivendo em um mundo perfeito, mas não reconhece e não espera a revelação do segundo paraíso, a nova Jerusalém, o reino e o paraíso que nunca tombarão, uma vez que representa a plenitude do reino de Deus. Do primeiro paraíso o homem foi expulso, devido ao pecado, já no segundo, ele é atraído via sacrifício de Jesus.

Após, os mil anos, o reino eterno de Deus será plenamente estabelecido em uma nova terra e novo céu (Ap 21.1-4; 22.3-5), pois os anteriores foram reservados e consumidos pelo fogo (II Pe 3”7). Esta será a cidade santa, a nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Ali, habitarão os redimidos da Antiga e da Nova Aliança (Ap 21.12,14).

A plenitude do Reino de Deus implica na renovação total da criação, o estado de eternidade, pois tudo será feito novo, pelas ordens de Deus (Ap 21.5a).

CONCLUSÃO E OBJETIVOS DA LIÇÃO
O estabelecimento do reino de Deus não é tão somente a plenitude da vitória de Jesus, mas também nos remete a completa derrota do maligno e das hostes espirituais da maldade (Mt 25.41).

1) Compreender: A plenitude do Reino é a esperança da igreja:
• O plano do inimigo não foi perfeito, mas ele ficou esperando a sentença!
• Deus não desistiu da sua criação, chamou pelo nome (tú és meu);
• Pela primeira vez foi demonstrada a misericórdia Divina.

2) Saber: O reino de Deus é uma sublime realidade:
• O reino de Deus é uma realidade invisível, mas presente (Lc 17’20-21);
• Jesus se fez carne para habitar entre os homens (Jo 1”14);
• Deus estabeleceu sua igreja para dar continuidade a sua obra.

3) Conscientizar-se: A efetivação do Reino se dará na 2ª vinda de Cristo.
• O reino de Deus ainda foi efetivado em toda a sua plenitude;
• A criatura aguarda a manifestação gloriosa deste governo (Rm 8”19-21);
• Período de mil anos (Ap 20”2-7).


REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco. A plenitude do reino de Deus. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2011/09/licao-13-plenitude-do-reino-de-deus.html. Acesso em 19 set. 2011.

BARBOSA, José A. A plenitude do reino de Deus. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2011/09/licao-13.html. Acesso em 19 set. 2011.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A plenitude do reino de Deus. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/09/3-trimestre-de-2011-licao-n-13-25092011.html. Acesso em 19 set. 2011.

Estudantes da Bíblia. A plenitude do reino de Deus. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-13.htm. Acesso em 19 set. 2011.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A plenitude do reino de Deus. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2011/09/aula-13-plenitude-do-reino-de-deus.html. Acesso em 19 set. 2011.

Por: Ailton da Silva

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