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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A integridade da doutrina cristã. Plano de aula.

A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ

ALMAS BEM ALIMENTADAS
CIDADÃOS DE DOIS REINOS?
A LETRA X MINISTÉRIO DO ESPÍRITO
COMA OS PEIXE, MAS DEIXE AS ESPINHAS
DUPLA CIDADANIA: MATERIAL E ESPIRITUAL
MENTES NERVOSAS DOS FALSOS ENSINADORES
VENTO DE DOUTRINA – ARTIMANHA DE HOMENS
A IGREJA TRANSFORMA OU DEFORMA O MUNDO?

PROPOSTA DE LIÇÃO
• “Permaneçam naquilo que aprenderam – Jesus vos ensinou”
• Funções do pastor: alimentar, zelar e proteger a integridade das ovelhas;
• Doutrina: Chuva gotejante que produz vida;
• Instrumento para aferição da cultura: Palavra de Deus;
• Inversão de valores ou destruição de valores?
• Desprezar a doutrina de Deus = pisar no sangue de Jesus;
• Porfiemos em guardar a sã doutrina;
• Difusor de falsas doutrinas – principal veículo: a mídia;
• A igreja precisa do fundamento doutrinário sólido;
• A são doutrina é uma benção de Deus para a igreja;
• E a falsa doutrina? Fonte? A quem beneficia? Qual o resultado?

INTRODUÇÃO
Doutrina, do grego didachê (ensino e instrução) é o ensino constante e sistemático das verdades encontradas na Bíblia Sagrada, as quais proporcionam ao homem condições para uma vida perfeita e sadia diante de Deus, portanto, a doutrina é indispensável para a salvação, pois é a vontade de Deus revelada à humanidade.

A igreja deve cuidar da são doutrina, pois este cuidado é essencial, haja vista a existência de falsos ensinadores que disseminam suas doutrinas. Os dias são trabalhosos e muitos, por falta do conhecimento bíblico são seduzidos e se tornam presas fáceis para o inimigo do reino de Deus. A igreja não tem condições de cumprir a sua missão integral se não conhecer, viver e cuidar da verdadeira doutrina bíblica.

A igreja, ao longo de sua historia, sofreu ataques de todos os lados, de fora e do seu próprio meio (I Tm. 4.1; II Tm. 3.1-14), mas em todos, ela se mostrou forte e venceu através do conhecimento e da prática da sã doutrina (II Tm 3”15-17). Este é o único recurso disponível para a igreja vencer os ataques doutrinários estranhos. Foi por isto que a igreja primitiva experimentou um estrondoso crescimento material e espiritual, pois um de seus principais trabalhos foi justamente o de orar e proclamar e ensinar a Palavra à igreja (At 6:2-4) e consequentemente espalhar por toda Jerusalém (At 5:28) e depois alcançou os confins da terra.

I. A DOUTRINA BÍBLICA E O HOMEM
1. Alimentando a alma.
Ensinar a Palavra, proteger e zelar a integridade moral e espiritual das ovelhas são as principais funções do pastor (Jo 21”15-17; At 20”27-28) a fim de evitar que a igreja fique exposta às falsas doutrinas (I Tm 1.3). O apóstolo Paulo sempre se preocupou com este tema, pois entendia ser de extrema importância que a o estudo e observância da sã doutrina ocupasse um espaço maior na vida da igreja (Rm 6:17).

A igreja que abandona o ensino da palavra sofre com as dissensões, escândalos (Rm 16:17), distorções e pecados. Este rebanho não atentará mais para a são doutrina (II Tm 4”3-4) e sofrerá comichões nos ouvidos, por isto é importantíssimo que a verdade ensinada esteja presente na vida do ensinador, pois a doutrina é o alimento para as almas.

A doutrina bíblica é como a chuva que produz abundante vida (Dt 32.2), pois ela alcança o homem em sua totalidade, corpo, alma e espírito e atua em toda a sua maneira de viver (I Ts 5”23).

2. Doutrina é vida.
Doutrinar é ensinar as verdades contidas na Bíblia, de forma organizada e sistemática, pois elas servirão de base para o cristão em suas relações diárias. As nossas condutas devem estar balizadas na Palavra, ou seja, deve haver uma harmonia entre o que pregamos e vivemos sob pena de negligenciarmos os cuidados com a sã doutrina.

A doutrina, como ensino da Palavra de Deus, é a fonte de vida e não de morte, como muitos afirmam (II Co 3:6), pois Jesus afirmou ser o caminho, a verdade e a vida (Jo 14”6), quem busca conhecer a sua Palavra mergulhará no oceano do conhecimento.

O principal objetivo da doutrina bíblica é estimular o homem ao mergulho no conhecimento de Deus (Os 6.3), chegando ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2”4), sendo alimentado com a Palavra para assim ter uma vida em abundancia.

a) Relação doutrina e vida:
• Jesus trouxe vida e vida em abundância” (Jo 10:10);
• Ele é o pão da vida (Jo 6:48);
• Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6). A verdade é a Palavra de Deus (Jo 17:17);

3. Doutrina e cultura.
Assim como Daniel (Dn 1”8), devemos reter somente o bom, rejeitando tudo aquilo que está em desacordo com a doutrina bíblica (I Ts 5”19), mas como identificar ou reconhecer o que serve ou o que não serve, ou o que agrada e o que não agrada a Deus? Como enxergarmos os limites entre a nossa cultura e o pecado? A nossa única ferramenta para tal é a própria Palavra de Deus, pela qual teremos condições de discernir o certo do errado, o bom do mal, para tanto é imprescindível que haja o ensino constante das verdades contidas na sã doutrina.

O mundo prima pela observância do politicamente correto, enquanto que a Palavra nos remete a não conformação com este século, nos sugerindo a transformação pela renovação de nossas mentes para assim experimentarmos a boa, a agradável e perfeita vontade de Deus na nossa vida (Rm 12.2).

II. RESISTÊNCIA À SÃ DOUTRINA
1. A inversão de valores – Is 5”20.
Alguns valores morais e éticos foram esquecidos, outros invertidos, para efetivação da permissividade da sociedade, sendo colocados em segundo plano e a grande maioria está sendo, aos poucos, relativamente demolidos, em nome da pluralidade de pensamentos e posições amorais (Is 5:18-25; Cl 2:8), movimentos políticos, de classes ou de minorias (PL 122). Até mesmo entre o dito meio social evangélico. Por isto é que não foram poucas em que a igreja foi exortada a viver em santidade, uma vez que Deus é Santo (1 Pe 1.15).

Os princípios imutáveis e absolutos foram estabelecidos por Deus, desde o jardim do Éden e a igreja, como a única, digna e legítima representante do reino dos céus deve combater as distorções, esquecimentos, inversões ou demolições destes valores, os quais apontam para uma vida digna diante de Deus e dos próprios homens.

2. Desviando os ouvidos da verdade (ouvido – a boca da alma).
Quando a igreja desvia um de seus ouvidos para a verdade ela aponta o outro para o espírito da mentira e do engano. A tendência e a vontade do inimigo é que, com o passar do tempo, os dois ouvidos estejam todos voltados para ele, levando o homem a rejeição parcial ou completa da sã doutrina (II Tm 4.3,4).

Não é de hoje que a igreja vem se deparando com constantes ataques, tantos externos, quanto internos, que tentam minar suas forças de forma a subtrair seus membros e levá-los a perdição total. Novos doutores (para atenderem anseios e concupiscências), heresias, ensinamentos errados surgem diariamente e aqueles que ainda não manejam bem a Palavra apresentam comichões nos ouvidos (a boca da alma) e se tornam presas fáceis, acabam desvirtuando seus pensamentos e em alguns casos chegam, até mesmo, a negarem as doutrinas centrais da nossa fé cristã (II Tm 4.1-5).

3. Fábulas e mitos.
As fábulas são fantásticas fábricas de ilusões, são meios pelo qual o mundo capta a atenção dos homens para direcioná-lo a viagens imaginárias e irracionais. A tendência dos que abandonam ou ignoram as verdades centrais da fé é darem crédito a toda sorte de fábulas e mitos (II Tm 4.4). O apóstolo Paulo já alertava a igreja que muitos seguiriam os falsos ensinos, virariam as costas para a sã doutrina e dariam vazão às mentes nervosas dos falsos mestres (II Tm 4.3-4) ou se tornariam verdadeiros apostatas da fé.

a) Porque as fábulas. mitos e falsas doutrinas agradam e fascinam?
• O crédito não é mais para a voz do Senhor (Hb 3:15), mas sim para os amontoado de doutores da concupiscências humanas, aos insubordinados, faladores frívolos, enganadores, vigaristas;
• Alguns são até mesmo religiosos, mas a consciência está totalmente cauterizada;
• Os falsos mestres ensinam o que as pessoas querem ouvir, mesmo que estejam errados (Jr 5:31; I Rs 22:12-14);
• Alguns o fazem por inexperiência, assim como o moço que Eliseu mandou para o campo apanhar ervas (II Rs 4:39);
• Outros por orgulho, soberba, por nada saberem, mesmo sem nada saberem se julgam importantes e se intitulam doutores da lei (I Tm 1:7; 6:4).

b) Algumas fábulas judaicas (Tt 1:14):
• Tamuz: Um deus babilônico, provavelmente amante de Istar (a rainha dos céus) que segundo a lenda morria com a vegetação no verão e ressuscitava na primavera. A sua morte era lamentada todos os anos pelas mulheres israelitas (Ez 8:13-15). Choravam no verão e faziam festa na primavera? Seria possível abominações maiores que esta?
• Rainha dos céus: Istar, uma deusa assírio-babilônica adorada principalmente ao sul de Canaã, mas que conseguiu sorrateiramente se infiltrar nas mentes de muitos israelitas (Jr 7:18; 44:17-19).

III. ATITUDES EM RELAÇÃO À SÃ DOUTRINA
1. Fidelidade a Deus.
Deus é fiel, portanto Ele requer a reciprocidade por parte de sua igreja (I Co 4:2), independente das circunstâncias que ela se encontre e mesmo que outros anunciem um novo, revolucionário ou estrondoso evangelho (Gl 1”8), a igreja deve se manter fiel as verdades bíblicas já conhecidas por ela.

O amor de muitos se esfriará pelo aumento incontrolável da iniqüidade, mas nunca será extinguido, pois os verdadeiros cristãos ainda batalham, servem e guardam a sã doutrina, mesmo sofrendo perseguições e sofrimentos (II Tm 3.10-12; Mt 5.10-12). A fidelidade é vista justamente na submissão do homem às condições estabelecidas na Palavra de Deus, sem qualquer modificação do que ali consta, aceitando, sem reservas, o que está contido na Palavra de Deus.

2. Discernindo os enganos e sutilezas.
O inimigo da obra de Deus se preocupa com a formulação e disseminação de ensinamentos estranhos à Palavra de Deus, mesmo que elas transmitam uma aparente verdade, espiritualidade, autoridade, piedade, são enganosas e mentirosas, podendo até mesmo, por força do vento, levarem a muitos para a perdição (Ef 4.14) ou trazeres conseqüências terríveis a vida de qualquer pessoa desapercebida.

Mas a presença do verdadeiro, do puro, do Santo não deveria impedir a manifestação dos falsos? Houve muitos profetas em Israel, mas também nunca deixou de faltar naquelas terras o falso (II Pe 2.1). Moisés enfrentou Janes e Jambres, os mágicos que copiaram algumas das pragas do Egito (II Tm 3.8), Micaías se deparou com Zedequias, filho de Quenaana (I Rs 22.11). Jeremias foi outro que no exercício de seu ministério encontrou um falso profeta, Hananias, filho de Azur, que por várias vezes profetizara ao povo diminuindo consideravelmente o tempo de cativeiro.

Desde os remotos tempos o Maligno vem utilizando de suas artimanhas para enganar os que se colocam a serviço de Deus. Ele sempre se utilizou de sutilizas para agir sem ser notado, sem revelar sua verdadeira intenção. Pelas insinuações, despertando curiosidade em suas vitimas (Gn 3:1). No paraíso ele teve que atuar pessoalmente, mas na igreja ele usa outra estratégia, a infiltração.

3. Plenitude de vida.
O amor de Deus em nossos corações nos remete a uma vida de obediência e atenção a sua Palavra (I Jo 5.3). Subimos degrau a degrau até atingirmos a estatura de varão perfeito (EF 4:13). Quanto mais nos submetermos ao Espírito Santo, muito mais usufruiremos da vida abundante que nos é oferecida por Jesus. (Jo 10:10).

CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
A única forma da igreja manter a integridade da doutrina bíblica é, a partir de sua fidelidade a Deus, demonstrar o seu interesse tanto na busca quanto na prática da Palavra.

1) Compreender: A doutrina Bíblica produz vida.
• Evita que a igreja fique exposta às falsas doutrinas;
• É como a chuva que produz abundante vida e não morte.

2) Saber: Na atualidade muitos resistem a sã doutrina.
• Os princípios imutáveis e absolutos foram estabelecidos por Deus;
• Mas estão esquecidos, invertidos ou demolidos;
• Muitos desviam seus ouvidos da verdade e rejeitam a são doutrina.

3) Conscientizar-se: Precisamos ser fiéis a sã doutrina.
• O amor de muitos se esfriará, mas nunca será extinguído;
• Deus é fiel e requer a reciprocidade de sua igreja;
• Fidelidade total a doutrina bíblicas, mesmo se aparecer outro evangelho.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco. A integridade da doutrina cristã. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2011/09/licao-12-integridade-da-doutrina-crista.html. Acesso em 12 set. 2011.

BARBOSA, José A. A integridade da doutrina cristã. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2011/09/licao-12.html. Acesso em 12 set. 2011.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CABRAL, Elienai. Movimento Pentecostal. As doutrinas da nossa fé. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A integridade da doutrina cristã. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/09/3-trimestre-de-2011-licao-n-12-18092011.html. Acesso em 12 set. 2011.

Estudantes da Bíblia. A integridade da doutrina cristã. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-12.htm. Acesso em 12 set. 2011.

GABY, Wagner. Porque o reino de Deus está entre vós. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 3º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011

LOURENÇO, Luciano de Paula. A integridade da doutrina cristã. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2011/09/aula-12-integridade-da-doutrina-crista.html. Acesso em 12 set. 2011.

Por: Ailton da Silva

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