TEORIA DO CAOS OU PLANO DE DEUS
Em toda esta história de sofrimento observamos três princípios básicos que nortearam as ações de Deus e as reações de José.
Em toda esta história de sofrimento observamos três princípios básicos que nortearam as ações de Deus e as reações de José.
Tudo o que aconteceu na vida de José após a sua saída da cova, foram ações de Deus para prepará-lo para o reencontro com seus irmãos e pai.
• Família unida
Depois daquela separação brusca e trágica era necessário uni-los novamente, por isso foi necessário um grande plano, uma capacitação de José e a transformação de vida dos seus irmãos, que deveriam reconhecer e submeter-se a sua autoridade.
Isto fazia parte dos planos de Deus e deveria acontecer, mesmo que boa parte da humanidade pagasse com suas vidas, pois muitos sofreram e morreram. Se não houvesse ocorrido este período de fome, certamente os irmãos de José não se deslocariam ao Egito e tampouco ele seria nomeado governador, conhecido, respeitado e temido em toda aquela região.
• O homem certo na hora certa e no lugar certo
Apenas uma nação seria capaz de se preparar para enfrentar tamanha calamidade e somente um homem, temente, sério, digno, honesto e justo poderia administrar aquela situação. O certo é que entre os egípcios não havia nenhum com este perfil, por isso foi necessário que Deus elegesse um outro, na verdade, esta eleição foi uma escolha, uma recompensa, a forma mais correta de se exaltar um humilhado.
Desta forma ficou bem claro o motivo pelo qual Deus não permitiu que José voltasse para sua casa, mesmo com os insistentes pedidos ou até mesmo orações de seu pai, caso ficasse sabendo que ele ainda esta vivo.
Deus precisava de José naquele lugar e naquele período de sua vida, não tinha outro capaz de desempenhar tal função, mas se mostrasse fraco ou infiel outro seria levantado em seu lugar.
• O nascimento oficial de Israel
Outro fator preponderante para que tudo aquilo viesse a acontecer foi o cumprimento do plano de Deus, pois os dez filhos de Jacó juntamente com os dois de José se constituiriam na espinha dorsal de Israel, que ora nascia. Se desejavam o reconhecimento e o respeito das outras nações deveriam se portar como tal e mostrar as suas forças, mesmo em território estrangeiro. Agora sim as promessas feitas a Abraão estavam cumpridas. Eis ai a grande nação saindo do anonimato. Faltavam apenas as terras.
“Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação”. II Cor 7”10
Todos estes homens conheceram a tristeza, mas obtiveram a vitória mediante um tripé pelo qual podemos conservar a nossa comunhão com Deus:
• Fé
Abraão creu nas promessas de Deus mesmo que parecessem absurdas, já que nunca havia experimentado algo semelhante, em sua vida espiritual, dando assim vazão a sua fé que era totalmente baseada na sua firme convicção e não na sua emoção de momento. A mesma fortaleza mostrada quando levou Isaque ao Monte Moriá para ser sacrificado, pois esperava não somente receber outro filho, como também ansiava pelo seu livramento.
• Perseverança
A perseverança veio de Isaque, que logo após despedir Jacó creu que Deus poderia guiá-lo e protegê-lo até Padã-Arã, ou então trazê-lo de volta para que vivesse em harmonia com Esaú. Durante muito tempo teve esta esperança, pois era sabedor do grande plano que estava sendo executado através de sua família.
• Amor
O amor foi demonstrado por Jacó que ao receber a notícias que José estava vivo perdoou seus filhos, mesmo depois de saber que havia sido enganado, pois lhe fizeram acreditar que seu filho predileto havia sido morto vitimado por um animal feroz.
Jacó pode ver Deus trabalhando na vida de seus doze filhos, por isso não hesitou em promover o concerto coletivo para assim ver toda a sua família unida. José ao perdoar seus irmãos deu também uma grande demonstração de amor, pois no fundo sabia que todo o sofrimento que passara e suportara no Egito teve a participação deles, mas não se vingou tão logo os reconheceu.
Esses três pais, Abraão, Isaque e Jacó e os três filhos, Isaque, Jacó e José viveram momentos tristes em suas vidas, porém foram presenteados com uma pura e rara alegria, produto das intervenções de Deus, sem as quais nada teria acontecido.
Todos estes fatos consolidaram o nascimento da nação de Israel, uma pátria sem território, pois ainda eram hóspedes em terras estranhas. O tempo em que ficaram escravos no Egito não serviu para exaltar a escravidão e sofrimento, mas sim para que se multiplicassem para serem reconhecidos e temidos.
O reconhecimento partiu primeiramente do Egito que contemplava o seu crescimento diariamente, despertando neles o medo de serem dominados, dentro de seu próprio território, por um povo que, a cada dia, aumentava assustadoramente, por isso resolveram escravizá-los e oprimi-los. Ao fazer isto, os egípcios cavaram suas próprias covas, pois Deus não permitiu que nenhuma ferramenta fosse preparada para dizimar a sua nação escolhida.
Por todo este período Israel ficou privado de sua cultura, costumes e religiosidade, sujeito a contaminação egípcia, longe de Deus, porém um dia o seu clamor foi ouvido e receberam a mensagem de libertação entregue por Moisés, que teve a função de guiá-los até as terras prometidas onde manaria leite e mel.
Extraído do livro: Criado, eleito, perdido e resgatado. Autor: Ailton Silva - em fase de revisão
Por: Ailton da Silva
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