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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

As consequências do jugo desigual. Plano de aula

AS CONSEQUÊNCIAS DO JUGO DESIGUAL

PUREZA TRIBAL – FÁCIL?
PUREZA DA NAÇÃO – DIFÍCIL?
PUREZA ESPIRITUAL – IMPOSSÍVEL?
SABEDORIA SEM OBEDIÊNCIA É MORTA
JUGO DESIGUAL – INFIDELIDADE À VISTA
JUGO DESIGUAL – O OPOSTO DA HARMONIA
LV 18:22 – “É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ

PROPOSTA DA LIÇÃO
• Casamento: aliança monogâmica e heterossexual;
• Deus orientou aos israelitas para que não se misturassem aos cananeus;
• Judeus pós exílio cometendo o mesmo erro do rei Salomão;
• Consequências dos casamentos mistos: perda da identidade hebraica;
• Jamais seriam abençoados se continuassem no jugo desigual;
• Consequências do jugo desigual: perda de referências espirituais;
• Neemias combateu o jugo desigual;
• Preocupação de Neemias: preservação da espiritualidade de Israel;

INTRODUÇÃO:
Por várias vezes, em sua história, Israel se rendeu as uniões mistas, pelas quais receberam correções da parte de Deus, que não já os havia advertido quanto a esta prática ilícita. Este foi, durante muito tempo, um grande problema para os judeus, que não souberam lidar com esta questão. Até mesmo aqueles que deveriam ser exemplos não conseguiam se manter fiéis as ordens de Deus.

Os judeus viviam, através destas uniões, um jugo desigual, pelo qual demonstraram toda infidelidade a Deus. Neemias, em seu retorno a Jerusalém contemplou muitos nesta prática, pois se aparentaram com outros povos, mesmo com aqueles, que desde o inicio se mostravam contrários a reconstrução da cidade. Será que não se lembraram que os asdoditas apoiaram o trio opositor (4:7)?

Os asdoditas, moradores de Asdode, na Filistia (I Sm 6:17), uma cidade idólatra, berço de Dagom (I Sm 5:1-5). Foram eles que roubaram a arca do concerto e a colocaram junto com o seu padroeiro. Enquanto estiveram com a arca em seu poder não tiveram sossego, pois enfrentaram pragas e enfermidades (I Sm 5:6-12).

A questão da proibição dos casamentos misto não era motivada apenas por conflitos raciais. A preocupação era simplesmente doutrinária. Se Israel permanecesse nesta prática, certamente afetaria a sua relação com Deus, portanto esta proibição não era tão somente para manter a pureza, mas sim para protegê-los das consequências certas e inevitáveis, tais como a idolatria, perda de identidade nacionalista e religiosa, perversão espiritual, além da adoção de práticas pagãs. Foram avisados desde a saída do Egito e durante a caminhada Moisés veio reforçando este mandamento.

I. O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A natureza do casamento.
Casamento é a forma que um homem, juntamente com uma única mulher, tem para constituírem uma família. É uma aliança monogâmica e heterossexual e não homossexual, que é uma abominação aos olhos de Deus (Lv 18:22), neste caso é melhor que o homem esteja só.

Não se trata de um mero produto da cultura humana, para melhorar o seu relacionamento, mas sim foi o próprio Deus que o instituiu a fim de que o homem não estivesse só nesta Terra (Gn 2:18), antes e após a consumação do pecado original (Gn 3:1-23).

Portanto o que Deus ajuntou não separe o homem (Mt 19:6) e realmente foi isto o que aconteceu, pois mesmo diante da calamidade instalada na criação, os dois, Adão e Eva, continuaram juntos. Exemplos para o homem?

2. Casamentos proibidos.
Desde a saída do Egito, os israelitas foram ordenados a não se misturarem as nações que eles encontrariam na Terra Prometida (Dt 7.1-4). Motivos para isto teriam e estavam sendo avisados, pois todos ali eram idólatras e abomináveis aos olhos de Deus. A não observância desta ordem poderia assemelhar a nação santa aos gentios (Dt 7:1-6).

Os israelitas procuravam manter a pureza tribal, por isto foram alertados quanto aos problemas que teriam diante dos casamentos entre os membros de tribos diferentes, pois certamente apareceriam divergências quanto as heranças (Nm 36:6).

Outra proibição era em relação aos amonitas, moabitas e asdoditas? As duas primeiras nações eram descendentes do incesto entre as filhas de Ló, a mais nova e a primogênita (Gn 19:36-37), respectivamente, quando se viram salvas do ocorrido em Sodoma e Gomorra, elas imaginaram não ter varões dos mesmos costumes. Para encontrá-los bastava atravessarem o rio Jordão em direção ao tio do pai. As asdoditas eram de Asdode, cidade abominável dos filisteus.

Os moabitas e amonitas se declararam inimigos de Israel, no momento em que não saíram com pão e água, como deveriam (Nm 22:1-6), se aliando aos adversários para amaldiçoarem os israelitas, portanto não poderia haver esta mistura. Eles tentaram, mas não conseguiram, então partiram para outra tática, a pior de todas, covarde. A única forma de derrotarem os judeus seria pela infiltração. Certamente as mulheres desviariam-nos de seu Deus e profanariam o Templo, (Dt 23:3).

Deus não revogou a proibição quanto aos casamentos mistos, mesmo nesta dispensação, somos alertados e ensinados quanto ao risco do jugo desigual, pois que comunhão teria a luz com as trevas (II Co 6:14-15).

II. O CASAMENTO MISTO NO TEMPO DE NEEMIAS
1. A constatação do erro.
A ordem de Deus, quando entrassem em Canaã, era para destruírem aquelas nações, não por maldade, mas para preservação da identidade religiosa e nacionalista e para proteção contra a idolatria e costumes pagãos que seriam prejudiciais a Israel.

O retorno, a reconstrução, o avivamento, o arrependimento, o concerto coletivo e toda alegria daqueles dias não foram suficientes para impedirem uma antiga e ilícita prática entre os judeus. Eles prometeram que não entregariam suas filhas e tampouco tomariam esposas dentre aqueles povos (10:29-30), mas erraram, inclusive aqueles que deveriam ser o exemplo, a linhagem sacerdotal (13:28). Estavam prestes a cometerem o mesmo erro do rei Salomão.

O caso deste rei era um bom exemplo a ser citado para despertar o povo (13:26). A forte influência exercida por suas inúmeras mulheres estrangeiras foi tamanha e trouxeram graves consequências (I Rs 11:1-8). Ele chegou a seguir Astarote, deusa dos sidônios, a Milcom, abominação dos amonitas e a Moloque. Enfim, sabedoria sem obediência é morta.

Porque os judeus se fascinavam tanto com mulheres estrangeiras? Quando Neemias constatou o erro e apresentou a solução, rapidamente eles aceitaram e as despediram. Acabou então o fascínio? Cortaram laços familiares para que fossem novamente abençoados por Deus. Ou por acaso, estas mulheres, se rendiam aos costumes e tradições judaicas? A união com estrangeiro era proibida pela lei (Ex 34:12-16; Dt 7:3; Ed 9:12,14), mas se o estrangeiro se convertesse a Deus, ela então se tornaria lícita. Um bom exemplo foi Rute, a moabita, que casou com Boaz e foi relacionada na genealogia de Jesus. A mãe do avô do rei Davi (Rt 4:13-22).

2. As consequências do casamento misto.
Os maiores prejudicados nesta história foram os filhos, justamente aqueles que deveriam crescer segundo os costumes e tradições judaicos. Eles cresciam perdendo todas as referências culturais e espirituais, além de serem testemunhas oculares de conflitos conjugais e étnicos. A influência das mães estrangeiras era bem maior que a dos pais (13:24), por isto a perda se iniciava pela língua pátria. Em outras palavras, os filhos não estavam sendo educados no caminho de Deus (Lv 20.7). No futuro, eles colheriam o fruto deste erro.

O casamento misto sempre foi um problema para o povo de Deus. Na própria geração ante-diluviana já eram vistos adeptos desta prática. A maldade humana (Gn 6:5) juntamente com estas uniões, pelas quais os filhos de Deus (os setistas, descendentes de Sete) e os filhos dos homens (os cainitas, descendentes de Caim) se misturaram (Gn 6:1-3) foram as causas do dilúvio.

Ao entrarem em Canaã, Israel, não poderia se misturar às aquelas nações que já habitavam naquelas terras (Ex 34:12,16), mas contrariando as ordens de Deus eles apostataram e se aparentaram com o paganismo, imoralidade e idolatria.

A indignação de Neemias foi tamanha, pois observou que até mesmo a família do sumo sacerdote havia se entregado a esta prática e justamente com Sambalate, o ferrenho opositor (13:28).

III. RESPONSABILIDADE MINISTERIAL ACERCA DO CASAMENTO
1. O jugo desigual.
Qual outro tipo de reação poderíamos ter visto em Neemias? Conivência com o erro? Ele era sabedor que jamais as bênçãos de Deus seria direcionadas ao povo caso continuassem daquela forma. Uma ação enérgica, dura, mas necessária (13:25).

O jugo desigual, o oposto da harmonia (II Co 6:14), se aplica a todos os tipos de uniões com descrentes e até mesmo entre crentes. Ensinamentos diferentes, pensamentos antagônicos, diferenciação doutrinária, gosto por um trabalho em detrimento a outro ou até mesmo oposição, podem ser visto também em um casal que professa a mesma fé.

A igreja é advertida quanto ao perigo do jugo desigual (I Co 7:39; II Co 6:14), pois estas uniões são problemáticas, causam dores e tendem ao fracasso de ambos os lados. Os que já estão unidos a descrentes, nesta situação, devem se portar com sabedoria, respeitando o seu cônjuge (I Co 7:12-16). Um dos grandes problemas reside justamente na criação dos filhos, que caminho tomar? O do pai ou o da mãe?

Seja qual foi o objetivo das uniões devemos nos ater as advertências da Palavra sobre o perigo e das conseqüências deste ato (Ml 2.11).

2. As consequências do jugo desigual.
Muitos ignoram as recomendações divina e se misturam a outros que não professam a mesma fé, da mesma forma como aconteceu no tempo de Neemias. Nestes casos a perda de identidade e referências espirituais são inevitáveis e alcançam os filhos que preferem, justamente, o estilo de vida e cultura do lado que ainda não foi regenerado pela Palavra de Deus.

Que decisão tomar diante desta situação: a separação como propôs Neemias? Hoje a igreja não está mais sob o jugo pesado da Lei (Rm 6:14). Somos aconselhados a agirmos com sabedoria (I Co 7:16). Quanto aqueles que ainda estão solteiros devem buscar orientação na Palavra para fugirem do jugo desigual (I Co 7:39).

3. Uma recomendação sempre atual.
A exemplo de Neemias, devemos agir conforme a vontade de Deus. As consequências do erro, provocado pelo primeiro passo fora da direção, serão inevitáveis.

Uma boa reflexão, uma análise equilibrada da vida e conduta do futuro cônjuge é o mínimo que pode ser feito, já que o máximo seria a total observância às inúmeras advertências contidas na Palavra.

A recomendação é para que evitemos os desníveis relacionais e assim como no tempo de Neemias, que não era fruto de uma ideologia partidária ou racial, mas sim era pura preocupação doutrinaria. O problema era a crença diferente, as más conversações, a maldade, idolatria e impiedade e não propriamente a nacionalidade. Tanto que o proselitismo era capaz de aproximar os israelitas aos gentios de outras nações.

CONCLUSÃO - OBJETIVOS DA LIÇÃO
Assim como nos tempos de Neemias, o casamento misto, resulta em graves problemas o relacionamento humano.

1) Conscientizar se de que o casamento é uma instituição divina:
• Foi instituído por Deus e para o homem (Gn 2:18);
• Adão e Eva continuaram juntos, mesmo após o pecado (Gn 3:1-23).

2) Compreender que Deus não aprova o casamento misto.
• Israel foi alertado por Deus para não se misturarem;
• Os maiores prejudicados sempre foram os filhos dos judeus.

3) Entender que o jugo desigual acarreta pesadas consequências.
• O jugo desigual, o oposto da harmonia, causa dores e fracasso;
• A identidade religiosa e as referências espirituais são perdidas.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco A. As consequências do jugo desigual. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2011/12/licao-12-as-consequencias-do-jugo.html. Acesso em 14 de dez. 2011.

BARBOSA, José Roberto A. As consequências do jugo desigual. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2011/12/licao-12_11.html. Acesso em 14 dez. 2011.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

JESUS, Isaias Silva de Jesus. As consequências do jugo desigual. Disponível:em:http://rxisaias.blogspot.com/2011_12_01_archive.html#7989889497353029522. Acesso em 14 de dez. 2011

LOURENÇO, Luciano de Paula. As consequências do jugo desigual. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2011/12/aula-12-as-consequencias-do-jugo.html. Acesso em 14 de dez. 2011.

Por: Ailton Silva

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